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O Sacramento da ordem, ou Sacerdócio é bíblico ou é invenção da Igreja Católica ?

Written By Beraká - o blog da família on terça-feira, 28 de abril de 2015 | 08:41






 “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos Constitui bispos, para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue. Sei que depois da minha partida se introduzirão entre vós lobos cruéis, que não pouparão o rebanho. Mesmo dentre vós surgirão homens que hão de proferir doutrinas perversas, com o intento de arrebatarem após si os discípulos” (At 20,28-29).


Cristo escolheu seus Apóstolos pessoalmente, e com eles conviveu durante cerca de três anos, formando-os para serem seus enviados (= Apóstolos). Na última ceia, instituiu o sacerdócio da Nova Aliança.


Ordenou que os Apóstolos e os seus sucessores no sacerdócio renovassem na Missa o sacrifício da cruz; e, com estas palavras: “Fazei isto em minhas memória” (Lc 22,19), os instituiu sacerdotes do Novo Testamento.




No dia da Ressurreição, no domingo, a primeira coisa que Ele fez foi conferir-lhes o poder de perdoar ou reter os pecados, dando-lhes o poder que Ele próprio tinha de perdoar os pecados. Jesus acabara de morrer e ressuscitar para vencer o pecado e a morte; Ele é o Cordeiro de Deus que veio ao mundo para tirar o pecado do mundo; então, Ele está sedento de distribuir esse perdão conquistado com a sua dolorosa Paixão. Agora o faz por meio dos sacerdotes.



Como os Apóstolos sabiam que o sacerdócio deveria continuar na Igreja depois deles morrerem, depois de evangelizar uma cidade e antes de deixa-la, impunham as mãos a outros, comunicando-lhes o sacerdócio. Por exemplo, São Paulo diz a Timóteo:


“Por este motivo, eu te exorto a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos. Pois Deus não nos deu um espírito de timidez, mas da fortaleza, de amor e de sabedoria. Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus” (2Tim 1,6-8).



Nos Atos do Apóstolos vemos São Lucas dizer que: “Em cada igreja instituíram anciãos [bispos] e, após orações com jejuns, encomendaram-nos ao Senhor em que tinham confiado” (At 14,23).


Vemos também São Paulo se despedir dos bispos de Éfeso, de maneira emocionada, pedindo que eles cuidem do rebanho contra os lobos hereges:


“Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos Constitui bispos, para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue. Sei que depois da minha partida se introduzirão entre vós lobos cruéis, que não pouparão o rebanho. Mesmo dentre vós surgirão homens que hão de proferir doutrinas perversas, com o intento de arrebatarem após si os discípulos” (At 20,28-29).


Jesus escolheu os doze Apóstolos para dar início à Igreja, porque a quis estruturada em uma hierarquia definida, como mostram os Evangelhos:


“Ele escolheu doze” (Mc 3,13-16). Jesus lhes deu ordem e poder de agirem como se fosse Ele mesmo: “Quem vos ouve, a mim ouve; quem vos rejeita a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou” (Lc 10,16).


Segundo o Concílio de Trento, os Apóstolos foram constituídos sacerdotes na última ceia. (DS, 1752[949]).


Além dos doze, Jesus chamou mais 72 colaboradores, com missão análoga à dos Apóstolos. Os Atos dos Apóstolos mostram que Pedro e Paulo iam instituindo presbíteros (epískopoi em grego) onde passavam para que esses dirigissem a comunidade.


Em cada igreja instituíram anciões e, após orações com jejuns, encomendaram-nos ao Senhor, em que tinham confiado” (At 14,23).


“Eu te deixei em Creta para acabares de organizar tudo e estabeleceres anciãos em cada cidade, de acordo com as normas que te tracei” (Tt 1,5).


“Os presbíteros que desempenham bem o encargo de presidir sejam honrados com dupla remuneração, principalmente os que trabalham na pregação e no ensino” (1 Tm 5,17).


