É uma pergunta simples, mas se formos
fazer um estudo comparando os três evangelhos sinóticos: Mateus, Marcos e Lucas,
vamos encontrar algumas diferenças nas últimas palavras que disse Jesus.
Os evangelhos incluem breves descrições do evento:
-Em Marcos 16,14, após a
ressurreição, Jesus "manifestou-se aos onze, quando estavam à mesa. Durante a
refeição, ele disse-lhes "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda
a criatura." Em seguida, no mesmo capítulo, a ascensão
propriamente dita, é descrita assim: “Depois
de lhes ter falado, foi recebido no céu, e sentou-se à destra de Deus” (Marcos
16,19)
-Em Lucas, Jesus lidera
os onze discípulos até Betânia, próxima a Jerusalém. Ele descreve assim a
ascensão de Jesus: “Ele
os levou até Betânia e, levantando as mãos, os abençoou. Enquanto os abençoava,
apartou-se deles e foi elevado ao céu. Eles, tendo-o adorado, voltaram para
Jerusalém com grande gozo” (Lucas 24,50-52)
-Uma
dificuldade já se coloca em Mateus, dizendo que depois da Ressurreição Jesus e
os discípulos voltaram para a Galileia. Trata-se de um expediente próprio de Mateus que
quer indicar, que da Galiléia haverá um novo recomeço. Ela esta aberta para aceitar a
mensagem de Jesus e levá-la além-fronteiras, já que Jerusalém rejeitou Jesus - Mateus
28,7-20:
“Ide pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dentre
os mortos. E eis
que Ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. Eis que eu
vo-lo tenho dito.E, saindo elas pressurosamente do sepulcro, com temor e grande
alegria, correram a anunciá-lo aos seus discípulos.E, indo elas a dar as novas
aos seus discípulos, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo.
E elas, chegando, abraçaram os seus pés, e o adoraram.Então Jesus disse-lhes: Não temais; ide dizer a
meus irmãos que vão à Galiléia, e lá me verão.E, quando iam, eis que
alguns da guarda, chegando à cidade, anunciaram aos príncipes dos sacerdotes
todas as coisas que haviam acontecido.E, congregados eles com os anciãos, e
tomando conselho entre si, deram muito dinheiro aos soldados,dizendo: Dizei:
Vieram de noite os seus discípulos e, dormindo nós, o furtaram.E, se isto
chegar a ser ouvido pelo presidente, nós o persuadiremos, e vos poremos em
segurança.E eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. E foi
divulgado este dito entre os judeus, até ao dia de hoje.E os onze discípulos
partiram para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes tinha designado. E, quando o viram, o adoraram; mas alguns
duvidaram. E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o
poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a
guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco
todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”
A INTENÇÃO PROPOSITAL DA ASCENSÃO VERTICAL DE JESUS E OS ENVIO HORIZONTAL EM
MISSÃO DOS DISCÍPULOS:
É notável que, nos
evangelhos, os «relatos» da Ascensão sempre se façam acompanhar do envio dos
discípulos pelo mundo, para anunciarem a Boa Nova (Marcos 16,19-20; Lucas
24,46-53; Atos 1,6-11). Ao movimento vertical do Cristo, «elevado ao céu»,
corresponde o movimento horizontal dos discípulos, pela superfície da terra.
Mais ainda, o instante da Ascensão se estende por toda a nossa história. A localização
inscrita nos evangelhos (Betânia para Lucas, Galileia para Mateus, Jerusalém
para os Atos) irá dali em diante dilatar-se e abranger a terra toda. O mundo
inteiro, tendo a humanidade como ápice, é que está em trabalho de ascensão.
