As
entrevistas que as redes de televisão apresentaram com os candidatos a
presidente da República têm despertado questionamentos por parte dos
telespectadores.
As
perguntas parecem ter o objetivo de chocar o entrevistado, relegando a
discussão em torno de programas de governo. Foi assim que Luciana Gimenez
preferiu discutir a cor os olhos do candidato Eduardo Campos, com insinuações
até certo ponto incabíveis. Na Rede Globo, não foi diferente:
Para quem
pensava que Wiiliam Bonner e Patrícia Poeta apenas transmitiam o que lhes
passavam os diretores da TV, vale a pena ler o que Bonner postou na internet
sobre o assunto. Tomou essa decisão por conta de comentários ofensivos na rede
social:
"Enquanto aguardamos que o tempo nos permita decolar, vejo com espanto como as paixões eleitorais momentâneas podem alimentar a intolerância de um tipo de eleitor que se considera suficientemente informado sobre os candidatos - e que nega às outras pessoas o direito de se informar.
É aquele que não quer saber mais nada. Não quer ouvir explicação sobre nenhuma questão polêmica. E é um direito dele. O problema é quando não quer que ninguém mais tome conhecimento daquelas questões.
E, por
isso, insulta quem pensa de forma diferente, insulta quem cobra aquelas
explicações de candidatos a cargos públicos. Isso se chama obscurantismo. Tenho
30 anos de profissão e me orgulho de ter entrevistado candidatos à presidência
do Brasil em 2002, em 2006, em 2010 e neste ano.
Em todas as entrevistas, fiz e farei as
perguntas que os candidatos prefeririam não ter que ouvir. Assuntos que lhes
são desconfortáveis, incômodos.
Assuntos
que eles não abordam na propaganda eleitoral, obviamente. São assuntos de
interesse jornalístico, são assuntos que o eleitor deve conhecer.
Todos
os candidatos que entrevistei, sem nenhuma exceção, sabiam que era papel deles
prestar esses esclarecimentos - e que era meu papel cobrar as explicações. E
isso sempre foi feito, de ambas as partes, de forma cordial, serena,
respeitosa. Sempre. É esse respeito que falta aos que usam o espaço de
comentários de uma foto para insultar, agredir, praguejar contra o conteúdo
eminentemente jornalístico de uma entrevista.
Insultam não só a mim, como entrevistador,
mas a todos os demais eleitores que desejam ser informados sobre as questões
polêmicas de todos os candidatos, sejam quem forem.
Essa
intolerância eu faço questão de deixar registrada nos comentários. Alguma
utilidade terá pra quem quiser analisar os frequentadores desse ambiente
encantador e agressivo, enriquecedor e mesquinho, democrático e sectário que é
a internet",
Fonte:http://www.observadorpoliticofm93.com/2014/08/a-resposta-de-wiliam-bonner.html?spref=fb
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