Não havia “igrejas independentes” dos Apóstolos, como muitas são hoje criadas

Os Apóstolos também instituíram diáconos que ocupavam um lugar abaixo dos presbíteros.
“Naqueles dias, como crescesse o número dos discípulos, houve queixas dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas teriam sido negligenciadas na distribuição diária. Por isso, os doze convocaram uma reunião dos discípulos e disseram: Não é razoável que abandonemos a palavra de Deus para administrar. Portanto, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarregaremos este ofício. Nós atenderemos sem cessar à oração e ao ministério da palavra. Este parecer agradou a toda reunião. Escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo; Felipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. Apresentaram-nos aos Apóstolos, e estes, orando, impuseram-lhes as mãos” (At 6,1-6).



Enquanto os Apóstolos eram vivos, eles eram também os responsáveis pelas comunidades cristãs; abaixo delas havia um colegiado de anciãos (presbyteroi em grego) ou episkopoi (superintendente), e mais abaixo os diáconos.


No fim da vida dos Apóstolos, foi surgindo o “episcopado monárquico”, sendo escolhido um presbítero que se tornava o pastor estável da comunidade, com o título exclusivo de episkopos (=bispo), enquanto os demais ficavam com o título de presbíteros.


Assim, os bispos são os sucessores dos Apóstolos. Cada um tem jurisdição apenas sobre a sua diocese, enquanto o bispo de Roma, o Papa, que é sucessor direto de São Pedro, tem jurisdição sobre a Igreja toda. Ele exerce, em nome de Cristo, todo o poder na Igreja. Esta não é uma democracia.


A plenitude do sacerdócio de Cristo é conferida ao bispo. Ele pode consagrar a Eucaristia e ordenar presbíteros. Esses não podem ordenar outros presbíteros.


Nos primeiros séculos da Igreja, houve as diaconisas, mulheres encarregadas da catequese e outras funções, mas não recebiam o sacramento da Ordem, apenas uma bênção (sacramental) para exercer o ministério.


Ministério dos sacerdotes


As funções mais importantes do sacerdote são:


a) Pregar a Palavra de Deus. O sacerdote exerce este ministério de muitas formas: na homilia, dentro da Missa; na catequese; nas pregações; meditações; retiros; aulas de formação, etc.


b) Administrar os Sacramentos; especialmente celebrar a Santa Missa, Confessar os fiéis, e ministrar a Unção dos Enfermos.

c) Levar o povo à santidade. Os sacerdotes são os pastores do rebanho que o Senhor conquistou com o seu Sangue (cf. At 20,28) e têm a missão e o dever de apascentar as ovelhas que lhe foram confiadas pelo bispo: com a oração e a mortificação, ajudando-lhes em suas necessidades, acompanhando-lhes nos momentos difíceis e com a insubstituível tarefa da direção espiritual, para que possam ser tirados os obstáculos que lhes impeçam de receber a graça de Deus.


d) Dirigir ao Senhor a oração oficial da Igreja através da oração da Liturgia das Horas. Se todos os seres humanos devem rezar para honrar a Deus e pedir-lhe por tantas necessidades, com maior motivo deve fazê-lo o sacerdote. É um clamor que sobe continuamente da terra ao céu, de tal modo que se pode dizer que durante as vinte e quatro horas do dia a Igreja está rezando oficialmente, por meio de seus ministros.


No Antigo Testamento, Deus escolheu a tribo de Levi, uma das doze tribos de Israel, para dela saírem os sacerdotes da antiga Aliança. Eram muitos os sacerdotes, os ritos e os sacrifícios (Nm 3,11-13; Lv 1,27-34).


Jesus veio para – com o seu sacrifício – levar à plenitude os sacrifícios da Antiga Aliança; por isso, Ele aboliu o sacerdócio levítico e fez-se Ele mesmo o único Sacerdote da Nova e Eterna Aliança, de acordo com Melquisedec, Rei e Sacerdote (Hb 7,1-10; 10,4-10). Como único Sacerdote ofereceu um único sacrifício, oblação perfeita da sua vida, da sua vontade entregues ao Pai. Até que Ele volte, quer continuar o seu sacerdócio para aplicar os frutos da Redenção aos homens, através dos ministros que Ele escolheu e escolhe. Estes participam do único e mesmo sacerdócio de Jesus e oferecem o único sacrifício do Senhor na cruz; agem como se fossem a mão e o braço de Jesus estendido através de todos os séculos, para salvar todos os homens.


Retirado do livro “Ordem”- Coleção Sacramentos- Ed. Canção Nova

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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