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São Francisco JAMAIS foi um “pacifista” como o deformam certas ideologias e teologias

Written By Beraká - o blog da família on sábado, 14 de agosto de 2021 | 16:23

 


 

 

Em julho de 1182 veio ao mundo aquele que se tornaria um dos santos mais populares do catolicismo, na cidade italiana de Assis. Em italiano, seu nome era Giovanni, que, se fosse traduzido para o português, seria João. O nome foi escolhido pela mãe, que era devota de São João Batista. Porém, o sucesso do pai, o nobre mercante de tecidos, Pietro Bernardone, se devia em grande parte ao fato de ter feito fortuna nos comércios da França e, por isso, acabou rebatizando o filho como Francesco (forma de se referir a "francês", em italiano). O que as fontes autenticamente Franciscanas nos revelam é que  São Francisco era um homem pacífico mas não um pacifista, não fazia política nem era um teólogo porque, como ele disse, já está tudo escrito no Evangelho. Ele representa um grande exemplo de filho fiel à Igreja Católica e muito obediente ao Papa



ATENÇÃO!  Ao contrário do que muita gente pensa, oração da paz atribuída a São Francisco não foi escrita por ele! O autor é anônimo e acredita-se ter sido de um capuchinho!

 

 

 

“Tudo começou por volta de 1912, quando um católico imprimiu em um papel a oração de um lado e a imagem de São Francisco no outro. Desde então, a oração ficou associada à imagem do Santo de Assis e vem sendo atribuída a ele sua autoria. A oração foi divulgada no começo do século XX por uma paróquia parisiense e ganhou o mundo. Era um momento conturbado, com guerras mundiais, civis, e a bomba atômica. Por isso, ela ficou conhecida como a oração pela paz. Ela é tida como um poema e foi muito usada pelos pacifistas norte-americanos, muitos deles protestantes, inclusive dizendo que era de são Francisco. Até eles compraram o texto como foi vendido”, analisa o estudioso do assunto Gabriel Perissé.

 

 

 

A oração, segundo Gabriel Perissé, foi usada pelos alcoólatras anônimos, que a incluíram em seus manuais e tornou-se patrimônio universal!

 

 

“Ela tem uma graça especial, as antíteses, que ajudam a decorar o texto. Virou um cântico à paz, junto com os Cânticos das Criaturas, que louva o irmão Sol e a irmã Lua esse, sim, de autoria de Francisco, enfatiza Gabriel. Outro diferencial da oração é que ela é ecumênica, não tem nenhuma citação a santos ou a Deus. Justamente por isso é uma oração que fala a católicos, umbandistas, espíritas, a toda pessoa de boa vontade. O próprio Zeffirelli, diretor de Irmão Sol, Irmão Lua, colocou a oração na boca do santo, e ai pronto! O mito ficou ainda mais verossímil”.

 

 

São Francisco com sua vida nos ensina que a Paz, não significa abdicar da própria fé, nem aceitar passivamente o mal que nos  é feito a nós e aos outros!

 

 

 

 

João 18,22-23: “Assim que Jesus disse isso, um dos guardas que ali estavam bateu-lhe fortemente no rosto, com a palma da mão, dizendo: Isso é maneira de responder ao sumo sacerdote?” E Jesus respondeu ao guarda: Se Eu disse algo de mal, revela o mal. Mas se disse a verdade por que me agrediste?...”

 

 

A mensagem de São Francisco é a mesma que a de Jesus Cristo:

 

 

Portanto, não se pode dizer que São Francisco errou em imitar a Jesus Cristo com suas palavras e seu testemunho de fidelidade a verdade (João 18,37). Evangelizar e batizar para salvar todos os filhos de Deus. Portanto, evangelizar e defender a própria fé, como nos mostra São Francisco, para o cristão também é um dever! Temos biografias e ficções televisivas que querem mesmo um Francisco amigo dos muçulmanos. Segundo esta tese, não precisaríamos de Jesus Cristo para a nossa salvação, seria então suficiente ser contra a guerra e amar toda a gente. Mas os relatos biográficos nos mostram que o Santo de Assis estava totalmente em desacordo com esta tese “pacifista” sem nervos e temente de anunciar a verdade, coisa que não combinava em nada com o Santo de Assis.

 

 

Nas memórias escritas do frade Iluminado, companheiro de São Francisco nas terras muçulmanas, se lê que quando o sultão disse:

 

 

 

«No Evangelho Jesus ensina que não se deve responder ao mal com o mal, nem recusar um manto a quem também te queira roubar a túnica. Os cristãos, portanto, não deveriam invadir as nossas terras».

