Modelo de referência, explica, são os “três amores de Jesus”: para com o Pai, para com sua Mãe, para com a Igreja. “Grande” é o amor de Jesus por esta última, afirma o Papa Francisco: “Jesus esposou a Igreja por amor”. É “a sua esposa: bela, santa, pecadora, mas a ama assim mesmo”. E seu modo de amá-la revela, diz o Papa, as “três características” deste amor:
1)- “É um amor fiel; é um amor perseverante, não se cansa nunca de amar sua Igreja; é um amor fecundo. È um amor fiel! Jesus é o fiel”. São Paulo, em uma de suas Cartas diz: “Se tu confessares Cristo, Ele te confessará, a ti, diante do Pai; se tu renegares Cristo, Ele te renegará, a ti; se tu não for fiel a Cristo, Ele permanecerá fiel, porque não pode renegar a si mesmo!. A fidelidade é própria do amor de Jesus. E o amor de Jesus pela sua Igreja é fiel. Esta fidelidade é como uma luz sobre o matrimônio. A fidelidade do amor. Sempre”.
2)- Fiel, sempre, mas também sempre incansável em sua perseverança. Próprio como o amor de Jesus por sua Esposa:“ A vida matrimonial deve ser perseverante. Porque caso contrário o amor não pode andar para frente. A perseverança no amor, nos momentos bonitos e nos momentos difíceis, quando surgem os problemas: problemas com os filhos, problemas econômicos, problemas aqui, problemas lá. Mas o amor persevera, vai adiante, sempre procurando resolver as coisas para salvar a família. Perseverante: se levantam cada manhã, o homem e a mulher, e levam adiante a família”.
3)- Terceiro ponto, a “fecundidade”. O amor de Jesus, observa o Papa Francisco, “faz fecunda a Igreja com novos filhos, pelo Batismo, e a Igreja cresce com esta fecundidade nupcial”. Em um matrimônio esta fecundidade pode ser às vezes colocada à prova, quando os filhos não chegam ou estão doentes. Nestas provas, sublinha o Papa, existem casais que “olham para Jesus e buscam a força da fecundidade que Jesus tem para com a sua Igreja”. Enquanto, por outro lado, conclui, “existem coisas que não agradam a Jesus”, ou seja os casamentos estéreis por escolha:“Estes casamentos que não desejam filhos, que querem ficar sem fecundidade. Esta cultura do bem estar de dez anos atrás nos convenceu: É melhor não ter filhos! É melhor! Assim tu podes conhecer o mundo, em férias, pode ter uma casa de campo, fica tranqüilo”... Mas é melhor talvez – mais cômodo – ter um cãozinho, dois gatos, e o amor se dirige aos dois gatos e ao cãozinho. É verdade ou não? E por fim este casamento chega à velhice na solidão, com a amargura de uma solidão difícil. Não é fecundo, não faz aquilo que Jesus faz com sua Igreja: torna-a fecunda”.
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