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João Batista nos ensina a sair de cena: É preciso que Ele cresça e eu diminua, que Ele apareça e eu desapareça

Written By Beraká - o blog da família on sábado, 13 de abril de 2019 | 14:15




Quando chegaram para João Batista, alguns até com ar de deboche, disseram:

“João, tem um tal de Jesus ai, que faz milagres, prega melhor que você, e está arrastando multidões !”

João compreendeu que estava na hora de sair de cena e deixar que Ele agora crescesse, ele diminuísse e desaparecesse, e disse com muita tranquilidade e alegria:

“É preciso agora que Ele cresça e que eu diminua e desapareça, fui enviado apenas para preparar-lhe o seu caminho...”





Na caminhada espiritual, após nascermos em Cristo (Jo 3), somos permanentemente desafiados pelo Evangelho a crescermos em Cristo. Enquanto o nascimento  é um ato, o crescimento é um processo para toda a vida que visa nos aproximar de um padrão de espiritualidade por Paulo denomina de “a medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4,13b).  Mas este desafio é fácil, viável, factível e atingível? Sim, desde se absorva um princípio de vida aqui magnificamente descrito por João Batista: “convém que Jesus cresça e que eu diminua” (v. 30).Podemos resumir a resposta de João Batista, dada a partir do v. 27, em uma só expressão: “convém que Ele cresça e que eu diminua”. Nela João Batista  demonstra a real consciência de  seu papel no contexto das relações de Deus entre os homens. Com ele, assim, aprendemos duas verdades importantes:


1ª)- EU PRECISO DIMINUIR -  João Batista, olhando para Jesus e para si mesmo, ficou plenamente convicto da necessidade urgente da expansão do Senhorio de Jesus no seu coração, junto ao seu povo e, acima de tudo, na liderança espiritual que até então ele exercia. Não somos chamados a anunciar a nós mesmos. Mas como isto aconteceria se ele insistisse em ser o mesmo João? O que antes era uma perspectiva profética, agora era uma realidade indubitável e inevitável: no grande enredo das intervenções divinas na história humana ele, que fora personagem central de um capítulo importantíssimo, precisava sair de cena. Por quais razões?



a)- Porque sua provisão vinha exclusivamente do céu (v. 27), nada do que João fizera, até então,  não foi fruto de sua capacidade, mas resultado direto de um chamado e uma capacitação vinda graciosamente do céu, ou seja, de Deus; não somos auto  suficientes, por isso precisamos receber a suficiência do Alto que só é dada àqueles que se humilham (Tiago 4,6).



b)- Porque sua identidade era humana (v. 28), gosto muito da primeira referência do evangelista João a seu xará João Batista: “houve um homem enviado por Deus cujo nome era João” (Jo 1,6), na qual fica pontuada sua relevância (“enviado por Deus”), mas também sua insignificância (“houve um homem”).  Pessoas grandemente usadas por Deus não são “Cristo” na terra, mas apenas seus “precursores”, ou seja, facilitadores de Sua penetração no coração humano para promover salvação, santificação e missão (conf. I Cor. 3,6). Usando uma linguagem figurada de esponsalidade, João Batista imagina o novo movimento de Deus entre os homens como um bem sucedido casamento: Jesus era o noivo que viera em busca de Sua noiva, a igreja, com a finalidade de estabelecer com ela uma aliança que envolvia salvação e libertação do pecado em suas raízes. Seu papel, como amigo de Dele, consistia em facilitar esta conexão que permitiria uma nova aliança  com Deus baseada essencialmente na graça (Jo 1,17), ou seja, no Seu desempenho como verdadeiro libertador, e não na mera capacidade do homem de satisfazer por suas realizações as expectativas divinas. João batista viveu assim, a transição da velha aliança para a nova aliança, do velho testamento para o novo testamento. Este era o seu papel, ser um elemento de transição.  Vislumbrou a beleza desta nova aliança, mas não estava nos planos divinos que ele a experimentasse. Estamos ainda vivos porque Jesus tem desejado nos usar como conectores entre Ele e os homens, mas uma vez estabelecida esta conexão muitas vezes Ele também nos tira de cena.Santa Tersinha do menino Jesus entendeu muito bem isto muito cedo em sua vida, ao confidenciar em seus escritos:


“Quero ser nas mãos de Deus como o seu brinquedo que Ele e me use e me abuse a seu bel prazer, depois me deixe em um canto, e se quiser venha me usar novamente..."


