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Os 4 Dogmas Marianos e Seu Impacto na Vida Cotidiana do Cristão

Written By Beraká - o blog da família on quarta-feira, 1 de maio de 2013 | 23:09






Além das convicções fundamentais da fé, os dogmas solenemente e definitivamente proclamados pela Igreja Católica possuem implicações concretas e decisivas na vida do cristão. Eles não são verdades abstratas destinadas apenas ao campo intelectual, mas pilares espirituais que oferecem segurança, orientação e sentido diante das dúvidas e desafios do mundo contemporâneo. A certeza da divindade de Cristo ilumina todas as escolhas, recordando que cada ação deve refletir a obediência amorosa a Deus. A Imaculada Conceição de Maria inspira a pureza do coração e a confiança absoluta na ação da graça; sua Assunção fortalece a esperança na vida eterna e na promessa de que a fidelidade será plenamente recompensada. Já o dogma da infalibilidade papal garante a unidade da fé e a clareza moral, permitindo ao cristão discernir com segurança o caminho a seguir. Assim, os dogmas moldam não apenas a compreensão teológica, mas também a prática cotidiana: impulsionam a oração, a vida sacramental, o compromisso com a santidade e a coerência do testemunho cristão, fazendo da fé uma força viva que orienta toda a existência. Nesse horizonte, não é possível falar dos Dogmas Marianos sem voltar os olhos para Maria Santíssima tanto na Anunciação quanto no Magnificat. É nesses dois momentos que se revela o coração de toda Mariologia autêntica. Na Anunciação, Maria se autodefine como “a serva do Senhor” (Lc 1,38), expressão que não indica submissão passiva, mas adesão livre, consciente e total ao desígnio divino. No Magnificat, ela proclama que Deus “olhou para a humildade de sua serva” (Lc 1,48), unindo inseparavelmente sua condição de serva à virtude da humildade. Maria jamais se coloca no centro, não se exalta nem reivindica méritos próprios; ao contrário, reconhece com absoluta lucidez que tudo nela é obra exclusiva da misericórdia de Deus. Qualquer abordagem mariana que não passe por esses dois textos corre o risco de tornar-se sentimental, desequilibrada ou mesmo caricatural. O Magnificat não é um discurso sobre Maria, mas um hino inteiramente voltado para Deus; e a Anunciação não é a exaltação de uma mulher, mas a revelação de uma serva que, na humildade, se torna espaço fecundo da ação divina. Maria aparece, assim, não como fonte da graça, mas como o lugar onde Deus age, onde sua misericórdia se manifesta plenamente. É justamente nessa humildade radical e nessa obediência filial que repousa sua verdadeira grandeza e o fundamento seguro de toda devoção mariana genuinamente cristã.



O texto de Lucas 1,46-49 nos ajuda a perceber isso com clareza. As traduções variam:

 

-Na Bíblia de Jerusalém (católica), lemos: “porque olhou para sua pobre serva” (Lucas 1,48 - Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002).

 

-Já em traduções protestantes mais conhecidas, aparece: “porque atentou na humildade de sua serva” (Lucas 1,48 - Bíblia Sagrada – Tradução de João Ferreira de Almeida - ARC. 2ª edição, 2004).

 

-Outras versões protestantes optam por: “porque atentou na baixeza de sua serva” (Lucas 1,48 - Bíblia Protestante Online - tradução de João Ferreira de Almeida).

 


Essas diferenças nas traduções não são irrelevantes, pois de certo modo, toda tradução é de certa forma um traição ao sentido original, porque implica uma interpretação, e por isso carrega limites. 



Para compreender o sentido mais profundo do texto, é necessário voltar ao grego original



No grego bíblico, a noção de humildade não se reduz a uma virtude psicológica ou a um sentimento subjetivo. A raiz está em termos como ταπεινός (tapeinós), que significa “baixo”, “pequeno”, “rebaixado”, “sem importância”, e em palavras derivadas como ταπεινοφροσύνη (tapeinophrosýnē), literalmente “ter a mente baixa”, “pensar-se pequeno”. No mundo grego clássico, esses termos tinham frequentemente conotação negativa: algo vil, desprezível, socialmente irrelevante. A Teologia Cristã opera aqui uma inversão radical. Aquilo que, no mundo, era sinal de fracasso ou vergonha, torna-se, diante de Deus, espaço privilegiado da graça. Não porque a baixeza seja boa em si mesma, mas porque Deus se inclina amorosamente para quem não se basta, para quem não se coloca no centro:


-Mateus 23,12: "Todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo aquele que se humilha será exaltado". 

 

-Tiago 4,6 da Bíblia diz: "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes",

 

No Novo Testamento aparece também o verbo ταπεινόω (tapeinóō), “humilhar”, “abaixar”, “tornar pequeno”. Ele expressa não um autodesprezo doentio, mas o reconhecimento verdadeiro da própria condição diante de Deus:"Somos servos inúteis"(conforme Lucas 17,10). Nesse sentido, a humildade toca sim a experiência do “nada”, não no plano ontológico — como se o ser humano não tivesse valor —, mas no plano espiritual: 


“Sem mim nada podeis fazer” (João 15,5). 


