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O que dizer de religiões que fazem “trabalhos” para prejudicar ou amaldiçoar os seus semelhantes?

Written By Beraká - o blog da família on segunda-feira, 9 de janeiro de 2023 | 23:07

 

 

(foto reprodução)

 



 

“Deus não tem religião, por que ele é a própria religião! Ou seja, Aquele que nos religa a Ele mesmo”


 

 

 

 

De forma alguma queremos com esta postagem aqui iniciar uma "guerra santa", mas como Cristãos católicos somos obrigados pelo nossa missão de Cristão Católico anunciar Cristo, a verdade de seu evangelho e sua Igreja fundada sobre Pedro (conf. Mateus 16,18). Entendemos que o verdadeiro católico, fiel ao sagrado magistério de sempre da Igreja, acredita na natureza humana, em princípios morais sólidos, fundamentados na tradição de nossa civilização, uma ordem moral herdada e testada na história de nossos antepassados e sobre a qual construímos o nosso presente, tendo em vista o futuro. Cremos no valor desta sã tradição e dos bons costumes, e sobre este alicerce firme assentamos nossa opinião política, desejosa sempre da ordem social e do bem comum. Cremos também que apesar das falhas humanas de seus membros, a Moral Católica é o melhor que há para o desenvolvimento das virtudes e para a constituição de uma ordem moral e social justa e correta, objetivando a salvação do homem todo e de todos os homens, para isto o meio por excelência é aquele ordenado por Cristo: Ide e evangelizai (Mateus 16,15). O que é Evangelizar para a Igreja?

 

 

 

 

“Evangelizar, para a Igreja, é levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, mas para a Igreja não se trata tanto de pregar o Evangelho a espaços geográficos cada vez mais vastos ou populações maiores em dimensões de massa, mas de chegar a atingir e como que a modificar pela força do Evangelho os critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que se apresentam em contraste com a Palavra de Deus e com o desígnio da salvação.” (Evangelii Nuntiandi Nº 18-19. Papa Paulo VI)

 




 




Desde sempre, o ser cristão é algo que pressupõe responsabilidade Somos seguidores do Caminho, que é Jesus. Estamos à caminho do céu. Este céu que já começa aqui e se plenifica na eternidade, pois Jesus trouxe os valores do Reino de Deus, com a sua entrada na historia, no tempo, no espaço, em vista da plenitude dos tempos. Deus é sempre fiel e conta com a nossa fidelidade nas intenções e nas atitudes, para promover o bem, contando sempre com a sua graça para sermos cada vez mais transformados. Somos “caminheiros” e no “Caminho” que seguimos temos quedas, encontramos atalhos, passamos por obstáculos, andamos em passos mais largos ou mais lentamente. O importante é ter os olhos fixos na nossa meta que é o Céu, andando pela via da nossa salvação, ou seja, olhando fixamente para Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida, pois Ele já fixou o olhar sobre nós por primeiro e nos amou com um amor sem limites.Vivemos em um mundo que exige de nós uma resposta, mas nós precisamos dar mais do que isso, precisamos dar testemunho. Muitas vezes, como cristãos ainda damos contra-testemunhos de viver neste mundo com amor e paz. “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios” (1 Timóteo 4,1). Deus precisa ser o centro de nossas vidas, de tudo aquilo que vivemos e de nossas decisões para que possamos testemunhar concretamente. “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos. Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons. Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus” (2 Timoteo 3,1-4). As pessoas estão vivendo o comodismo, mas nosso chamado não é para isso. somos chamados a viver o seguimento de Jesus Cristo.Existe em nós uma vontade infinita de viver, mas temos de ser cristãos de qualidade, buscando e seguindo Jesus Cristo, pois Ele é o único caminho de experiência de comunhão com Deus. Se somos cristãos, precisamos viver honestamente e com dignidade, pois o agir segue o ser. Tudo precisa ser marcado por esse nosso ser cristão, por isso é necessário acreditarmos em nós e nas pessoas, mas para isso temos de seguir Jesus.O tempo e a vida exigem de nós aquilo que somos. Temos de dar uma resposta à vida e ser bons cristãos. A Vocação cristã é ir ao encontro do outro e amá-lo, em qualquer situação Temos de ser sinal de amor para o mundo, pois Deus precisa de cada um de nós para cuidar do outro. Não estamos aqui, nesta terra, para discutir as coisas materiais, mas para dar testemunho de amor. Cada um tem seu valor, e somos felizes naquilo que podemos ofertar vivendo na busca desafiante da santidade. Pois nosso alvo é a Santidade. Recebemos de Deus uma capacidade para viver longe da corrupção, mas precisamos buscar o Senhor para não cairmos em tentação, mas vivermos sempre na santidade e felizes, pois o segredo da felicidade está em viver a coerência da nossa vocação para que não sejamos vazios.Não pode haver frutos se não houver santidade. Temos de ser fiéis àquilo que Deus tem colocado na nossa vida. Tudo depende de nós, pois o Senhor já tem a graça disponível para cada um, para isso temos que nos unir a Ele. Temos que cuidar da nossa vocação e eleição.