 

 

Francisco, que era santo mas não ingénuo, objetou:

 

 

“Parece que você não leu o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Aqui está o que se lê mais adiante: Se o teu olho é ocasião de escândalo para ti, arranca-o! Com estas palavras, Ele queria fazer-nos compreender que alguém, também perto do nosso coração ou da nossa família, e sendo tão querido como a menina dos nossos olhos, deve ser rejeitado, erradicado ou expulso se tentar distrair-nos da nossa fé e do amor de Deus. Eis pois ser justo que os cristãos invadam as terras que você habita; pois você blasfema contra o nome de Jesus Cristo e afasta para longe da sua adoração todos aqueles que você pode afastar; mas se você estivesse disposto a confessar-se, a reconhecer e adorar o Criador e o Redentor, os cristãos gostariam mais de tal facto do que a si mesmos”.

 

 

 

Ao ler estas poucas linhas, podemos perceber como a mentalidade de muitos católicos de hoje é diametralmente oposta ao do Santo de Assis!

 

 

 

Muito cristãos tentam representar o grande Santo como um pacifistazinho, mansinho, de mãos postas e cabeça pendida para o lado e com um olhar angelical. Mas isso corresponde a  verdade? Para ter uma ideia um pouco mais aprofundada do pensamento de São Francisco, entre os seus escritos lemos duas cartas. Na Primeira Regra da terceira Ordem Secular, o Santo Assis, estabelece: «Não levem os irmãos com eles armas ofensivas, exceto para a defesa da Igreja Romana, da fé cristã, ou mesmo da sua terra, ou com a permissão dos seus ministros».

 

 

Entre as Admoestações aos seus confrades, São Francisco escreve:

 


«Todos aqueles que viram o Senhor Jesus Cristo na sua humanidade, mas não acreditaram que Ele era o verdadeiro Filho de Deus, estão condenados! Da mesma forma, todos aqueles que hoje, mesmo vendo o Sacramento do Corpo de Cristo consagrado sobre o altar, não vêem nem acreditam que é realmente o Santíssimo Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, estão condenados».- Difícil encontrar respostas mais convincentes. Definitivamente, São Francisco de Assis não era esse pacifista que nos apresenta essa teologia progressista e permissiva que anda por ai. Pobre São Francisco, foi e continua sendo muito mal compreendido. Querem fazer dele um santo romântico e ecológico. Pior ainda um santo adepto do "falso irenismo". Costuma-se dizer que os santos sofrem durante a vida, e que, mesmo no céu, tem que suportar a deturpação de seus atos, nas páginas de seus biógrafos, quando muitos deturpam seus passos e intenções.

 

 

ATENÇÃO!!! São Francisco jamais pregou contra as cruzadas!

 

 

Nem poderia fazê-lo, pois que senão, ele não seria santo! Durante a Quinta Cruzada, quando os cristãos cercaram Damietta, no delta do Nilo, no Egito, São Francisco foi para lá. O cerco durou 17 meses.Certa vez, São Francisco teve uma visão de Deus, que lhe disse que os cristãos seriam derrotados num combate que preparavam.São Francisco os preveniu, mas não foi ouvido, e, nesse combate, os cristãos perderam 6.000 homens.Mas o cerco de Damietta prosseguiu. São Francisco, então, resolveu ir até os maometanos, para tentar convertê-los ou morrer mártir. Foi até as tropas maometanas que aprisionaram o santo e o frade que o acompanhava, batendo muito em ambos. Levado diante do sultão do Egito, Malek Kamel, São Francisco pregou valentemente o cristianismo, a Santíssima Trindade, e atacou Maomé de modo nada ecumênico. Queriam matá-lo por isso, mas o Sultão não deixou. São Francisco desafiou, então, os ulemás maometanos a entrarem com ele numa grande fogueira. Quem saísse vivo da fogueira teria provado que seu Deus era o verdadeiro.Resultado: nenhum ulemá aceitou entrar na fogueira.São Francisco propôs, então, a Malek Kamel, que: Ele entraria sozinho no fogo. Caso ele morresse, seria como punição de seus pecados. Caso ele saísse vivo, seria a prova de que o Cristianismo era a religião verdadeira. E, nesse caso, o sultão deveria se fazer batizar com todo o seu povo.Desta vez, foi o sultão que ficou com medo.O Sultão Malek Kamel, de medo de ser deposto pelos seus homens, não aceitou também, essa proposta. Ofereceu então muitos presentes ao santo da pobreza, que os rejeitou todos.A pregação de São Francisco, que foi ouvida até pelos lobos, não foi aceita pelos muçulmanos, que provaram assim serem mais duros que lobos.Malek Kamel deixou partir São Francisco que voltou ao campo cruzado. A guerra prosseguiu, e depois de 17 meses de cerco, Damietta foi tomada.

 

 

Hoje muitos ideólogos e teólogos progressistas procuram deturpar São Francisco, como se ele tivesse combatido e negado as Cruzadas! Ledo engano!

