“Deus não tem religião, por que ele é a própria religião! Ou seja,
Aquele que nos religa a Ele mesmo”
De forma alguma queremos com esta postagem aqui
iniciar uma "guerra santa", mas como Cristãos católicos somos obrigados pelo nossa missão
de Cristão Católico anunciar Cristo, a verdade de seu evangelho e sua Igreja fundada sobre Pedro
(conf. Mateus 16,18). Entendemos que o verdadeiro católico, fiel ao sagrado
magistério de sempre da Igreja, acredita na natureza humana, em princípios
morais sólidos, fundamentados na tradição de nossa civilização, uma ordem moral
herdada e testada na história de nossos antepassados e sobre a qual construímos
o nosso presente, tendo em vista o futuro. Cremos no valor desta sã tradição e
dos bons costumes, e sobre este alicerce firme assentamos nossa opinião
política, desejosa sempre da ordem social e do bem comum. Cremos também que
apesar das falhas humanas de seus membros, a Moral Católica é o melhor que há
para o desenvolvimento das virtudes e para a constituição de uma ordem moral e
social justa e correta, objetivando a salvação do homem todo e de todos os
homens, para isto o meio por excelência é aquele ordenado por Cristo: Ide e
evangelizai (Mateus 16,15). O que é Evangelizar para a Igreja?
“Evangelizar, para a Igreja, é levar a Boa
Nova a todas as parcelas da humanidade, mas para a Igreja não se trata tanto de
pregar o Evangelho a espaços geográficos cada vez mais vastos ou populações
maiores em dimensões de massa, mas de chegar a atingir e como que a modificar
pela força do Evangelho os critérios de julgar, os valores que contam, os
centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os
modelos de vida da humanidade, que se apresentam em contraste com a Palavra de
Deus e com o desígnio da salvação.” (Evangelii Nuntiandi Nº 18-19. Papa Paulo
VI)
E COMO SANTIFICAR-SE NUMA RELIGIÃO QUE PERMITE "TRABALHOS" PARA PREJUDICAR OUTRAS PESSOAS?
A definição de macumba não é fácil de se conseguir. A ideia popular normalmente está associada a feitiços, trabalhos para atrasar a vida de alguém, despachos, mandingas e coisas do tipo. A ideia geral da sociedade é que a macumba é algo malévolo, maligno e até mesmo diabólico. Oliveira sugere que esta fama ruim possa ter sua origem na provável “associação ao adjetivo feminino de mau: ‘má’”.[1] Na visão dele, se fosse então “boacumba”, a religiosidade afro-brasileira poderia ter tomado outro rumo. Não há um significado concreto para o termo macumba, etimologicamente falando. O wiktionary sugere que, o termo talvez venha do quimbundo (idioma banto falado na Angola), ma (o que assusta) e kumba (soar assustadoramente). Quando se fala nesse assunto, generaliza-se, portanto, todas as religiões afro-brasileiras em um único termo: macumba. A ideia geral também é que essas religiões trabalham com feitiçarias, magias, encantamentos, consulta a mortos, bruxarias, vodus e coisas assim.A ideia não está de toda errada. Champlin explica que as religiões praticantes de magias e feitiçarias partem da ideia de “que certas pessoas têm a capacidade de manipular poderes sobrenaturais, a fim de alterar para melhor ou para pior a sorte de alguém, tanto do próprio individuo como de outras pessoas”.[2] Certo representante do candomblé, por exemplo, publicou um livro em que traz ensinamentos sobre como prejudicar outras pessoas através de feitiços e encantamentos.[3] Alguns desses feitiços seriam: colocar uma pessoa louca, destruir, arruinar, colocar feridas, trazer separações matrimoniais, fazer perder tudo o que tem, fazer ir embora, fazer vingança e até mesmo matar. Gaarder comenta que o candomblé não é uma religião ética, mas mágica e ritualística. Nela não há a ideia de salvação da corrupção do pecado e tampouco há espaço para negação deste mundo em prol de uma vida eterna. “No candomblé o que se busca é a interferência concreta do sobrenatural ‘neste mundo’ presente, mediante a manipulação de forças sagradas, a invocação das potências divinas e os sacrifícios oferecidos às diferentes divindades, os chamados orixás”.[4].