E COMO SANTIFICAR-SE NUMA RELIGIÃO QUE PERMITE "TRABALHOS" PARA PREJUDICAR OUTRAS PESSOAS?

 




A definição de macumba não é fácil de se conseguir. A ideia popular normalmente está associada a feitiços, trabalhos para atrasar a vida de alguém, despachos, mandingas e coisas do tipo. A ideia geral da sociedade é que a macumba é algo malévolo, maligno e até mesmo diabólico. Oliveira sugere que esta fama ruim possa ter sua origem na provável “associação ao adjetivo feminino de mau: ‘má’”.[1] Na visão dele, se fosse então “boacumba”, a religiosidade afro-brasileira poderia ter tomado outro rumo. Não há um significado concreto para o termo macumba, etimologicamente falando. O wiktionary sugere que, o termo talvez venha do quimbundo (idioma banto falado na Angola), ma (o que assusta) e kumba (soar assustadoramente). Quando se fala nesse assunto, generaliza-se, portanto, todas as religiões afro-brasileiras em um único termo: macumba. A ideia geral também é que essas religiões trabalham com feitiçarias, magias, encantamentos, consulta a mortos, bruxarias, vodus e coisas assim.A ideia não está de toda errada. Champlin explica que as religiões praticantes de magias e feitiçarias partem da ideia de “que certas pessoas têm a capacidade de manipular poderes sobrenaturais, a fim de alterar para melhor ou para pior a sorte de alguém, tanto do próprio individuo como de outras pessoas”.[2] Certo representante do candomblé, por exemplo, publicou um livro em que traz ensinamentos sobre como prejudicar outras pessoas através de feitiços e encantamentos.[3] Alguns desses feitiços seriam: colocar uma pessoa louca, destruir, arruinar, colocar feridas, trazer separações matrimoniais, fazer perder tudo o que tem, fazer ir embora, fazer vingança e até mesmo matar. Gaarder comenta que o candomblé não é uma religião ética, mas mágica e ritualística. Nela não há a ideia de salvação da corrupção do pecado e tampouco há espaço para negação deste mundo em prol de uma vida eterna. “No candomblé o que se busca é a interferência concreta do sobrenatural ‘neste mundo’ presente, mediante a manipulação de forças sagradas, a invocação das potências divinas e os sacrifícios oferecidos às diferentes divindades, os chamados orixás”.[4].











