Ezequiel 33,11: "Dize-lhes: vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva! Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis, ó casa de Israel?"
I - TEOLOGIA FAVORÁVEL DE QUE "DEUS ODEIA TANTO O PECADO QUANTO O PECADOR":
Qual o melhor significado para a palavra ‘amor’, segundo os termos utilizados pelos gregos? Eros, Fhilia, Ágape? Deus exige do homem afeição, amizade, caridade? Não! Absolutamente, não! Deus não exige do homem que tenha afeição por Ele! Deus não tem carências, é um Ser pleno e perfeito, e não está em busca de amizade! Deus não quer caridade! Ele não precisa e não tem necessidade disso! Todos esses significados que se atribui ao termo amor, não condizem com o que Deus requer do homem.
Isaías
55:8-9:"Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os
vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são
mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os
vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos
pensamentos".
Mas, alguém pode contra argumentar, dizendo: – “O termo grego ‘ágape’ define o amor de Deus para com os homens e vice-versa”. Essa concepção, é fruto de uma teologia pessoal de alguns padres e doutores da igreja, influenciados pela filosofia grega, como Agostinho, de Hipona e Tomás de Aquino, da Itália, que apesar de serem doutores da igreja, nem todo o pensamento de ambos foi acatado completamente pelo magistério da Igreja (a igreja não acatou a tese do semi-pelagianismo de Agostinho, e também, não acatou a tese de que Maria foi concebida com o pecado original de Tomás de Aquino). Enquanto que, Agostinho acatava as ideias platônicas, Tomás de Aquino pendia para a tradição aristotélica.
Diante de
tantas teorias, como amar a Deus? No que consiste o amor a Deus?
O sentido do verbo grego ἀγαπάω (agapaó), ou do verbo hebraico אָהַב (aheb), utilizado na Bíblia, detém um valor aristocrático, voltado para a realidade do homem camponês da antiguidade, apontando para as relações que envolviam os senhores e os servos, ou as relações familiares entre marido e mulher, pais e filhos nos tempos antigos. Quando lemos: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Mt 6,24). Depreende-se do texto que ‘amor’ está para sujeição a um senhor, assim como ‘ódio’ está para insubordinação a outro senhor. Os termos não foram empregados para fazer referências a sentimentos ou, emoções, mas, sim, para destacar a relação entre senhor e servo.
Ama a Deus aquele que O obedece, ou seja, que se sujeita a Ele,
como servo obediente!
-Jesus
mesmo disse: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me
ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me
manifestarei a ele” (Jo 14,21).
“Se me
amais, guardai os meus mandamentos” (Jo 14:15).
“Jesus respondeu
e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, meu Pai o
amará, viremos para ele e faremos nele morada” (Jo 14:23).
“Quem não
me ama, não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha,
mas do Pai que me enviou” (Jo 14:24).
Jesus não estava exigindo que gostassem d’Ele de forma sentimentalóide, Na verdade, Jesus
exigia que os homens se sujeitassem a Ele, através de sua palavra, e tomando
sobre si o jugo d’Ele.
“Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas” (Mt 11:29).
“E por que me chamais: Senhor, Senhor, se não fazeis o que Eu vos digo?” (Lc 6:46).
Jesus nos deixou exemplo de como se ama a Deus:
“Mas é para que o mundo saiba que Eu amo o Pai, e que faço como o
Pai Me mandou. (Jo 14,31).
Por conseguinte, obediência é a essência do amor bíblico: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados” (1Jo 5,3).Quando os apóstolos escreveram os Evangelhos e as cartas do Novo Testamento, o termo ἀγαπάω (agapaó) foi escolhido dentre outros por uma caraterística impar: não tinha um significado específico e, raramente, era utilizado! A ideia do termo deriva do seu significado básico: honra! Quando é dito que Deus ama os que O amam, é o mesmo que dizer que Ele honra aqueles que O honram:
“Portanto,
diz o SENHOR Deus de Israel: Na verdade tinha falado eu que a tua casa e a casa
de teu pai andariam diante de mim, perpetuamente; porém, agora, diz o SENHOR:
Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram, honrarei, porém os que me
desprezam, serão desprezados” (1Sm 2,30).
