Celso Furtado é portanto, um retrato do intelectual, é um profícuo exemplo dos aspectos relevantes legados pela teoria do subdesenvolvimento, tomando como tema de análise a sua vasta produção intelectual inevitavelmente atrelada ao seu tempo histórico.
Já a produção intelectual de Olavo de Carvalho, não é uma novidade entre aqueles que estudam o conservadorismo, "mas para os incautos, não deixa de provocar estupefação com admiração quase devota e revoltas mortais, que fez um personagem tão peculiar, se tornar uma pessoa politicamente influente no pensamento brasileiro", diz Alvaro Bianchi, diretor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. Apesar da influência de Olavo na intelectualidade nacional, Alvaro Bianchi frisa que:
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(Caetano Veloso ao centro no MST) |
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(Cantor e compositor Chico Buarque) |
Quem são (e quantos são) os chamados “formadores de opinião”
por Augusto de Franco
São pouquíssimos os jornalistas e analistas políticos considerados “formadores de opinião”.
DE
ESQUERDA
Então, é até bobagem tentar citar um a um. Pois na esquerda temos legiões de
ideólogos, de ideólogos disfarçados de jornalistas da grande imprensa ou da
chamada rede suja de sites e blogs petistas (e assemelhados) e de ideólogos
duplamente profissionais (marxistas por profissão: de fé e como emprego mesmo),
que são os professores universitários (em especial nas áreas de humanas das
universidades federais, mas não só) e que são milhares.
Para
não deixar de lembrar alguns nomes (em certo sentido até meio caricatos) de
ideólogos de esquerda, temos:
-Boaventura
de Souza Santos (que embora seja um professor português, dedicou-se a fazer a
cabeça de militantes brasileiros).
-Breno
Altman (lugar-tenente de José Dirceu)
-Frei
Betto
-Gregório
Duvivier
-Leonardo
Boff
-Leonardo
Sakamoto
-Luis
Nassif
-Mino
Carta
-Tico
Santa Cruz
-Bernardo
Mello Franco (e centenas de jornalistas na grande imprensa, muitos dos quais
jamais se declaram de esquerda, podendo ser denominados de cripto-petistas ou
cripto-lulistas)
E, como alguns dos já citados acima, “jornalistas” da rede suja de sites e blogs a serviço do PT e de partidos alinhados ideologicamente - Por exemplo:
Brasil 247 ( de Leonardo Attuch)
Opera Mundi (de Breno Altman)
Correio do Brasil,
Revista Forum,
Carta Capital (de Mino Carta)
Pragmatismo Político (de Luis Soares)
O Cafezinho,
Plantão Brasil,
GGN,
Rede Brasil Atual,
Diário do Centro do Mundo (de Paulo Nogueira)
Viomundo,
Brasil de Fato (fundado por movimentos populares, via campesina e MST).
Caros Amigos,
Carta Maior (de Mino Carta)
Tijolaço,
Outras Palavras,
Mídia Ninja (de Bruno Torturra e Débora Pill)
DE
DIREITA
Na
chamada direita temos poucos, mesmo que nesta categoria sejam, em geral,
enquadrados tanto os liberais-econômicos (que não deveriam aceitar o rótulo,
muito menos se orgulhar dele), quanto liberais-conservadores, conservadores,
estatistas-militaristas, anticomunistas conspiracionistas religiosos e laicos
(como os olavistas e os bolsonaristas). Uma lista (não-exaustiva) incluiria
nesta banda:
Alexandre
Borges
Ana
Paula Henkel
Bia
Kicis
Bruno
Garschagen (e a turma do Instituto Mises Brasil)
Carla
Zambelli (e a turma do Nas Ruas)
Claudio
Tognolli
Felipe
Moura Brasil
Flavio
Morgenstern (e a turma do Senso Incomum)
Jair Bolsonaro (e alguns bolsonaristas)
João
Amoêdo (e a turma do partido Novo)
João
Pereira Coutinho
Kim Kataguiri (e a turma do MBL)
Lobão
Luciano
Ayan
Luiz
Philippe de Orleans e Bragança (e a turma do Acorda Brasil)
Fábio
Ostermann (e a turma do Livres-PSL)
Felipe Pondé (filósofo)
Maçons
do grupo Avança Brasil
Marcelo
Faria (e a turma do Ilisp)
Marcelo
Reis (e a turma do Revoltados Online)
Rafael
Rosset (e a turma do Implicante)
Renato
Tamaio (e a turma do SOS Forças Armadas)
Ricardo
de Aquino Salles (e a turma do Endireita Brasil)
Rodrigo
Constantino (e a turma do Instituto Liberal)
Rodrigo
da Silva (e a turma do Spotniks)
Roger
Moreira (cantor)
Guilherme Fiúza
Pessoal do Brasil Paralelo, Diário do Brasil, Folha Política, Socialista de iPhone e Caneta Desesquerdizadora, e outros veículos ou páginas da internet.