É a salvífica e libertadora verdade da criatura diante do Criador! Essa lógica atinge seu ápice em Cristo, especialmente em Filipenses 2, quando São Paulo fala da κένωσις (kénōsis), o “esvaziamento” do Filho de Deus, que assume a condição de servo. Aqui, humildade é descer, é abrir mão de status, poder e glória. Algo escandaloso para a mentalidade antiga — e não menos escandaloso para a mentalidade moderna. É nesse horizonte que devemos ler o Magnificat. Em Lucas 1,48, o texto grego diz:

 

«τι πέβλεψεν π τν ταπείνωσιν τς δούλης ατο»

(“porque olhou para a tapeínōsis de sua serva”).

 


A palavra-chave é ταπείνωσις (tapeínōsis). E aqui está o ponto decisivo: esse termo não designa primariamente uma virtude moral interior, mas uma condição objetiva de pequenez, humilhação e insignificância social. É o mesmo vocabulário usado na Septuaginta para falar da miséria do povo oprimido, da condição dos pobres, dos esquecidos, dos sem voz.

 

Por isso, do ponto de vista etmológico, exegético e teológico, são legítimas traduções como:


– “a humilhação de sua serva”,


– ou mesmo, de forma explicativa: “a pequenez”, "insignificância", ou “a baixeza de sua serva”.

 


Maria, portanto, não está dizendo: “Deus viu como eu sou humilde”, como se estivesse se autoelogiando moralmente.  



Ela afirma algo concreto e verificável: é uma mulher socialmente insignificante, sem prestígio, sem poder, de um vilarejo irrelevante, vivendo uma vida simples e escondida. Aos olhos do mundo, ela é um “nada”. É exatamente isso que Deus olhou. Daí surge a objeção moderna: “quem se considera humilde já deixou de ser humilde”. Essa afirmação procede apenas em parte, porém, se aplicada a Maria, é incorreta, pois trata-se de uma leitura psicológica contemporânea, não bíblica. Na Escritura, reconhecer-se pequeno diante de Deus não é soberba, é verdade. O problema não é saber-se pequeno, mas vangloriar-se disso. E Maria faz justamente o oposto.

 


Todo o Magnificat é radicalmente teocêntrico! Maria não canta a si mesma; canta a ação de Deus nela. Ela não diz “eu fiz”, mas “o Poderoso fez em mim grandes coisas”. Ela não se coloca como origem da própria bem-aventurança, mas como destinatária da misericórdia divina.

 

Por isso, quando afirma que “todas as gerações me chamarão bem-aventurada”, ela não se engrandece; simplesmente reconhece a consequência objetiva da obra de Deus em sua vida. Sua bem-aventurança não nasce de méritos próprios, mas da eleição gratuita do Senhor.

 


Assim, a interpretação correta é esta: Maria não proclama uma virtude autoatribuída, mas confessa que Deus voltou seu olhar para sua pequenez real, para sua condição de nada aos olhos do mundo. A tradução “humildade” é válida, desde que compreendida nesse sentido bíblico e teológico, e não como autopromoção espiritual.

 


Maria é grande exatamente porque se reconhece pequena diante de Deus! É nesse paradoxo — profundamente bíblico e autenticamente cristão — que repousa o fundamento de toda verdadeira devoção mariana: 



Ao proclamá-la “bem-aventurada”, como ela mesma profetizou, não a exaltamos por si mesma, mas tornamos presente, no hoje da Igreja, a obra maravilhosa que o Todo-Poderoso realizou nela, e continua a realizar de geração em geração.



Maria: Serva e Escrava do Senhor — Síntese Teológico-exegética


 

À luz da exegese bíblica e da teologia espiritual católica, a autodeclaração de Maria em Lc 1,38 — “Eis aqui a doúlē do Senhor” — comporta uma profundidade que permite, sem contradição, a convivência dos termos serva e escrava, com legítima ênfase no segundo quando se assume a chave mística adequada. No grego koiné, doúlē designa alguém que pertence totalmente a outro, diferindo de diákonos (servo/ministro), que conserva maior autonomia funcional. 



Embora, no contexto bíblico-judaico, o “servo do Senhor” (‘eved YHWH) seja título de honra — aplicado a Moisés, Davi e aos profetas —, a tradição espiritual reconheceu que Maria vai além de um simples serviço: ela se entrega sem reservas, em liberdade plena e amorosa, ao desígnio divino. 



Por isso, santos e teólogos marianos como São Luís Maria Grignion de Montfort falaram explicitamente de “escravidão de amor”, não em sentido sociopolítico ou degradante, mas cristológico e redentor, à luz de Fl 2,7, onde o próprio Cristo “assume a forma de doûlos”. Nessa perspectiva, Maria é chamada “escrava do Senhor” porque sua obediência não impõe limites à ação de Deus: ela não apenas serve, mas pertence inteiramente a Ele. Essa leitura também encontra eco em São Bernardo de Claraval, São Boaventura e na mística medieval, para os quais a máxima liberdade cristã se realiza precisamente na renúncia total de si em Deus. 