O
movimento vertical de Cristo significa que, dali em diante, Ele escapa às
nossas percepções, ainda que o evangelho de Mateus termine com o «Eis que estou
convosco todos os dias, até a consumação dos séculos». A presença de
Cristo muda, portanto, de natureza, passando agora a residir na fé dos
discípulos e fazendo-se ativa através do seu trabalho de evangelização. O «Eu
vou estar convosco» de Mateus realiza-se através do testemunho que eles se
encarregaram de dar, desde Jerusalém até as extremidades da terra. Foi para isso
que receberam o Espírito, sendo assim «inspirados» pelo próprio Deus.Se Jesus tivesse feito sua ascensão de forma horizontal e geográfica (ou seja, em direção a algum dos pontos cardeais) com toda certeza, teria dado pano para mangas às várias religiões, seitas e ideologias hoje espalhadas pelo mundo, e o estaríamos a procura-lo na direção em que Ele tivesse acendido. Ele poderia ter simplesmente desaparecido do meio deles, sem precisar acender verticalmente. Sabiamente Ele subiu e está acima de todas nossas concepções reducionistas, porém, instruiu seus apóstolos e discípulos nesta horizontalidade missionária até os confins da terra.
Agora o que dizer ainda de Lucas que coloca o lugar
da Ascensão no monte das Oliveiras nos Atos dos Apóstolos? O que esta outra narração nos diz?
No evangelho de Lucas, o retorno dos discípulos à Jerusalém encerra a sua narrativa no mesmo lugar onde
ela começou. Já a sua narrativa nos Atos dos Apóstolos começa com o relato das
aparições de Jesus após a ressurreição e a sua ascensão quarenta dias depois. A
narrativa também indica que a ascensão se deu no "monte das
Oliveiras", próximo a Jerusalém. Ali está que Jesus apresentou-se
vivo, dando disto muitas provas, aparecendo-lhes por um espaço de tempo de
quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus. (conf. Atos
1,3). Após instruir os apóstolos, a ascensão é descrita assim: “E, quando dizia isto, vendo-o
eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E,
estando com os olhos fitos no céu, enquanto Ele subia, eis que junto deles se
puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus,
por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em
cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir. Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado
das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do
caminho de um sábado...” (Atos 1,9-12)
Possíveis referências a Ascensão de Jesus no
Evangelho de João:
-João 6, 62, Jesus
pergunta aos judeus: "Que seria, se vós vísseis o Filho do homem subir
aonde estava antes?"
-João 16,10, na
Última Ceia: "porque vou para o Pai, e não me vereis mais...”
-João 20,17, no
episódio conhecido como Noli me tangere, Jesus diz a Maria Madalena: "Não
me toques; porque ainda não subi ao Pai, mas vai a meus irmãos e dize-lhes que
subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus".
Para o evangelista João e sua comunidade, foi
preciso que Jesus partisse para que Ele nos desse seu Espírito! Assim diz o
Cristo do evangelho de João:
“Entretanto, eu lhes digo a
verdade: é melhor para vocês que eu vá, porque, se eu não for, o
Advogado não virá para vocês. Mas se eu for, eu o enviarei” (Jo 16,7)
Alguém perguntou: Qual o evento mais importante: a crucificação ou a ressurreição de Jesus?
Não é uma pergunta cuja
resposta seja fácil. Se Jesus tivesse morrido de morte natural e ressuscitado,
o plano de salvação não teria acontecido. O que faz a ressurreição ter o significado
que tem, é o episódio que a antecedeu: a morte no Calvário, em cumprimento às
Escrituras. Ali, meu pecado foi perdoado. Lá, a Humanidade pôde ter um
novo começo. João registra cuidadosamente o cumprimento das Escrituras em todo
seu Evangelho, e o faz também, nos relatos da ressurreição, porque era
necessário que os futuros leitores compreendessem que um e outro interligados
sem dicotomias, estavam previstos no plano de Deus para a nossa redenção. João repete alguns registros dos
evangelhos sinópticos e acrescenta o seu material próprio às narrativas da
ressurreição de Jesus. Com o auxílio da Harmonia dos Evangelhos, vamos
identificando estas semelhanças. Na sequência dos acontecimentos, o primeiro
registro joanino é que o sepulcro, visitado pela segunda vez pelas mulheres, é
encontrado vazio, na manhã, bem cedo de domingo(Jo 20,1). É também ele que nos
diz que a ressurreição do Mestre foi contada, pelas mulheres, aos discípulos.
(Jo 20, 11-18). Temos aqui a mudança no status da mulher. De pessoa considerada incapaz
para qualquer coisa além da procriação, vemos agora a mulher sendo encarregada
de anunciar algo que vai transformar o mundo e que ainda hoje o transforma.
