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Shalom uma #vocação pascal - significados e origem da Páscoa

Written By Beraká - o blog da família on terça-feira, 9 de abril de 2019 | 22:43







A temática principal da festa de Páscoa é o reconhecimento da mão do Senhor como aquela que liberta da escravidão e opressão do pecado!“Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada mas dizei uma palavra e serei salvo” (Lit. Missa). Para abordarmos a espiritualidade inerente a este termo, não poderemos obviamente deixar de citar sua origem e vínculo com o povo, para quem, a princípio, Deus fez surgir a Páscoa: o povo judeu, e que Deus fê-la estender-se a todo gênero humano que Nele crer. O aprofundamento bíblico mais atualizado de nossos dias, vem a dar como marco inicial de suas comemorações para os judeus, a data incerta da saída do povo hebreu do Egito, quando a festa realmente passa a ser instituída (cf Ex 12). É certo que alguns estudiosos venham a mencionar a possibilidade de conhecimento da páscoa para o povo judeu, anterior à institucionalização, sendo justamente a festa que Moisés pedira ao faraó para celebrar com o seu povo no deserto e que lhe fora negado. Ressaltamos que o pedido é feito por Moisés e Aarão, mas é o próprio Iahweh quem fala (cf. Ex 5,1). Eles, Moisés e Aarão, passam a ser instrumentos do Único que realmente poderia libertar o povo, que uma vez livre, poderia cultuar a Iahweh.





Até então, fizemos questão de não mencionarmos o que significa a palavra “páscoa”, para que, ficando clara a sua origem junto ao povo hebreu, pudéssemos compreender melhor o que o termo nos quer dizer:






1)- Primeiro porque a significação do termo na língua que lhe dá origem, o hebraico, é incerta. No seu uso tanto podemos designar a festa, como também a refeição, ápice da festa, como também o próprio cordeiro, imolado na ocasião; embora esse último uso do termo seja mais difundido entre o povo judeu, os três são válidos.




2)- Segundo, porque na maioria das vezes ouvimos apenas ser mencionadas definições como “passagem”, que mesmo tendo algum sentido, não dá realce todo especial Àquele que possui máxima importância no termo “páscoa”, o próprio Deus-Iahweh. É Ele mesmo que faz Seu povo escolhido fazer a passagem da escravidão para a liberdade. O povo não vai só, Deus vai à sua frente. O povo não faz a sua passagem, é Iahweh quem faz a passagem do povo da escravidão para a liberdade. Não queremos, em hipótese nenhuma, com essa afirmação dizer que Deus fizera tudo sozinho, pelo contrário, dizemos que Deus fizera de Seu povo co-participante e co-responsável também, da libertação obtida. O Senhor, em nenhuma ocasião, transforma Seu povo em meros atores passivos de algo que Ele queira realizar em seu meio.É necessário que frisemos aqui o ritual da páscoa, pois assim, melhor entenderemos o que o Senhor Jesus fez na Última Ceia e qual a significação desta ceia acontecer antecipadamente ao dia da Páscoa. O banquete de Páscoa é o centro da festa em que um cordeiro de um ano, não trazendo em si nenhuma mancha, é comido. Lembramos que aquilo que não fosse comido do cordeiro deveria ser queimado antes de o sol nascer. Isso faz com que entendamos que a festa vem a realizar-se à noite, e como tal, o cordeiro deveria ser assado inteiro para ser servido, pois estavam com pressa. A postura de todos os que participavam do rito também deveria ser específica para a ocasião: todos deveriam comer a Páscoa (o cordeiro) vestidos para viajar, e de pé. Os que não tinham ainda sido circuncidados não poderiam comer a Páscoa (cf Ex 12,43-49).