Ainda que a Igreja, por razões pastorais e litúrgicas — especialmente considerando a fragilidade espiritual e a baixa autoestima de algumas pessoas — mantenha com sabedoria a tradução oficial “serva do Senhor”, a linguagem espiritual de “escrava” permanece legítima e fecunda quando corretamente compreendida. Longe de qualquer conotação de opressão ou desumanização, esse termo exprime um amor livre, consciente, total e irrevogável, próprio da lógica bíblica da aliança. 



Um outro exemplo eloquente dessa prudência pastoral encontra-se na releitura da fórmula tradicional da Consagração a Maria, na qual a expressão original “como coisa e propriedade vossa” pode, por prudência, ser substituída por “como filho(a) e propriedade vossa”, a fim de não ferir consciências ainda frágeis e imaturas na fé. Tal adaptação, contudo, não anula o sentido profundo da entrega total, mas o traduz de modo pedagógico e maternal, pois a igreja é mestra da verdade, mas também, é mãe: "mater e magistra."



Assim, longe de diminuir a dignidade de Maria, o termo escrava, defendido por diversos autores da tradição mariana, manifesta sua grandeza singular: aquela que, sendo plenamente livre, escolheu pertencer inteiramente a Deus, tornando-se o modelo perfeito da obediência da fé e da nova criação em Cristo.





Os quatro dógmas Marianos decretados solenemente pela Igreja (AS CONVICÇÕES DA FÉ ESTABELECIDA NA VERDADE REVELADA)




Por *Irmã Clarissa Ribeiro de Sena, EP





Os dogmas, entendidos como "verdades de Fé" proclamadas pelo Magistério em sua missão de custodiar e expor a Revelação, são sinais autênticos da vitalidade divina da Igreja. Desde os tempos apostólicos, quando Filipe explicou ao etíope o sentido das Escrituras (At 8, 31.35), tornou-se claro que a Palavra de Deus, embora revelada, exige um Magistério vivo para ser compreendida sem erro, pois, como advertiu São Pedro, há passagens difíceis que podem ser deturpadas (II Pd 3, 16). Foi para evitar tais desvios que Cristo confiou ao Papa e aos bispos, sucessores dos Apóstolos, a missão de transmitir íntegro o depósito da Fé para todas as gerações, garantindo a prática autêntica e livre de engano.1-2 Cabe, portanto, somente a esse Magistério "interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita ou contida na Tradição";3 sua infalibilidade se manifesta quando, sob a assistência do Espírito Santo, define doutrinas em matéria de fé e moral, seja pelo Papa ex cathedra, seja pelo Colégio Episcopal unido ao sucessor de Pedro.4 Assim se compreende o valor das definições dogmáticas, nas quais "a Igreja empenha plenamente a autoridade recebida de Cristo"5 e propõe verdades que devem ser acolhidas com adesão irrevogável de fé. Longe de serem imposições, "os dogmas são luzes no caminho de nossa Fé, que o iluminam e tornam seguro".6




Magistério da Igreja e fervor popular





Os sucessores dos Apóstolos não são apenas mestres, mas também pastores; seus ensinamentos visam, pois, intervir na ordem concreta dos fatos. Por isso, "insistem mais num ponto ou noutro, desenvolvem mais uma matéria, enriquecem de preferência outra, com novos ensinamentos e novas leis, tudo ao influxo do que lhe vai pedindo a solicitude pastoral à vista das diversas vicissitudes pelas quais vai passando o gênero humano ao longo da História".7




Nesse sentido, ensina Santo Agostinho:




"Referentes à Fé católica, há muitos pontos que, ao serem postos no tapete da discussão pela astuta inquietude dos hereges, para podermos fazer- lhes frente, devem ser considerados com mais cuidado, entendidos com mais clareza e pregados com mais insistência. E, assim, a questão suscitada pelo adversário oferece oportunidade para aprender".8




Mais do que a reação às heresias, o verdadeiro motor do desenvolvimento da fé é o amor do povo de Deus, que, inspirado pelo Espírito Santo, leva os pastores a explicitar aspectos da Revelação. As definições dogmáticas, portanto, não nascem de frias especulações, mas das necessidades e da piedade do povo fiel em comunhão com o Magistério. As proclamações marianas são prova disso: desde os primeiros séculos, a maternidade divina e a virgindade perpétua de Maria foram afirmadas como verdades de fé, fruto da interação entre o fervor dos fiéis, a reflexão teológica e a vigilância do Magistério na defesa da verdade cristã.








Fundamentação bíblica:



-“Quando porém chegou a plenitude dos tempos, enviou Deus o seu filho nascido de mulher, nascido sob a Lei, para remir os que estavam sob a Lei, a fim de que recebêssemos a adoção filial” (Gl 4,4-5).