Como fica a expressão Jesus te ama? Como Deus poderia amar os que amam a injustiça? Podemos dizer que ‘Deus odeia o pecado, mas ama o pecador?
Teologicamente tal asserção é equivocada, porém, na linguagem evangelística é plenamente aceitável! Não tenho certeza de onde vem a expressão popular “odeie o pecado, ame o pecador”. Pode derivar da Carta 211 de Santo Agostinho, escrita em 424 d.C., na qual ele diz:
“Cum
dilectione hominum et odio vitiorum”, ou “com amor pela humanidade e ódio pelos
pecados”.
Uma referência mais contemporânea é Mahatma Gandhi, que escreveu em sua autobiografia: “Odiar o pecado e não o pecador é um preceito que, embora fácil de entender, raramente é praticado, e é por isso que o veneno do ódio se espalha pelo mundo”. A frase realmente não está na Bíblia, embora o seu conceito e entendimento na pedagogia e ação misericordiosa de Deus sim! Jesus nos pede nos Evangelhos, de várias maneiras, que nos amemos uns aos outros incluindo os nossos inimigos! Talvez a analogia mais próxima deste adágio seja a encontrada naquela em Deus declara o seu amor eterno por nós, e se é eterno, não importa o que façamos, Ele continuará nos amando!
Jeremias 31, 1-4: "Naquele tempo, diz o Senhor: serei o Deus de todas as famílias de Israel, e elas serão o meu povo. Assim diz o Senhor: O povo dos que escaparam da espada achou graça no deserto. Israel mesmo, quando Eu o fizer descansar. Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí. Ainda te edificarei, e serás edificada, ó virgem de Israel! Ainda serás adornada com os teus tamboris, e sairás nas danças dos que se alegram".
2 Timóteo 2,13: "se lhe somos infiéis, Deus permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo"
“Odeie o
pecado, mas ame o pecador” faz muito sentido para quem é Cristão!
Mateus 7,1-3: "Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que
usardes para medir a outros, igualmente medirão a vós! Por que reparas tu o
cisco no olho de teu irmão, mas não percebes a viga que está no teu próprio
olho?"
Como cristãos, somos chamados a amar a todos, até aos nossos inimigos, disse Jesus, que perdoou seus algozes na cruz. Assim, devemos amar a todos, e isso inclui os pecadores. Jesus demonstrou esse amor repetidamente: ele foi frequentemente criticado por comer com “pecadores e cobradores de impostos”, quando a “comunhão à mesa” era um sinal de aceitação. Ao mesmo tempo, evitar o pecado estava no cerne do ministério de Jesus. “Vai e não peques mais”, diz ele à mulher pega em adultério (Jo 8,1-11). O ditado também promove uma saudável demarcação de fronteira entre a pessoa e o ato. Podemos amar, reverenciar, esperar e interceder sim por uma pessoa que pode ter cometido os pecados mais hediondos como o condenado a morte Pranzini e que Santa Teresinha intercedeu e fez sacrifícios por ele (foto abaixo):
O problema com esse ditado aparentemente compassivo é que hoje ele é aplicado quase exclusivamente a um único grupo: as pessoas LGBTQ. O pensamento é que podemos amar as pessoas LGBTQ desde que condenemos as suas ações – incluindo as relações entre pessoas do mesmo sexo e o casamento entre pessoas do mesmo sexo – e rotulemos todas elas como “pecadoras”. Com essa aplicação seletiva, o ditado é usado como uma arma contra as pessoas LGBTQ, porque efetivamente reduz tão somente as pessoas LGBTQ como as piores “pecadoras”. É claro que todos somos, de uma forma ou de outra, pecadores; mas o uso do termo em referência às pessoas LGBTQ pode ser particularmente cruel, pois não há nenhum outro grupo ao qual esse termo seja aplicado com tanta regularidade e de forma tão reflexiva e tão implacável. Imagine se eu lhe dissesse que fui convidado para dar uma palestra para