Há
também os (supostamente) "não alinhados", no sentido de que não se declaram de esquerda ou de
direita, como, por exemplo:
Bolivar
Lamounier
Demétrio
Magnoli
Dora
Kramer
Eliane
Cantanhêde
José
Nêumanne Pinto
José
Roberto Guzzo
Luiz
Carlos Azedo
Nelson
Motta
Ruy
Fabiano
E
dentre os não-alinhados, há os que ficaram mais-alinhados ao participarem da
recente orquestração Fora Temer, como:
Diego
Escosteguy
Diogo
Mainardi
Marco
Antonio Villa
Mario
Sabino
Merval
Pereira
Rogério
Chequer (e a turma do Vem Prá Rua)
UM
RÁPIDO BALANÇO
Um
rápido balanço revela que os tais “formadores de opinião” são muito poucos –
com exceção dos de esquerda, é claro: se somarmos os professores universitários
e o pessoal dedicado a atividades artísticas e culturais, as turmas do
movimento sindical e associativo, das ONGs e dos ditos movimentos sociais, os
jornalistas, os profissionais liberais, os funcionários de organismos
internacionais e os militantes partidários, é quase impossível totalizar a
conta.
Entre
os “formadores de opinião” da chamada direita, temos apenas cerca de 30 pessoas
mais conhecidas (que publicam diariamente ou regularmente matérias – artigos e
vídeos – originais) – boa parte das quais admiradora de Donald Trump, de Olavo
de Carvalho e eleitora de Jair Bolsonaro (supostamente para barrar a esquerda).
É claro que se somarmos os seus colegas de trabalho, alunos e os seguidores que
replicam suas publicações nas mídias sociais, esse número sobe
consideravelmente. Mas nada que chegue perto do número dos ideólogos da
esquerda. Talvez não chegue nem a 1% (o que apenas revela três décadas, no
mínimo, de hegemonia cultural da esquerda). Mas a direita, ao contrário da
esquerda, não está enraizada socialmente e o fato de ter navegado na onda interativa
que se avolumou contra o PT é apenas uma eventualidade, não o resultado de uma
identificação ideológica (como propagam os tolos que dizem que “o povo é de
direita”: não é, não; e sim apenas conservador nos costumes, expressando uma
cultura predominante que, como toda cultura, é conservadora).
MAS
A CONTA NÃO É ESTA !
Como a opinião pública não é a soma das opiniões privadas e sim o resultado da interação das opiniões que são voluntariamente proferidas no espaço público e se sintonizam, dessintonizam, sinergizam, convergem, divergem e se polinizam mutuamente, num processo emergente, não é o número dos chamados “formadores de opinião” que determina a opinião pública.
Por
exemplo, formou-se uma opinião pública, nas mídias sociais, nas ruas e em todos
os lugares de convivência, trabalho, estudo e lazer, sobre a necessidade de retirar o PT do governo, ainda que os chamados “formadores de opinião” que
defendiam isso fossem amplamente minoritários (em relação aos que diziam que o impeachment
era golpe).
"Com o aumento da interatividade, as pessoas não formam suas opiniões apenas seguindo a opinião de algum conhecido formador de opinião. O processo depende de múltiplas e variadas interações, com parentes, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e estudo, correligionários ou irmãos de credo (seja ele qual for), amantes, e desconhecidos..."
E, mais importante ainda, o processo depende cada
vez mais de laços fracos, provenientes da interação fortuita, do que de laços
fortes (parentais ou consanguíneos e funcionais-hierárquicos). É a nuvem
interativa na qual alguém está imerso que determinará, em termos coletivos, o
comportamento do emaranhado (e não suas convicções pessoais, sua filiação a uma
corrente filosófica, sua adesão a uma doutrina ou a um credo laico ou
religioso).
Nem a chamada esquerda, nem a chamada direita, entenderam isso. E por isso insistem em formar discípulos, seguidores, fiéis, e militantes !
Mas esses contingentes formados por laços fortes são extremamente fracos em comparação com as correntes de opinião que se conformam de modo espontâneo e que emergem de nuvens interativas. É isso, aliás, o que explica os swarmings (como os de junho de 2013, no Brasil e em vários países – sobretudo no Egito) e não o processo clássico de identificação e adesão a um conteúdo, clusterização e organização a partir de um centro aglutinador qualquer, ou de uma liderança.
A Irmandade Muçulmana no Egito tinha incomparavelmente mais recursos doutrinários e organizativos do que as pessoas descrentes e desorganizadas que, no dia 30 de junho de 2013, produziram a maior manifestação de rua da história humana (e que levou à deposição de Mohamed Morsi, aliás, eleito por maioria no ano anterior). Quem derrubou Morsi não foram os militares (eles assumiram o poder porque eram a única instituição nacional do Egito em condições de fazê-lo) e sim as pessoas comuns.
Da mesma forma, mutatis mutandis, quem derrubou Dilma foram as pessoas comuns do Brasil !
Que não eram (nem nunca pretenderam ser) “formadoras de opinião”,
que não seguiam nenhuma cartilha, que se jogaram de corpo e alma no fluxo
interativo da convivência social, sem doutrina.
A
base social da democracia (ou do processo de democratização) em uma
sociedade-em-rede não é composta ou fabricada pelos codificadores de doutrinas,
pelos ideólogos, e sim pelos processos de rede que acontecem nos subterrâneos
da sociedade, quando miríades de opiniões se encontram gerando inumeráveis
derivas harmônicas e desarmônicas, explodindo como uma ramada de neurônios.
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O formador de opinião segue tendências, e linhas de pensamento nas quais acredita e procura viver (ex. Felipe Neto, Xuxa, Anita, Pablo Marçal, etc). Porém, TODO INTELECTUAL TEM PRODUÇÃO INTELECTUAL PRÓPRIA formalmente publicada", e ou, reconhecida (como Olavo de Carvalho, Raymundo de Farias Britto, Mario Sergio Cortella, e tantos outros).Quem não tem uma produção intelectual não pode ser considerado um (a) intelectual. Simples assim!
José Carlos - Natal
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