-"Mas qual o motivo destra graça maravilhosa, que venha me visitar a  Mãe do Meu Senhor?' (Tradução do Novo Testamento Evangélico King James) Lucas 1,43




Decretado no Concílio de Éfeso em 431 e confirmado pelo Papa Celestino I, o primeiro dogma mariano surgiu em meio às controvérsias cristológicas dos séculos IV e V. Apolinário de Laodiceia, ao tentar preservar a unidade de Cristo, negava-Lhe a alma humana, enquanto Nestório, Patriarca de Constantinopla, caiu no erro oposto ao sustentar a existência de duas pessoas distintas em Cristo, reduzindo a união ao nível meramente moral.9 Dessa tese decorria a recusa de chamar Maria de Theotókos, propondo o título de Khristotókos. Contra tal afirmação insurgiram-se tanto os Padres como os fiéis, cuja piedade já testemunhava desde cedo a maternidade divina. Santo Inácio de Antioquia10-11 e Santo Irineu12 haviam afirmado a unidade pessoal do Verbo encarnado e a maternidade real de Maria, enquanto a oração Sub tuum præsidium, atestada no século III, já a invocava como “Santa Mãe de Deus”.13 Roschini observa ainda que, no século IV, a expressão Theotókos se tornara tão difundida entre os fiéis que irritava o imperador Juliano, o Apóstata.14 Foi nesse contexto que São Cirilo de Alexandria conduziu o Concílio de Éfeso, o qual proclamou solenemente: “Se alguém não confessar que o Emanuel é Deus... e que a santa Virgem é deípara... seja anátema”.15 O entusiasmo popular pela definição foi notório: com tochas acesas, o povo acompanhou os Padres conciliares em clima de júbilo pelas ruas da cidade. Assim se consolidava o primeiro dogma mariano, abrindo cam



2º DOGMA MARIANO: “Virgindade perpétua” (antes, durante e após o parto)












FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA:







Mateus 1,1-17 (genealogia detalhada da familia de Jesus Cristo): "Este é o registro dos antepassados de Jesus Cristo, descendente de Davi e de Abraão: Abraão gerou Isaque. Isaque gerou Jacó. Jacó gerou Judá e seus irmãos. Judá gerou Perez e Zerá, cuja mãe foi Tamar. Perez gerou Esrom. Esrom gerou Rão. Rão gerou Aminadabe. Aminadabe gerou Naassom. Naassom gerou Salmom. Salmom gerou Boaz, cuja mãe foi Raabe. Boaz gerou Obede, cuja mãe foi Rute. Obede gerou Jessé. Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou Salomão, cuja mãe foi Bate-Seba, viúva de Urias. Salomão gerou Roboão. Roboão gerou Abias. Abias gerou Asa. Asa gerou Josafá. Josafá gerou Jeorão. Jeorão gerou Uzias. Uzias gerou Jotão. Jotão gerou Acaz. Acaz gerou Ezequias. Ezequias gerou Manassés. Manassés gerou Amom. Amom gerou Josias. Josias gerou Joaquim e seus irmãos, nascidos no tempo do exílio na Babilônia. Depois do exílio na Babilônia: Joaquim gerou Salatiel. Salatiel gerou Zorobabel. Zorobabel gerou Abiúde. Abiúde gerou Eliaquim. Eliaquim gerou Azor. Azor gerou Sadoque. Sadoque gerou Aquim. Aquim gerou Eliúde. Eliúde gerou Eleazar. Eleazar gerou Matã. Matã gerou Jacó. Jacó gerou José, marido de Maria. Maria deu à luz Jesus (Mateus não cita irmãos como em Jacó e Josias acima,por que?), que é chamado Cristo. Portanto, são catorze gerações de Abraão até Davi, catorze de Davi até o exílio na Babilônia e catorze do exílio na Babilônia até Cristo".




-Cântico 4,12:“Você é um jardim fechado, minha irmã, minha noiva; você é uma nascente fechada, uma fonte selada.”



-Eze 44,2:“E disse-me o Senhor: Esta porta permanecerá fechada, não se abrirá; ninguém entrará por ela, porque o Senhor, o Deus de Israel passou por ela; por isso permanecerá fechada!”












Definido como dogma de fé no Concílio de Latrão em 649 e confirmado pelo Papa Martinho I, o ensinamento da virgindade perpétua de Maria encontra respaldo já nos apócrifos, que a apresentam como virgem antes, durante e depois do parto. Neles, sua pureza é defendida por episódios simbólicos, como o “teste” da parteira Salomé e a prova da água amarga (Nm 5,11-31), ambos confirmando sua inocência e integridade. Tal doutrina é sintetizada na fórmula: “Maria foi virgem antes do parto, no parto e depois do parto”, afirmando a concepção milagrosa de Jesus sem concurso humano, o nascimento que não lesionou, mas consagrou a sua integridade, e a preservação de sua virgindade após o parto.16 Já o Antigo Testamento oferece imagens proféticas dessa realidade, como a sarça ardente, a vara de Aarão e a flor do tronco de Jessé (Is 7,14), interpretadas pelos Padres como prefigurações do parto virginal.17 No Novo Testamento, Mateus (1,20.22-23) e Lucas (1,35) atestam que a concepção se deu pelo Espírito Santo, reforçando o caráter divino da maternidade de Maria. Embora tenha sido alvo de heresias, como os ebionitas, a virgindade perpétua foi considerada patrimônio indiscutível da Igreja18, sendo já defendida por São Justino19 e, mais tarde, por grandes doutores como Santo Epifânio, São Jerônimo, Santo Ambrósio e Santo Agostinho, que a exaltou afirmando que Maria permaneceu sempre virgem ao conceber, dar à luz e nutrir o Filho de Deus.20 O aprofundamento teológico, unido à piedade dos fiéis, levou ao reconhecimento solene do Magistério.