estudantes universitários — Como a maioria das pessoas sabe, muitos universitários são solteiros e sexualmente ativos e, portanto, não estão em conformidade com o ensino da Igreja, que proíbe qualquer atividade sexual fora do casamento. Os números estão em declínio, mas um estudo recente mostrou que 66% dos universitários fazem sexo antes do casamento! Assim, a maioria deles é “pecadora”. Ao ouvir que eu ia falar em um campus universitário, você diria: “Bem, odeie o pecado, ame o pecador”? Você me castigaria por falar com um grupo de “pecadores”? Provavelmente não... Da mesma forma, a maioria dos casais católicos hoje em dia (89%) acredita que a contracepção não é um problema moral. Muitos usam o controle de natalidade e, portanto, de acordo com o ensino da igreja, estão pecando. Muitos outros casais infelizmente, praticam o adultério oculto, ou o chamado adultério consentido nos casamentos livres e abertos. Mas, se eu lhe dissesse que estou ministrando um retiro para casais, você diria: “Odeie o pecado, ame o pecador”? Provavelmente não... Então, em relação a quem essa afirmação é mais usada? Quem é mais regularmente rotulado como “pecador” em um mundo de imoralidade de todos os tipos? As pessoas LGBTQ. Sem querer fazer a defesa de qualquer tipo de pecado, mas não é difícil concluir que, quando as pessoas usam a frase “odeie o pecado, ame o pecador” estão exclusivamente a falar sobre pessoas LGBTQ, elas os estão destacando como se fossem as únicas pessoas cujas vidas não estão em conformidade com os ensinamentos da Igreja.
A Bíblia
não diz realmente um verso semelhante a esse ditado. Mas, a Bíblia em vários
momentos se refere claramente a ele! Quando a mulher foi flagrada em adulterio,
Jesus separou o pecado da pecadora:
João 8,4-11: "E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando. E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto, constrangidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio. E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais".
Há realmente, versos em que a Bíblia declara que Deus ama a todos. E há versos em que a Bíblia afirma que Deus odeia os nossos pecados (o que ninguém tem dúvida). E por que não é dito num mesmo verso? Justamente porque Deus quis nos ensinar que toda a Bíblia significa que Ele nos ama a todos: A Bíblia existe, assim como existe o Salvador e o plano da salvação, para os pecadores. E Deus sempre soube que haveria os que isolariam os versos e os que buscariam o Todo. E assim, tem tema que se fez necessário uma visão global para identificar quem examina a Bíblia, e quem, em muitos temas, apenas repete textos fora do contexto para servir de pretexto, feitos por pessoas na maioria das vezes bem intencionadas e sinceras, mas a sinceridade não é o único critério da verdade, pois alguém pode estar sinceramente equivocado(a). Já que sempre houve equívocos e acertos, desde sempre, Deus os usa para que muitos dos Seus filhos possam ver estas duas vertentes e assim reflitam e aprendam de forma mais profunda a partir do debate (oportunidade que de forma recíproca recai também sobre quem desenvolve ou dissemina um equívoco).
ANTES DE TUDO, É BOM FICAR CLARO QUE TODO SER HUMANO É PECADOR: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3,23)
Há muitos pontos na Bíblia em que Deus se
refere a justos, mas também há na Bíblia a afirmação de não haver nenhum justo sequer.
Não há contradição. O que Deus está ensinando é que mesmo havendo pessoas
dedicadas a serem santificados, buscando a perfeição, sendo minimamente justos,
mesmo assim não há um sequer que consiga ser plenamente justo na Terra, ao
ponto de não ter pecado e não precisar de Sua Graça. Somos de fato todos
pecadores!