 

 

 

 

Os pacifistas modernos — contrários às guerras e às polêmicas — e sempre dispostos a dialogar com os inimigos de Deus e da Santa Igreja, dizem inspirar-se no exemplo de São Francisco. Se fossem sinceros, eles deveriam ir até os inimigos de Deus, e, como São Francisco, pregar a eles a religião verdadeira com destemor, e desmascarando as falsas religiões, assim como São Francisco atacou Maomé, diante dos maometanos. O que prova esse caso da vida de São Francisco é que certos hereges e infiéis, se nem com o exemplo de um santo como São Francisco se convertem. Nem com a promessa de um milagre. Ora, se nem a santidade de um São Francisco conseguiu converter certos pecadores, não será o diálogo ecumênico — um bla-bla-blá pseudo teológico, sentimentalóide, sem nervos e sem verdade, que vai conseguir isso! Frente ao sultão Malek Kamel, São Francisco não pediu, de modo algum, perdão pela ofensiva do exército cristão. Do testemunho de Frei Illuminato, que o acompanhou nessa missão, sabemos que o santo disse, e repetimos aqui: “Os cristãos agem conforme a justiça quando invadem as vossas terras e vos combatem, porque vós blasfemais o nome de Cristo e vos esforçais para afastar de sua religião quanto mais homens puderdes afastar. Se, pelo contrário, vós quisésseis reconhecer, confessar e adorar o Criador e Redentor do mundo, eles vos amariam como a si mesmos”. - Além disso, quanto ao falso diálogo inter-religioso, contaminado pelo falso irenismo condenado pelo Vaticano II, sabemos por São Boaventura, que São Francisco falando com o Sultão foi logo ao ponto mais delicado, sabendo que corria o risco do martírio: “Pregou ao Sultão o Deus uno e trino e o Salvador de todos, Jesus Cristo sem meios termos”. E quando viu que ninguém lhe dava razão o que fez o santo? - Vendo que não fazia progressos na conversão daquela gente e que não podia realizar a evangelização, prevenido então por uma revelação divina, ele retornou aos países cristãos, assim está ordenado que não devemos atirar pérolas a porcos!



Mateus 7,6: "Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão..."




Contra as modernas “mutilações” de São Francisco é útil relembrar o que disse Bento XVI em Assis:

 



“São Francisco é um verdadeiro mestre para os cristãos de hoje”

 

 




E como disse Santa Joana d´Arc, uma santa destemida, de couraça e de espada na não, que defendia a guerra justa e a legítima defesa, negada por alguns pacifistas:



"Só se conseguirá a paz na ponta da lança!”

 

 


 



BIBLIOGRAFIA PARA CONSULTA:

 

 

 

-Saint Francis of Assisi - Biography, Facts, Feast Day, & Legacy. Encyclopedia Britannica.

 

-Celano, Tomás de. capuchinhos.org.br Primeira vida de São Francisco, 1228, XV: 4-5. Portal dos Capuchinhos de São Paulo, Brasil

 

-Robson, Michael. St. Francis of Assisi: The Legend And the Life. Continuum International Publishing Group, 1999.

 

-Burr, David. The spiritual Franciscans: from protest to persecution in the century after Saint Francis. Penn State Press, 2001.

 

-Dubois, Leo L. Saint Francis of Assisi - Social Reformer. Read Books, 2008

 

-Regra não bulada - Centro Franciscano de Espiritualidade.

 

-Zerbi, Piero. San Francesco d'Assisi e la Chiesa romana. IN Zerbi, Piero. Ecclesia in hoc mundo posita. Volume 6 de Bibliotheca erudita. Volume 6 de Fonti e Studi per la Storia dell'Università di Pavia. Vita e Pensiero, 1993

 

-Pedroso, José Carlos Corrêa. Fontes Franciscanas Arquivado em 8 de janeiro de 2010, no Wayback Machine. Portal dos Capuchinhos de São Paulo, Brasil

 

-Gregório IX, Papa. Bula Mira circa nos. Peruggia, 19 de julho de 1228. Portal dos Capuchinhos de São Paulo, Brasil

 

-Cantalamessa, Raniero. Come, Creator Spirit: meditations on the Veni Creator. Liturgical Press, 2003

 

-Cantico del Sol di San Francesco d'Assisi. Hyperion Classics

 

-Pearce, Joseph. Chesterton and Saint Francis. Ignatius Press

 

-Escritos originais, fontes biográficas primitivas e outros documentos antigos. Província dos Capuchinhos de São Paulo.

 

-Robinson, Paschal. St. Francis of Assisi. The Catholic Encyclopedia. Vol. 6. New York: Robert Appleton Company, 1909.

 

 

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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