Coube ao Sínodo de Latrão de 649, convocado pelo Papa São Martinho I, a proclamação do dogma.Após as grandes controvérsias cristológicas de seus primórdios, a Igreja esperaria doze séculos para uma nova definição dogmática solene sobre os atributos da Mãe de Deus.Desta vez, não será ela impelida pela necessidade de combater heresias, mas por outro possante fator de desenvolvimento dogmático: o "sensus fidei".



3º DOGMA MARIANO: “A Imaculada Conceição”: Triunfo da piedade Cristã!





FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA:



-Cantares 4,7: “Toda bela é minha companheira, em ti não há mácula”



-Livro de  14,4:"Pode o puro[Jesus]Vir de um ser impuro? Jamais!"



Decretado em 1854 pelo Papa Pio IX, através da bula Ineffabilis Deus, o dogma da Imaculada Conceição cumpre em Maria, a Nova Eva, a profecia de Ef 1,4: escolhida antes da fundação do mundo para ser santa e imaculada como Mãe do Salvador. Sua definição ilustra o modo como a fé da Igreja, sob a assistência do Espírito Santo, cresce na compreensão das verdades reveladas. Foi o próprio povo fiel, guiado pelo sensus fidei — “que não sabe teologia, mas tem o instinto da fé”21 — quem antecipou a adesão à Imaculada Conceição, impulsionando os teólogos a buscar fundamentos para harmonizá-la com a Revelação. No entanto, até santos doutores como Bernardo, Anselmo, Boaventura, Alberto Magno e Tomás de Aquino hesitaram em defendê-la, por não verem como conciliá-la com a doutrina do pecado original e da redenção universal (os santos não gozam da infalibidade, apenas o magistério ex-catedra do papa). A solução veio com o Beato João Duns Escoto, que, ao clarificar os termos da questão, formulou com precisão os fundamentos da "redenção preventiva", oferecendo o argumento decisivo para sustentar a singular prerrogativa mariana.22 - A “redenção preventiva” significa que Maria Santíssima, por singular privilégio de Deus, foi preservada do pecado original desde a sua concepção. Diferente de nós, que somos libertos após nascer com o pecado, Ela foi redimida de modo antecipado pelos méritos de Cristo. Como sintetizou o Beato Duns Escoto: “Deus quis, Deus quer, Deus pode, Deus fez”, explicando assim a perfeita Imaculada Conceição.


Argumentam os teólogos que há duas formas de libertar um cativo:




1)-Pagando o preço de seu resgate para tirá-lo do cativeiro em que já está (situação análoga à "redenção libertativa", na qual, pelos méritos de Cristo, somos livres e limpos da culpa original herdada de nossos primeiros pais);




2)-Ou pagando antecipadamente, impedindo a pessoa de cair em cativeiro ("redenção preventiva"). Esta última é uma verdadeira e própria redenção, mais autêntica e profunda que a primeira, e é a que se aplicou à Santíssima Virgem Maria, preservada imune de qualquer mancha de pecado, desde o primeiro instante de sua concepção.23





O fervor do povo de Deus, especialmente na Espanha, preparou o caminho para a definição solene do dogma em 8 de dezembro de 1854 


Como declarou Pio IX, chegara o tempo oportuno de proclamar a Imaculada Conceição, sustentada pela Sagrada Escritura, pela tradição, pelo consenso dos bispos e fiéis e pelos predecessores.24 A celebração na Basílica Vaticana reuniu autoridades e multidões em clima de júbilo comparado ao de Éfeso, quando se proclamou a Maternidade Divina.25 Desde então, a devoção se expressa na fórmula consagrada pelos fiéis espanhóis: “Ave Maria Puríssima, sem pecado concebida!”.





4º último dógma MARIANO: “Maria assunta ao Céu” (em corpo e alma)






FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA:





-Mateus 16,28: “Alguns não passarão pela morte até que o Sr venha...” (Exemplos de Enoc e Elias que foram arrebatados ao Céu).



-Salmo 44,10: “À vossa direita se encontra a rainha, Com veste esplendente de ouro de Ofir”



-Apocalipse 12,1-2: "Viu-se grande sinal NO CÉU (não na Terra) a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça...”




-Apoc. 12,13-14: “E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem.E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente.




-Se Enoc, Elias e Moisés, foram agradáveis a Deus,e por isto foram arrebatados em corpo e alma aos Céus (Conforme: Gen.5,24; IIReis 2,11; Judas9; Heb 11,5),imagine aquela que encontrou GRAÇA diante de Deus (Conforme Lucas 1,30)? 





