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Estudo bíblico sobre os Capítulos 3 e 4 do livro de Daniel

Written By Beraká - o blog da família on quarta-feira, 20 de abril de 2016 | 12:07



COMENTÁRIOS DO BLOG BERAKASH: “Geralmente quando vamos estudar o livro de Daniel, nos atemos apenas aos capítulos proféticos, que são os Capítulos 2, e 7 a 12. Eles estão repletos de imagens bizarras que nos deixam intrigados. Produzem uma angústia que só passa quando chegamos a compreender o último versículo. Acredito que seja esse alívio, associado às revelações surpreendentes contidas nas profecias, que nos fazem ficar tão apaixonados pelo livro de Daniel. Entretanto os outros capítulos também não devem deixar de ser estudados. Não são meras historinhas são ricas experiências repletas de lições espirituais. Pois o Hebreu ao contrário dos gregos, Deus não é algo meramente racional e que exige explicação, mas é uma experiência, ou seja, Deus revela-se na experiência pessoal e comunitária. Não entender isto dificulta o entendimento bíblico Velho e Neo testamentário. No O livro de Daniel encontramos histórias de pessoas que se depararam com decisões de vida e morte. Deus quis que essas histórias fossem registradas para que nos servissem de modelo de ação nos dias finais da história deste mundo. Encontramos também, profecias que de forma acurada predisseram o surgimento e a queda de grandes impérios mundiais, desde os dias de Daniel até o fim dos tempos. Em Daniel 1, aprendemos como Nabucodonosor atacou o santuário de Deus. Ele também levou o povo de Deus cativo, junto com os vasos sagrados do templo de Deus e colocou-os nos templos pagãos babilônicos, para culto aos deuses falsos. Nesse sentido ele é um tipo, um modelo, do poder do anti-Cristo. Em Daniel 2, aprendemos como Nabucodonosor teve um sonho de uma grande estátua humana de metais diferentes, que foi destruída por uma pedra cortada do céu sem mãos humanas. A seguir, a pedra cresceu, se tornou em uma montanha e continuou a crescer, até preencher toda a terra. Deus mostrou ao rei, por meio dessa visão, o que aconteceria com o povo de Deus, desde os dias de Daniel até o fim dos tempos. Durante esse estudo veremos vários textos que apontam Jesus como a Rocha da visão e identificamos a montanha como o santuário de Deus.






A Prova da Fornalha Ardente -  DANIEL 3,1-30



A Fé dos Companheiros de Daniel é Provada em Daniel 3,1-30.Freqüentemente consideramos as histórias da Bíblia como interessantes, porém não relevantes para nossa situação. Se pudermos imaginar que as personagens envolvidas foram pessoas como nós, com emoções e tentações semelhantes, somente então conseguiremos adentrar neste entendimento. Esta é uma história tão necessária em nossa geração porque a fé deles foi extremamente desafiada, contudo eles tinham uma coragem inabalável. Eles tinham seus valores corretos; eles sabiam para que estavam vivendo e pelo que morreriam. Sem esse tipo de visão não resistiremos à tentação por falta das convicções definitivas. O rei fez uma imagem de ouro e levantou-a na planície de Dura, que se acredita estar cerca de vinte quilômetros a sudoeste da Babilônia. Essa grande imagem mediria cerca de 2,70 x 27 metros. É incerto se a própria imagem era deste tamanho ou se estava colocada sobre um mastro dando as dimensões totais desta medida.


Nabucodonosor reuniu todo o povo importante de seu reino para que viessem à consagração dessa imagem.Quem resistiria a sua ordem? O próprio Nabucodonosor era um poderoso monarca e um general tremendamente bem sucedido, que nunca tinha perdido uma batalha. Ele reinou durante quarenta anos sobre a Babilônia, e sua astúcia e sagacidade são brilhantemente registradas pela história. Além disso, a importância dessa imagem foi mostrada pelo fato de ser feita de ouro (nada avarento quanto a esta honra dada ao seu falso deus). Agora ele queria dar e compartilhar esta honra recebido de seu deus e buscava um reino unido para adorar este ídolo gigantesco, cada vez que se ouvisse o som da música.



