Comentários do Blog Berakash: Gosto muito de Dom Helder
Câmara, o profeta da não violência, que dizia preferir violentar-se a si mesmo
que aos outros, mas como todo ser humano, não goza da infalibilidade e cometeu
muitos erros e equívocos tanto de ideias como de ações ao longo se sua vida,
porém, morreu santamente em obsequioso silêncio e obediência a Santa mãe
Igreja. Ora, a justiça social não é invenção comunista, já nos disse reiterada
vezes o Papa Francisco. Essa posição foi explicitada pelo sacerdote no livro "Papa Francisco: Essa economia
mata", dos jornalistas italianos Andrea Tornielli e Giacomo Galeazzi.
Já acusado por alguns de ser comunista (o qual negou publicamente), o papa Francisco acredita que o cuidado
com os pobres não é uma invenção da ideologia desenvolvida por Karl Marx, e sim
algo que está presente no Evangelho. Aos repórteres, o argentino Jorge
Bergoglio ainda disse que a preocupação
social não deve ser "ideologizada". Mas afinal o que faz uma
pessoa ser Comunista? Qual é a linha divisória que separa o Cristianismo do
Comunismo?
Uma das características mais extraordinárias
de O Manifesto Comunista é sua sinceridade, porém, já estar provado e
comprovado, que a sinceridade não é o critério da verdade, pois uma pessoa pode
estar SINCERAMENTE ESQUIVOCADA. Mesmo quem conhece bem a biografia de
Marx, se surpreende com sua notável franqueza em relação aos objetivos do
comunismo. Com efeito, é possível argumentar que esta audácia passou a permear
toda a psique comunista. No último parágrafo do manifesto, Marx resume toda sua
posição:
"Os comunistas rejeitam suavizar suas ideias e objetivos. Declaram abertamente que os seus fins só
podem ser alcançados pela violenta subversão de toda a ordem social vigente.
Que as classes dominantes tremam de medo perante uma revolução comunista...”
Assim
como em Mein Kampf, de Hitler, os leitores são apresentados a uma visão
pura e nada diluída da ideologia do autor (por mais sombria que seja). Vamos
aos desdobramentos: Começa com a propriedade - O manifesto de
Marx tornou-se famoso por resumir toda a teoria do comunismo em uma única
frase: "Abolição da propriedade privada". Ao final do segundo
capítulo, ele inclusive fornece as 10 medidas necessárias para tornar-se um
país comunista. Diz ele:
“O proletariado usará sua supremacia política para expropriar, de
maneira gradual, todo o capital da burguesia, para centralizar todos os
instrumentos de produção nas mãos do Estado, isto é, do proletariado organizado
como classe dominante...Naturalmente,
isto só poderá ocorrer por meio de intervenções despóticas no direito de
propriedade e nas relações de produção burguesas. Por meio de medidas,
portanto, que economicamente parecerão insuficientes e insustentáveis, mas que,
no decurso do movimento, levam para além de si mesmas, requerendo novas agressões
à velha ordem social...”
Estas
medidas serão, obviamente, naturalmente distintas para os diferentes países.
Não obstante, nos países mais avançados, poderão ser aplicadas de um modo
generalizado:
1. Expropriação da propriedade sobre a terra e aplicação de
toda a renda obtida com a terra nas despesas do Estado.
2. Imposto de renda fortemente progressivo.
3. Abolição de todos os direitos de herança.
4. Confisco da propriedade de todos os emigrantes e rebeldes.
5. Centralização do crédito nas mãos do Estado, por meio de
um banco nacional com capital do Estado usufruindo monopólio exclusivo.
6.
Centralização, nas mãos do Estado, de todos os meios de comunicação e
transporte.
7. Ampliação das fábricas e dos instrumentos de produção
pertencentes ao Estado; arroteamento das terras incultas e melhoramento das
terras cultivadas, tudo de acordo com um plano geral.
8. Trabalho obrigatório para todos. Criação de exércitos
industriais, em especial para a agricultura.
9. Unificação do trabalho agrícola e industrial. Abolição
gradual de toda e qualquer distinção entre cidade e campo por meio de uma
distribuição equilibrada da população ao longo do território do país.