Dizer que Deus odeia o pecado, é claro que
é o mesmo que dizer que Ele odeia a atitude pecaminosa. Por exemplo, quando é
dito que Deus odeia o ímpio, significa que ele odeia enfaticamente no pecador
toda atitude impiedosa, toda violência, todo ato injustamente implacável: “O
Senhor prova o justo, mas o ímpio e a quem ama a injustiça, a sua alma odeia”
(Salmos 11, 5). ÍMPIO é aquele que comete atitude de impiedade, crueldade, violência.
É um pecador pervertido, perverso, e que se compraz na maldade.
SIM, DEUS
ODEIA O PECADO MAS AMA O PECADOR!
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho
Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”
(João 3,16).
Note caro(a) leitor(a) que por amar o mundo Ele nos enviou Seu Filho. O mundo somos todos nós os pecadores. A Bíblia não está dizendo somente este ou aquele e sim o mundo, para que todos tenhamos a chance de crer e ter a vida eterna, mesmo que muitos destes amados não obedeçam, não queiram seguir e nem servir a Deus, e não sejam salvos. E os que não forem salvos, serão destruídos, não é porque Deus deixará de amá-los e sim porque Deus é justo! Ele é amor mas também é justiça. Note que o atributo de ser justo não se contrapõe ao ato dEle ser amor, pois Deus não deixa de ser um para ser outro. Deus nos ama a todos, e por isso sua misericórdia, sua bondade, atinge a todas as suas criaturas, Não a esta ou aquela e sim a todas: “O Senhor é bom para todos; a sua compaixão alcança todas as suas criaturas” (Salmos 145,9)].
APROFUNDAMENTO TEOLÓGICO:
Não existe nenhuma pessoa justa o suficiente para ser salva sem a Graça do amor de Deus. Romanos 3, 10 ensina: “Como está escrito: Não há nenhum justo, nem um sequer”. Então fica claro que todos, sem exceção, somos pecadores. Portanto, quando alguém diz que Deus além de odiar o pecado odeia também o pecador é o mesmo que dizer que Deus odeia a todos! Deus ama a todos nós, portanto, ama a todos os pecadores! Deus não enviou seu Filho por amar um “grupo seleto no mundo”, ou a uma classe social específica, excluindo as demais, e sim “o mundo”, a todos". Nós sim, em nossa liberdade, é que escolhemos se aceitamos ou não receber este amor, esta graça, para termos a vida eterna. A Graça de Deus por definição não se conquista e sim é recebida pela fé.
Lucas 10,26-28: "Ao que Jesus lhe propôs: O que está escrito na Lei? Como tu a interpretas? E ele replicou: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e com toda a tua capacidade intelectual, e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Então, Jesus lhe afirmou: Respondeste corretamente; faze isto e viverás”.
Infelizmente há quem queira minimizar o amor de Deus, por arrogância ou por falta de empenho em conhecer o significado da palavra de Deus e não apenas juntar palavras e decorar versos. Jesus ratificou e modo de amar a Deus CORRETAMENTE: "com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com toda a tua capacidade intelectual, deixando claro para nós a necessidade de usar tudo que Ele nos deu e nos capacitou para ama-lo mais e melhor, usando a nossa reflexão, nossa inteligência (dada por Ele) à luz do Espírito Santo. Por isso Isaias 1, 18 também ensina:
"Venham, vamos refletir juntos, diz o Senhor”
Muitos radicais fundamentalistas, infelizmente, têm pregado que Deus odeia o pecado e também o pecador, como se Deus não fizesse a separação e jogasse fora a bacia com água suja e o bebê juntos fora. Mas, quem estuda as escrituras sem fundamentalismo, percebe que “Deus odeia o mal sim, porque Ele não criou o mal, o mal prejudica toda criação, e mal é pecado e só trás dor e sofrimento, e por isso Deus odeia o mal e não tem comunhão com ele (cf 2 Cor 6, 14-15). Mas, como foi Deus que criou o homem e ama sua criação, mesmo sendo criaturas pecadoras, o que Ele odeia então, é apenas o mal desenvolvido e propagado por suas criaturas, mas ama todas com um amor eterno:
“O Senhor é bom para todos; a sua compaixão alcança todas as suas
criaturas" (Salmos 145,9).