Não somente a ordem do rei era irresistível em si, como a ameaça de morte na fornalha ardente era intimidante. É, na verdade, duro argumentar com uma pessoa que pode nos por num fogo chamejante.


A pressão da multidão:


A pressão dos iguais é uma das maiores tentações. Se todos estão fazendo alguma coisa, poucas pessoas têm força para serem diferentes. A moda é cruelmente coercitiva. Ela ordena: “Faze o que os outros fazem” (vestir, beber, falar, etc.). E assim deve ter sido na Babilônia. Ao som da música as multidões se prostraram para adorar. Certos caldeus levantaram acusação contra eles (3,8-12).Os caldeus mantinham uma posição proeminente na sociedade babilônia; assim, quando acusaram os judeus isso foi feito, sem dúvida, para parecer um serviço patriótico quando, na verdade, era instigado pelo ciúme e pela inveja. Informaram o rei de que “certos judeus”, aos quais tinham sido dadas posições de importância no seu reino, não queriam curvar-se diante da imagem e que sua recusa em fazer isso tinha o efeito de desrespeitar o próprio rei e os seus deuses. (Não nos é dito porque Daniel não foi acusado. Aparentemente, ele não estava com os outros, nesse tempo). O rei se enraiveceu e não pôde acreditar.“ É verdade?” o rei pergunta a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Pode ter sido inacreditável para o rei que alguém ousasse rejeitá-lo. Seguramente, ele pensou que estava mal informado; ninguém ousaria discutir a palavra do rei ou desobedecer sua ordem. O rei mostra sua imparcialidade dando-lhes outra oportunidade para provarem sua lealdade. Além do mais, qual deus poderia livrá-los das mãos de um rei vencedor como Nabucodonosor?



“Não precisamos responder-te. Estes judeus fiéis não precisavam de mais consideração ou discussão: Não precisamos dar-te resposta a respeito disto. Em outras palavras: Não temos que pensar mais sobre isso. Não nos curvaremos...”



Muitos poderiam ter raciocinado sobre sua situação e mudado de opinião. Eles poderiam ter argumentado:




É inútil resistir, por que jogar fora oportunidades de subir de cargo, ou até mesmo perder a vida? ídolo nada é, são apenas um símbolos de homenagem política. Isto é somente uma vez, e não por muito tempo...A resposta deles declarava implicitamente sua fé no Deus Todo-Poderoso que poderia livrá-los de Nabucodonosor. E mesmo se Ele não os tirasse do fogo, eles ainda se recusariam a adorar os deuses de Nabucodonosor ou a imagem de ouro, pois nos assegura as escrituras: “Bem aventurados os que nada viram, mas mesmo assim creram...”




Em fúria, o rei ordenou que a fornalha fosse acesa sete vezes mais quente do que o costume, e ordenou que os jovens hebreus fossem amarrados seguramente.Quando apressadamente levaram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego para a fornalha, as chamas rugiram e queimaram mortalmente os soldados. O milagre da libertação de Deus torna-se tanto mais ressaltado pelo fato que os soldados morreram enquanto nem um fio de cabelo dos três foi chamuscado.O rei, ansioso para ver estes homens consumidos, ficou pasmado quando viu não somente três, mas quatro homens soltos, caminhando no meio do fogo. O quarto era como “o Filho de Deus” ou “um filho dos deuses”. Literalmente, Nabucodonosor diz que vê uma personagem de divindade. No versículo 28, Nabucodonosor descreve este ser com qualidades e aparência sobrenaturais como um anjo. Reivindicar que isto é uma referência a uma aparição de Jesus Cristo pré-encarnado é dizer algo que o texto não apóia. Nabucodonosor chamou-os para saírem da fornalha e, quando homens importantes do reino se reuniram em volta, observaram que nem um fio de cabelo fora chamuscado, nem havia cheiro de fogo ou fumaça sobre eles.



A fé deles é triunfante, o efeito sobre Nabucodonosor fê-lo imediatamente louvar o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego (veja 1 Pedro 2,12). De novo, como em Daniel 2,47, Nabucodonosor reconhece o Deus dos hebreus como maior do que qualquer outro deus. Nada indica que ele renunciou aos ídolos, mas somente que ele viu a superioridade de Jeová. Pelo menos, Nabucodonosor conhece a força e o poder do Deus dos Judeus, e promete castigo para quem quer que fale impropriamente do Deus destes judeus.



