Por: Russell Kirk (foto acima)
Adaptado da Política
da Prudência (ISI Livro, 1993). Copyright © 1993 por Russell Kirk. Usado com
permissão do espólio de Russell Kirk.Apresento abaixo o
texto completo, traduzido (livremente) de Ten Conservative Principles (1993)
por Russell Kirk. Tradução e publicação autorizadas por Annette Kirk. Esta
postagem é um complemento do blog Manifesto Conservador.
Não sendo nem uma
religião nem uma ideologia, o conjunto de opiniões designado por
conservadorismo, não possui nenhuma “escritura sagrada” e nenhum “O Capital”
para fornecer um dogma. Por mais que se possa estabelecer em que os
conservadores acreditam, os princípios primordiais do convencimento conservador
foram derivados a partir do que escritores renomados e homens públicos
conservadores professaram durante os dois séculos passados. Após algumas
observações introdutórias neste tema geral, eu listarei dez destes princípios
conservadores. Talvez seja mais apropriado, na maior parte das vezes, usarmos a
palavra “conservador” como um adjetivo. Isto porque não existe nenhum “Modelo
Conservador”, e o conservadorismo é a negação da ideologia: é um estado da
mente, um tipo de caráter, uma maneira de olhar a ordem social civil.A atitude
que nós chamamos de “conservadorismo” é mantida por um conjunto de sentimentos
ao invés de um sistema de dogmas ideológico. É quase completamente verdadeiro
que um conservador pode ser definido como uma pessoa que se pensa como tal. O
movimento ou o conjunto de opiniões conservadoras pode acomodar uma diversidade
considerável de pontos de vista em muitos temas, não havendo nenhum “Test Act”
ou “Thirty-Nine Articles” do credo conservador.Em essência, o conservador é
simplesmente alguém que considera as coisas permanentes mais agradáveis do que
o “Chaos” e a “Old Night”. (Contudo os conservadores sabem, com Burke, que
saudáveis “mudanças são os meios de nossa preservação.”) Uma experiência de
continuidade histórica das pessoas, diz o conservador, oferece uma guia para a
política muito melhor do que os projetos abstratos de filósofos de botequim.
Mas naturalmente há mais a motivar o conservador do que esta atitude geral.Não
é possível redigir um catálogo completo das convicções conservadoras; não
obstante, eu ofereço-lhe, resumidamente, dez princípios gerais. Parece seguro
dizer que a maioria dos conservadores subscreveria a maior parte destas
máximas. Em várias edições de meu livro The Conservative Mind, eu listei
determinados cânones do pensamento conservador — a lista difere um tanto de
edição em edição; na minha antologia The Portable Conservative Reader eu
ofereço variações sobre este tema. Agora eu lhes apresento um sumário das
suposições conservadoras que diferem um tanto de meus cânones destes dois
livros. Específicamente, a diversidade de maneiras em que as visões
conservadoras podem encontrar expressão é por si só uma prova de que o
conservadorismo não é nenhuma ideologia fixa. Que princípios particulares os
conservadores enfatizam em uma época específica, variarão com as circunstâncias
e as necessidades dessa era. Os seguintes dez artigos de crença refletem as
ênfases dos conservadores na América de hoje em dia.
1)- Primeiramente, o conservador acredita que
existe uma ordem moral duradoura.