Pouco
depois, João nos conta que Jesus apareceu a um grupo de discípulos, estando
Tomé ausente. (Jo 20, 19 - 20). A seguir, Jesus encarrega os discípulos da
evangelização do mundo, aparecendo-lhes mais cinco vezes antes da sua ascensão.
João menciona essas ocorrências, conforme podemos
notar nos seguintes relatos:
1)- A primeira das
considerações finais que Jesus dá aos discípulos (20,21-23).
2)- Jesus aparece de
novo aos discípulos e, desta vez, Tomé ali estava. Tomé estivera ausente em
todos os acontecimentos de Jesus ressurreto verificados no próprio domingo da
ressurreição. Passaram-se oito dias sem qualquer aparecimento de Jesus e agora,
no segundo domingo, os discípulos se acham de novo reunidos com as portas
fechadas, quando Jesus chega e conversa com Tomé. (20,24-29).
3)- Jesus aparece a
sete dos discípulos (terceira vez a um determinado grupo) à margem do Mar de
Tiberíades. (21,1-14).
4)- Jesus reabilita Pedro
em seu ministério de pastoreio da Igreja (Jo 21, 15-17).
5)- Jesus fala em
termos apocalípticos sobre a morte de Pedro e a do Discípulo Amado. (Jo
21,18-23).
O Teólogo Johan Konings em seu livro “Evangelho de São João”,
publicado em 2000, trás as seguintes conclusões sobre o Evangelho de João:
1)- João usa símbolos e
arquétipos que lhe dão um alcance mais universal. João não escreve só em função
de sua comunidade. Diz respeito a todos os leitores em todos os tempos.
2)- É um evangelho
fortemente comunitário, insistindo no serviço mútuo e no amor fraterno. A
identidade do discípulo amado é ser discípulo; sua honra ou título é ser
discípulo, não apóstolo. Assim a Igreja é discípula.
3)- O papel
desempenhado pelas mulheres na comunidade Joanina é notável. E isto parece uma
opção consciente.
4)- Jerusalém é o lugar
do conflito. É o “mundo”.
5)- As comunidades
joaninas são missionárias, e pelo seu testemunho de vida autenticamente Cristã,
são perseguidas.
6)- Quando João
menciona “os judeus” como opositores, geralmente se trata dos líderes ou
autoridades desse grupo, ao qual eles próprios pertencem. (Este evangelho pode
ser catalogado como “o mais judeu de todos).
7)- Este evangelho não
é sacerdotal, embora se lhe atribua essa característica. “Em nenhum lugar
transparece uma atitude de convivência com o sistema do templo”. João substitui
os grandes símbolos do sistema religioso de Israel pela pessoa de Jesus Cristo.
8)- O quarto evangelho
se baseia em termos simbólicos, acessíveis a qualquer pessoa que tenha
sensibilidade.
9)- O amor fraterno é o
testemunho para o mundo, no estilo de Jesus de Nazaré.
10)- O “conhecer” do
quarto Evangelho não é a sabedoria dos escribas judeus nem da gnose. É amar a
Cristo e servir ao irmão(ã), assumindo as consequências deste servir de modo
Cristão.
11)- O novo templo é
Jesus. É um evangelho contemplativo-místico. É no mundo que se vive a vida
unida a Jesus, perseguido e excluído pelo mundo. O mundo penetra até na
comunidade cristã em forma de desamor, ambição, apostasia, traição.
12)- Como evangelho
“espiritual”, conforme foi classificado, significa que a vida e mensagem de
Jesus são interpretadas à luz do Espírito de Deus, descobrindo sentidos sempre
novos e atuais. Critério: o amor fraterno.
Não vamos neste aprofundamento cair na tentação da discussão
sobre qual é o texto correto, não se trata disto!
Aqui neste estudo, simplesmente optamos preferencialmente por Lucas, já que
ele narra no final do evangelho o fato e depois retoma no início dos Atos dos
Apóstolos, dando maior amplitude ao acontecimento da subida de Jesus aos céus.
Vamos ler o texto Lucano de Atos dos Apóstolos 1,7-10:
“Respondeu-lhes: A vós
não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou à sua própria autoridade. Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis
testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os
confins da terra. Tendo Ele dito estas coisas, foi levado para cima, enquanto
eles olhavam, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.”