Então o rei promoveu Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na província da Babilônia. A promessa do Senhor feita através de Isaías aconteceu literalmente (Isaías 43,1-3). O Senhor é capaz de proteger seus servos mesmo contra potências mundiais.



Aplicações para os Dias de Hoje:



1.Deus defenderá seu povo durante os incêndios da tribulação (1 Pedro 1,7-9). Estes três hebreus estavam no meio de um conflito entre os deuses do paganismo e o verdadeiro Senhor do céu e da terra. Devemos tomar a determinação destes homens como exemplo, sabendo que Deus defende corajosamente sua verdade que é eterna e imutável.



2. Como você responde à pergunta se é um cristão ou não? Sua vida responderá por você (Gálatas 3,7-8)?.


3.O amor do mundo e o amor de Deus não se misturam, da mesma maneira que não se misturam óleo e água. Tentar a fusão leva à confusão (Mateus 6,24).




CAPÍTULO 4 DE DANIEL


(A conversão de Nabucodonosor)




O Escritor:Ao contrário de todo o restante do livro, o capítulo 4 não foi escrito por Daniel, mas sim pelo rei Nabucodonosor.É meio constrangedor reconhecer que alguém tão ímpio e cruel como ele tenha participado da construção da Bíblia. Não está escrito?:



“Homens santos falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo.” II Ped. 1,21



Como conciliar uma coisa com a outra?



O próprio capítulo responde, vamos ler Daniel 4,1-3:



“Nabucodonosor rei, a todos os povos, nações, e línguas, que moram em toda a terra: Paz vos seja multiplicada. Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo. Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino sempiterno, e o seu domínio de geração em geração.”




Nabucodonosor não era mais um rei ímpio quando escreveu essas palavras. Algo acontece nesse capítulo que vira do avesso a vida deste personagem, algo impossível de ser produzido por qualquer esforço humano.




Vamos acompanhar essa transformação:



 “Eu, Nabucodonosor, estava sossegado em minha casa, e próspero no meu palácio. Tive um sonho que me espantou; e estando eu na minha cama, os pensamentos e as visões da minha cabeça me perturbaram.” Dan.4,4-5




Nabucodonosor tinha uma idéia fixa:



“O que acontecerá depois que eu morrer? Qual será o futuro de Babilônia depois que eu partir dessa pra melhor? Permanecerá eternamente, acabará?”



Essa dúvida movia o rei a construir palácios grandiosos, templos magnificentes e jardins suspensos belíssimos; levava-o a manter imensos exércitos e a investir muito em campanhas militares. Queria a todo custo que seu reino fosse eterno. Os acontecimentos dos capítulos 2 e 3 nos mostram isso claramente.




Um dia, porém, o último povoado distante foi subjugado, o último tijolo colocado e o rei estava sossegado em sua casa, próspero. Não havia por enquanto o que fazer, nem com que se preocupar. As aparências indicavam que o império havia chegado ao seu auge. Ah, agora ele podia morrer em paz.Dali pra frente as coisas andariam sozinhas! Babilônia era gloriosa, auto-sustentável, incólume, inatingível. Mais uma vez o rei tem um ataque de estrelismo e então Deus intervêm. No capítulo 2 já tinha sido assim, no 3 também. Parece que o pobre rei não aprende, mesmo. Deus resolver mandar um aviso através de um sonho:



“Eram assim as visões da minha cabeça, estando eu na minha cama: eu olhava, e eis uma árvore no meio da terra, e grande era a sua altura; crescia a árvore, e se fazia forte, de maneira que a sua altura chegava até o céu, e era vista até os confins da terra. A sua folhagem era formosa, e o seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos; debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e dela se mantinha toda a carne. Eu via isso nas visões da minha cabeça, estando eu na minha cama, e eis que um vigia, um santo, descia do céu. Ele clamou em alta voz e disse assim: Derrubai a árvore, e cortai-lhe os ramos, sacudi as suas folhas e espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela, e as aves dos seus ramos. Contudo deixai na terra o tronco com as suas raízes, nu ma cinta de ferro e de bronze, no meio da tenra relva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais na erva da terra. Seja mudada a sua mente, para que não seja mais a de homem, e lhe seja dada mente de animal; e passem sobre ele sete tempos.” Dan 4,10-16.