Que a ordem está
feita para o homem, e o homem é feito para ela: a natureza humana é uma
constante, e as verdades morais são permanentes.A palavra ordem significa
harmonia. Há dois aspectos ou tipos de ordem: a ordem interna da alma, e a
ordem exterior da comunidade. Há vinte e cinco séculos, Platão ensinou esta
doutrina, mas mesmo os letrados de hoje em dia encontram dificuldades em
compreender. O problema da ordem tem sido uma preocupação central dos
conservadores desde que o termo conservador passou a fazer parte da política.Nosso mundo do século
vinte experimentou as conseqüências hediondas do colapso da crença em uma ordem
moral. Como as atrocidades e os desastres da Grécia no quinto século antes de
Cristo, a ruína de grandes nações em nosso século mostra-nos o poço em que caem
as sociedades que se enredam em ardilosos interesses próprios, ou engenhosos
controles sociais, como alternativas mais palatáveis a uma antiquada ordem
moral.Foi dito pelos
intelectuais de esquerda que o conservador acredita, com o coração, que todas
as questões sociais são questões da moralidade privada. Compreendida
corretamente, esta indicação é bastante verdadeira. Uma sociedade em que os
homens e as mulheres são governados pela opinião em uma ordem moral perene, por
um sentido forte de certo e errado, por convicções pessoais sobre a justiça e a
honra, será uma boa sociedade — não importa a maquinaria política que utilize;
quando uma sociedade em que os homens e as mulheres estão moralmente a deriva,
ignorantes das normas, e movidos primariamente pela satisfação dos apetites,
será uma má sociedade — não importando quantas pessoas votem ou quão liberal
seja sua constituição.
2)- Segundo, o conservador adere ao costume, à
convenção, e à continuidade.
São os princípios
antigos que permitem que as pessoas vivam juntas pacificamente. Os demolidores
dos costumes destroem mais do que sabem ou desejam. É através da convenção,
palavra tão abusada nos nossos tempos, que conseguimos evitar disputas
perpétuas sobre direitos e deveres: as leis, em sua essência, são um conjunto
de convenções. Continuidade é o agregado dos meios de se ligar uma geração à
outra, e ela importa tanto para a sociedade quanto para o indivíduo. Sem ela, a
vida é sem sentido. Quando revolucionários bem sucedidos apagaram velhos
costumes, ridicularizaram antigas convenções e quebraram a continuidade das
instituições sociais, neste mesmo instante descobriram a necessidade de
repô-los por novos, mas este processo é lento e penoso, e a nova ordem social
que eventualmente emerge nestas circunstâncias pode ser muito inferior à velha
ordem que os radicais superaram em sua ardorosa busca pelo “Paraíso Terreno”.Conservadores são
campeões dos costumes, convenção e continuidade, porque eles preferem o diabo
que conhecem do que áquele que não. Ordem, justiça e liberdade, eles acreditam,
são produtos artificiais de uma longa experiência social, o resultado de
séculos de tentativas, reflexão e sacrifício. Desta forma, o corpo social é um
tipo de corporação espiritual, comparável à Igreja, podendo mesmo ser chamada
de comunidade de almas. A sociedade humana não é nenhuma máquina para ser
tratada mecanicamente. A continuidade, o sangue da vida de uma sociedade, não
pode ser interrompida. O lembrete de Burke sobre a necessidade de mudanças
prudentes está nas mentes dos conservadores. Mas a mudança necessária,
argumentam os conservadores, deve ser gradual e discriminatória, nunca
removendo antigos interesses de uma vez.
3)-
Terceiro, os conservadores acreditam no que pode ser chamado de "princípio da
prescrição".
Conservadores
percebem que as pessoas modernas são anãs sobre os ombros de gigantes, capazes
de ver mais longe que seus ancestrais apenas por conta da grande estatura
daqueles que os precederam no tempo. Portanto, os conservadores freqüentemente
enfatizam a importância da prescrição, isto é, das coisas estabelecidas pelo
uso desde tempos imemoriais, de modo que a mente humana não busca os seus
contrários. Existem direitos cuja principal sanção é sua antigüidade, estando
os direitos de propriedade, freqüentemente, aí incluídos. Da mesma forma, nossa
moralidade é em grande parte prescritiva. Os conservadores argumentam ser
bastante improvável que nós, os modernos, façamos alguma brava descoberta nos
campos da moralidade, política ou gosto. É perigoso ter de ponderar cada
problema com base no julgamento e na racionalidade pessoal. O indivíduo é tolo,
mas a espécie é sábia, nos ensina Burke. Em política fazemos bem em seguir por
precedência, preceito e mesmo pré-julgamento, pois a humanidade adquiriu uma
sabedoria muito maior do que qualquer racionalidadezinha de escritório de um único homem.