João batista e todos os santos e santas da Igreja, entenderam que a sua diminuição era imprescindível para que acontecesse o crescimento de Cristo.



2ª)- JESUS PRECISA CRESCER (v. 30 “Convém que Ele cresça….”) - Os especialistas bíblicos divergem se  as palavras seguintes foram ditas por João Batista ou por João evangelista. Mas cabe aqui, com certeza, uma convergência: é o próprio Deus que está falando usando um instrumento humano. Por que Jesus precisa crescer?


a)- Primeiramente porque é sua missão é universal e soberana sobre todas e sobre todos. Sua soberania é resultado de sua origem: veio das “alturas, do céu”, ou seja, Ele é o próprio Deus que se fez carne e veio habitar entre nós (João 1,1-14). Esta é a sua identidade: divino, eterno, supremo, único, inigualável. João, apesar de importante, era apenas como nós, simplesmente humano, e portanto,  temporário, frágil e limitado. Esta é a lógica compreendida por João batista que era versado nas escrituras vero testamentárias: o humano se submete ao divino, o barro ao oleiro, o servo ao Senhor.


b)- Entretanto, dizer que Jesus é soberano pode passar para alguns, a falsa idéia de que Ele é um Deus desligado, desconectado, alienado, distante e indiferente. João tinha de Jesus uma visão diametralmente oposta:Jesus falava de realidades que Ele tinha “visto e ouvido” (v. 32), ou seja, falava com conhecimento de causa, profundidade e coerência. O acolhimento de Sua palavra proporcionava uma genuína e extraordinária experiência com Deus que “certifica que Deus é verdadeiro” (v. 33). Ele é a última e definitiva palavra de Deus aos homens (Jo 6,68; 7,46).A Sua palavra era uma revelação do Espírito e evidencia o desejo de Deus em repartir conosco de forma abundante, pela palavra de Jesus, este mesmo Espírito (v. 34; Jo 1,33; 7,38-39).


c)- João Batista percebeu a autoridade de Jesus de forma inequívoca quando batizou Jesus, pois viu sobre Ele um reconhecimento do Espírito e do Pai (Mt 3,13-17). Jesus tinha plena consciência desta extraordinária autoridade (Mt 11,27; 28,18). Como homem, temos a  tendência de querer resolver todas as coisas porque achamos que somos hábeis, inteligentes, competentes, criativos e ousados. O resultado desta atitude é frustração e fracasso. Quando entregamos tudo nas mãos de quem tudo pode,é a partir dai que as coisas acontecem verdadeiramente e com a eficácia do alto, e já não pelo poder do nosso braço.



“A igreja existe para nada mais do que, atrair os homens a Cristo e fazer deles pequenos Cristos. Se ela não está fazendo isto, todas as catedrais, ministros, missões, sermões e até mesmo o próprio estudo bíblico simplesmente serão desperdício de tempo...” (C. S. Lewis).


A unção é fundamental para que a igreja avance em direção ao propósito de Deus. Mas infelizmente, ao longo da história, ela tem dado excessiva ênfase à unção, sem um correto entendimento da graça. Há um grande problema nisso, pois a unção de Deus requer muita responsabilidade.


Lembremos do exemplo de Saul, um homem ungido por Deus que se desviou do seu caminho. Porem, mesmo desviado, a unção do Senhor continuava sobre ele, tanto que Davi não ousava feri-lo, sabendo que era um ungido do Senhor.



