Salmo Responsorial - 21: “Meu
Deus, meu Deus, por que me abandonastes!”
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do Evangelho: Lucas 23,1 - 49
— Glória a vós, Senhor!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Narrador 1: Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo + segundo Lucas! Naquele tempo, 1toda a multidão se levantou e levou Jesus a Pilatos. 2Começaram então a acusá-lo, dizendo:
Ass.:
“Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo, proibindo pagar
impostos a César e afirmando ser ele mesmo Cristo, o Rei”.
Narrador:
3Pilatos o interrogou:
Leitor
1: “Tu és o rei dos judeus?”
Narrador:
Jesus respondeu, declarando:
*Pres.:
“Tu o dizes!”
Narrador:
4Então Pilatos disse aos sumos sacerdotes e à multidão:
Leitor
1: “Não encontro neste homem nenhum crime”.
Narrador:
5Eles, porém, insistiam:
Ass.:
“Ele agita o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou,
até aqui”.
Narrador:
6Quando ouviu isto, Pilatos perguntou:
Leitor
1: “Este homem é galileu?”
Narrador: 7Ao saber que Jesus estava sob a autoridade de Herodes, Pilatos enviou-o a este, pois também Herodes estava em Jerusalém naqueles dias. 8Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois havia muito tempo desejava vê-lo. Já ouvira falar a seu respeito e esperava vê-lo fazer algum milagre. 9Ele interrogou-o com muitas perguntas. Jesus, porém, nada lhe respondeu.10Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei estavam presentes e o acusavam com insistência. 11Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo, zombou dele, vestiu-o com uma roupa vistosa e mandou-o de volta a Pilatos. 12Naquele dia Herodes e Pilatos ficaram amigos um do outro, pois antes eram inimigos.13Então Pilatos convocou os sumos sacerdotes, os chefes e o povo, e lhes disse:
Leitor
1: 14“Vós me trouxestes este homem como se fosse um agitador do povo. Pois bem!
Já o interroguei diante de vós e não encontrei nele nenhum dos crimes de que o
acusais; 15nem Herodes, pois o mandou de volta para nós. Como podeis ver, ele
nada fez para merecer a morte. 16Portanto, vou castigá-lo e o soltarei”.
Narrador:
18Toda a multidão começou a gritar:
Ass.:
“Fora com ele! Solta-nos Barrabás!”
Narrador:
18Barrabás tinha sido preso por causa de uma revolta na cidade e por
homicídio.20Pilatos falou outra vez à multidão, pois queria libertar Jesus.
21Mas eles gritaram:
Ass.:
“Crucifica-o! Crucifica-o!”
Narrador:
22E Pilatos falou pela terceira vez:
Leitor
1: “Que mal fez este homem? Não encontrei nele nenhum crime que mereça a morte.
Portanto, vou castigá-lo e o soltarei”.
Narrador: 23Eles, porém, continuaram a gritar com toda a força, pedindo que fosse crucificado. E a gritaria deles aumentava sempre mais. 24Então Pilatos decidiu que fosse feito o que eles pediam. 25Soltou o homem que eles queriam — aquele que fora preso por revolta e homicídio — e entregou Jesus à vontade deles.26Enquanto levavam Jesus, pegaram um certo Simão, de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para carregá-la atrás de Jesus. 27Seguia-o uma grande multidão do povo e de mulheres que batiam no peito e choravam por ele. 28Jesus, porém, voltou-se e disse:
*Pres.:
“Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos
filhos! 29Porque dias virão em que se dirá: ‘Felizes as mulheres que nunca
tiveram filhos, os ventres que nunca deram à luz e os seios que nunca
amamentaram’. 30Então começarão a pedir às montanhas: ‘Cai sobre nós! e às
colinas: ‘Escondei-nos!’ 31Porque, se fazem assim com a árvore verde, o que não
farão com a árvore seca?”
Narrador:
32Levavam também outros dois malfeitores para serem mortos junto com
Jesus.33Quando chegaram ao lugar chamado “Calvário”, ali crucificaram Jesus e
os malfeitores: um à sua direita e outro à sua esquerda. 34Jesus dizia:
*Pres.:
“Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!”