4)- Quarto,
os conservadores são guiados pelo princípio da prudência.
Burke concorda com
Platão que para o estadista, a prudência é a maior dentre as virtudes. Qualquer
medida pública deve ser avaliada por suas prováveis conseqüências de longo
prazo, e não meramente por alguma vantagem ou popularidade temporárias. Os
liberais e os radicais, diz o conservador, são imprudentes: perseguem seus
objetivos sem dar muita atenção ao risco de que novos abusos sejam piores do
que os males que esperam eliminar. Como John Randolph de Roanoke bem colocou, a
providência move-se lentamente, mas o diabo sempre se apressa. Sendo complexa a
sociedade humana, os remédios não podem ser simples se devem ser eficazes. O
conservador afirma que age somente após suficiente reflexão, pesando as
conseqüências. Reformas, assim como as cirurgias, são perigosas quando
repentinas e profundas.
5)- Quinto, os conservadores prestam atenção ao
princípio da diversidade.
Eles sentem afeição
pela intrincada proliferação de instituições sociais e de modos de vida
estabelecidos de longa data, a distingüi-las da uniformidade reducionista e do
igualitarismo dos sistemas radicais. Para a preservação de uma saudável
diversidade em qualquer civilização, nela devem sobrevir ordens e classes,
diferenças em condições materiais e diversos modos de desigualdade. As únicas
formas verdadeiras de igualdade são aquelas do Julgamento Final e aquelas
perante um justo tribunal da lei; todas as demais tentativas de nivelamento
irão conduzir, na melhor das hipóteses, à estagnação social. A sociedade requer
liderança honesta e capaz; e se as diferenças naturais e institutionais forem
destruídas, nesta mesma hora algum tirano ou um desprezível representante de
oligarcas criará novas formas de desigualdade.
6)- Sexto,
os conservadores se purificam pelo "princípio da imperfeição" (“imperfectability”)
A natureza humana sofre irremediavelmente de
determinadas falhas graves, o sabem os conservadores. Em sendo o homem
imperfeito, nenhuma ordem social perfeita pode ser criada. Por conta de seu
desassossego, a humanidade se rebelaria sob qualquer dominação utópica, e iria,
mais uma vez, eclodir em violento descontentamento — ou então iria exaurir-se
em tédio. Perseguir uma utopia é terminar em desastre, diz o conservador: nós
não fomos feitos para coisas perfeitas. Tudo que podemos razoavelmente esperar
é uma sociedade toleravelmente ordenada, justa, e livre, na qual alguns males,
desajustamentos e sofrimentos estarão sempre presentes. Por intermédio de
reformas prudentes podemos preservar e melhorar esta ordem tolerável. Mas se as
antigas salvaguardas institutionais e morais de uma nação forem negligenciadas,
então o impulso anárquico da humanidade será liberado de suas amarras: “a
cerimônia da inocência estará perdida.” As ideologias que prometem a perfeição
do homem e da sociedade converteram uma grande parte do mundo do século vinte
em um inferno terrestre.
7)- Sétimo, conservadores estão
convencidos de que a liberdade e a propriedade estão intimamente
relacionadas.
Separe a propriedade da possessão privada e o
Leviatã se transformará no mestre de todos. Por sobre as fundações da
propriedade privada são erigidas grandes civilizações. Quanto mais difundida
for a posse da propriedade privada, mais estável e produtiva será uma
comunidade. Nivelamento econômico, crêem os conservadores, não é sinônimo de
progresso econômico. Acumular e gastar não são os principais objetivos da
existência humana; mas uma base econômica sadia para o indivíduo, a família e a
comunidade deve ser almejada.Henry Maine, em sua
“Village Communities”, expõe eloqüentemente a causa da propriedade privada em
distinção à propriedade comunal: “Ninguém tem a liberdade de atacar as diversas
formas de propriedade privada e, ao mesmo tempo, dizer que valoriza a
civilização. A história de ambas não pode ser desentrelaçada.” A instituição da
propriedade privada tem sido um instrumento poderoso para ensinar
responsabilidade a homens e mulheres, para prover motivos para a integridade,
para suportar a cultura geral, para levantar a humanidade acima do nível do
mero penoso laborar, por permitir o ócio para o pensar e a liberdade para agir.