Quando Deus nos unge Ele espera que ajamos de acordo com o que nos foi dado; precisamos ter muita responsabilidade e temor quanto a isso. Mas há algo que vai além da unção: a glória de Deus. Quando a glória divina se manifesta, o homem sai de cena e só o Senhor aparece:



“E quando eles uniformemente tocavam as trombetas e cantavam para fazerem ouvir uma só voz, bendizendo e louvando ao Senhor, e quando levantavam eles a voz com trombetas, e címbalos, e outros instrumentos músicos, para bendizerem ao Senhor, porque era bom, porque a sua benignidade dura para sempre, então, a casa se encheu de uma nuvem, a saber, a Casa do Senhor; e não podiam os sacerdotes ter-se em pé, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor encheu a Casa de Deus.” (2Cr 5,13-14).



A glória de Deus somente se manifesta quando o homem é humilhado, e quebrado; quando sua capacidade chega ao fim. Na verdade o nosso fim é o começo de Deus, pois se o grão não morre, não gera vida. Quando estamos cheios da unção falamos e fazemos muitas coisas; quando a glória de Deus se manifesta todas as nossas palavras e ações ficam atrapalhadas, e sem sentido, não conseguimos nem mesmo ficar de pé em sua presença, onde todas as obras são postas a prova do fogo abrasador e purificador.Nós realmente não podemos fazer nada para Deus, pois Jesus Cristo cumpriu toda a exigência do Pai. Infelizmente todos nós seres humanos, temos muita dificuldade em entender e viver essa realidade. Estamos sempre tentando fazer algo para agradar a Deus e merecer o Seu amor. Somos como aquele filho que critica o pai por receber bem em casa o filho arrependido (Lc 15,25-32). Viver assim torna a nossa vida muito amarga, e não glorifica a Deus.



Temos muitas coisas para dizer e fazer; defendemos-nos quando deveríamos permitir que o Senhor fosse o nosso Juiz (Gn 50,19). Não permitimos sermos humilhados. Ficamos inquietos quando tentamos cumprir nossa lista de coisas espirituais e não sabemos por onde começar. Precisamos orar sim, mas com o espírito correto. Se a oração não for acompanhada do mais profundo quebrantamento e interesse pelo assunto para apresentar a Deus, nada vale. Serão apenas vãs repetições. A oração eficaz é aquela que o nosso espírito ora, pois desta forma há conexão com o Espírito de Deus. Só podemos orar assim quando estamos quebrantados, quando não há nenhuma interferência da alma. Precisamos aprender que nós não sabemos orar apropriadamente (Rm 8,26) e somos chamados a descansar neste fato, para que o Senhor seja glorificado,pois o Espírito vem em auxílio a nossa fraqueza.



CONCLUSÃO




Por mais estranho que possa parecer, as pessoas com mais intimidade com Senhor não são aquelas que estão envolvidas em grandes empreendimentos na igreja, mas são aquelas que se reclinam ao peito do Senhor e ouvem atentamente suas palavras. Este era o exemplo de João e também o de Maria, a irmã de Marta. Quando olhamos para pessoas assim podemos pensar que elas não estão fazendo nada, ou fazendo pouco para suas qualidades espirituais. Mas justamente elas são espirituais porque se movem lentamente, ao sopro do Espírito. Agitação e ansiedade tem sido a grande marca dos dias atuais; pessoas correm sem rumo de um lado para o outro. Essa correria tem trazido reflexos negativos para o corpo de cristo, levando muitos a viver uma vida sem propósito. O sentido de falta de propósito na vida tem criado uma verdadeira onda mundial de pessoas deprimidas. Precisamos estar atentos a este laço mortal.Então, chegamos agora a um momento crucial: este culto e esta mensagem só terá valido a pena se você e eu estivermos realmente convencidos de que não temos outra saída senão a de João Batista: “convém que Jesus cresça e que eu diminua”. Este é um processo duro e extremamente difícil e que precisa se estender até o último minuto de nossas vidas. Ele incomoda, doi, fere, machuca, sangra e nos mata para que gere vida. Envolve reconhecer sinceramente quem nós somos, pecadores, orgulhos e um nada soberbo que se acaha. Precisamos saber quem Jesus é: Nosso Senhor e Salvador, mas antes de tudo nosso amigo, que não nos quer como seus simples servos, mas estabelecer uma relação de amizade. Você está disposto(a) a viver isto? Morrer para si mesmo(a) e deixar que ressuscitemos com Ele ?


Apostolado Berakash



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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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