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Written By Beraká - o blog da família on terça-feira, 29 de maio de 2012 | 09:09
(foto reprodução)
Lya Luft, escritora e articulista da Revista Veja,
publicou um artigo maravilhoso na edição 2178 da mesma revista. No artigo ela esclarece que "somos um país de
famintos, e boa plataforma para candidatos seria atender a esse nosso estado de
desnutrição, física ou emocional". Ela faz uma analise da real situação do país e o
que deveria preencher o desejo de qualquer candidato a governante: "cuidar da sua gente, não só nas tragédias como inundações e secas, mas na
doença e falta de tudo, de alimento a educação". Ela ainda declara que:
"o dever de um governo, e seu desejo ardente, deve ser atender ao povo e
não apenas a uma parcela da Sociedade (que, atenção, são todos os
brasileiros!)".
"Mas não vamos esquecer as carências da alma, as
fomes da nossa condição humana, eventualmente mais duras e mortais do que
aquela que faz doer o estômago", afirma Lya.(Grifo meu:Precisamos entender que os pobres não padecem somente de fome material, e justiça social,as seitas ha muito tempo já perceberam isto).
No artigo ela demonstra habilidade em conjugar
várias situações e enquadrar tudo isso na falta de justiça: "várias fomes
cabem no conceito justiça, como segurança, confiança e dignidade".
E define como ter dignidade: "para sermos
dignos, precisamos ter certeza de que cada um tem aquilo de que precisa para
tanto, começando com leis sensatas, bem executadas e aplicadas a todos".
Finalmente, ela dá o golpe de misericórdia,
denunciando: "Ainda estamos nas cavernas, apesar do vidro fumê e dos
controles remotos, com fome de tudo o que é merecido, desejável, necessário e
deveria ser mais do que natural, para qualquer cidadão deste belo, cruel,
confuso e fascinante planeta-país que ainda precisamos conquistar". Nas eleições, faça-mos escolha certa, escolhamos quem, de fato, está
atento em "cuidar das fomes humanas”.
VEJAMOS
A MATÉRIA MUITO OPORTUNA DA AUTORA – QUE
NÃO É RELIGIOSA DÍGA-SE DE PASSAGEM - " PLATAFORMA CONTRA AS FOMES"
Por Lya Luft - escritora e articulista da Revista Veja
Somos um país de famintos e boa plataforma para
candidatos seria atender a esse nosso estado de desnutrição, física ou
emocional. Se pensamos na fome física, vemos as crianças comendo lixo ou a
tradicional farinha com água, quando tem água.
Esse podia
ser o primeiro desejo de qualquer candidato a governante:
“Cuidar da sua
gente, não só nas tragédias como inundações e secas, mas na doença ou falta de
tudo, de alimento a educação. O dever de um governo, e seu desejo ardente, deve
ser atender o povo (que atenção, são todos os brasileiros). Mas não vamos
esquecer as carências da alma, as fomes da nossa condição humana, eventualmente
mais duras e mortais do que aquela que faz doer o estomago. Eles tem a ver com
mais do que feijão: ligam-se à segurança, saúde, confiança, educação.
Narcotráfico derrotado. Juventude mais motivada.”
Várias fomes cabem no conceito justiça, segurança,
confiança e dignidade. Para sermos dignos, precisamos ter certeza de que
precisa para tanto, começando com as leis sensatas, bem executadas bem
executadas e aplicadas a todos. Culminado com todos terem aquilo que precisam
para que sua vida não se reduza a uma mera sobrevivência.
E o que seria
justiça?
Dar todos a mesma coisa, e ver como cada um lida
com o que recebeu? A cada um conforme suas limitações naturais, mais
inteligente, mais talentoso, menos saudável, mais neurótico? Ou ainda: a cada a um segundo suas necessidades? Nunca haverá um conceito universalmente
aceito, mas querermos justiça já é um começo. Punições adequadas para os
infratores, e interesses pelas vítimas e suas famílias. Há trinta e poucos anos, meus filhos jogavam bola
no bairro onde ainda moro com a meninada da vila próxima até o escurecer, e
ninguém se preocupava. Eram amigos: pobres e remediados, brancos, negros e
pardos, os filhos do verdureiro ou do professor. Bandos de jovens drogados não
vagavam nas ruas, crianças pedintes não rolavam nas esquinas, as casas não
tinham cerca.
Hoje, se eu morasse em uma casa, seria possivelmente num condomínio bem protegido. Pois, nesta Idade Média higiênica e sofisticada, os feudos são os edifícios e os condomínios fechados, guardas nas cabines, bandidagem rondando.
Séculos atrás, eram os miseráveis que se instalavam em torno dos castelos onde recolhiam esmolas ou prestavam pequenos serviços; ou extensão populações igualmente miseráveis em torno das gigantescas catedrais erguidas em séculos de labuta mortal.
O senhor feudal de hoje pode ser o morador mais rico, ou quem sabe o síndico, interessado em que as coisas se mantenham num nível aceitável de funcionamento, civilidade, educação.
Doentes de medo, desviamos o olhar da realidade:
“Faz de conta que isso nunca vai me atingir”. Mas no fundo queremos proteção de
uma policia eficaz, porque nos cansamos de ser caçados e mortos pelos
marginais, feitos bichos desprotegidos.
Há quem reclame: os policiais ao menos deveriam
cuidar do lugar onde vão atingir os facínoras. “Quem sabe um tiro no braço ou no pé?”. Imaginei o
policial com o revolverzinho mirando o bandido que segura um fuzil de última
geração, e pedindo. Licença, moço, vou dar só um tirinho no seu pé. Também não queremos conviver mais com a miséria e a
falta de tudo que muitas vezes produzem a violência. Isso também é justiça.Animais predadores na selva pós-moderna, não se
iludam os que se julgam bonitos e limpos, bons e especiais, a salvo das dores
do mundinho que sonha com o prato de cada dia, o salário justo, a vida
atendida.
Ainda estamos nas cavernas, apesar do vidro fumê e dos controles remotos, com fome de tudo o que é merecido, desejável, necessário e deveria ser mais do que natural, para qualquer cidadão deste belo, cruel, confuso e fascinante planeta-pais que ainda precisamos conquistar.
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Doentes de medo, desviamos o olhar da realidade: “Faz de conta que isso nunca vai me atingir”. Mas no fundo queremos proteção de uma policia eficaz, porque nos cansamos de ser caçados e mortos pelos marginais, feitos bichos desprotegidos.
Solange
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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)
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Doentes de medo, desviamos o olhar da realidade: “Faz de conta que isso nunca vai me atingir”. Mas no fundo queremos proteção de uma policia eficaz, porque nos cansamos de ser caçados e mortos pelos marginais, feitos bichos desprotegidos.
Solange
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