Para poder reter os frutos do trabalho do indivíduo e torná-los permanentes;
para poder legar a propriedade de alguém à sua posteridade; para poder
erguer-se da condição natural de opressiva pobreza à segurança da realização
duradoura; para ter algo que realmente pertença a si mesmo — estas são
vantagens difíceis de negar. O conservador reconhece que a posse da propriedade
impõe certos deveres ao proprietário e aceita estas obrigações morais e legais
alegremente.
8)- Oitavo,
conservadores suportam ações comunitárias "voluntárias", tanto quanto se opõem ao "coletivismo involuntário".
Embora os americanos têm sido fortemente
atrelados à privacidade e aos direitos privados, também são um povo notável
pelo espírito bem sucedido de comunidade. Em uma comunidade genuína, as
decisões que afetam mais diretamente à vida dos cidadãos são feitas localmente
e voluntáriamente. Algumas destas funções são realizadas por instituições
políticas locais, outras por associações privadas: desde que permaneçam locais
e sejam acordadas por aqueles afetados, elas constituirão uma comunidade
saudável. Mas quando estas funções passam, “naturalmente” ou por usurpação, à
autoridade central, a comunidade estará em sério perigo. O que quer que seja
benéfico e prudente na democracia moderna é feito a partir da vontade
cooperativa. Se, então, em nome de uma Democracia abstrata, as funções da
comunidade são transferidas a uma direção política distante — por que o governo
real exercido pelo consentimento dos governados dá vez a um processo
uniformizante que é hostil à liberdade e à dignidade humana.Pois nenhuma nação é
mais forte do que as pequenas e numerosas comunidades de que é composta. Uma
administração central, ou um conjunto de seletos administradores e servidores
civis, embora bem intencionados, não podem conceder justiça, prosperidade e
tranquilidade a uma massa de homens e mulheres desprovidos de suas antigas
responsabilidades. Essa experiência foi feita antes; e foi desastrosa. É o
exercício de nossos deveres na comunidade que nos ensina a prudência, a
eficiência e a caridade.
9)- Nono, o
conservador percebe a necessidade de prudentes restrições ao poder e às paixões
humanas.
Politicamente falando, o poder é a habilidade de realizar a vontade de um não
obstante a vontade dos demais. Um estado onde um indivíduo ou pequeno grupo
seja capaz de dominar a vontade de seus concidadãos sem qualquer supervisão,
será despótico, seja denominado monárquico, aristocrático ou democrático.
Quando cada pessoa reivindica ser um poder para si mesmo, então a sociedade cai
em anarquia. A anarquia nunca dura por muito tempo, sendo intolerável para
todos, e contrário ao inelutável fato de que algumas pessoas são mais fortes e
mais inteligentes do que seus vizinhos. À anarquia sucede a tirania ou a
oligarquia, em que o poder é monopolizado por uns poucos.O conservador
esforça-se para de tal forma limitar e balancear o poder político que a
anarquia ou a tirania não possam surgir. Em cada era, não obstante, homens e
mulheres são tentados a superar as limitações sobre o poder, por conta de
alguma vantagem provisória almejada. É característico do radical pensar o poder
como uma força para o bem — tão logo o poder caia em suas mãos. Em nome da
liberdade, os revolucionários franceses e russos aboliram as antigas
restriçõess ao poder; mas o poder não pode ser abolido; encontra sempre seu
caminho para as mãos de alguém. Esse poder que os revolucionários tinham
pensado ser opressivo nas mãos do antigo regime transformou-se, muitas vezes,
tão tirânico quanto o anterior nas mãos dos novos mestres radicais do estado.Sabendo ser a
natureza humana uma mistura de bem e de mal, o conservador não deposita sua
confiança na mera benevolência. Limitações constitutionais, verificações e
contrapesos políticos, o cumprimento adequado das leis, a antiga e intricada
teia das restrições por sobre a vontade e os apetites — isto é o que o
conservador aprova como instrumentos da liberdade e da ordem. Um governo justo
mantém uma tensão saudável entre as reivindicações da autoridade e as
reivindicações da liberdade.
