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Eclesiologia: A sempre problemática igreja Alemã, suas divisões e possíveis soluções sinoidais

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 22 de maio de 2022 | 10:59

 


 

A Igreja na Alemanha está em um ponto crítico que lembra muitos eventos de 500 anos atrás, quando se desencadeou uma tempestade de protestos que mudaria a face do catolicismo para sempre.A reportagem é de Derek Scally, publicada por The Tablet, 01-07-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

 

 

 

Na glória brilhante e estucada da Igreja Theatina de Munique, solistas e orquestra refletem tristemente sobre a mais obscura desgraça da Igreja Católica. “Oratio” é uma obra musical de angustiante beleza do compositor Mathias Rehfeldt que adapta as Lamentações de Jeremias sobre a queda de Jerusalém (“Eles nos abusaram descaradamente... a coroa caiu”) à crise dos abusos na Igreja Católica global. À medida que a crise atinge uma escala para além do entendimento racional, a música impetuosa de “Oratio”, acompanhada de um antigo lamento de luto e salvação, abre o ouvido – e a alma – para um espaço que nenhuma palavra pode alcançar.“Queríamos enviar um sinal que não fosse apenas pontual, mas que perdurasse”, disse o Pe. Robert Mehlhart OP, cocriador da peça, maestro de sua estreia e diretor musical na Theatina. “No original, outros são responsáveis pela catástrofe, mas, na nossa peça, o mal vem de dentro. A culpa pelo que aconteceu na Igreja não pode ser repassada para quem é de fora.” Depois de três décadas de revelações de abuso sexual clerical na Irlanda, nos Estados Unidos, na Austrália e em outros lugares – com o agora familiar ciclo de reportagens midiáticas, bravos testemunhos de sobreviventes, investigações relutantes, fúria pública e desculpas desajeitadas – a Igreja alemã se encontra agora no mesmo ponto de inflexão existencial. Há uma forte discordância sobre as causas da crise na Alemanha, mas, meio milênio após a posição de Martinho Lutero contra Roma, há um consenso crescente de que uma tempestade de significativa gravidade histórica está se formando. Apesar dos murmúrios que vêm de outros lugares sobre um cisma iminente, ninguém na Alemanha espera que a história se repita com uma ruptura com Roma. Mas o tamanho, a importância e a riqueza da Igreja Católica na Alemanha significam que o que quer que aconteça aqui terá um efeito indireto sobre a Europa e a Igreja global. Enquanto a hierarquia da Igreja tenta lidar com sua crise de abusos com uma mão, a outra mão está gerenciando as expectativas em torno do seu processo de consulta sobre a renovação da Igreja, o chamado “Synodaler Weg” (Caminho Sinodal). E alguns estão pressionando por mudanças mais radicais do que os bispos – e Roma – estão prontos para admitir. O movimento de base Maria 2.0 exige a ordenação de mulheres (assunto encerrado de forma definitiva por São João Paulo II de forma dogmática). A reafirmação da Congregação para a Doutrina da Fé de que a Igreja não pode abençoar as uniões entre pessoas do mesmo sexo desencadeou uma reação sem precedentes – centenas de padres e milhares de fiéis aderiram à iniciativa Liebe gewinnt (“O amor vence”), uma semana de bênçãos para casais do mesmo sexo em igrejas de toda a Alemanha. Por toda a Baviera, a renúncia-surpresa de Marx – prontamente rejeitada pelo Papa Francisco – dividiu opiniões. Alguns a viram como um golpe publicitário, outros como um Befreiungsschlag, um impulso libertador para um reformador enérgico. Na sede diocesana, o vice do cardeal, o vigário-geral Christoph Klingan, disse-me que a surpresa inicial agora cedeu espaço a um período de reflexão profunda e a um sentimento de que o papa concorda com grande parte da análise de Marx. “Para o cardeal Marx, não se trata apenas de questões estruturais, trata-se do nosso âmago: o que nos define como Igreja?”, explica o Pe. Klingan explica.

 

 

Raramente na história essa questão existencial foi mais urgente!