10. Educação gratuita para todas as crianças nas escolas
públicas. Eliminação do trabalho infantil nas fábricas em sua forma atual.
Unificação da educação com a produção industrial etc.
Mas
estes famosos 10 pontos do manifesto comunista — que vão desde a abolição da
propriedade até a instituição do trabalho compulsório e da reorganização da
distribuição demográfica — ainda não englobam todo o pensamento de Marx. Com
efeito, a abolição da propriedade privada está longe de ser a única coisa que o
filósofo acreditava que tinha de ser abolida da sociedade burguesa para
permitir a marcha do proletariado rumo à utopia.
Em seu
manifesto, Marx enfatizou cinco outras ideias e instituições que também, tinham
de ser erradicadas:
No
segundo capítulo, Marx admite que a abolição da família, uma instituição
burguesa, (imagino os Neandertais e primatas discutindo estes conceitos),
é um tópico espinhoso, mesmo para os revolucionários. "Abolição da
família! Até os mais radicais se assustam com este propósito infame dos
comunistas", escreve ele. Em seguida, ele explica que os oponentes desta
ideia são incapazes de entender um fato crucial sobre a família:"Sobre quais fundamentos se assenta a família atual, a família
burguesa? Sobre o capital, sobre o proveito privado. Em sua forma completamente
desenvolvida, a família tradicional é
uma instituição burguesa e existe somente na burguesia", afirma Marx. Para
melhorar a situação, abolir a família seria relativamente fácil tão logo a
propriedade da burguesia fosse abolida: "A família burguesa será
naturalmente eliminada com o eliminar deste seu complemento, e ambos
desaparecerão com o desaparecimento do capital."
2)-Individualidade aniquilada em nome da coletividade!
Marx
acreditava, corretamente, que o indivíduo e a individualidade eram uma força de
resistência ao igualitarismo que ele queria impor. Consequentemente, também no
segundo capítulo, Marx afirma que o "indivíduo", que para ela era "o
burguês, o cidadão de classe média detentor de propriedades", terá de ser
"retirado do caminho, suprimido, e ter sua existência
impossibilitada"(sinônimo de Paredon). Segundo Marx, a
individualidade é uma construção social da sociedade capitalista e está
profundamente arraigada na própria noção de capital: "Na sociedade burguesa, o capital é independente e possui
individualidade, ao passo que a pessoa é dependente e não possui
individualidade", escreveu ele. "E a abolição deste estado de coisas
é rotulada pela burguesia de abolição da individualidade e da liberdade! E com
razão. A abolição da individualidade
burguesa, da independência burguesa e da liberdade burguesa (por isto que se
afirmar mui acertadamente que comunismo e liberdade, não combinam, são
antagônicos) sem dúvida são os nossos objetivos."
3)- Fim da Verdades eternas (?)
Marx
aparentava não acreditar que existisse qualquer outra verdade além da luta de
classes. Tudo aquilo que as pessoas comuns consideravam ser verdades
era, segundo Marx, apenas imposições da burguesia. Para Marx, a luta de classes
era a única verdade inquestionável. E era ela o que determinava todas as outras
"verdades": "As ideias dominantes de cada época sempre foram apenas as ideias
da classe dominante", disse ele. "Quando o mundo antigo estava em
declínio, as religiões antigas foram sobrepujadas pelo cristianismo. Quando as
ideias cristãs sucumbiram, no século XVIII, às ideias racionalistas, a
sociedade feudal travou sua luta de morte com a burguesia, que então era
revolucionária." - Ele
reconheceu que esta ideia soaria radical demais para seus leitores,
principalmente quando se considera que o comunismo não buscava
modificar a verdade, mas sim suprimi-la.
Porém, argumentou Marx, essas pessoas simplesmente não estavam tendo a
visão global das coisas.
4)- Modificar/esquecer o passado
Marx
via a tradição e os costumes como uma ferramenta de dominação da burguesia.