10)- Décimo, o pensador conservador compreende que
essas permanências e mudanças devam ser reconhecidas e reconciliadas em uma
sociedade vigorosa.
O conservador não é
oposto à melhoria social, embora duvide que haja algo como uma força geradora
de algum Progresso místico, com “P” maiúsculo, operando no mundo. Quando uma
sociedade está progredindo em alguns aspectos, geralmente está declinando em
outros. O conservador sabe que toda sociedade saudável é influenciada por duas
forças, que Samuel Taylor Coleridge chamou de sua Permanência e sua Progressão.
A Permanência de uma sociedade é formada por aqueles interesses e convicções
perenes que nos dão a estabilidade e a continuidade; sem essa Permanência, as
origens profundas da sociedade são desfeitas, que cai em anarquia. A Progressão
em uma sociedade é esse espírito e esse conjunto de talentos que nos incitam à
reforma e à melhoria prudentes; sem essa Progressão, um povo irá estagnar. Conseqüentemente o conservador
inteligente esforça-se para reconciliar as demandas da Permanência e as da
Progressão. Pensa que o liberal e o radical, cégos às justas reivindicações da
Permanência, poriam em perigo a herança nos legada, em um esforço para
apressar-nos em algum duvidoso Paraíso Terrestre. O conservador, resumidamente,
favorece o progresso racionalizado e moderado; é oposto ao culto do progresso,
cujos adeptos acreditam que tudo que é novo é necessariamente superior a tudo
que é velho.A mudança é essencial
ao corpo social, raciocina o conservador, apenas porque é essencial ao corpo
humano. Um corpo que cessasse de se renovar começaria a morrer. Mas se esse
corpo deve ser vigoroso, a mudança deve ocorrer de forma regular,
harmonizando-se com a forma e a natureza desse corpo; se não a mudança produz
um crescimento monstruoso, um câncer, que devora seu anfitrião. O conservador
crê que nada em uma sociedade deva ser sempre completamente antigo, e que nada
deva ser sempre completamente novo. Estes são os meios de conservação de uma
nação, pois que são os meios da conservação de um organismo vivo. Apenas o
quanto de mudança uma sociedade requer, e que sorte de mudança, depende das
circunstâncias de uma era e de cada nação.
Tais são então os dez
princípios que têm aparecido freqüentemente ao longo destes dois séculos do
pensamento conservador moderno. Outros princípios de igual importância poderiam
ter sido discutidos aqui: a compreensão conservadora da justiça, ou a visão
conservadora da educação. Mas tais assuntos, com o tempo a se esgotar, eu devo
deixar a sua própria investigação. O grande divisor de
águas na política moderna, Eric Voegelin costumava apontar, não é a divisão
entre liberais de um lado e totalitários do outro. Não, em um lado dessa linha
estão todos aqueles homens e mulheres que acreditam que a ordem temporal é a
única ordem, e que as necessidades materiais são suas únicas necessidades, e
que podem fazer o que quiserem com o patrimônio humano. No outro lado dessa
linha estão todos aqueles povos que reconhecem uma ordem moral perene no
universo, em uma natureza humana constante, e em elevados deveres para a ordem
espiritual e a ordem temporal.
*Traduzido para o
português e publicado na Internet por Ivan C. P. da Cruz com autorização de
Annette Kirk.
Fonte: Texto original em inglês em (Original text in English at): The Russell
Kirk Center of Cultural Renewal.
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