(Decretado em 1950. Proclamado pelo Papa Pio XII, na constituição apostólica Munificentissimus Deus). – O dogma da Assunção, definido quase um século após a Imaculada, mostra a maturação da Fé eclesial. Sua devoção remonta a antigas celebrações litúrgicas no Oriente e às primeiras referências patrísticas dos séculos IV e V, como Santo Efrém e Santo Epifânio, seguidos por Santo André de Creta e, sobretudo, São João Damasceno, "pregoeiro desta tradição"26. Desde o século XV, os teólogos já a afirmavam unanimemente, reforçados pela liturgia e pela piedade popular, como o Rosário. Pio XII destacou esse consenso como fundamento dogmático, por expressar "a doutrina concorde do Magistério ordinário da Igreja e a Fé igualmente concorde do povo cristão"27. A definição solene ocorreu em 1950, diante de uma multidão em São Pedro e de milhões pelo rádio e televisão, unindo todo o orbe católico em "um só coração e uma só alma" (At 4,32):



"Para glória de Deus onipotente que à virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da sua augusta Mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados Apóstolos São Pedro e São Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial".28




Sinal de crescimento e fortalecimento!






Nas breves narrações da infância de Jesus, lemos: "O Menino ia crescendo e Se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava n'Ele" (Lc 2,40), palavras que se aplicam também ao Corpo Místico de Cristo, continuamente animado pelo Espírito Santo.29 As definições dogmáticas manifestam esse crescimento, conduzindo os fiéis ao conhecimento de Deus e à compreensão daquela que Ele escolheu por Mãe, unida a Si e à Igreja de modo singular. Desde os primeiros séculos, enfrentando heresias, a Igreja consolidou doutrinas como a Maternidade Divina e a virgindade perpétua de Maria, lançando os fundamentos da Mariologia e fortalecendo a devoção popular. Séculos depois, o senso sobrenatural da fé e a ação do Espírito Santo inspiraram novos aprofundamentos, recolhidos pelo Magistério nas definições da Imaculada Conceição e da Assunção. Futuramente, outros dogmas marianos, como a mediação universal e a corredenção da Santíssima Virgem, poderão florescer, sempre orientando os fiéis ao conselho cristocêntrico de Maria:




"Fazei tudo o que Ele vos disser" (Jo 2,5) e à promessa: "Doravante todas as gerações me proclamarão bem-aventurada..." (Lc 1,48b).



Maternidade Divina, Virgindade Perpétua, Imaculada Conceição e Assunção: verdades que iluminam a fé e orientam cada ação do católico na vida diária







No gnosticismo, a salvação depende do "conhecimento" (gnosis): acredita-se que uma centelha divina está aprisionada na matéria e só pode ser libertada por um saber oculto acessível a poucos. Já o cristianismo ensina que a salvação vem da graça de Deus em Cristo Jesus e não de um conhecimento secreto; é oferecida a todos que creem e obedecem a Deus, como afirma São Paulo: “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2,8). Enquanto o gnosticismo restringe a salvação a uma elite, a fé cristã anuncia uma salvação universal. Os quatro dogmas marianos — Maternidade Divina, Virgindade Perpétua, Imaculada Conceição e Assunção — são verdades de fé que, quando vividas, iluminam o caminho da fé, aprofundam a compreensão de Cristo, fortalecem a santidade pessoal e comunitária, e confirmam a ação de Deus na vida de Maria, que sempre nos conduz a Jesus, dizendo: “Fazei tudo que Ele vos disser”.




1)-Maternidade Divina de Maria Santíssima (Theotokos): Maria é Mãe de Deus porque gerou Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que veio para nossa salvação e libertação.


Implicações práticas:


-Fortalece a fé em Cristo como 100% Deus e 100% homem, nascido da plena humanidade de Maria.


Gálatas 4,4-5: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.”


Hebreus 4,15: Jesus experimentou tentações como nós, mas sem pecar; Maria, também tentada, permaneceu imaculada, vencendo todas as provações e pisando a cabeça da serpente.


-Inspira o respeito e a valorização da vida humana, inclusive da vida nascente, como no caso de Maria Santíssima grávida aos 14 anos.


-Incentiva a devoção confiada a Maria como mãe espiritual dos cristãos: 


João 19,26-27: “Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e o discípulo a quem Ele amava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho."



2. Virgindade Perpétua de Maria Santíssima: Maria permaneceu virgem antes, durante e após o nascimento de Jesus (nos lembra a virgindade preservada/conservada de Maria Santíssima, a virgindade restaurada de Maria Madalena, e a virgindade ofertada das virgens prudentes).



Implicações práticas desse dógma:



-Valoriza a castidade, o respeito pelo corpo e a pureza de coração (como templos do Espírito Santo).