 

 

 

Cerca de 22,6 milhões de alemães se identificam como católicos romanos, 27% da população (cerca de 21 milhões se identificam como membros das Igrejas protestantes). As fronteiras de muitas das suas 27 dioceses remontam a Bonifácio e a Carlos Magno, e refletem amplamente a antiga paisagem alemã pré-1871, de reinos, ducados e bispados. As dioceses são tão ricas quanto diversificadas graças a um imposto eclesial – 8% a 9% do imposto de renda de todos os registrados como católicos na Alemanha vão para a Igreja – que arrecadou 6,76 bilhões de euros (40,42 bilhões de reais) em 2019, a maior soma de todos os tempos. Muitos dentro da Igreja alemã veem o imposto como uma bênção mista: ele financia uma grande variedade de serviços sociais da Igreja, mas também uma vasta burocracia que é difícil de controlar e, em muitos casos, deliberadamente cega frente aos penhascos que se aproximam.Para deixar a Igreja, os católicos alemães precisam agendar um horário em cartório e fazer uma declaração por escrito: 273.000 fizeram isso em 2019, um aumento de 39% em relação ao número de pessoas que abandonaram em 1995. É quase certo que esse número seja muito mais alto agora, devido a um fluxo constante de denúncias e revelações de abuso. No mesmo período, o número de novos padres ordenados anualmente caiu quase 350%, para apenas 67 em 2020.

 

 

 

O caso Canisius

 

 

 

O abuso sexual clerical tornou-se um fenômeno público na Alemanha uma década atrás, graças ao padre jesuíta Klaus Mertes, que, como chefe do colégio de elite Canisius, em Berlim, abriu a caixa-preta sobre os clérigos abusivos na equipe e revelou o sofrimento de vários ex-alunos. Em 2010, estávamos sentados juntos em seu escritório, imaginando se a Igreja da Alemanha seguiria a da Irlanda rumo ao abismo. Como ele vê as coisas hoje?“O copo está meio cheio e meio vazio”, disse-me o Pe. Mertes. Vir a público como ele fez há 10 anos quebrou o tabu da Igreja de discutir a violência sexualizada, lembra ele. Isso gerou um impulso investigativo e forçou novas estruturas de proteção aos menores. O processo que ele desencadeou, porém, também catalisou uma divisão cada vez maior entre aqueles que veem o abuso sexual clerical como uma obrigação de buscar um projeto mais amplo de reforma e renovação, e aqueles que veem os esforços de abertura da Igreja ao mundo – em seus ensinamentos, suas estruturas e sua abordagem ao seu passado – como parte do problema.

 

 

 

 

O Pe. Mertes é crítico do modo como cada bispo alemão tem seguido o seu próprio caminho, muitas vezes contratando advogados para investigar os abusos e encobrimentos em sua diocese. “O que falta na Alemanha é uma comissão de investigação totalmente independente e não eclesiástica, com poderes para examinar os arquivos e tomar decisões.” Mas, acrescenta o Pe. Mertes, “os políticos não estão interessados. Isso permite que o progresso seja dificultado por grupos de dentro da Igreja, bem conectados com a hierarquia, com uma abordagem fundamentalista e reacionária da fé. O melhor exemplo disso é Colônia”.

 

 

 

O caso de Colônia

 

 

 

 