Narrador:
Depois fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas de Jesus. 35O povo
permanecia lá, olhando. E até os chefes zombavam, dizendo:
Ass.:
“A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o
Escolhido!”
Narrador:
36Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre,37e
diziam:
Ass.:
“Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!”
Narrador:
38Acima dele havia um letreiro:
Leitor
2: “Este é o Rei dos Judeus”.
Narrador:
39Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo:
Leitor
2: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”
Narrador:
40 Mas o outro o repreendeu, dizendo:
Leitor
1: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? 41Para nós, é
justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”.
Narrador:
42E acrescentou:
Leitor
1: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”.
Narrador:
43Jesus lhe respondeu:
*Pres.:
“Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.
Narrador:
44Já era mais ou menos meio-dia e uma escuridão cobriu toda a terra até as três
horas da tarde, 45pois o sol parou de brilhar. A cortina do santuário rasgou-se
pelo meio,46e Jesus deu um forte grito:
*Pres.:
“Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”.
Narrador:
Dizendo isso, expirou.
(Aqui
todos se ajoelham e faz-se uma pausa.)
Narrador:
47O oficial do exército romano viu o que acontecera e glorificou a Deus,
dizendo:
Leitor
1: “De fato! Este homem era justo!”
Narrador:
48E as multidões, que tinham acorrido para assistir, viram o que havia
acontecido e voltaram para casa, batendo no peito. 49Todos os conhecidos de
Jesus, bem como as mulheres que o acompanhavam desde a Galileia, ficaram a
distância, olhando essas coisas.
— Palavra da Salvação!
— Glória a vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO
EVANGELHO
O Catecismo (574-576) nos ensina que: “alguns chefes de Israel acusaram Jesus de agir contra a Lei, contra o templo de Jerusalém, e em particular contra a fé no Deus único, porque Ele se proclamava Filho de Deus. Por isso, O entregaram a Pilatos, para que O condenasse à morte”. Diante de todas essas evidências, será que ainda é possível fazer MALABARISMOS TEOLÓGICOS para afirmar que a morte de Jesus foi mera e simplesmente porque sua mensagem foi uma alternativa completamente nova e revolucionária ao sistema político e religioso vigente? Jesus pregava algo completamente estranho aos seus ouvintes e contemporâneos? Será que Jesus realmente praticou e pregou o que a religião e o sistema político da época não aceitavam: o amor ao próximo, a justiça, o cuidado com os mais necessitados, a solidariedade e o bem comum? Ninguém antes dele fez isso? E podemos dizer que a escritura velho testamentária se omite deste assunto? E por isso sua morte foi iminente pelo sistema da época porque simplesmente não toleravam essa mensagem? Sejamos sinceros em nossa reflexão sem descambar em querer impor ideologias estranhas ao evangelho, deturpando a sua mensagem como nos alerta nosso querido papa Francisco!
A Palavra diz: “Israelitas, ouvi estas palavras: Jesus de Nazaré, homem de quem Deus tem dado testemunho diante de vós com milagres, prodígios e sinais que Deus por Ele realizou no meio de vós como vós mesmos o sabeis, depois de ter sido entregue, segundo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de ímpios. Mas Deus o ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, porque não era possível que ela o retivesse em seu poder”. (At 2, 22-24) - Se conclui com isto que Jesus não é um homem se passando por Deus, mas Deus que se fez homem! Pilatos perguntou-lhe: "És tu o rei dos judeus?” O Texto da Via-Sacra do Vaticano diz assim: “Pilatos parecia poderoso, tinha direito de vida e de morte sobre Jesus. Sentia gosto em ironizar com o “Rei dos Judeus”, mas na realidade era fraco, vil e servil. Temia o imperador