Repito: A temática principal da festa de Páscoa é o reconhecimento da mão do Senhor como aquela que os liberta da escravidão: o saber que somente Iahweh, escutando os clamores do povo, desce para libertá-lo.A liberdade obtida pelo povo de Deus não é valorizada posteriormente por esse mesmo povo, porque pensava ele que apenas era necessário uma libertação mesclada na exterioridade:O faraó deixará de ser aquele que tem o domínio sobre nós, pensava talvez o povo, agora seremos nós próprios, a nos conduzir. E foi isso que fizeram: caíram numa escravidão ainda maior, a escravidão de si próprios. Deus os queria livres integralmente, mas as sucessivas idolatrias que o povo cometera ao longo do caminho diziam o contrário.O autor sagrado mostra nitidamente as infidelidades do povo e a fidelidade paciente de Deus, que ouve as súplicas intercessórias de Moisés em favor deles, aqueles que eram o povo infiel. Doravante, lembramos de maneira marcante a figura de Jesus que ceia com os apóstolos, antecipando a Páscoa com eles, porque a partir dEle, Jesus, a Páscoa seria agora entronizada de maneira diferente na vida daqueles que estiveram com Ele, creram e viessem a crer nEle. O próprio Jesus é quem é o cordeiro oblativo agora. O sacrifício de animais não é mais necessário, pois o próprio Filho se oferece ao Pai, para que assim, pagando o preço de nosso resgate pelo precioso sangue que derramara no madeiro, pudéssemos realmente ter “acesso ao coração do Pai”.O vislumbrar do Senhor Jesus na cruz é de essencial importância para nós cristãos, como também importante é a manutenção do vínculo entre a morte e a ressurreição de Jesus. É essa a pregação da Igreja primitiva a ecoar na evangelização de hoje: Jesus morto e ressuscitado; pois se não tivesse ressuscitado, nada de novo teria feito, uma vez que o sacrifício deveria continuar a ser repetido várias vezes de uma maneira cruenta, isto é, com o derramamento de sangue. Jesus vem fazer a libertação do interior do homem, do mesmo interior que o homem deixara escravizar por si mesmo ao longo da história. Jesus também, transcende à terra, isto é, Ele faz o povo compreender, por Sua morte e Ressurreição, que a terra prometida por Deus não é aqui, mas começa aqui. O sofrimento que Jesus padece não é masoquismo de sua parte, mas uma entrega total, incondicional, consciente e amorosa de si a Deus por nós, enfrentando todas as dificuldades e conseqüências dessa oblação. Olhemos pois, como dizíamos, para Jesus erguido na cruz, e tenhamos a certeza de que a morte do Senhor é o grande anúncio jubiloso que se encerra em nossa garganta e lábios de ser essa morte não apenas morte em si mesma, mas pré-anúncio da ressurreição.