Esse sonho tirou o sono do rei, pois, por mais que não soubesse interpreta-lo inteiramente, sabia que se referia a ele. Chamou então os sábios e mais uma vez ninguém soube interpretar. Assim aparece Daniel na história.Agora, entretanto, a mensagem que cabia a Daniel interpretar continha uma repreensão. Não era tão fácil como dizer: “Ó rei, tu és a cabeça de ouro”. A história era outra! A Bíblia conta que o profeta ficou atônito.



Muitos hoje não sabem agir quando precisam repreender alguém, então não repreendem. Ficam calados diante dos erros e assim tornam-se coniventes. Uma pessoa joga um papelzinho de bala no chão ao nosso lado e ficamos quietos. Agimos como se aquele papelzinho não fosse fazer diferença, ignorando que são as nossas constantes omissões que tornam a cidade mais suja, e por ai vai com outras coisas mais relevantes.




“E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as.” Efés. 5,11





Não confundir repreensão com julgamentos - Jesus disse:



“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós. E por que vês o argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão.” Mat. 7,1-5




Daniel estava em plena forma espiritual para desempenhar essa função, mesmo assim ele não a desempenhou com insensibilidade, rigidez e falso moralismo. Ele disse:



“(...) senhor meu, o sonho seja contra os que te têm ódio, e a sua interpretação, para os teus inimigos.” Dan 4,19


“(...) ó rei, aceita o meu conselho e põe termo, pela justiça, em teus pecados e às tuas iniqüidades, usando de misericórdia para com os pobres; e talvez se prolongue a tua tranqüilidade.” Dan 4,27





Nabucodonosor estava avisado. Deus nunca aplica a pena em ninguém sem antes avisa-la e dar a oportunidade de mudança:



“Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.” Amós 3,7




Como a árvore do sonho, sua honra seria tirada, seu juízo e poder seriam tirados por sete anos, até que reconhecesse que o Deus do céu domina. E foi exatamente o que aconteceu.Não temos por que julgar a atitude do rei. Todo ser humano é assim. Adianta avisar a criança que o fogão é quente e que ela vai se queimar? Não, ela só vai aprender com a queimadura. Deus nos conhece, sabe como somos teimosos, volúveis, e que na maioria das vezes aprendemos e mudamos mais pela dor que pelo amor. É por isso exatamente que nos repreende. Se Deus não visse mais jeito em nós, Ele simplesmente nos cortaria fora e desistiria das nossas vidas. Mas não é assim que Ele age: nos poda para que possamos dar mais fruto:


“Toda vara em mim que não dá fruto, ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que dê mais fruto...” (João 15,2)



Alguns ele poda pouco, outros poda até a raiz, como Nabucodonosor, mas o resultado esperado é sempre o mesmo: tornar possível a nossa salvação, ou seja à vezes nos tira tudo, para nos dar tudo: Ele mesmo.






Retornando agora ao livro de Daniel capítulo 4, veremos como Nabucodonosor finalmente veio a conhecer e cultuar ao verdadeiro Deus.Pano de Fundo:


Esta história aconteceu 35 anos após Daniel ter sido feito cativo de Babilônia. Daniel estava com cerca de 50 anos de idade. Ele e seus amigos, Sadraque, Mesaque e Abednego haviam sido testemunhas vivas do verdadeiro Deus em Babilônia para Nabucodonosor. Em Daniel capítulo 2, Deus foi revelado como o verdadeiro PROFETA. Ele é o Único que realmente conhece todo futuro. Em Daniel capítulo 3, Deus é revelado como o verdadeiro LIBERTADOR. Ele é o poderoso Salvador do Seu povo. E, em Daniel capítulo 4, Deus será revelador como o CONQUISTADOR. Pois Ele é o único Rei verdadeiro para as nações da terra. Por 35 anos Deus repetitivamente havia mostrado Sua misericórdia para com Nabucodonosor. Ele criara várias oportunidades para que ele conhecesse e se submetesse humildemente ao verdadeiro e único Deus. Daniel capítulo 4 mostra a história da conversão de Nabucodonosor e seu testemunho pessoal. Ele registra o poderoso milagre da graça transformadora de Deus na vida de um rei mundano e orgulhoso.