Tibério, temia o povo, temia aqueles sacerdotes que entretanto no coração desprezava. Entregou Jesus para ser crucificado, quando sabia que era inocente”. “Herodes procurava ver Jesus para ter certeza dos sinais e prodígios que ouviu falar sobre Ele. Eis a razão pela qual Jesus é levado diante de Herodes na Sexta-Feira Santa. O rei quer ver Cristo realizar alguma “mágica”, mas Jesus não dirige sequer uma palavra para ele. Herodes não merecia nem uma palavra do Senhor. A arrogância dele era desprezível, por isso Cristo não fez nenhum milagre diante dele”. Herodes e Pilatos uniram-se contra Jesus, o Filho de Deus - O Catecismo (600) ensina: “Na verdade, Herodes e Pôncio Pilatos uniram-se nesta cidade, com as nações pagãs e os povos de Israel, contra o vosso santo Servo Jesus, a quem ungistes. Cumpriram assim tudo o que o vosso poder e os vossos desígnios tinham de antemão decidido que se realizasse (At 4, 27-28). Deus permitiu os atos resultantes da sua cegueira, como fim de levar a cabo o seu plano de salvação”. “Um homem sem culpa alguma está diante de Pilatos. A lei e o direito cedem ao arbítrio de um poder totalitário, que procura o consenso das multidões (alguma semelhança com os dias atuais?...) Num mundo injusto, o justo não pode senão ser rejeitado e condenado”. (Via-Sacra Vaticano).Pilatos “na fugaz tentativa de salvar Jesus, chega a dar a liberdade a um perigoso homicida. Inutilmente procurava lavar aquelas mãos gotejando sangue inocente. Pilatos é imagem de todos aqueles que detêm a autoridade como instrumento de poder e descuidam a justiça”. (Via-Sacra Vaticano. O Papa Emérito Bento XVI disse: “Para nós, quem é Jesus de Nazaré? Que idéia temos do Messias, que idéia temos de Deus? Esta é uma questão crucial, que não podemos evitar, até porque, precisamente nesta semana, somos chamados a seguir o nosso Rei que escolhe a cruz como trono; somos chamados a seguir um Messias que não nos garante uma felicidade terrena fácil, mas a felicidade do céu, a bem-aventurança de Deus”. “Detiveram um certo Simão de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para que a carregasse atrás de Jesus” .
“Nosso Senhor é o nosso modelo: tomemos nossa cruz e sigamo-lo… Quando amamos as cruzes que nos são dadas, não as sentimos, mas, quando as rejeitamos, elas nos esmagam… A cruz é um presente que o bom Deus dá aos seus amigos”. (São João Maria Vianney). As palavras de Jesus às mulheres de Jerusalém – “Como entendê-las? Não se trata porventura de uma advertência contra uma piedade puramente sentimental, que não se torna conversão e fé vivida? De nada serve lamentar, por palavras e sentimentalmente, os sofrimentos deste mundo, se a nossa vida continua sempre igual. Por isso, o Senhor nos adverte do perigo em que nós próprios nos encontramos. Mostra-nos a seriedade do pecado e a seriedade do juízo. Apesar de todas as nossas palavras de horror à vista do mal e dos sofrimentos dos inocentes, não somos nós porventura demasiado inclinados a banalizar o mistério do mal?” (Via-Sacra do Vaticano).O texto da Via-Sacra do Vaticano diz: “No cimo da cruz de Jesus – nas duas línguas do mundo de então, o grego e o latim, e na língua do povo eleito, o hebraico – está escrito quem é: o Rei dos Judeus, o Filho prometido a David. Pilatos, o juiz injusto, tornou-se profeta sem querer! Perante a opinião pública mundial, ali é proclamada a realeza de Jesus! O próprio Jesus não tinha aceito o título de Messias como queriam lhes dar, enquanto poderia induzir a uma idéia errada de poder e de libertação meramente humana. Mas, agora, o título pode estar escrito ali publicamente sobre o Crucificado. Ele, assim, é verdadeiramente o rei do mundo. Agora foi verdadeiramente «elevado” - “Ali o crucificaram, como também os ladrões, um à direita e outro à esquerda” – São Bernardo disse: “Quem pode alguma vez, levar Deus a morrer