Aderência aos costumes e respeito ao passado serviam meramente para distrair o
proletariado, atrasando sua busca por emancipação e supremacia. Os
tradicionalistas "reacionários", apegados ao passado e aos costumes
agiam assim unicamente para manter os instintos revolucionários do proletariado
sob controle."Na sociedade
burguesa", escreveu Marx, "o passado domina o presente; na sociedade
comunista, o presente domina o passado". Talvez as sementes da nossa atual era da pós-verdade, e da ditadura da arbitrariedade, estejam aí. Ora, concordamos que as ideias morais, filosóficas, políticas, jurídicas, etc., sofreram sim várias modificações no decorrer da história (para a melhor).
Entretanto, a religião, a moralidade, a filosofia, a ciência política,
e o direito sempre sobreviveram a estas mudanças, evitando a barbárie e a lei
do mais forte. Além disso, existem verdades eternas sim, tais como a
Liberdade e a Justiça, que são comuns a todas os povos e camadas sociais. Já o
comunismo quer abolir as verdades eternas, abolir todas as religiões e toda a
moralidade, ao invés de leva-las a plenitude da perfeição. Consequentemente, o comunismo age
em contradição a toda a experiência histórica passada, querendo implantar uma “ideologia
de escritório” que ainda não foi testada na história com tentativas de
erros e acertos, bem como os devidos ajustes como o próprio bonde da história
vem fazendo, eliminando o que é nocivo e mantendo o que é bom para todos.
O comunismo elimina o mais sagrado dom
que o homem recebeu de Deus: “A Liberdade”
Por Prof. *Felipe
Aquino)
Desde que o comunismo (socialismo) surgiu no mundo,
como expressão prática do marxismo-leninismo, a Igreja o combateu sem tréguas,
por ser ateu, materialista, desumano, utópico, adverso a Deus e à Igreja. Segundo
os seus mentores, Karl Marx, Lenin e outros, a religião é o “ópio do povo”,
isto é, a droga que deixa o povo alienado e sujeito às explorações do
capitalismo e dos ricos. A
acusação vazia contra a Igreja é a de que ela só ensinava aos fiéis buscarem o
céu, abandonando a Terra, sem lutar pelos direitos sociais. As muitas encíclicas dos Papas, desde a Rerum Novarum de Leão
XIII (1878-1903) até o “Evangelho da Alegria” do Papa Francisco, desmentem essa
mentira.
A Igreja sempre foi a Instituição, em toda a história da humanidade, que mais
caridade fez no mundo. Para “libertar” os proletários, o
comunismo prega a revolução violenta, a “luta de classes” até a eliminação de
todas as classes, o que é uma utopia; incita a revolta dos empregados contra os
patrões, dos pobres contra os ricos; joga irmãos contra irmãos (discurso do NÓS
CONTRA ELES), prega a eliminação da propriedade privada e persegue todo tipo de
religião, de modo especial o Cristianismo. Acima de tudo, o comunismo
elimina o mais sagrado dom que o homem recebeu de Deus: a liberdade. Veja o que
se passa em Cuba ainda hoje: o cidadão não pode deixar o país; é uma
“ilha-prisão” em pleno século XXI, onde o povo não vota há mais de cinquenta
anos. E ainda tem gente que a defenda. Piérre Proudhon (†1865) disse: “O comunismo degrada os dons naturais do homem, coloca a mediocridade no nível da excelência e chama a isso igualdade”. Na
verdade, tenta criar uma igualitarismo (que é diferente de igualdade) utópico, que
Deus nunca desejou. A fé
católica ensina a socorrer o pobre em suas necessidades materiais, mas não pela
violência, não derramando sangue inocente nem tirando a liberdade e a vida
preciosa do ser humano e o transformando apenas em um dente da engrenagem do
deus Estado. A
moral não aceita que se faça o bem por meios maus; os fins não podem justificar
os meios (isto é uma das primeiras diferenças entre ser Cristão e ser
Comunista, mas tem mais diferenças). Para os comunistas todos os meios
são válidos para implantar o comunismo. É um sistema maquiavélico que matou
milhões.
Winston Churchill (†1965) dizia:
“Um jovem que não foi comunista
não tinha coração; mas o adulto que permanece comunista não tem cérebro”.