Dois Pontos Chave:


1. Quando uma pessoa despreza a vontade de Deus e vive uma vida sem harmonia com o Seu plano, não haverá equilíbrio duradouro nas nossas relações.



2. Tanto Paulo quanto Nabucodonosor se submeteram aos conselhos do Espírito Santo de Deus, e ao assim fazerem, eles encontraram paz duradoura e verdadeira, e principalmente a Salvação, sentido último de nossas vidas.



PERGUNTA: Nós também podemos encontrar paz em nossas vidas? Sim. Podemos encontrar paz e segurança exatamente da mesma forma que Paulo e Nabucodonosor fizeram:




Isaías 26,3 - “Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em Ti”.



Fil. 4,7 - “A paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”.



Gál. 5,22 - “Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade...”.



Rom. 15,13 - “Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz na vossa fé, para que abundeis na esperança pelo poder do Espírito Santo”.



Nabucodonosor se regozija por causa dos sinais e maravilhas que Deus havia revelado-lhe por meio de profecias. Porém, é importante notar que os sinais e as maravilhas podem amaciar ou endurecer corações. (Confira a reação de Faraó a esse mesmo Deus, em Êxodo 7,3).



Dan. 4,4-9:Nabucodonosor teve outro sonho que o deixou perturbado. Ele começa da mesma forma que no capítulo 2. Ele conclama seus homens “sábios”, seus mágicos, astrólogos, caldeus e agoureiros. Em primeiro lugar ele buscou o conselho dos homens. Como antes, eles ficam impotentes, sem nada poder fazer. Dessa vez ele não se esquece do sonho, mas mesmo após contá-lo em detalhes, ninguém consegue ajuda-lo. Finalmente Nabucodonosor chama Daniel.



Nabucodonosor ainda não havia aprendido, pela experiência anterior, que ele sempre deveria a Deus em primeiro lugar. Algumas vezes nós mesmos, como Nabucodonosor, resistimos às várias lições que Deus tenta nos ensinar. Primeiramente, tentamos todas as outras coisas para, só depois, em desespero, pedimos a ajuda de Deus?




Até mesmo cientistas seculares são obrigados a reconhecer a importância dos sonhos para termos paz mental: 



“A função dos nossos sonhos de produzir símbolos é um esforço por trazer de volta nossa mente original de volta à consciência, where it has never been before, and where it has never udnergone critical self-reflection.” (Carl Gustav Jung, Selected Writings - Book of the Month Club: New York, N.Y., 1997 -  pp. 277-278).




Nos versos 8 e 9, Nabucodonosor reconheceu Daniel como alguém que tinha conhecimento dos “deuses” santos. A palavra caldéia para “deuses” é “Elahiyn”. Provavelmente ela é igual à palavra hebraica “Elohiym” para o Deus único. Assim Nabucodonosor, reconhece que Daniel conhece Deus.



Nabucodonosor descreve o sonho para Daniel:


O primeiro sonho de Daniel 2 foi dado a Nabucodonosor para lhe revelar que Deus se importava e se preocupava com ele de forma pessoal. No verso 17 o sonho foi dado por um motivo diferente. Ele foi dado para mostrar que Deus está acima dos reinos e dos homens, controlando-os e que Ele é capaz de remover e entronizar reis de acordo com Sua vontade.




As árvores estavam associadas a cultos pagãos idolátricos. No contexto, Nabucodonosor se faz num ídolo – ele é a árvore. (Ezequiel 20,28 e Ezequiel 6,3 claramente associam o culto a ídolos a árvores).Nabucodonosor é um exemplo, um modelo do poder do chifre pequeno de Daniel 7,8.Nos tempos antigos, as árvores eram símbolo de ordem universal. 
O topo da árvore simbolizava o céu. As raízes representavam o mundo de baixo. A árvore representava ligação entre céu e terra. Nesse sentido, Nabucodonosor iria cumprir o papel de conectar pessoas ao conhecimento do verdadeiro Deus. Foi por essa razão que Deus lhe havia dado sonhos proféticos, para encorajar o mundo a confiar e se submeter a Deus. Ele não entendeu as oportunidades de Deus, perdeu suas bênçãos e a oportunidade de ser um fiel representante de Deus no mundo.