OS que se condenam NÃO PERDERÃO A SALVAÇÃO PORQUE DEUS DEIXOU DE AMÁ-LOS, E SIM, PORQUE DEUS É JUSTO e respeita nossa liberdade de escolha!
Há Quem chegue ao ponto de questionar isso. Este questionamento ocorre porque é difícil para muitos seres humanos se colocarem também como pecadores cujo pecado Deus também odeie, então tem em si a ideia de que os pecados dos outros são sempre terríveis e imperdoáveis, e os seus são apenas “pecadinhos”. Mas, o fato é que, conforme já mencionamos, Deus ama tanto os pecadores que deu seu filho para morrer pelos pecados de todos. Isso mesmo, todos! Não há ninguém que por si só seja justificado. A prova do amor de deus por todos, é ter trocado o justo (Cristo) pelos injustos (nós):
“Pois também, Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para
conduzir-nos a Deus. Ele foi morto no corpo, mas vivificado pelo Espírito,” (1
Pedro 3,18).
O plano
da salvação foi feito para os injustos e não para os justo! Pois só se envia a
salvação a quem está em perigo iminente!
Salmos
91,3-7: “Porque Ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste
perniciosa. Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas estarás
seguro; a sua verdade é escudo e broquel. Não
temerás espanto noturno, nem seta que voe de dia, nem peste que ande na
escuridão, nem mortandade que assole ao meio-dia. Mil cairão ao teu lado, e dez
mil, à tua direita, mas tu não serás atingido”.
Deus nos salva porque não há ninguém justo o suficiente, nem que tenha tido méritos antes de sua existência para ser amado e ser salvo, por isso somos salvos pela graça de Nosso Senhor Jesus Cristo! Claro que jamais devemos usar a própria bíblia para DOURAR A PÍLULA e amenizar o pecado, pois o pecado e suas consequências são sempre malditos, perversos e pervertidos! Temos que ter convicção para reconhecermos e reprovarmos o pecado, não só os dos outros mas os nossos também. Temos que ter em mente que geralmente os pecados dos outros apenas são diferentes dos nossos, mas somos também pecadores e necessitados de salvação! Se alguém acredita que tem obras boas o suficiente para ser classificado como justo e salvo, está enganado. E dentre os que acham isso, sem sombra de dúvidas, estarão aqueles que não conseguem entender que Deus ama e quer salvar a todos. Quando fazemos uma obra não deve ser para nos sentirmos melhores que os outros e fazermos disso moeda de troca da nossa salvação passando na cara de Deus. Devemos fazer sempre o bem, mas cientes de que isso não é escambo, mas simplesmente por ser da natureza cristã. Fé e obras sozinhas não salvam ninguém, mas, se complementam.
Deus ama e
espera sempre que todos se convertam (cf. I Tim. 2, 3-4), não apenas a conversão de quem ainda não
acredita e nem se submete a Ele, mas também, a
conversão diária de todos, inclusive de quem já experimentou de seu amor
e misericórdia, e que busca viver sob seu Senhorio, já que a conversão
não é um fato histórico estático do passado, mas é um processo dinâmico e
diário, não é uma data a se recordar, porém, um processo a se viver, pois todos os dias temos que renovar nossa conversão e
comunhão, pois “Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!”
(1 Coríntios 10,12).
Para fortalecer o conceito cristão de que deus ama e quer salvar a todos, podemos também citar algumas parábolas:
-Do fariseu e do publicano: enquanto oravam no templo, o primeiro se julgava justo e o segundo pecador; Jesus termina a parábola dizendo que o pecador foi para a sua casa justificado (Lucas 18,9-14)).
-Não podemos também esquecer de Lucas 15, com suas 3
parábolas sobre a misericórdia divina: a ovelha perdida (4-7), a dracma perdida
(8-10) e o filho pródigo (11-32).
-E por fim, a mais explícita, que é a parábola dos trabalhadores da última hora (Mt 20,1-16) - que nos recorda que os últimos receberão a mesma recompensa dos primeiros, mesmo trabalhando menos.