condenado numa cruz no meio de dois criminosos, com tanta vergonha para sua grandeza de Deus? Quem fez isto? –Foi o amor, que esqueceu sua dignidade”. - “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo” – O Texto da Via-Sacra do Vaticano diz assim: “Jesus, Aquele que é escarnecido e que traz a coroa do sofrimento, é o verdadeiro rei. O seu cetro é justiça (cf. Sal 45/44, 7). O preço da justiça é sofrimento neste mundo: Ele, o verdadeiro rei, não reina por meio da violência, mas através do amor com que sofre por nós e conosco. Ele carrega a cruz, a nossa cruz, o peso de sermos homens, o peso do mundo. É assim que Ele nos precede e mostra como encontrar o caminho para a vida verdadeira”.O Santo padre São João Paulo João Paulo II explicou sobre “o seu comportamento exemplar (de Jesus) inspirado na mansidão e humildade: ao ser insultado, não respondia com insultos; ao ser maltratado, não ameaçava” (2, 23). O silêncio paciente do Senhor não é só um ato de coragem e de generosidade. É também um gesto de confiança em relação ao Pai…” - “Aproximavam-se dele, ofereciam-lhe vinagre” – O texto da Via-Sacra diz assim: “ Jesus não toma a bebida anestesiante que Lhe fora oferecida: conscientemente assume todo o sofrimento da crucifixão. Todo o seu corpo é martirizado; cumpriram-se as palavras do Salmo: «Eu, porém, sou um verme e não um homem, o opróbrio dos homens e a abjeção da plebe» (Sal 22/21, 7)”. O Papa Emérito Bento XVI ensinou: “E por fim Jesus sabe que a sua vida irá além: não terá na cruz o seu fim. Sabe que a sua vida arrancará o véu entre este mundo e o mundo de Deus; que Ele subirá ao trono de Deus e reconciliará Deus e o homem no seu corpo. Sabe que o seu corpo ressuscitado será o novo sacrifício e o novo Templo; que em volta d’Ele, da multidão dos Anjos e dos Santos, se formará a nova Jerusalém que está no céu e contudo já está também na terra, porque na sua paixão Ele abriu o confim entre céu e terra” - “A cruz de Cristo é um acontecimento cósmico. O mundo fica na escuridão, quando o Filho de Deus sofre a morte!
A terra treme. E junto da cruz tem início ali Igreja dos pagãos. O centurião romano reconhece, compreende que Jesus é o Filho de Deus. Da cruz, Ele triunfa sem cessar”. (Via-Sacra). O Catecismo (613) ensina que: “a morte de Cristo é, ao mesmo tempo, o sacrifício pascal que realiza a redenção definitiva dos homens por meio do «Cordeiro que tira o pecado do mundo», e o sacrifício da Nova Aliança que restabelece a comunhão entre o homem e Deus, reconciliando-o com Ele pelo «sangue derramado pela multidão, para a remissão dos pecados”. São João Paulo II explicou: “Quem crê em Jesus crucificado e ressuscitado leva a Cruz como um triunfo, como prova evidente de que Deus é amor. Com a doação total de si, precisamente com a Cruz, o nosso Salvador venceu definitivamente o pecado e a morte. Por isso aclamamos com júbilo; “Glória e louvor a ti, ó Cristo, que com a tua Cruz redimiste o mundo!”.“Jesus Cristo, morrendo, apagou nossa condenação com seu sangue para que assim recuperássemos a esperança do perdão e da salvação eterna”. (Santo Afonso de Ligório). Concluímos essa reflexão com as palavras de Santo Ambrósio que se expressou: “Nada existe nas minhas obras de que me possa gloriar, nada tenho de que me gloriar, e por isso gloriar-me-ei em Cristo. Não me alegrarei por ser justo, mas porque fui redimido. Não me alegrarei porque não tenho pecados, mas porque os pecados me foram perdoados. Não me alegrarei porque ajudei nem porque alguém me ajudou, mas porque Cristo é meu advogado junto do Pai, porque o sangue de Cristo foi derramado por mim. A minha culpa tornou-se para mim o preço da redenção, através da qual Cristo veio a mim. Por mim, Cristo provou a morte. É mais proveitosa a culpa que a inocência. A inocência tinha-me tornado arrogante, a culpa tornou-me humilde”.
