“Benditos
aqueles que veem em nome do Senhor” – Mateus 21,9
A JMJ representa o
inconformismo com a hipocrisia, com a incoerência, com o desamor.
Não são as Olimpíadas nem a Copa do Mundo. O evento mais importante que
o Brasil receberá acontecerá em poucos dias. A JMJ traz jovens de
muitos países com uma mensagem forte de paz e justiça, de amor e esperança.
Muito além da religião, os milhões que tomarão conta da Cidade
Maravilhosa representam uma grande parte da humanidade, são pessoas que querem
um mundo melhor e não se conformam com o desrespeito à vida.
A JMJ vem de encontro
aos anseios dos brasileiros que há poucas semanas tomaram as ruas em protestos
contra a corrupção. Diferentemente dos eventos esportivos, o objetivo não é o
lucro financeiro e talvez por isso, mesmo reunindo um número tão expressivo de
pessoas a mídia tende a não dar a atenção que o evento merece.
Não haverá consumo
de bebidas alcoólicas e nem haverá demanda por prostituição, os jovens que
virão se denominam peregrinos, não virão para um turismo consumista
e desta forma os maiores patrocinadores dos canais de televisão não mostram
interesse em divulgar o evento como se divulga, por exemplo, a Copa do Mundo,
grande promotora do turismo sexual, por exemplo.
Em um país onde a juventude se mostra inconformada e empobrecida
pelo fraco investimento do governo em educação, a JMJ representa um
evento da consciência, centenas de milhares de jovens vindos de outras nações
trazendo o questionamento, a reflexão.
A vontade de experimentar uma experiência que transcende os prazeres da
carne e por isso também incomoda a muitos.
A presença do Papa Francisco, embora elucide o
caráter religioso do evento, é um convite para uma sociedade que tem misturado
religião com materialismo, que tem transformado igrejas em grandes e lucrativos
negócios.
A JMJ é um
questionamento sobre a coerência, um convite a uma verdadeira espiritualidade,
tão necessária principalmente nos dias atuais.
Os jovens viajam para o
Rio de Janeiro atrás de uma Cruz, o símbolo que representa o valor de sua fé, o
amor por um homem que pregou o amor, que viveu o amor, pelas prostitutas, pelos
pobres e também pelos corruptos, pelas mulheres maltratadas, um homem que soube
ser amável e ao mesmo tempo duro, que soube abaixar-se para salvar a adúltera
do apedrejamento e soube expulsar os vendilhões do templo com um chicote nas
mãos, o homem do compromisso, do protesto, mas acima de tudo o homem do
amor.
A JMJ representa o
inconformismo com a hipocrisia, com a incoerência, com o desamor. Não são torcedores
fanáticos de uma seleção de futebol, nem tampouco atletas que buscam superar
seus limites físicos, a nuvem que cobrirá a Cidade Maravilhosa aos pés do
Cristo Redentor é formada por atletas do sentido, corajosos desbravadores do
valor da vida humana, profundamente desejosos de um encontro transformador com
Deus e de um momento transformador do mundo onde vivem.
FONTE: Aleteia
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