Francisco pede que os bispos “não desperdicem energia em divisões” e sim
protejam “a transcendência humana”.
“Não desperdicem
energia em divisões e confrontos. Optem por construir e trabalhar juntos",
pediu o papa Francisco aos bispos da ilha de Porto Rico, que viajaram ao
Vaticano para realizar a sua “visita ad limina apostolorum”, ou seja, o seu
encontro com o pontífice “junto aos túmulos dos apóstolos”.
O papa recomendou que os bispos “se distanciem de todas as ideologias ou
tendências políticas que levam a perder tempo e a desperdiçar o zelo genuíno
pelo Reino de Deus. A Igreja não tem ligação com nenhum sistema político. Ela
deve ser sempre um sinal e uma proteção da transcendência da pessoa humana”.
Francisco afirmou
também que o anúncio do Evangelho deve ser feito “em todos os ambientes,
inclusive nos mais hostis e afastados da Igreja”.
O cristianismo, afinal, é o anúncio e o encontro com uma Pessoa, não a
defesa e a implantação de uma ideologia: “Nós anunciamos Cristo; e Cristo
crucificado”.
Não se trata de ser
alheios ou alienados em relação às situações do mundo: muito pelo contrário,
trata-se precisamente de pôr em prática uma nova vida em Cristo, realizando e
testemunhando o Evangelho do amor e da paz no dia-a-dia, na vida real, com mais
atos e menos conversa fiada, com mais testemunho e menos discussões estéreis,
dentro de casa, na convivência carinhosa e generosa com os pais, cônjuge e
filhos, com todos os membros da família, elevando o nível de alegria, esperança
e colaboração junto aos amigos, vizinhos, companheiros de trabalho,
envolvendo-se na ação social efetiva que ajuda os mais pobres, os mendigos, os
sem-teto, as crianças e idosos negligenciados, as pessoas sem esperança, as
“periferias existenciais”. É importante falar, mas é preciso ser.
Nessa perspectiva do amor mais concreto e menos teórico ou ideológico, o
papa voltou a enfatizar a fundamental importância de se destacar “a beleza do
matrimônio”, caracterizado pela “complementaridade entre homem e mulher, que é
a coroação da criação de Deus e que sofre hoje o desafio da ideologia de
gênero.As diferenças entre os homens e as mulheres não são para contrapor ou
subordinar, e sim para permitir a comunhão e a geração, à imagem e semelhança
de Deus. Sem a entrega recíproca, nenhum dos dois pode compreender-se com
profundidade”, arrematou o papa, diante das crescentes e intolerantes
tentativas laicistas de considerar quaisquer formas de união romântica ou
sexual entre pessoas como equivalentes ao compromisso perpétuo e amoroso do
matrimônio natural, que é aberto naturalmente à vida e à criação conjunta e
harmônica dos filhos dentro das referências naturais ao masculino e ao
feminino.
Respeitando-se o
livre arbítrio e as escolhas pessoais de cada um, é preciso deixar claro que a
família natural é um fato único e específico, um tesouro a ser protegido.
Fonte: Aleteia
Postar um comentário
Todos os comentários publicados não significam a adesão às ideias nelas contidas por parte deste apostolado, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Conforme a lei o blog oferece o DIREITO DE RESPOSTA a quem se sentir ofendido(a), desde que a resposta não contenha palavrões e ofensas de cunho pessoal e generalizados. Os comentários serão analisados criteriosamente e poderão ser ignorados e ou, excluídos.