Então, podemos definir o conceito de pecado imperdoável não como um pecado específico em si, mas como a persistência nele ao ponto de não mais se arrepender e de conscientemente afastar o espirito de Deus, mas só Deus sabe e pode julgar, em seu juízo, quando alguém está nesta condição. Jamais um mortal pode dizer que sabe que alguém tá perdido porque a Bíblia diz que tal pecado é abominável e por isso aquela criatura já está condenada ao lago de fogo. A Bíblia nos faz conhecer o caminho da bênção e também nos faz reconhecer o pecado, inclusive os abomináveis, mas só Deus sabe determinar quando este pecado em alguém chegou no nível imperdoável.
Temos que nos sentir felizes quando estamos
convictos que estamos nos esforçando para andar no caminho do senhor, pois é
maravilhosa a sensação feliz de agradarmos à Deus. Mas, o inimigo é tão hábil
que muitas vezes aproveita esta situação para nos influenciar a nos sentirmos
aptos a condenadores dos outros. A ira de deus contra o pecado é clara, e as
consequências disso sobre o pecador é
óbvia, pois Deus é justo diante do livre arbítrio que Ele mesmo nos deu por amor, e
então nós colhemos o que plantamos, mas Deus jamais fica feliz com nossa perdição, pois seu amor por nós é tão
impressionante que não entender o quanto Ele ama os pecadores é o mesmo que lê
a bíblia e não perceber a função dela. a vaidade cristã de minimizar os
próprios pecados e condenar os dos outros faz ver a bíblia apenas com a ótica de
duas características: a ira de deus ou sua misericórdia. mas, o amor é a base
da misericórdia divina, ao ponto de que sua ira não é simples castigo e sim
consequência de nossa própria escolha. Mas, é sempre mais fácil julgar os outros
ampliando a dimensão do pecado alheio, pois isso faz com que o próprio pecado de quem julga pareça menor
para os outros e para si mesmo, e alguns dos que apontam o cisco são os que
escondem vigas:
“Hipócrita,
tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o
cisco do olho do seu irmão” (Mateus 7,5).
Será que depois de tanto tempo ainda é necessário ouvir o eco da voz de cristo perguntando quem vai atirar a primeira pedra por não ter pecado? Tenhamos equilíbrio entre o entendimento do reconhecimento do pecado e ao mesmo tempo da orientação de não julgarmos para não sermos julgados, então, sejamos convictos ao enfatizarmos a palavra de Deus e o quão terrível é o pecado no mundo, mas, não ocupemos o lugar de Deus no julgamento, e pensemos duas vezes antes de chamarmos alguém de socialmente mal caráter por praticar um determinado pecado. Tem pecadores com caráter e pecadores sem caráter. Pois caráter bom ou mal, do ponto de vista social, é medido a partir da ética como ato de interação benéfica ou nociva a outras pessoas. Um pecado quando não prejudica o direito de outrem não é uma falta de caráter social, apesar de não deixar de trazer consequências negativas a quem o pratica. Quanto ao caráter individual cristão, desde que não desrespeite o direito de terceiros, a prestação de contas deste pecado, é só entre o pecador e Deus, pois apesar do plano da salvação ser coletivo, a salvação é individual. E quem usa a religião para falar levianamente de todos, deve saber que
“Se
alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si
mesmo. Sua religião não tem valor algum!” (Tiago 1,26).