O arcebispo de Colônia, o cardeal Rainer Maria Woelki, é o crítico mais explícito dentro da hierarquia alemã do Caminho Sinodal – pelo menos ele era, até o cardeal Walter Kasper fazer a sua inesperada intervenção. Woelki foi criticado por suprimir um relatório sobre os abusos sexuais clericais que ele mesmo havia encomendado. Seguiu-se um segundo relatório neste ano, que identificou 135 vítimas de abusos e 87 padres abusadores, e provocou a saída de dois bispos. Mas os críticos dizem que este segundo documento teve o cuidado de evitar uma das principais conclusões do relatório original: que as estruturas da Igreja foram um fator-chave para os abusos. O cardeal e seus defensores se veem como vítimas de uma campanha de opositores que negligenciam a necessidade de equilibrar o bem-estar dos sobreviventes com os direitos dos acusados. A disputa causou tumulto na Arquidiocese de Colônia, a maior da Alemanha. Em janeiro, um padre local, Klaus Koltermann, escreveu ao cardeal Woelki alertando sobre “a inquietação entre os maiores fiéis” de sua paróquia de Dormagen. Pe. Koltermann veio a público dizendo que o impasse serve como uma experiência de aprendizagem. “Uma nova solidariedade deve crescer entre nós”, disse-me o Pe. Koltermann. “Temos que ser mais corajosos. Infelizmente, nós, padres, nunca aprendemos a defender a nossa fé – na própria Igreja.” A pressão sobre o cardeal Woelki alcançou níveis sem precedentes. Em maio, uma paróquia em Düsseldorf o desconvidou como celebrante de uma missa de Confirmação. Woelki havia atuado ainda como diácono na paróquia, assim como dois padres identificados como abusadores. “Infelizmente, o senhor não é mais crível para nós. Nós perdemos a nossa confiança no senhor como bispo”, disse-lhe o conselho paroquial. Woelki seguiu em frente e celebrou as Confirmações.A recente visitação papal de uma semana e o próximo relatório, dizem as altas autoridades da Igreja, são a última esperança para resolver o impasse. O infindável drama de Woelki teve um efeito dramático sobre a Igreja Católica na Alemanha, transformando aquele que era um acidente de carro em baixa velocidade em um desastre entre trens-bala. Mais de uma década depois que o abuso sexual clerical apareceu, muitas figuras da Igreja na Alemanha ainda falam de casos individuais lamentáveis e de “maçãs podres”. Por trás de expressões públicas de pesar, muitos bispos e padres continuam indispostos a ir ao encontro dos sobreviventes de abusos. “Eles literalmente não conseguem verbalizar isso. Qualquer coisa sexualizada é um tabu”, disse-me uma pessoa que trabalha regularmente com padres e religiosos. “Apesar de serem agentes de pastoral treinados, muitas vezes eles não conseguem ajudar uns aos outros, muito menos ajudar a qualquer outra pessoa.” E os bispos tendem a preferir soluções complexas e de longo prazo, em vez de trabalhar rapidamente para ajudar os sobreviventes com base nos dolorosos processos de aprendizagem de outros países. Mas os alemães preferem tentar reinventar a roda, em vez de olhar para os relatórios ou a expertise da Irlanda, dos Estados Unidos e da Austrália.

 

 

 

Relação Igreja-Estado na Alemanha

 

 

 

Uma questão final, ainda sem solução, é a relação Igreja-Estado. Na qualidade de Körperschaft des öffentlichen Rechts, ou corporação de direito público, a Igreja Católica na Alemanha é classificada pelo Estado como um órgão autogestionário que atua no interesse público. Esse arranjo, baseado em leis que datam de 1919, separa ostensivamente a Igreja do Estado e concede às dioceses católicas privilégios correspondentes, como a permissão para aceitar doações isentas de impostos. Mas a realidade é de estruturas e pessoal próximos e entrelaçados: as Igrejas cristãs da Alemanha são as maiores provedoras de jardins de infância, escolas e lares de idosos, e são as maiores empregadoras de professores e cuidadores. Isso tem um efeito passivo, mas palpável no debate atual. “Não há nenhum interesse real do lado do Estado de olhar de perto ou aumentar a pressão sobre os bispos para que acelerem suas investigações”, disse-me uma autoridade da Igreja familiarizada com as investigações diocesanas. A próxima reunião do Sínodo – um encontro que incluirá todos os bispos, os representantes de ordens religiosas, os movimentos leigos, as dioceses e as paróquias, junto com consultores especializados e observadores de outras Igrejas – iniciará em outubro de 2021 até 2023. Os participantes leigos exigirão reformas significativas, diz Sternberg, mas eles estão bem cientes dos limites do poder dos bispos locais para fazer mudanças na doutrina da Igreja. Sternberg brinca que o processo sinodal, que é “muito alemão”:  “Não somos cismáticos, não estamos sozinhos, estamos um pouco à frente na discussão de questões que são do interesse de todos”, disse-me ele. Nem todos compartilham do otimismo de Sternberg de que uma reforma de longo alcance está sendo desencadeada na Alemanha. Entre alguns católicos reformistas, as expectativas são baixas – e estão diminuindo rapidamente. “Vemos que toda a base patriarcal da Igreja Católica está errada e em desacordo com o ensino de Jesus”, diz Kötter. “Eles não ouviram os sinais dos tempos, as exigências de mudança...”

 

 

 

Muitos padres desconfiam do Caminho Sinodal por razões diferentes!

