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Esquerda caviar (em francês: Gauche caviar) é um termo
pejorativo originário da língua francesa utilizado para descrever alguém que
diz ser um socialista mas que leva uma vida de luxos e glamour. O termo indica
que os membros da esquerda caviar não são sinceros em suas crenças, uma vez que
prega algo (uma sociedade socialista) e, de maneira hipócrita, faz outro
completamente diferente (beneficia do sistema capitalista). Termos análogos
podem ser champagne socialist no Reino Unido, radical chic em Itália, Chardonnay
socialist na Austrália, Salonkommunist (comunista de salão) na Alemanha, red
set no Chile, ou esquerda festiva no Brasil (em Portugal esquerda festiva não é
muito usado e não é análogo a esquerda caviar).
História
O dicionário Petit Larousse define esquerda caviar
como uma expressão pejorativa para se referir ao "progressivismo combinado
com um gosto pela alta sociedade e situações adquiridas". O
jornalista brasileiro Mino Carta define gauche caviar como "representantes
do chique radical".A expressão surgiu como um neologismo político na
década de 1980, sendo empregada pelos detratores do governo de François Mitterrand.
De acordo com o historiador e diplomata aposentado Sérgio Romano, que não
considera Mitterand integrante da gauche caviar, este grupo é sempre cortejado
pelos governantes.No governo de Miterrand, ela protegeu os membros da luta
armada italiana dos anos de chumbo.De acordo com Romano, a gauche caviar
arrancou de Mitterand, pois sabia de sua maior fraqueza, a chamada
"doutrina Mitterand": os que participaram de luta armada, desde que
dela renunciassem, podiam residir na França, sem risco de extradição. A maior
fraqueza de Mitterand decorria do fato ter sido, no curso da Segunda Guerra
Mundial, colaborador condecorado do governo da França de Vichy, de caráter
fascista.
Ségolène Royal foi
descrita como gauche caviar quando foi revelado em 2007 pela imprensa francesa
que ela não estava pagando o imposto de renda. A utilização do termo foi muito
prejudicial para sua campanha à presidência da República. Da mesma forma,
Bernard Kouchner e sua esposa Christine Ockrent, figuras importantes do Partido
Socialista foram rotulados com o termo.O governo do presidente Sarkozy, aproximou-se da
gauche caviar e muitos deste grupo (como o já citado Kouchner) assumiram cargos
no governo.A própria primeira-dama francesa, Carla Bruni, é considerada musa da
gauche caviar por alguns.A revista semanal Le Nouvel Observateur, é descrita
por muitos como "órgão semi-oficial dos gauche caviar franceses".
No
Brasil
A nossa
incomodada ESQUERDA CAVIAR, título extremamente oportuno que nos remete a uma
expressão de nossos irmãos mais velhos os Portugueses, para descrever a
“esquerda festiva” (como dizia o grande Nelson Rodrigues), é a marca de um
grande desvio de caráter no mundo contemporâneo: A esquerda Caviar é exatamente
este tipo de gente que frequenta jantares inteligentes, seminários,defendendo a
África,falando dos pobres e excluídos da
sociedade, enquanto bebem suas cervejas e vinhos caros,cercados em seus
condomínios fechados.São pessoas,que nunca tiveram o desprazer de usar o SUS
como única alternativa a tratamento de saúde,pois tem seus planos de
saúde,também nunca pegaram um coletivo, ou transporte urbano,pois andam com
seus carrões importados,usam roupas de marca caríssimas, e só matriculam seus
filhos nas escolas particulares e ainda humilham as amigas menos magras. Enfim,
são aqueles, da classe média e alta, que se consideram fora deste universo,
como a guru deles: a filósofa Marilena Chauí.Os membros da esquerda
caviar adoram criticar o Capitalismo, mas hipocritamente não renunciam a nenhum
dos benefícios trazidos pelo mesmo.Nelson Rodrigues usava a expressão
para esta esquerda de: “amante espiritual de Che Guevara” para nomear a esposa
de um casal burguês com “afetações revolucionárias”, o típico “casal caviar”.
Em meio às festas da “festiva”, o casal de grã-finos, donos da casa, levava
Nelson até o pequeno altar onde uma foto de Che posava para os suspiros da
esposa apaixonada pelo revolucionário.De onde vem este fenômeno? Antes de tudo,
estamos diante do velho problema de caráter. Nada de questões políticas. Apenas
questões morais de fundo: mentira, hipocrisia, luta por autoestima social,
narcisismo, oportunismo carreirista, mamadores do sistema paralisante da
estabilidade estatal,na tentativa de se ver como pessoa pura de coração, enfim,
uma fogueira de vaidades. Como dizia o filósofo britânico Edmund Burke, do
século XVIII: "antes de qualquer problema político, existe um drama
moral.”
O jurista Wálter Fanganiello Maierovitch, comentando
sobre o caso de extradição do ex-terrorista italiano Cesare Battisti no seu
blog Sem Fronteiras, se referiu a Fred Vargas, Bernard-Henry Lévy, Daniel
Pennac e demais intelectuais do Partido Verde da França que defendem Battisti,
como membros da gauche caviar. Ele defende que a gauche caviar se opunha ao
eurocomunismo: "a gauche caviar gostava, sempre sem sair dos salões,
dos revolucionários que, pela força das armas, tinham por meta conquistar o
poder".
Fazendo uma
analogia à esquerda brasileira, Maierovitch diz que:
“A gauche caviar seria,
no Brasil, "a nossa esquerda festiva, que freqüenta a coluna social, só
voa em jatinhos particulares, pede vinho com base na fama do rótulo, escolhe
restaurantes cinco estrelas e divide a mesa com reacionários como o falecido
Antonio Carlos Magalhães".Em entrevista a Kennedy Alencar da Rede TV, o
ministro da Defesa Nelson Jobim afirmou que o episódio conhecido como
falsificação da Constituição de 1988 não passou de "uma saída
política" construída pela "gauche caviar paulista".Ele,
entretanto, não define o que seria esta "gauche caviar paulista".
O termo também é utilizado pelo economista Rodrigo
Constantino em seu livro, Esquerda Caviar (Editora Record), onde atualiza o
termo "esquerda festiva" em uma análise da ideologia e prática de
artistas e intelectuais do Brasil e do mundo. O título do livro visa explanar a
hipocrisia dos que defendem causas nobres muito mais para parecer
"legal" do que por causa dos resultados concretos daquilo que prega.
Em
Portugal
Em Portugal, o epíteto "esquerda caviar" é
frequentemente atribuído ao Bloco de Esquerda (o partido que se senta nos
lugares mais à esquerda do parlamento português), com a implicação que grande parte
dos seus dirigentes e apoiantes viriam das classes sociais mais favorecidas.
BIBLIOGRAFIA:
- Joffrin, Laurent. Histoire de la gauche caviar.
Éditions Robert Laffont. Paris: 2006.
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