E acaba alimentando também as fofocas. E nunca esqueçamos que fofoca e calúnia são são pecados gravíssimos! Ninguém é perfeito. Buscar a perfeição é certo, é bíblico:
“Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença” (Efésio 1,4)
Mas, afirmar que é possível sermos plenamente perfeitos aqui na terra (ao ponto de não pecarmos e/ou de nos sustentarmos sozinhos), isso não é possível, pois como vimos no início deste texto, não há ninguém justo o suficiente (Romanos 3,10 - Todo ser humano é pecador (Romanos 3,23). Perfeitos só os salvos que já morreram e estão juntos a Cristo em espírito e em verdade. Buscar a perfeição significa lutar contra o pecado e a favor do fortalecimento da fé, caminhando na direção da perfeição mas conscientes de que o caminho até ela só se completa com a graça. Não há base bíblica, tradicional e magisterial, para quem afirma que pode ser perfeito antes da volta de Jesus. ser perfeito antes da volta de cristo significaria ser glorificado(a) sozinho (a). Quando se menciona os pontos em que a bíblia fala da ira de deus (inclusive quando citadas coisas que deus abomina), há de se examinar o seguinte:
“A ira de
Deus sobre atos é ódio, mas a ira de Deus sobre criaturas é justiça, e
justiça jamais pode ser confundida com ódio quando nos referimos ao nosso
criador. Por isso repetimos que quem não for salvo não o será por que Deus o odeia,
e sim porque Deus é justo, simples assim!”
A ira de deus não tem o mesmo significado da ira dos homens em relação a outros homens, a ira humana que se traduz em ódio por outro ser humano é um processo que se inicia com uma indignação descontrolada, mas, não há indignação DESCONTROLADA em Deus que é perfeito:
“Não há
indignação em mim! Quem me dera espinheiros e abrolhos diante de mim! Em
guerra, eu iria contra eles e juntamente os queimaria” (Isaias 27,4)
Quando a Bíblia fala da ira de Deus ela nos deseja ensinar que Deus é justo e tem aversão ao pecado, não compactua e não tem comunhão com o pecado! Ira de Deus é uma expressão bíblica que significa o castigo dos ímpios no Juízo Final. Ira de Deus é outra expressão para a justiça divina.
Deus não
ama de forma forçada! Deus não é obrigado a nada, pois Ele é soberano e
perfeito! E quando nos tolera é justamente porque nos ama ao ponto
de nos tolerar, como uma mãe que apesar de condenar o vício de um filho nas
drogas, o ama e o tolera, e faz de tudo para liberta-lo!
Resposta extraída da exposição de São Tomás de Aquino - "Amar é querer bem" Ora, existem dois tipos de bem:
1 - O Bem Absoluto, que é Deus.
2 - Os bens relativos, que são todas as
coisas boas, mas das quais se pode fazer mau uso. Exemplos de bens relativos
são a vida, a inteligência, saúde, riquezas, prazer, êxito, prestígio, etc,
coisas todas que podemos usar bem ou mal.
Daí existirem dois amores:
1 - O amor absoluto que consiste em desejar
a outrem Deus, a salvação eterna, o céu, a virtude.
2 - O amor relativo que consiste em desejar
a outrem os bens relativos.
Por sua vez, odiar é querer mal a outrem, isto é, que ele perca um bem. Repare que não afirmo que odiar é querer o mal no sentido que o mal seja algo substancial, já que o mal é carência de um bem que deveria existir, ou falta da ordem devida.Mal não é substantivo. Não há coisas ontologicamente más, como explicara Santo Agostinho ao refutar os erros do maniqueísmo, hoje dominante.
Daí decorrem dois ódios:
1 – O ódio absoluto que consiste em querer
que o outro perca Deus, isto é, perca o céu ou a virtude que leva ao céu.
2 – O ódio relativo, que é o desejo que
outrem perca um bem relativo.
Esse dois
amores e esses dois ódios podem se combinar da seguinte forma:
I – Querer para os outros bem Absoluto e,
juntamente, os bens relativos Isto é ter pelo outro Amor Absoluto (Deus, o céu,
a virtude) e Amor relativo ( Vida saúde, riquezas, prazer, êxito, ordenadamente
ao Bem Absoluto), conjuntamente, é amar perfeitamente.
II – Desejar a outrem o Bem Absoluto (Deus,
o céu, a virtude) junto com o ódio relativo (perda de um bem relativo: morte,
doença, dor, pobreza, etc) a fim de que o próximo não perca a Deus, o Bem
Absoluto, isto é também virtuoso.