 

 

 

O Pe. Stefan Scheifele, de Munique, olha para o processo com uma mistura de descrença imparcial. “Ele não tem nada a ver com a realidade local. O processo sinodal e as organizações leigas católicas estão desconectadas dos paroquianos”, disse-me ele. “As pessoas querem apenas boas missas e sacramentos. A maioria tem pouco tempo para os bispos e para os debates estruturais.” O fato de que os debates sobre a reforma serão existenciais para a preservação das Igrejas locais e dos sacramentos parece algo imperceptível para muitos que estão fora do processo. O vigário-geral da diocese do Pe. Scheifele, Christoph Klingan, sugere que os intermináveis debates na Igreja refletem o lado “racional” do caráter alemão, o desejo de sempre “querer entender por que as coisas são como são”. Ele explica: “Somos uma sociedade com altos níveis de democracia e direitos iguais para as mulheres – e ambas as coisas devem se refletir na nossa Igreja”. Para o Pe. Klingan, um processo sinodal bem-sucedido criaria uma nova compreensão do padre como alguém que compartilha o poder e a responsabilidade na paróquia. Ele também não terá escolha a não ser abordar outras questões atuais. “Precisamos de uma perspectiva diferente sobre a questão da sexualidade e sobre o modo como abordamos as pessoas cujas vidas não estão de acordo com os ensinamentos da Igreja em sua forma pura.” Ele diz que devem ser encontradas maneiras de incluí-las totalmente na vida da Igreja. Há dois futuros possíveis para a Igreja alemã, segundo ele:

 

 

 

-“Um caminho é a esperança do cardeal Marx: ganhar o maior número possível de pessoas e seguir em frente junto com elas, mesmo que não estejam 100% de acordo com o ensino da Igreja.” A alternativa pode parecer desoladora ou refrescante, de acordo com o gosto pessoal.

 

 

 

-“O outro caminho”, diz o Pe. Klingan, leva a uma “Igreja pequena e pura” (alternativa mais em conformidade com o pensamento de outro Alemão: Bento XVI).

 

 

 


 


Dias depois de falarmos, o bispo de Limburg, Georg Bätzing, presidente da Conferência dos Bispos da Alemanha, encontrou-se com o Papa Francisco em Roma. Nem todos os alemães compartilham do otimismo pós-reunião de Bätzing de que o papa apoia totalmente o Caminho Sinodal alemão.A Igreja alemã se encontra em uma encruzilhada histórica! E, assim como há 500 anos, ninguém deve subestimar o potencial disruptivo para a Igreja universal dos católicos alemães indignados.

 

 

Fonte: Unisinos

 

 

LUZES E CAMINHOS DA IGREJA UNIVERSAL PARA A CRISE NA IGREJA ALEMÃ?

 

 

 

BERLIM (ACI) - O vigário episcopal da Diocese de Ratisbona (Regensburg) escreveu uma reflexão intitulada "A situação é dramática", na qual destaca os principais pontos da carta que o Papa Francisco enviou aos católicos na Alemanha, onde enfrenta a "erosão" e "a declínio da fé" no país europeu.

 

 

 

O texto foi originalmente publicado em alemão na CNA Deutsch e depois em inglês na CNA, agências irmãs da ACI Digital, após a difusão da carta do Santo Padre, papa Francisco. Mons. Fuchs ressalta que a carta de Francisco "é uma palavra de advertência e ao mesmo tempo de encorajamento. É uma intervenção séria" - "Os antecedentes da carta são uma série de eventos na Igreja Católica na Alemanha nos últimos anos, particularmente nos últimos meses, diversas ações e cartas de protesto, sobre os planos atuais do chamado 'processo sinodal', assim como das exigências e expectativas associadas. Seu direcionamento e sua veemência devem ter feito com que o Papa Francisco nos dirija algumas palavras".

