O
professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, Yuval Noah Harari,
um dos cientistas sociais mais interessantes da atualidade, sustenta esse
entendimento em “21 lições para o século XXI” (Cia das Letras, 441 pag.), mas
chama a atenção para dois problemas.
1)-Primeiro,
se é verdade que há um nacionalismo benigno, sem o qual não existiriam as
nações modernas.
2)-Paralelamente,há
também, um nacionalismo chauvinista (cego
entusiasmo pelas glórias militares; patriota exaltado), que se
constrói a partir do momento em que assumimos que não temos responsabilidades
relevantes com mais ninguém além do meu país.
Quando imaginamos que nossa nação é “superior” às demais e que
seus interesses devem prevalecer, independente do mal que possamos produzir
para a vida das pessoas no resto do mundo, então colocamos o país em um caminho
que o levará, inevitavelmente, ao isolamento político e, no limite extremo, à
guerra.
Não
por acaso, a insígnia da Alemanha nazista foi Deutschland über alles (A
Alemanha acima de tudo) que é o primeiro verso da canção nacionalista Das Lied der Deutschen (A
canção dos alemães) que se transformou em uma espécie de hino para os
seguidores de Hitler. Segundo, Harari chama a atenção para o fato inconteste de
que:
Os maiores problemas enfrentados em cada país estão
associados a problemas mundiais e que não há uma solução nacional possível para
as três maiores ameaças sobre o mundo: a hecatombe nuclear, a crise ambiental e
a disrupção tecnológica.
Harari
sustenta que a fusão da Tecnologia da Informação com a biotecnologia poderá
trazer à humanidade um conjunto enorme de conquistas e, ao mesmo tempo, uma
porta assustadora para cenários apocalípticos, que vão
desde as ditaduras digitais até a criação de uma classe universal de
seres humanos descartáveis, sem a menor chance de empregabilidade ao lado de
seres sobre-humanos, formatados geneticamente para características muito além
daquelas que foram selecionadas pela evolução. O encontro entre
Inteligência Artificial e Bioengenharia colocará a humanidade diante de dilemas
éticos inéditos que farão Frankenstein parecer uma história infantil.
Um
nacionalismo CEGO E EXARCEBADO nada tem a dizer sobre esses temas, entre tantos
outros como o terrorismo, por exemplo. Por isso, toda perspectiva nacional deve se
projetar para uma política consertada na esfera internacional em seus fóruns
Nesse quadro, as posições doutrinárias sustentadas pelo Nacionalismo
extremo tendem a conduzir seus países a
prejuízos inestimáveis, como se observa, agora, no Reino Unido com
perdas econômicas estimadas em 100 bilhões de libras por ano ao até 2030 ,
enquanto empurram o mundo para as margens do abismo.
DITADURA DIGITAL DO ESTADO – BIG BROTHER
O ser humano está mais
próximo de se tornar Deus, por ter um poder gigantesco nas mãos graças à
tecnologia, e não necessariamente sabemos lidar com isso. Foi o que disse o
historiador e filósofo israelense Yuval Harari, autor dos best seller
"Sapiens", "Homo Deus" e "21 Lições para o Século
21", em entrevista para o Roda Viva, da TV Cultura:
"Estão
nos dando um poder imenso, mas não temos necessariamente a compreensão e a
responsabilidade para usar esse poder com sabedoria. Já vimos isso antes, com a
energia nuclear: cientistas deram à humanidade o poder para criar energia muito
barata o destruir o mundo com bombas nucleares, e a
maioria das pessoas, pelo menos a princípio, e portanto não tinha a capacidade
de tomar decisões sensatas", disse Yuval.
"Agora
estamos vendo isso de novo, e de forma até mais extrema. A maioria as pessoas no mundo, incluindo a maioria dos
políticos, tem um entendimento da inteligência artificial e biotecnologia muito
limitado. E essas duas tecnologias em particular - inteligência artificial e
biotecnologia, bioengenharia - estão realmente nos dando poderes divinos de
criação, estão realmente alçando os seres humanos à condição de
Deus", completou.
Para o israelense, é
muito provável que daqui a décadas estaremos vivendo em uma ditadura digital, sendo
monitorados por computadores e máquinas que analisarão informações essenciais
para o governo e grandes corporações. Daqui a dez anos, algumas pessoas
no mundo, bilhões de pessoas, podem estar vivendo numa ditadura digital onde
não só tudo o que fazem, mas até tudo o que sentem é constantemente monitorado.
O ideal, segundo Yuval, é regulamentar as tecnologias mais perigosas, como
sistemas autônomos de armamentos e robôs assassinos, até a regulamentação de
sistemas de vigilância para prevenir a criação de ditaduras digitais:
"Podemos
prever que nos próximos dez ou vinte anos, a ascensão dessas ditaduras
digitais, ditaduras baseadas em tecnologias digitais de vigilância que seguem
tudo o tempo todo. Podemos prever que isso acontecerá
não só nos países mais desenvolvidos, mas até em alguns países mais atrasados
do mundo, na África e no Oriente Médio (sonho de todo ditador). Se você
pensar numa ditadura do século 20, se você vivia na União Soviética na época do ditador Josef Stalin, a polícia secreta não podia
seguir todos o tempo todo, era impossível. Daqui a dez anos, algumas pessoas no
mundo, bilhões de pessoas, podem estar vivendo numa ditadura digital onde não
só tudo o que fazem, mas até tudo o que sentem é constantemente
monitorado”, analisou.
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