“O socialismo acaba quando acaba de gastar o dinheiro dos outros, e se
você der o deserto do Saara para os Comunistas administrarem, em menos de um
ano irá faltar areia...”
É
importante meditar um pouco sobre o que a Igreja Mater e Magistra, já falou
sobre isso:
1)- O documento de
Puebla (III CELAM, 1979) deixou bem claro: “A libertação
cristã usa ‘meios evangélicos’, com a sua eficácia peculiar, e não recorre a
nenhum tipo de violência, nem à dialética da luta de classes (nº 486) ‘ou à práxis ou análise marxista’” (nº 8).
2)- Na
Encíclica do Papa Pio XI, a Divini
Redemptoris, sobre o ”Comunismo Ateu” (19 de março de 1937), ele a condena
veementemente. Pio IX disse: “E, apoiando-se nos funestíssimos erros do
comunismo e do socialismo, asseguram que a ‘sociedade doméstica tem sua razão
de ser somente no direito civil’ (Quanta
Cura, 5). Leão XIII pediu: “Não
ajudar o socialismo. Tomai ademais sumo cuidado para que os filhos da Igreja
Católica não deem seu nome nem façam favor nenhum a essa detestável seita”
(Quod Apostolici Muneris,
no. 34).“Porque, enquanto os socialistas, apresentando o direito de
propriedade como invenção humana contrária à igualdade natural entre os homens;
enquanto, proclamando a comunidade de bens, declaram que não pode tratar-se com
paciência a pobreza e que impunemente se pode violar a propriedade e os
direitos dos ricos, a Igreja reconhece muito mais sabia e utilmente que a
desigualdade existe entre os homens, naturalmente dissemelhantes pelas forças
do corpo e do espírito, e que essa desigualdade existe até na posse dos bens.
Ordena, ademais, que o direito de propriedade e de domínio, procedente da
própria natureza, se mantenha intacto e inviolado nas mãos de quem o possui,
porque sabe que o roubo e a rapina foram condenados pela lei natural de Deus” (Quod Apostolici Muneris, –
Encíclica contra as seitas socialistas, no. 28/29).“Entretanto, embora os
socialistas, abusando do próprio Evangelho para enganar mais facilmente os
incautos, costumem torcer seu ditame, contudo há tão grande diferença entre
seus perversos dogmas e a puríssima doutrina de Cristo, que não poderia ser
maior” (Quod Apostolici
Muneris, 14). “Disso resulta que, segundo a ordem estabelecida por
Deus, deve haver na sociedade príncipes e vassalos, patrões e proletários,
ricos e pobres, sábios e ignorantes, nobres e plebeus, os quais todos, unidos
por um laço comum de amor, se ajudam mutuamente para alcançar o seu fim último
no céu e o seu bem-estar moral e material na terra” (Quod Apostolici Muneris).
3)-
Alocução de 24/01/1903 ao Patriarcado e à Nobreza Romana: “A Igreja, pregando aos homens que eles são todos filhos
do mesmo Pai celeste, reconhece como uma condição providencial da sociedade
humana a distinção das classes; por essa razão, ensina que apenas o respeito
recíproco dos direitos e deveres, e a caridade mútua darão o segredo do justo
equilíbrio, do bem estar honesto, da verdadeira paz e prosperidade dos povos.
(…) “Mais uma vez, nós o declaramos: o remédio para esses males não será jamais
a igualdade subversiva das ordens sociais” “A sociedade humana, tal qual Deus a
estabeleceu, é formada de elementos desiguais, como desiguais são os membros do
corpo humano; torná-los todos iguais é impossível: resultaria disso a própria
destruição da sociedade humana.”Pio XI disse: “(…) Como pede a nossa paterna
solicitude, declaramos: o socialismo, quer se considere como doutrina, quer
como fato histórico, ou como ‘ação’, se é verdadeiro socialismo, (…) não pode
conciliar-se com a doutrina católica, pois concebe a sociedade de modo
completamente avesso a verdade cristã.”