C.D. nº 12: “No exercício do seu múnus de ensinar, anunciem o Evangelho de Cristo aos homens, que é um dos principais deveres dos Bispos, chamando-os à fé com a fortaleza do Espírito ou confirmando-os na fé viva. Proponham-lhes na sua integridade o mistério de Cristo, isto é, aquelas verdades que não se podem ignorar sem ignorar o mesmo Cristo. E ensinem-lhes o caminho que Deus revelou para ser glorificado pelos homens e estes conseguirem a bem-aventurança eterna. Mostrem, além disso, que as coisas terrestres e as instituições humanas no plano de Deus Criador se ordenam também para a salvação dos homens e podem, por conseguinte, contribuir não pouco para a edificação do Corpo de Cristo. Ensinem, por isso, quanto, segundo a doutrina da Igreja, valem a pessoa humana, com a sua liberdade e a própria vida corpórea; a família e a sua unidade e estabilidade, a procriação e a educação dos filhos; a sociedade civil, com as suas leis e profissões; o trabalho e o descanso, as artes e a técnica; a pobreza e a riqueza..." (DECRETO CHRISTUS DOMINUS SOBRE O MÚNUS PASTORAL DOS BISPOS NA IGREJA Nº 12 – Papa Paulo VI). Cumprindo fielmente esta orientação,na catequética e esclarecedora homilia do Domingo de Ramos 2021, com o bispo de Mossoró-RN, Dom Mariano Manzana, no link do vídeo abaixo (a altura dos 07:34 minutos, no terceiro ponto) D. Mariano afirma categoricamente: Jesus morreu por motivo "religioso"!
https://www.youtube.com/watch?v=fwVnBbbkxXA&ab_channel=ApostoladoBerakash
Oração de São João
Paulo II: “A Virgem, participando profundamente do desígnio salvífico, nos
acompanhe no caminho da paixão e da cruz até ao sepulcro vazio, para encontrar
o seu Filho divino ressuscitado. Entremos no clima espiritual do Tríduo Santo,
deixando-nos guiar por ela”.
Ó Senhor Jesus, pela sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do
mundo inteiro!
Uma abençoada e frutífera Semana Santa para todos!
“Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”
MOTIVAÇÕES PARA A
LITURGIA DIÁRIA E DOMINICAL:
A Liturgia Diária é uma ótima ocasião para que se opere a “conversão diária!” -
A leitura da Liturgia Diária forjou e moldou muitos Santos:
1)-Santo Agostinho foi um deles. “Tolle et lege” (Toma e lê) foi a frase que o conduziu a ler um trecho
do Evangelho que mudou sua vida.
2)-O grande Santo Antão, que deu origem à
vida monástica, foi tocado pela graça ao ler a parábola do moço rico no
Evangelho.
3)- São Francesco (Francisco) cujo nome é adotado depois de
uma viagem à França, onde o menino teria ficado
cativado pela vida francesa, sua música, sua poesia e seu povo, seu pai teria
começado a chamá-lo de "francesco", que significa "francês"
em italiano. Também, como Santo Antão,a passagem do
jovem rico é tão significativa que inspirou também São Francisco de Assis a
elaborar sua Regra de Vida baseada no desapego aos bens e o amor aos pobres:
“Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um
tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. (Mt 19, 21).
4)-Também para Santo Inácio de Loyola a ocasião escolhida por Deus para sua mudança de vida foi a leitura de
consagrados livros Cristãos.
Gravemente ferido na batalha de Pamplona (20 de Maio de 1521), passou
meses inválido, no castelo de seu pai. Durante o longo
período de recuperação, Inácio procura ler livros para passar o tempo, e começa
a ler a "Vita Christi", de Rodolfo da Saxônia, e a Legenda Áurea,
sobre a vida dos santos, de Jacopo de Varazze, monge cisterciense que comparava
o serviço de Deus com uma ordem cavalheiresca.A partir destas leituras,
tornou-se empolgado com a ideia de uma vida dedicada a Deus, emulando os feitos
heroicos de Francisco de Assis e outros líderes religiosos. Decidiu
devotar a sua vida à conversão dos infiéis na Terra Santa.
Os Santos recomendam
com empenho a Liturgia Diária:
1)-São Bernardo: “A leitura
espiritual nos prepara para a oração e a prática das virtudes. Leitura e Oração são as armas com as quais se vence o demônio
e se conquista o céu”.
2)-São Cipriano (bispo de Cartago -África): “Permanece na oração e na leitura: desse modo conversarás com Deus e
Deus estará contigo”.
3)-Santo Afonso de Ligório: “Quantos Santos
abandonaram o mundo e se deram a Deus por meio da leitura espiritual!”
4)-São Gregório Magno, Papa: “Eu te rogo: empenha-te em meditar cada dia as palavras do teu Criador. Assim aprenderás a conhecer o coração de Deus através
das palavras de Deus”.