Verso 13: Santos = Vigias



De acordo com Salmos 89,5 - 7, existe no céu um “Conselho dos Santos”. Em Deuteronômio 33,2 esses mesmos santos desceram do Deus do céu no Monte Sinai no Êxodo, quando Deus libertou Seus filhos do Egito. Eles estavam presentes quando Deus entregou os Dez Mandamentos a Israel.



De acordo com Zacarias 14,5 esses mesmos santos virão com Deus na segunda vinda de Jesus. Nesse sentido, a segunda vinda será um Sinai universal, quando o pilar de nuvem e fogo de Deus será manifesto a todo mundo com anjos inumeráveis.



Em 1 Coríntios 4,9, Paulo nos diz que somos “espetáculo” a esses seres não caídos. A palavra grega para “espetáculo” é “teatro”. Efésios 3,8-10 aprofunda esse pensamento quando Paulo indica que o Evangelho foi-nos dado com o objetivo de revelar a vontade e os propósitos de Deus aos que governam este mundo e aos habitantes de todo universo. 






Verso 17: A atividade investigatória dos “vigias” culmina no julgamento ou “decreto” que vem da assembléia ou Conselho dos Santos:


Este é um prelúdio do juízo investigativo celestial de Daniel 7,9-10 quando os livros forem abertos no final dos tempos.




Dan. 4,20-26 - Daniel interpreta o sonho:




Nabucodonosor é a “árvore” que Deus vai cortar e remover do poder. Da mesma forma como Deus deixou um toco do tronco, Deus mostrou a Nabucodonosor que seu reino não lhe seria tirado para sempre. O propósito dessa disciplina de Deus nos é dado no verso 25 - “até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer”. E no verso 26, “E quanto ao que foi dito, que deixassem o tronco com as raízes da árvore, o teu reino voltará para ti, depois que tiveres conhecido que o céu reina”. Verso 23: “... sua porção com os animais do campo, até que passem sobre ele sete tempos”. Isso se refere a sete anos literais.



Notemos que Deus, por meio de Daniel, encorajou e advertiu Nabucodonosor a mudar “e põe fim aos teus pecados”. Aqui vemos claramente que as advertências e julgamentos de Deus são condicionais. Se o pecador mudar seus maus caminhos, Deus não enviará o mal sobre eles. O livro de Jonas ilustra essa mesma verdade.Deus advertiu Nabucodonosor a se arrepender. Ele deu ao rei 12 meses para mudar de atitude, procurando a Deis. Mas ele se recusou a se submeter à advertência de Deus e reconhecer que Deus tinha o controle de sua vida. No verso 30 ele age como se ele fosse o deus de sua própria vida. Ele toma todo crédito pelo que ele fez com seu poder e majestade.
Finalmente, Deus se viu obrigado a não esperar mais tempo e cumpre Sua profecia. Nabucodonosor se torna como um animal selvagem e é levado para fora de sua corte. Ele se torna em um louco. (Provavelmente Nabucodonosor experimentou a licantrofia. Essa é uma doença estranha que a maioria dos dicionários médicos relacionam como uma forma de insanidade. Nessa desordem, as pessoas se imaginam como sendo um lobo ou algum outro animal selvagem. A doença começa e termina subitamente. É caracterizada por uma completa negligência da aparência pessoal. O cabelo e as unhas crescem bastante. A higiene pessoal é completamente negligenciada. O indivíduo anda de quatro, fazendo o som de animais).




A conversão de Nabucodonosor:



Foram necessários 35 anos de testemunhos de Daniel, várias revelações do poder de Deus e finalmente uma sentença de insanidade, antes que Nabucodonosor finalmente se convertesse. Após Nabucodonosor aceitar a soberania de Deus, Ele o abençoa, devolvendo-lhe seu reino e sua majestade. 
Quem sabe se pudéssemos parar pra pensar como ele, chegaríamos a esta mesma conclusão:



“Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo. Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino sempiterno, e o seu domínio de geração em geração.” Dan. 4,2-3.




“LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO”



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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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