4)- Discurso de 4/4/1953 a católicos de
paróquias de S. Marciano: Pio XII explicou bem a diferença entre as pessoas:“Pois bem, os irmãos
não nascem nem permanecem todos iguais: uns são fortes, outros débeis; uns
inteligentes, outros incapazes; talvez algum seja anormal, e também pode
acontecer que se torne indigno. É pois inevitável uma certa desigualdade
material, intelectual, moral, numa mesma família (…) Pretender a igualdade
absoluta de todos seria o mesmo que pretender idênticas funções a membros
diversos do mesmo organismo”.
5)- Pacem in Terris, n°. 21: João XXIII, como os
demais Papas, defendeu a necessidade da propriedade privada: “Da natureza
humana origina-se ainda o direito à propriedade privada, mesmo sobre os bens de
produção”.
6)- Quadragesimo
Anno, nº 117 a 120:
“Socialismo religioso, socialismo cristão são termos contraditórios: ninguém
pode, ao mesmo tempo, ser bom católico e socialista verdadeiro”.
7)- Enc. Centesimus Annus, n°12: João Paulo II,
falando contra o capitalismo selvagem, disse: “Nesta luta contra um tal
sistema, não se veja, como modelo alternativo, o sistema socialista, que, de
fato, não passa de um capitalismo de estado, mas uma sociedade do trabalho
livre, da empresa e da participação” (no. 35) “A Igreja reconhece a justa
função do lucro, como indicador do bom funcionamento da empresa” (nº. 35).
“Aquele Pontífice (Leão XIII), com efeito, previa as consequências negativas
sob todos os aspectos – político, social e econômico – de uma organização da
sociedade, tal como a propunha o ‘socialismo’, e que então estava ainda no
estado de filosofia social e de movimento mais ou menos estruturado” João Paulo
II também mostra o erro grave do socialismo: “(…) É preciso acrescentar que o
erro fundamental do socialismo é de caráter antropológico. De fato, ele
considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo
social, de tal modo que o bem do indivíduo aparece totalmente subordinado ao
funcionamento do mecanismo econômico-social, enquanto, por outro lado, defende
que esse mesmo bem se pode realizar prescindindo da livre opção, da sua única e
exclusiva decisão responsável em face do bem e do mal. O homem é reduzido a uma
série de relações sociais, e desaparece o conceito de pessoa como sujeito
autônomo de decisão moral, que constrói, através dessa decisão, o ordenamento
social. Desta errada concepção da pessoa deriva a distorção do direito, que
define o âmbito do exercício da liberdade, bem como a oposição à propriedade
privada” (nº 13).“Na Rerum
Novarum, Leão XIII, com diversos argumentos, insistia fortemente
contra o socialismo de seu tempo, no caráter natural do direito de propriedade
privada. Este direito, fundamental para a autonomia e o desenvolvimento da
pessoa, foi sempre defendido pela Igreja até nossos dias” (nº 30).
DADOS HISTÓRICOS SOBRE O COMUNISMO:
O Livro Negro do Comunismo – Crimes, Terror e Repressão (Stéphane Courtois,
Nicolas Werth, Jean-Louis Panné, Andrzej Paczkowski, Karel Bartosek, Jean-Louis
Margolin, Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 1999, 917 págs.) – faz um balanço do
amargo fruto que este diabólico regime gerou para a humanidade. Oitenta anos
depois da Revolução Bolchevique na Rússia (1917) e sete depois de a União
Soviética ter acabado (1997), a trajetória trágica do comunismo pode ser
contabilizada pelo número de vítimas.É a história da trágica aplicação na vida
real de uma ideologia carregada de falsas promessas de igualdade e justiça que
custou entre 80 e 100 milhões de vidas, com a esmagadora maioria de vítimas nos
dois gigantes do marxismo-leninismo, a União Soviética e a China; além de Cuba,
Viet Nan, Laos, Cambodja, Bulgária, Romênia, Tchecoslováquia, Polônia, Hungria,
etc.