Ora, passados cerca de 2.000
anos, muitos Cristãos ainda não perceberam que as ÚLTIMAS palavras de Cristo não
são as que Ele disse 40 dias depois de ressuscitar, e que estão registradas nos
últimos capítulos de Mateus, Marcos, Lucas, João, e no 1º capítulo de Atos, MAS, AS QUE ELE PROFERIU, JÁ NA GLÓRIA, A PAULO E POR SEU INTERMÉDIO!
Parece
que muitos hoje ainda precisam ouvir o que Paulo disse aos Coríntios:
“Visto
que BUSCAIS UMA PROVA DE QUE CRISTO FALA EM MIM” (2
Cor 13,3)
“Se alguém ensina alguma outra
doutrina, e se não conforma com as sãs
palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a
piedade, é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de
palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins e suspeitas” (1
Tim. 6,3-4).
Este texto tem de ser lido no seu contexto, para
percebermos o que Paulo significa quando se refere, em concreto, às “sãs
palavras de nosso Senhor Jesus Cristo”. Nos versículos anteriores (1 e 2) Paulo dá ensino
sobre os “senhores” e “servos” Cristãos,
dizendo a Timóteo: “Isto
ensina e exorta. Se alguém ensina outra doutrina, e não se conforma com as sãs
palavras de nosso Senhor Jesus Cristo”
Ou seja, a doutrina que Paulo ensinava eram “sãs palavras de
nosso Senhor Jesus Cristo"!
SÃS PALAVRAS DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, É O
QUE JESUS CRISTO ENSINOU DA GLÓRIA A PAULO E POR SEU INTERMÉDIO A NÓS, ATRAVÉS DAS
SUAS EPÍSTOLAS (Faça um estudo Comparativo com Atos 20,24; 1 Tessalonicenses 4,15; 1 Coríntios
11,23). Há quem nos acuse de que fazemos mais ênfase das
palavras de Paulo do que das palavras do Senhor Jesus Cristo, ignorando os tais
que as palavras de Paulo são as últimas palavras do nosso Senhor, que fala pelo
Espírito Santo através de Paulo.
ATENÇÃO! O nosso relacionamento com Cristo agora é com Ele
glorificado (Hebreus 2,9)! E não mais com Ele humilhado, mas com Ele na glória! Talvez
agora seja mais fácil entender porque os mesmos Hebreus deviam agora
prosseguir “até à perfeição”, ou seja, à revelação completa que o Senhor deu da
glória ao apóstolo abortivo, Paulo (1 Coríntios 13,10), através de sua sã doutrina da Salvação.
Todos nós ficamos atentos quando ouvimos as últimas palavras
de alguém quando está partindo, não é verdade?
Geralmente ali no leito de morte, com suas últimas palavras de recomendações e despedidas, estas ficam definitivamente guardadas e gravadas para sempre em nosso coração.
Será que as últimas palavras de
Jesus antes de subir para o Pai estão guardadas em nossas vidas?
-Atos 1,7-10:“Respondeu-lhes: A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas,
que o Pai reservou à sua própria autoridade. Mas recebereis poder, ao descer sobre vós
o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a
Judéia e Samaria, e até os confins da terra. Tendo Ele dito estas coisas, foi
levado para cima, enquanto eles olhavam, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a
seus olhos.”
Mateus
28,7-20: “Ide pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já
ressuscitou dentre os mortos. E eis que Ele
vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. Eis que eu vo-lo tenho dito.E, saindo elas pressurosamente do
sepulcro, com temor e grande alegria, correram a anunciá-lo aos seus
discípulos.E, indo elas a dar as novas aos seus discípulos, eis que Jesus lhes
sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo.
E elas, chegando, abraçaram os seus pés, e o adoraram.Então Jesus disse-lhes:
Não temais; ide dizer a meus irmãos que vão à Galiléia, e lá me verão.E, quando
iam, eis que alguns da guarda, chegando à cidade, anunciaram aos príncipes dos
sacerdotes todas as coisas que haviam acontecido.E, congregados eles com os
anciãos, e tomando conselho entre si, deram muito dinheiro aos
soldados,dizendo: Dizei: Vieram de noite os seus discípulos e, dormindo nós, o
furtaram.E, se isto chegar a ser ouvido pelo presidente, nós o persuadiremos, e
vos poremos em segurança.E eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam
instruídos. E foi divulgado este dito entre os judeus, até ao dia de hoje.E os onze discípulos partiram para a Galiléia, para o monte que
Jesus lhes tinha designado. E, quando o viram, o adoraram; mas alguns
duvidaram. E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação
dos séculos. Amém.”