-Ajuda os católicos a compreenderem o valor celibato e a vocação à vida consagrada (antecipação daquilo que viveremos no céu):


Mateus 22,30:"Na ressurreição, as pessoas não se casam nem são dadas em matrimônio; são, todavia, como os anjos do céu"



3. Imaculada Conceição: Maria Santíssima foi concebida (gerada) "sem pecado original" desde o primeiro instante de sua existência no útero de sua mãe Santa Ana, em virtude da missão de gerar Aquele que não tinha pecado, portanto, o puro não pode vir do impuro:



Jó 14, 1-4: "O homem, nascido de mulher, vive breve tempo, cheio de inquietação. Nasce como a flor e murcha; foge como a sombra e não permanece; e sobre tal homem abres os olhos e o fazes entrar em juízo contigo? Quem da impureza poderá tirar coisa pura? Ninguém!"



Implicações práticas desse dógma:


-Reforça a importância da graça divina através do exercício das virtudes (principalmente a VIRTUDE DA CASTIDADE) na luta contra o pecado, que nos Chama à santidade pessoal, de todo batizado(a) na qual somos chamados à pureza (sem misturas, que não se confunde com igenuidade), e à amizade com Deus.


-Nos estimula a confissão frequente, e a busca constante de purificação e direção espiritual.



4. Assunção de Maria Santíssima: Maria foi elevada ao Céu, em corpo e alma, "ao final de sua vida terrena". O dogma não define se ela morreu ou não, permanecendo em aberto; o que se sabe é que seu corpo não foi encontrado, temos apenas o local de sua "dormição".



Implicações práticas desse dógma:


-Dá esperança na vida eterna e na ressurreição dos corpos.


-O dogma da Assunção de Maria incentiva a oração confiando em sua intercessão, pois ela está junto de Cristo à sua direita, como anuncia o Salmo: "à sua direita está a rainha, revestida de ouro de Ofir” (Sl 45,10). Maria age como "Onipotência suplicante": ao pedirmos sua intercessão, o Filho atende sempre conforme a vontade da Trindade, seja antecipando graças, como em Caná, ou adiando a justiça divina.Em Fátima (1917), durante as aparições, a Virgem Maria pediu oração, penitência e reparação pelos pecados do mundo. Segundo os relatos, essas orações e sacrifícios dos fiéis contribuíram para adiar o juízo divino, ou seja, mitigaram o castigo previsto para a humanidade, mostrando o poder da intercessão de Maria em consonância com a vontade de Deus.



CONCLUSÃO



(provável autor: São Lucas)



Como vimos e aprendemos até aqui, os Dogmas Marianos vão muito além de meras definições teológicas; eles são faróis que iluminam a vida de cada católico. Ao afirmar a Maternidade Divina, recordam-nos a centralidade de Cristo e reforçam a fé na encarnação do Verbo. A Virgindade Perpétua ensina a valorizar a pureza e a santidade, mostrando que a dedicação a Deus transforma a vida humana. A Imaculada Conceição revela o cuidado especial de Deus na preparação de Maria para sua missão, inspirando-nos a pedir o auxílio da graça no exercício cotidiano das virtudes, principalmente da Castidade e Pureza (que não são a mesma coisa). A Assunção confirma a esperança na vida eterna e nos convida a perseverar na fé, mesmo diante das dificuldades. Cada dogma fortalece a confiança no Céu e nos incentiva a viver em comunhão com a Igreja. Eles moldam nosso comportamento, influenciam nossas escolhas e orientam nossa devoção. A prática da fé à luz desses dogmas torna visível a ação de Deus em nossas vidas. Maria, modelo de amor e obediência, aponta sempre para Jesus. Assim, os dogmas marianos se tornam um verdadeiro guia de vida, integrando fé, esperança de eternidade, santidade, e luzes na vida comunitária.

 



REFERÊNCIAS:



1 CONCÍLIO VATICANO II. Dei Verbum, n.7.


2 CIC, 890.


3 CONCÍLIO VATICANO II. Dei Verbum, n.10.


4 CONCÍLIO VATICANO II. Lumen gentium, n.25.


5 CIC 88.


6 Idem, 89.


7 CORRÊA DE OLIVEIRA Plinio. A Igreja e a História. In: Dr. Plinio. São Paulo. Ano V. N.46 (Jan., 2002); p.20.


8 SANTO AGOSTINHO. A Cidade de Deus, l.XVI, c.2, 1.


9 Cf. ALASTRUEY, Gregorio. Tratado de la Virgen Santísima. Madrid: BAC, 1956, p.76-77. 


10 SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA. Carta aos efésios, 18,2.


11 Idem, Carta aos esmirniotas, 1,1.


12 SANTO IRINEU DE LIÃO. Contra as heresias, l.3, c.19, 3.


13 ROSCHINI, Gabriel. Instruções marianas. São Paulo: Paulinas, 1960, p.44.


14 Idem, ibidem.


15 Dz 252.


16 CONCÍLIO VATICANO II. Lumen gentium, n.57.


17 SÃO BERNARDO DE CLARAVAL. Laudibus Virginis Matris, II, 5.


18 Em sua Apologia, São Justino apresenta a concepção virginal de Maria como uma verdade fundamental da religião cristã (I, 33); de igual modo, Santo Irineu (Adv. Haer. 3,19ss) afirma que esta verdade é uma das contidas na "regra de Fé" que todos devem crer.