É este amor absoluto com um ódio relativo que exerce a mãe de uma criança que o castiga, batendo em sua mão, por ter roubado um doce, sem pagar, no supermercado. Ela faz um ato de ódio relativo (faz doer a mão do filho) com amor absoluto, porque deseja para ele a virtude da honestidade, o céu , Deus.
Por isso, o Rei Davi diz que odiou os inimigos de Deus com ódio perfeito, isto é, com amor absoluto, desejando-lhes a salvação eterna, e com ódio relativo, castigando-os, ao tirar-lhes algum bem relativo.E é assim que Deus nos tem sempre um Amor Absoluto, pois Deus quer que todos se salvem, que todos tenham a vida eterna no céu, e nos tem ódio relativo, ordenado ao Bem Absoluto, quando nos castiga com doenças, fracasso, dores. E mesmo a morte, porque a vida física não é o bem absoluto. Mais do que a vida física vale a vida eterna, o Céu. Por isso, no primeiro mandamento se ordena que amemos a Deus sobre todas as coisas, mesmo mais que a vida natural. Portanto, não há contradição alguma em amar absolutamente e castigar, isto é odiar relativamente, visando o bem maior. Branca de Castela, mãe de São Luís, dizia-lhe que preferia vê-lo morto, ou leproso, do que pecador. Ela tinha por seu filho amor absoluto com ódio relativo.
III – Querer para alguém o bem relativo
(Amor Relativo), mesmo com a perda do Bem Absoluto (Deus) é pecado, pois
inverte a ordem dos bens. E isso é pecado. Por exemplo, um pai que deseja para
o filho riqueza, mesmo na condição de perder a Deus – deseja que o filho fique
rico, mesmo roubando – esse pai tem ódio absoluto pelo filho, ainda que tenha
também por ele amor relativo. E isso é desejar o mal. Esse é um ódio
pecaminoso, porque coloca o bem menor e relativo acima do Bem Maior e Absoluto.
Esse amor é pecaminoso, mau.
“Madame” Letízia, a mãe de Napoleão, queria para ele o Poder e riquezas, dizendo-lhe; Meu filho, aproveita enquanto puder, porque vai durar pouco”. Desse modo , ela manifestava por ele, amor relativo e ódio absoluto. E isso era pecado!
IV – Querer para alguém a perda do Bem
Absoluto e, ao mesmo tempo, a perda dos bens relativos, isso é odiar
absolutamente e relativamente.
Deus, então, pode muito bem dizer que ama a todos, porque quer a salvação de todos, tendo por todos Amor Absoluto, e, ao mesmo tempo, afirma que odeia e castiga, porque castiga para corrigir, e odeia com ódio relativo.Amar Absolutamente e odiar relativamente não são atos contraditórios mas podem ser muito bem ordenados entre si. Portanto, o Ser perfeitíssimo pode odiar e ser misericordioso. Aliás, não existe amor sem ódio. Quem ama a verdade detesta a mentira, quem ama a virtude detesta o pecado, que ama o doce detesta o amargo etc. E tendo Deus amor infinito ao Bem, Ele só pode ter ódio infinito ao mal, exatamente por ser perfeitíssimo.
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Deus, então, pode muito bem dizer que ama a todos, porque quer a salvação de todos, tendo por todos Amor Absoluto, e, ao mesmo tempo, afirma que odeia e castiga, porque castiga para corrigir, e odeia com ódio relativo.Amar Absolutamente e odiar relativamente não são atos contraditórios mas podem ser muito bem ordenados entre si. Portanto, o Ser perfeitíssimo pode odiar e ser misericordioso. Aliás, não existe amor sem ódio. Quem ama a verdade detesta a mentira, quem ama a virtude detesta o pecado, que ama o doce detesta o amargo etc. E tendo Deus amor infinito ao Bem, Ele só pode ter ódio infinito ao mal, exatamente por ser perfeitíssimo, não ao pecador, do qual sempre espera o arrependimento e conversão.
Julho Severo - MA
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