O livro do
apocalipse foi escrito pelo discípulo amado João a mando de Jesus,que morreu
por volta do ano 100 d.c, na ilha de Patmos na Grécia.
Para nós
Cristão, a revelação não termina
com a subida de nosso Sr Jesus Cristo aos Céus, mas com as últimas palavras do
apóstolo João, o último dos apóstolos, o qual nos revela aquilo que o próprio Cristo o
revelou em suas visões: "Escreva num livro o que você vai ver e mande
esse livro às igrejas que estão nestas sete cidades: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira,
Sardes, Filadélfia e Laodicéia" (Apoc 1,11).João era apaixonadamente
dedicado à proclamação da verdade. Ninguém nas Escrituras, exceto o Senhor Jesus, tinha mais a dizer sobre
o conceito de verdade. Sua alegria foi proclamar a verdade aos outros e depois
observá-los andar nela (3 João 4). Sua condenação mais forte foi para aqueles
que perverteram a verdade e desencaminharam os outros, especialmente se
alegavam ser Cristãos (1 João 2,4). Sua paixão pela verdade alimentou sua preocupação
com as ovelhas que poderiam ser enganadas por falsos mestres, e suas
advertências sobre tais mestres tomam muito de 1 João. Ele não teve nenhum
escrúpulo em identificar como "falsos profetas" e
"anticristos" aqueles que tentaram perverter a verdade, até mesmo
proclamando-os demoníacos por natureza (1 João 2,18-26; 3,7; 4,1-7).Ao mesmo
tempo, João também é chamado de "apóstolo do amor". Em seu próprio
Evangelho, ele se refere a si mesmo como "aquele a quem Jesus amava"
(João 13,23; 20,2; 21,7; 21,20). Ele é descrito como aquele encostado no peito
de Jesus na última ceia, provavelmente também um indicador de que João era o
mais novo dos doze. Em sua primeira epístola, João escreve sobre Deus
sendo amor e nosso amor um pelo outro sendo uma expressão do amor de Deus por
nós (1 João 3; 4,7-21). Sua breve segunda epístola é preenchida com expressões
de seu profundo amor por aqueles sob seus cuidados. Ele se dirige a um grupo de
crentes "a quem eu amo na verdade" e exorta-os a "amar uns aos
outros" andando em obediência aos mandamentos de Jesus (2 João 1,1. 5-6).
João aborda seus leitores várias vezes como "amados" em ambos 1 João
e 3 João.A vida de João serve para nos lembrar de várias lições que
podemos aplicar às nossas próprias vidas. Primeiro, o zelo pela verdade deve sempre ser equilibrado por um amor
pelas pessoas. Sem isso, o zelo pode se transformar em aspereza e criticismo.
Por outro lado, o amor abundante que não tem a capacidade de discernir a
verdade do erro pode tornar-se sentimentalismo jorrante. Como João aprendeu quando amadureceu, se
falamos a verdade em amor, nós, e aqueles que impactamos, vamos crescer
"em tudo naquele que é a cabeça, Cristo" (Efésios 4,15).A confiança e a ousadia, não temperadas pela compaixão e pela graça,
podem rapidamente transformar-se em orgulho e presunção. Confiança é uma
virtude maravilhosa, mas, sem humildade, pode se tornar autoconfiança, o que
pode levar à ostentação e uma atitude de exclusividade. Quando isso acontece, nosso testemunho da
graça de Deus é maculado, e os outros veem em nós exatamente o tipo de pessoa
que desejam não ser. Como João, se quisermos ser testemunhas eficazes de
Cristo, nosso comportamento deve ser aquele que reflete uma paixão pela
verdade, compaixão pelas pessoas e um firme desejo de servir e representar nosso
Senhor, refletindo Sua humildade e graça.