 

O "processo sinodal" citado por Mons. Fuchs foi anunciado pelos bispos alemães no início do ano, como um debate amplo sobre o que alguns consideram que seja a origem dos abusos sexuais: o celibato sacerdotal, os ensinamentos da Igreja sobre moral sexual e a “redução do poder clerical”. Em sua carta, explica o vigário de Ratisbona, "Francisco não responde a pontos específicos nem se concentra nos detalhes. A crise da Igreja na Alemanha é muito mais profunda e, portanto, a carta tem uma abordagem mais fundamental" e remete-se em várias ocasiões ao discurso dirigido aos bispos alemães no Vaticano, em 20 de novembro de 2015. “Esta carta deve ser lida e entendida com base nesse discurso", ressalta Mons. Fuchs. Em ambos os textos, continua o sacerdote, "o Papa, depois de elogiar as conquistas na Alemanha, identifica claramente os sintomas da crise atual: poucos católicos vão à missa aos domingos ou se confessam! A essência da fé de muitos evaporou e o número de sacerdotes está caindo. Francisco nos assegura a sua proximidade e seu apoio em nossos esforços para superar essa crise e encontrar novas maneiras de fazê-lo. Ele quer nos encorajar". Em sua carta, o Papa Francisco "identifica várias tendências que lhe concernem sobre a busca alemã de soluções:

 

 

 

-A primeira é a preocupação de que “a Igreja na Alemanha possa romper seus laços com a Igreja universal e se separar da comunidade global da fé".

 

 

 

-O Pontífice, em seguida, alertou para a "tentação dos promotores do gnosticismo, que buscavam dizer sempre algo novo e diferente do que a Palavra de Deus lhes dava, e acrescenta que há uma tentação dos mestres da separação, que acaba fragmentando de fato o corpo do santo Povo fiel de Deus".

 

 

 

-Mons. Fuchs indicou que o Papa Francisco também adverte sobre uma mera "mudança estrutural, organizacional ou funcional", que constituiria "um novo pelagianismo", uma heresia "rechaçada pela Igreja no século V que alegava que não era necessário que Cristo nos salvasse do pecado, mas que o homem era suficientemente bom e forte para fazer isso sozinho".

 

 

 


 

-Em seguida, o vigário episcopal de Ratisbona destacou que “o Papa Francisco fala várias vezes em sua carta de tensão e adaptação quando adverte sobre a tendência da Igreja na Alemanha de ceder à pressão de grupos privados em vez de continuar retamente a tarefa da evangelização! O Papa Francisco descarta este argumento de modo decisivo!”.Mons. Fuchs explicou que o que a Igreja deve fazer, como disse o Santo Padre, é recuperar a primazia da evangelização com uma atitude de "vigilância e conversão" com as armas da oração, do arrependimento e da adoração. "Abandonamos a primazia da evangelização na Alemanha e perdemos, por meio da obstinação e do desafio, a alegria da fé? O Papa Francisco nos fala claramente sobre o que quer dizer com evangelização e encontrar os pobres; e critica qualquer redução ou mera adaptação, bem como reformas administrativas e a tendência ao isolamento".

 

 

 

-O vigário de Ratisbona recordou que o Papa foi enfático em seu não à ordenação sacerdotal de mulheres e à abolição do celibato, duas tendências na Alemanha defendidas por alguns, incluindo alguns bispos. Também criticou que no país tenham rejeitado o recente documento publicado pelo Vaticano sobre a ideologia de gênero na educação.

 

 

 


 

 


-Mons. Fuchs também ressaltou que "a carta do Papa exige reescrever completamente o 'processo sinodal', que deve tender à evangelização e à renovação espiritual, dirigindo-se ao povo das periferias".Este processo, concluiu o vigário, "não se adapta, mas confia em Deus que pode renovar e converter e nos dar a alegria do Evangelho".

 

 

 

 

Os números da crise

 

 

 

 

“As últimas cifras da Conferência Episcopal Alemã pintam um quadro negativo: mais de 160.000 fiéis deixaram a Igreja Católica em 2016, enquanto apenas 2.547 pessoas se converteram (a maioria do luteranismo)”, escreveu em 2017 Christoph Wimmer, editor da CNA Deutsch, agência em alemão do Grupo ACI. - “O número total de sacerdotes na Alemanha em 2016 foi de 13.856, uma queda de 200 comparado com o ano anterior. Matrimônios, crismas e outros sacramentos estão em queda”, assinalou.Além disso, “o sacramento da Confissão, sobre o qual a Conferência Episcopal não disponibiliza números, desapareceu, para todos os efeitos, de muitas, se não da maioria, das paróquias”, lamentou.Em 2015, apenas 2,5 milhões de católicos, de um total de 24 milhões, iam à missa aos domingos.

 

 

Fonte:https://www.acidigital.com/noticias/situacao-da-igreja-na-alemanha-e-dramatica-lamenta-sacerdote-22619

 

 


 

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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