-Na
China, houve cerca de 65 milhões de mortos, a maioria dizimada pela fome
desencadeada a partir do Grande Salto para a Frente, o desastroso projeto de
autossuficiência implantado por Mao Tsé-tung em meados dos anos 50. Tratou-se
da pior fome da História, acompanhada de ondas de canibalismo e de campanhas de
terror contra camponeses acusados de esconder comida.
-Na
URSS, de 1917 a 1953, ano da morte de Stalin, os expurgos, a fome, as
deportações em massa e o trabalho forçado no Gulag mataram 20 milhões de
pessoas. Só a grande fome de 1921-1922, desatada em grande parte pelo confisco
de alimentos dos camponeses, ceifou mais de 5 milhões de vidas.
-Na
Coreia do Norte, comunista de carteirinha que ainda perdura, a execução de
“inimigos do povo” contabiliza pelo menos 100 mil mortos. Em termos proporcionais,
contudo, o maior genocida comunista é o Khmer Vermelho do Camboja: em três anos
e meio (1975-1979), com sua política inclemente de transferência forçada dos
moradores das cidades para o campo, matou de fome e exaustão quase 25% da
população.
Os
crimes do stalinismo e a matriz da política de terror empregada por outros
regimes comunistas ficaram bem conhecidos desde o XX Congresso do Partido
Comunista Soviético em 1956. O organizador do Livro, Stéphane Courtois, é
um ex-maoísta convertido em crítico do marxismo; ele argumenta que o crime é
intrínseco ao comunismo e não apenas um instrumento de Estado ou um desvio
stalinista de uma ideologia de princípios humanitários. Courtois também sugere
a equiparação do comunismo ao nazismo, com base na ideia de que ambos partilham
a mesma lógica do genocídio. “Os mecanismos de segregação e de exclusão
do totalitarismo de classe são muito parecidos com os do totalitarismo de
raça”, escreve Courtois.Quem ainda tem coragem de defender tal barbárie? No entanto,
ela ainda existe na mente de muitos acadêmicos, jornalistas e outros que
parecem não conhecer as lições da História.
Portanto,
com todas as premissas acima, chegamos à conclusão de que: "o que faz e diferencia um Comunista de um verdadeiro Cristão, não é a sua luta por justiça, por igualdade e pelos pobres, mas o COMO PENSA E
COLOCA EM AÇÃO ESTA LUTA?" é isto que diferencia os comunistas dos Cristãos, pois o Cristão a exemplo de Cristo (e não de
Marx), não mata, mas dar a vida.
*Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de
cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e
“Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da
Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o
Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras
Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter:
@pfelipeaquino
QUAL O MAIOR DESAFIO DA
IGREJA HOJE ?
“Certamente, a Igreja já fez, está fazendo muito no campo social, e precisará fazer mais ainda. Mas, é preciso que fique claro: não é essa a missão originária, "própria” da Igreja, como repete expressamente o Vaticano II (cf. GS 42,2; e ainda 40,2-3 e 45,1). A missão social é, antes, uma missão segunda, embora derivada, necessariamente, da primeira, que é de natureza "religiosa”. Essa lição nunca foi bem compreendida pelo pensamento laico. Foram os Iluministas que queriam reduzir a missão da Igreja à mera função social. Daí terem cometido o crime, inclusive cultural, de destruírem celebres mosteiros e proibido a existência de ordens religiosas, por acharem tudo isso coisa completamente inútil, mentalidade essa ainda forte na sociedade e até mesmo dentro da Igreja. Agora, se perguntamos: Qual é o maior desafio da Igreja?, Devemos responder: É o maior desafio do homem: o sentido de sua vida. Essa é uma questão que transcende tanto as sociedades como os tempos. É uma questão eterna, que, porém, hoje, nos pós-moderno, tornou-se, particularmente angustiante e generalizada. É, em primeiríssimo lugar, a essa questão, profundamente existencial e hoje caracterizadamente cultural, que a Igreja precisa responder, como, aliás, todas as religiões, pois são elas, a partir de sua essência, as "especialistas do sentido”. Quem não viu a gravidade desse desafio, ao mesmo tempo existencial e histórico, e insiste em ver na questão social "a grande questão”, está "desantenado” não só da teologia, mas também da história.”- (Frei Clodovis M. Boff).
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