Embora o candomblé adote a prática de fazer o mal explicitamente, Lourenço Braga alega que a umbanda se dedica à prática do bem (magia branca), ao passo que a quimbanda se dedica à prática do mal (magia negra).[5].O esforço de Braga cai por terra após o relato de Camargo. Segundo este, os espíritos maus, que ele chama de “quimbandeiros” são mais fortes do que os “bons” e diz que às vezes, os umbandistas têm necessidade de apelar para aqueles.[6]. O dicionário Melhoramentos define macumba como candomblé, feitiçaria e ainda como um instrumento de percussão dos negros.[7] Trindade, sacerdote umbandista, explica que uma das possibilidades para a origem da macumba talvez seja a ligação que as pessoas fizeram dos praticantes das religiões afro com o instrumento predominante de suas religiões.[8] Ou seja, como na maioria das religiões afro usava-se o instrumento de percussão “macumba” e quem os tocava eram “macumbeiros”, daí a fama popular genérica de que todas as religiões afro sejam “macumba”.Macumba também é, popularmente associado a feitiço. Quando alguém diz “fizeram uma macumba para meu vizinho”, ele está na verdade dizendo que fizeram um trabalho de feitiçaria (macumbaria) contra aquela pessoa. Os males que afetam a criatura humana têm causas suficientes na maldade e nas limitações mesmas das criaturas. Todos nós passamos por fases difíceis em nossas vidas, na qual três elementos nos são de grande ajuda: a oração, o raciocínio à procura de uma solução inteligente e a colaboração de amigos.A Providência Divina não falha; ela permite que as criaturas sejam provadas sempre em vista do bem da pessoa tentada. Diz o autor da epístola aos Hebreus 12, 5-13: “Vós esquecestes a exortação que vos foi dirigida como a filhos: “Meu filho, não desprezes a educação do Senhor, não desanimes quando ele te corrige; pois o Senhor educa a quem ama, e castiga todo filho que acolhe”. É para a vossa educação que sofreis. Deus vos trata como filhos. Qual é, com efeito, o filho cujo pai não educa? Se estais privados da educação da qual todos participam, então sois bastardos e não filhos. Nós tivemos os nossos pais segundo a carne como educadores, e os respeitávamos. Não haveremos de ser muito submissos ao Pai dos espíritos, a fim de vivermos? Pois eles nos educaram por pouco tempo, segundo as suas impressões. Deus, porém, nos educa para o aproveitamento, a fim de nos comunicar a sua santidade. Toda educação, com efeito, no momento não parece motivo de alegria, mas de tristeza. Depois, no entanto, produz naqueles que assim foram exercitados um fruto de paz e de justiça. Por isso, reerguei as mãos enfraquecidas e os joelhos trôpegos; endireitai os caminhos para os vossos pés, a fim de que não se extravie o que é manco, mas antes seja curado” - Uma pergunta que sempre é feita é sobre algo que transcende à materialidade: “Foi Deus que nos criou ou fomos nós que o criamos em nossas mentes?” Seja qual for a resposta, sempre sobrará um mistério em relação à criação do Universo. E um dos pontos importantes a ser refletido é se o Deus, de qualquer religião que seja, é uma figura humana, como nós, ou um espírito sem materialidade. Mas é sempre importante lembrarmos que Deus dá aos humanos liberdade para suas ações, sejam elas quais forem, sejam ou não causa de punições posteriores. A verdade é algo transcendente aos nossos sentidos e sentimentos. Qualquer definição do que seja uma verdade estará sempre sujeita a outras interpretações. E é essa diversidade que deveria provocar aproximações e nunca afastamentos. Afirmar que o que achamos como verdade seja realmente uma verdade é ignorar que essas ideias são verdadeiras para nós, mas que podem ser falsas para, muitas vezes, a maioria das pessoas. E um dos grandes erros de como se utiliza a religião em nossos dias é nos considerarmos como pertencente a única e verdadeira religião, deixamos de seguir o exemplo de Cristo em ver tudo de bom naquele(a) que é diferente de nossa crença, desprezando-os e diminuindo-os. Esses geralmente estão de braços dados com a isenção do espírito crítico, estreiteza mental e preconceitos de várias espécies. 











E poderiam ser combatidos se trouxéssemos sempre em nossas mentes um ensinamento do filósofo espanhol Ortega y Gasset: "Eu sou eu e minha circunstância, e se eu não salvá-la, eu não salvo a mim mesmo." Segundo Cícero, o termo RELIGIÃO vem de religare, religar; a religião seria um laço de piedade que serve para religar os seres humanos entre si e a Deus. Talvez o primeiro passo para uma verdadeira religião seja um propósito integrativo em nossa comunidade humana. E é isto que costuma significar o que a imagem divina passa para nós. Por conseguinte tenha a amiga paz interior, confiança e ponha sua razão para funcionar, eliminando todo propósito de querer prejudicar o seu semelhante que também, busca religar-se a Deus dentro de suas limitações, circunstâncias e seu tempo.

 

 

 

 

1 Coríntios 13,4-6: "O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade."

 

 



Notas

 

 

 

 

 [1] OLIVEIRA, José Henrique Motta. Entre a Macumba e o Espiritismo: uma análise comparativa das estratégias de legitimação da Umbanda durante o Estado Novo. UFRJ, 2007, p. 92.



[2] CHAMPLIN, Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Candeia. Vol. 4. 1991, p. 23.



[3] GIMBEREUÁ, Ogã. Ebós Feitiços no Candomblé. Eco, 1969; D’OBALUAYÊ, Batista. Feitiços e Ebós no Candomblé. Império da Cultura LTDA, 2011.



[4] GAARDEN, Jostein. O livro das Religiões. Cia das Letras, 2001, p. 318.



[5] BRAGA, Lourenço. Umbanda e quimbanda. Spike, 1961, p. 12-15.



[6] CAMARGO, Cândido Procópio Ferreira de. Kardecismo e Umbanda. Pioneira, 1961, pp. 54,55.



[7] Grande Dicionário Brasileiro Melhoramentos Ilustrado, vol. 3, 1975.



[8] TRINDADE, Diamantino Fernandes. Você sabe o que é macumba? Você sabe o que é exu? Icone, 2013, p. 41.

 

 

 

 

Essa postagem foi adaptada da Revista Defesa da Fé 107.







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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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