Embora o candomblé adote a prática de fazer o mal explicitamente, Lourenço Braga alega que a umbanda se dedica à prática do bem (magia branca), ao passo que a quimbanda se dedica à prática do mal (magia negra).[5].O esforço de Braga cai por terra após o relato de Camargo. Segundo este, os espíritos maus, que ele chama de “quimbandeiros” são mais fortes do que os “bons” e diz que às vezes, os umbandistas têm necessidade de apelar para aqueles.[6]. O dicionário Melhoramentos define macumba como candomblé, feitiçaria e ainda como um instrumento de percussão dos negros.[7] Trindade, sacerdote umbandista, explica que uma das possibilidades para a origem da macumba talvez seja a ligação que as pessoas fizeram dos praticantes das religiões afro com o instrumento predominante de suas religiões.[8] Ou seja, como na maioria das religiões afro usava-se o instrumento de percussão “macumba” e quem os tocava eram “macumbeiros”, daí a fama popular genérica de que todas as religiões afro sejam “macumba”.Macumba também é, popularmente associado a feitiço. Quando alguém diz “fizeram uma macumba para meu vizinho”, ele está na verdade dizendo que fizeram um trabalho de feitiçaria (macumbaria) contra aquela pessoa. Os males que afetam a criatura humana têm causas suficientes na maldade e nas limitações mesmas das criaturas. Todos nós passamos por fases difíceis em nossas vidas, na qual três elementos nos são de grande ajuda: a oração, o raciocínio à procura de uma solução inteligente e a colaboração de amigos.A Providência Divina não falha; ela permite que as criaturas sejam provadas sempre em vista do bem da pessoa tentada. Diz o autor da epístola aos Hebreus 12, 5-13: “Vós esquecestes a exortação que vos foi dirigida como a filhos: “Meu filho, não desprezes a educação do Senhor, não desanimes quando ele te corrige; pois o Senhor educa a quem ama, e castiga todo filho que acolhe”. É para a vossa educação que sofreis. Deus vos trata como filhos. Qual é, com efeito, o filho cujo pai não educa? Se estais privados da educação da qual todos participam, então sois bastardos e não filhos. Nós tivemos os nossos pais segundo a carne como educadores, e os respeitávamos. Não haveremos de ser muito submissos ao Pai dos espíritos, a fim de vivermos? Pois eles nos educaram por pouco tempo, segundo as suas impressões. Deus, porém, nos educa para o aproveitamento, a fim de nos comunicar a sua santidade. Toda educação, com efeito, no momento não parece motivo de alegria, mas de tristeza. Depois, no entanto, produz naqueles que assim foram exercitados um fruto de paz e de justiça. Por isso, reerguei as mãos enfraquecidas e os joelhos trôpegos; endireitai os caminhos para os vossos pés, a fim de que não se extravie o que é manco, mas antes seja curado” - Uma pergunta que sempre é feita é sobre algo que transcende à materialidade: “Foi Deus que nos criou ou fomos nós que o criamos em nossas mentes?” Seja qual for a resposta, sempre sobrará um mistério em relação à criação do Universo. E um dos pontos importantes a ser refletido é se o Deus, de qualquer religião que seja, é uma figura humana, como nós, ou um espírito sem materialidade. Mas é sempre importante lembrarmos que Deus dá aos humanos liberdade para suas ações, sejam elas quais forem, sejam ou não causa de punições posteriores. A verdade é algo transcendente aos nossos sentidos e sentimentos. Qualquer definição do que seja uma verdade estará sempre sujeita a outras interpretações. E é essa diversidade que deveria provocar aproximações e nunca afastamentos. Afirmar que o que achamos como verdade seja realmente uma verdade é ignorar que essas ideias são verdadeiras para nós, mas que podem ser falsas para, muitas vezes, a maioria das pessoas. E um dos grandes erros de como se utiliza a religião em nossos dias é nos considerarmos como pertencente a única e verdadeira religião, deixamos de seguir o exemplo de Cristo em ver tudo de bom naquele(a) que é diferente de nossa crença, desprezando-os e diminuindo-os. Esses geralmente estão de braços dados com a isenção do espírito crítico, estreiteza mental e preconceitos de várias espécies.
E poderiam ser combatidos se trouxéssemos sempre em nossas mentes um ensinamento do filósofo espanhol Ortega y Gasset: "Eu sou eu e minha circunstância, e se eu não salvá-la, eu não salvo a mim mesmo." Segundo Cícero, o termo RELIGIÃO vem de religare, religar; a religião seria um laço de piedade que serve para religar os seres humanos entre si e a Deus. Talvez o primeiro passo para uma verdadeira religião seja um propósito integrativo em nossa comunidade humana. E é isto que costuma significar o que a imagem divina passa para nós. Por conseguinte tenha a amiga paz interior, confiança e ponha sua razão para funcionar, eliminando todo propósito de querer prejudicar o seu semelhante que também, busca religar-se a Deus dentro de suas limitações, circunstâncias e seu tempo.
1 Coríntios 13,4-6: "O amor é paciente, o
amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não
procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se
alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade."
Notas
[1]
OLIVEIRA, José Henrique Motta. Entre a Macumba e o Espiritismo: uma análise
comparativa das estratégias de legitimação da Umbanda durante o Estado Novo.
UFRJ, 2007, p. 92.
[2] CHAMPLIN, Norman. Enciclopédia de
Bíblia, Teologia e Filosofia. Candeia. Vol. 4. 1991, p. 23.
[3] GIMBEREUÁ, Ogã. Ebós Feitiços no
Candomblé. Eco, 1969; D’OBALUAYÊ, Batista. Feitiços e Ebós no Candomblé.
Império da Cultura LTDA, 2011.
[4] GAARDEN, Jostein. O livro das
Religiões. Cia das Letras, 2001, p. 318.
[5] BRAGA, Lourenço. Umbanda e quimbanda.
Spike, 1961, p. 12-15.
[6] CAMARGO, Cândido Procópio Ferreira de.
Kardecismo e Umbanda. Pioneira, 1961, pp. 54,55.
[7] Grande Dicionário Brasileiro
Melhoramentos Ilustrado, vol. 3, 1975.
[8] TRINDADE, Diamantino Fernandes. Você
sabe o que é macumba? Você sabe o que é exu? Icone, 2013, p. 41.
Essa postagem foi adaptada da Revista
Defesa da Fé 107.
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