Resumo do
livro do Apocalipse de João evangelista:
-Apocalipse 1–3: João tem uma visão de Jesus Cristo. Escreve
mensagens personalizadas para as sete igrejas na Ásia, que
incluem elogios, admoestações e promessas aos membros fiéis em cada ramo.
-Apocalipse 4–11: João vê Deus entronizado no Reino Celestial, o
cordeiro de Deus e um livro selado com sete selos. João tem visões relacionadas
à abertura de cada um dos sete selos. Os que tiverem o
selo de Deus na testa receberão a proteção de Deus nos últimos dias. João
vê guerras, pragas e diversos outros acontecimentos dos últimos dias, que
precederão a Segunda Vinda do Senhor.
-Apocalipse 12–16: João vê a
batalha espiritual (de verdades) com os anjos fieis e rebeldes a Deus nos Céus
e sua continuação na Terra. Ensina que as forças do mal procurarão destruir o
reino de Deus na Terra. Nos últimos dias, a plenitude do evangelho será
restaurada à Terra por meio de ministrações angélicas. Serão feitas preparações
para a batalha do Armagedom.
E, no
final da Perícope, estão escritas estas últimas palavras de Jesus:
“Quem tem
ouvidos para ouvir, ouça o que o Espírito diz às igrejas!” (Apoc 3,6)
Uma
Ausência que se faz Presença, pois a Páscoa é a festa da Presença!
Na Páscoa o "Cristo
ausente fica presente" através dos seus discípulos:
“Depois
de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu, e sentou-se à
direita de Deus" (Mc 16,19).
“Os
discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e, por
meio dos sinais que os acompanhavam, provava que o ensinamento deles era
verdadeiro” (Mc 16,20).
É o que fez dizer a Santo Agostinho no século IV:
“Cristo
não deixou o céu quando Ele desceu até nos, e Ele não nos deixou quando Ele
subiu ao céu”.
Nestas palavras finais de Apoc 22,20-21, encontramos três
verdades expressas:
1- Jesus nos deixa uma
promessa: Certamente, venho logo.
2- Jesus nos deixa uma
oração de súplica a se fazer: Vem Sr Jesus!
3- Jesus nos deixa a sua provisão: A graça do Senhor Jesus esteja com todos!
Estas são verdadeiramente palavras de
Salvação, e são para você e para mim. Podemos confiar, e sem reservas, desfrutar
delas, caminhando na fé, confiando naquilo que Ele mesmo prometeu: “E eis que Eu estou
convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém! (Mateus 28,20)
“Palavra fiel é esta: que, se morrermos com Ele, também com Ele
viveremos; Se sofrermos, também com Ele reinaremos; se o negarmos, também Ele nos
negará; Se formos infiéis, Ele permanece
fiel, pois não pode negar-se a si mesmo”. (2 Timóteo 2,11-13)
E escrevendo aos "Cristãos da Igreja de Roma (os Romanos de
ontem e de hoje), Deus através de Paulo prometeu:
“E o Deus de paz esmagará
em breve Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo
seja convosco. Amém”. (Romanos 16,20)
Gostaria de terminar com esse excelente comentário do exegeta
francês Jean Debruyenne que diz:
“Antes da sua partida do visível para entrar no invisível, Jesus lança um último apelo aos crentes. Jesus chama a crer! Ele chama a mostrar sinais e a não se fechar numa ideologia. Os sinais do crente não são um sistema ou uma mágica, trata-se de um começo, de uma boa nova que não é simplesmente boa, mas que é também novidade.”
“LOUVADO SEJAS SR DEUS E NOSSO PAI PELAS TUAS PROMESSAS QUE SEMPRE SE CUMPREM EM NOSSO VERDADEIRO SENHOR, E ÚNICO SALVADOR JESUS
CRISTO, O ÚNICO QUE PODE NOS SALVAR E NOS TIRAR DAS TREVAS DOS ERROS TRANSVESTIDOS DE MEIAS VERDADES DAS SEITAS E IDEOLOGIAS INSPIRADAS PELO PAI DA MENTIRA, E DO PECADO QUE NOS CEGA E NOS ESCRAVIZA"
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E escrevendo aos "Cristãos da Igreja de Roma (os Romanos de ontem e de hoje), Deus através de Paulo prometeu: “E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco. Amém”. (Romanos 16,20)
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