Shalom, uma vocação pascal





O tempo pascal para nossa vocação é um tempo de alegre expectativa, de júbilo, e celebração fazendo memória de nossa libertação, recordando-nos de onde Deus nos tirou. Quem participa do Retiro de Semana Santa com a Comunidade Shalom encontra um clima de festa. Jovens e famílias, adultos e crianças cantam, pulam, celebram a razão de sua fé. Recordam de onde lhes tirou o nosso Senhor, e isto é o suficiente para a explosão do louvor das almas esposas. Para o Shalom, bem como para a Igreja, a Páscoa é o dia mais importante.  Sendo uma vocação Pascal, neste acontecimento litúrgico ápice de toda liturgia, encontra o sentido pleno de sua existência. Por isso a exultação. Este louvor não é mero contentamento sentimentalista que passa, mas é o louvo da verdadeira alegria que não passa, porque tem sentido. É consistente porque brota da Cruz. Torna-se a linguagem das almas esposas, que é a gratidão. Aquece a alma como brasa viva. Vivifica. Restaura. Transforma. A experiência pascal é tão forte que não pode ser retida para si. Quem a experimenta logo deseja transmiti-la, comunicá-la e, apressadamente, com ousadia, com plena convicção, daquele que de pacificado quer tornar-se instrumento de pacificação, que não é mera ausência de conflitos, pois a paz que Jesus nos dá não é a mesma paz que o mundo dá (conf. João 14,27).É este o fruto por excelência da ressurreição, a alegria genuína, o louvor como linguagem de gratidão das almas esposas,  que transborda na  evangelização como resposta de gratidão por tudo aquilo que Ele fez, faz e ainda fará, pois Ele não abandona incompleto a obra de suas mãos ( Salmo 138,8).A Oitava pascal é ocasião para firmar compromissos na Comunidade Shalom. A Comunidade Shalom, nas palavras de nosso fundador, Moysés Azevedo, é uma vocação pascal, daí portanto, é que se surge o tempo propício para o firmar e renovar os compromissos no Carisma de forma mais específica, de parte de seus membros. Padre Silvio Scopel em uma missa de envio de missionários em 2014, destacou a alegria da vida ofertada, que nas palavras de Santa Terezinha, quer dizer: “Amar-te, Jesus, que perda fecunda”. Ele citou a santa por conta da vibração de tantos jovens que veem outros jovens partindo em missão, e acrescentou:“Vocês não estão vibrando pelo time que fez um gol, mas pela vida ofertada a Deus, é pelo valor absoluto que não passa”. E continuou: “A caminhada na Comunidade de Vida se faz com perseverança. É um caminho de e para a felicidade”. Apropriando-se da liturgia, o sacerdote aprofundou o significado da cruz de Cristo: “Para chegar à Glória, é preciso passar pela cruz. Os judeus esperavam de Jesus milagres e grandes sinais, os gentios, a sabedoria e as grandes ideias. Mas, para nós cristãos, temos Cristo crucificado que é o maior milagre de amor. A cruz é a maior sabedoria. É o amor que se dá até o fim e não haverá outro. E muitos, hoje, não encontram a verdade porque querem milagres ou a razão que lhes explique tudo. Mas, para nós cristãos, a sabedoria da cruz é o amor de Deus que dá vida nova”. 




De acordo com padre Silvio, o mundo se perde em busca do imediatismo dos milagres ou das respostas do racionalismo, mas nós cristãos nos libertamos é pela sabedoria e loucura da cruz! 





Este é o caminho da Páscoa. Ele interrogou o jovens sobre como viver a Páscoa nos nossos dias? “Como viver a cruz e a ressurreição?” E respondeu: “Vivendo a vida de Cristo. Vivemos a cruz hoje, num caminho de purificação gradual dos nosso corações”. Ele deixou claro aos jovens: “O tempo de postulantado e missão,  é um caminho de passagem pela cruz. É o amor vivido no dia a dia, que vai nos dar a vida nova, vida gloriosa, vida ressuscitada. Chegando na missão, somos um dom. Somos alguém que quer transformar a vida por meio do amor. Em cada momento difícil, descubram ali o caminho da cruz para ressuscitar. O que é descobrir o mistério da cruz em cada momento difícil?”, perguntou e respondeu: “É amar o desafio e superá-lo, unindo-se a Cristo na cruz e experimentar o poder da ressureição. Este é o caminho pascal. Se tomarmos a decisão pascal, de viver a sabedoria da cruz, disse o padre aos jovens, encontraremos nossa feliz vocação. Ao contemplar o mistério pascal, o mais feliz é aquele que ama mais. Por isso, somos chamados a sermos o feliz terceiro. É um aminho de purifcação do coração, colocando Deus em primeiro lugar e o irmão em segundo. Sou o servo de Deus e dos irmãos. O céu é só amor. Servir é uma sabedoria que pode salvar nossas vidas e nossas famílias. Amar é uma vocação feliz”.






Que o Senhor Jesus ressuscitado e ressuscitante, alimente sempre em nosso ser a certeza de estar conosco sempre, aquele que é o Senhor da Vida, da verdadeira liberdade e da nossa salvação. Que tenhamos e vivamos uma Páscoa renovada no amor que foi derramado e que se derrama todos os dias, que se dá a cada um de nós, não por nossos méritos, mas unicamente por graça e misericórdia de Deus.








Fonte: Comunidade Católica Shalom - (31 março 2016)








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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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