A Liturgia Diária
ajuda-nos a compreender e amar a Liturgia Católica:
O Catecismo da Igreja Católica ensina que “a
liturgia é participação na oração de Cristo, dirigida ao Pai no Espírito Santo.
Nela, toda a oração cristã encontra a sua fonte e o seu termo. Pela
liturgia, o homem interior lança raízes e alicerça-se no «grande amor com que o
Pai nos amou» (Ef 2, 4).
A Liturgia Diária
prepara nossa alma para recebermos o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus
Cristo
Na Liturgia Diária, as orações e as leituras da Palavra de Deus são
ocasião para alimentar a nossa fé. Em cada leitura Deus fala a seu povo e o
alimenta.Por esse modo a Santa Igreja prepara o coração
dos fiéis para poder receber o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, na
Sagrada Comunhão.Na Liturgia da Palavra o fiel ouve com atenção as leituras da
Bíblia que são uma carta escrita por Deus para cada um de nós.Na
Liturgia Eucarística somos preparados para receber o Pão dos Anjos, que
transformará nossa vida, e como Elias nos dar força para continuar a caminhada
alimentados por este pão (I Reis 19,4-10).
Como viver de forma
prática a Liturgia Diária?
Este é um método de “leitura orante da Palavra
de Deus”, da Liturgia Diária, praticado e ensinado pelos Padres da Igreja desde
os seus primeiros séculos. Foi batizada com esse nome por Orígenes no Séc. III,
e generalizou-se nos séculos IV e V como maneira predominante de ler a bíblia. Esta
pode ser feita diariamente, por exemplo, meditando o Evangelho proposto pela liturgia
diária da Santa Missa.
Após suplicar a luz
do Espírito Santo, o método se desenvolve em 4 passos:
1)-Leitura: o que a Palavra diz
em si?
2)-Meditação: o que a Palavra diz
para mim; o que ela me ensina, me revela, como ela me forma, como a vejo em
minha vida?
3)-Oração: Qual minha resposta a palavra de
Deus?
4)-Contemplação: O que a
palavra de Deus fez em mim? O que devo mudar concretamente em minha vida? Que
postura devo tomar? O que me proponho a viver doravante durante a minha vida?
- O fruto dessa nova dinâmica de vida ao ritmo da Palavra é uma
transformação real e concreta que nos elevará em fé, esperança e caridade, além
disso, nos proporcionará uma vida junto de Deus mais constante e digna de Seu
amor! Por último, que possamos perseverar neste caminho. Auxiliados pela
graça de Deus já provaremos aqui nesta terra das riquezas do céu, e possamos
cantar esperançosos com São Tomás de Aquino:
“...Ó Jesus, que nesta vida pela fé eu vejo
Realiza, eu te suplico, este meu desejo:
Ver-te, enfim, face a face, meu divino amigo
Lá no céu, eternamente, ser feliz contigo!”
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APOSTOLADO BERAKASH: Como
você pode ver, ao contrário de outros meios midiáticos, decidimos por manter a nossa página livre de
anúncios, porque geralmente, estes querem determinar os conteúdos a
serem publicados. Infelizmente, os algoritmos definem quem vai ler o quê. Não buscamos aplausos, queremos é que nossos
leitores estejam bem informados, vendo sempre os TRÊS LADOS da moeda para
emitir seu juízo. Acreditamos que cada um de nós no Brasil, e nos
demais países que nos leem, merece o acesso a conteúdo verdadeiro e com
profundidade. É o que praticamos desde o início deste blog a mais de 20 anos
atrás. Isso nos dá essa credibilidade que orgulhosamente a preservamos,
inclusive nestes tempos tumultuados, de narrativas polarizadas e de muita Fake
News. O apoio e a propaganda de vocês nossos leitores é o que garante nossa
linha de conduta. A mera veiculação, ou reprodução de matérias e
entrevistas deste blog não significa, necessariamente, adesão às ideias neles
contidas. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo informativo deste
blog. Os comentários devem ser respeitosos e relacionados estritamente ao
assunto do post. Toda polêmica desnecessária será prontamente banida. Todos as postagens e comentários são de
inteira responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente, a
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