19 Cf. ALDAMA, José Antonio de. María en la patrística de los siglos I y II. Madrid: BAC, 1970, p.83.


20 SANTO AGOSTINHO. Sermão 186,1.


21 ROYO MARÍN, OP, Antonio. La Virgen María: teología y espiritualidad marianas. 2.ed. Madrid: BAC, 1997, p.75.


22 CLÁ DIAS, EP, João Scognamiglio. Pequeno ofício da Imaculada Conceição comentado. São Paulo: Artpress, 1997, p.496.


23 Cf. ROYO MARÍN, op. cit., p.75. 


24 PIO IX. Ineffabilis Deus, n.22.


25 CHANTREL, Joseph. Histoire populaire des papes, apud CLÁ DIAS, op. cit., p.501.


26 PIO XII. Munificentissimus Deus, n.21.


27 Idem, n.12.


28 Idem, n.44.


29 GARRIGOU-LAGRANGE, OP, Réginald. El sentido común: la filosofía del ser y las fórmulas dogmáticas. Buenos Aires: Desclée
de Brouwer, 1945, p.240.





Com adaptações: Revista Arautos do Evangelho, Maio/2011, n. 113, p. 18 à 25








*Irmã Clarissa Ribeiro de Sena é uma religiosa brasileira da Congregação dos Arautos do Evangelho (*EP), conhecida por suas contribuições teológicas e espirituais. Ela é autora de diversos artigos e reflexões publicadas na revista Heraldos del Evangelio, que aborda temas como Mariologia, espiritualidade católica e a importância dos dogmas marianos na vida cristã. Seu trabalho destaca-se pela profundidade teológica e pela clareza na exposição dos ensinamentos da Igreja. Em seus escritos, Irmã Clarissa enfatiza a importância da Maternidade Divina de Maria, da Virgindade Perpétua, da Imaculada Conceição e da Assunção como pilares da fé católica, que não apenas enriquecem a compreensão teológica, mas também orientam a vivência prática da fé no cotidiano dos cristãos. Além de suas publicações, ela também participa ativamente de eventos e iniciativas dos Arautos do Evangelho, promovendo a evangelização e a formação espiritual dos fiéis. Sua dedicação à missão evangelizadora reflete o compromisso da Congregação com a renovação espiritual e o aprofundamento na fé católica. (*a abreviatura EP após o nome de Irmã Clarissa Ribeiro de Sena significa “Equipe de Nossa Senhora” (em português, Equipes de Nossa Senhora) ou, no contexto dos Arautos do Evangelho, mais corretamente “Exercício de Propósito” ou “Equipe dos Arautos do Evangelho” dependendo da convenção usada internamente).

 


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E RECOMENDADA


 

-BÍBLIA. Bíblia de Jerusalém. Nova ed. rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2002.

 

-BERNARDO DE CLARAVAL, São. Homilias sobre a Virgem Maria. Petrópolis: Vozes, 1996.

 

-BOAVENTURA, São. Comentário ao Evangelho de São Lucas. Tradução e notas diversas. São Paulo: Paulus, 2008.

 

-MONTFORT, Luís Maria Grignion de. Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem. Petrópolis: Vozes, 2015.

 

-JOÃO PAULO II. Redemptoris Mater. Carta encíclica sobre a Bem-aventurada Virgem Maria na vida da Igreja peregrina. São Paulo: Paulinas, 1987.

 

-RATZINGER, Joseph (BENTO XVI). Maria, a Igreja nascente. São Paulo: Paulus, 2005.

 

-LÉON-DUFOUR, Xavier. Vocabulário de Teologia Bíblica. Petrópolis: Vozes, 2009.


-ERLIN, Luís. Imitação de Maria. São Paulo: Editora Ave Maria, s.d.


-LIGÓRIO, Afonso Maria de. As glórias de Maria. 23. ed. Aparecida: Editora Santuário, s.d.


-AGOSTINHO, Santo. A Virgem Maria. São Paulo: Paulus, s.d.


-JOÃO PAULO II, Papa. A Virgem Maria: 58 catequeses do Papa sobre Nossa Senhora. Campinas: Editora Cleofas, s.d.


-AQUINO, Felipe Rinaldo Queiroz de. A mulher do Apocalipse. 6. ed. Campinas: Editora Cleofas, s.d.


-MURAD, Afonso. Maria, toda de Deus e tão humana. São Paulo: Edições Paulinas, s.d.


-BOFF, Clodovis. Introdução à mariologia. 6. ed. Petrópolis: Editora Vozes, s.d.


-NOGUEIRA, Maria Emmir O. Mãe de nossa fé. Aquiraz: Edições Shalom, s.d.


-PROENÇA, Eduardo de. Apócrifos e pseudo-epígrafos da Bíblia. São Paulo: Fonte Editorial, s.d.



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Anônimo
4 de dezembro de 2024 às 12:30

Salve Maria Imaculada! Mãe de Deus e nossa mãe!

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