(Por: Flavio Morgenstern)
A revista
do “Senso
Incomum” número 4, que faz uma análise lingüística de como sobreviver
ao novo vocabulário político dos dias que correm. Palavras como machista, homofóbico, racista e, claro,
fascista são a tônica do discurso político atual. Na verdade, são palavras
rigorosamente acreditadas. Exigem crença (mais que razão), e são adoradas e cultuadas por seus
usuários!
De
fato, é possível mesmo traçar a visão e o voto de
alguém simplesmente pelo uso (ou não), de tais vocábulos! Exatamente por isso, o uso das palavras “machista, homofóbico, racista,
fascista”, que sempre são usadas em conjunto, precisa ser tratado como se lida
com uma religião, e não como um fenômeno descritivo, lógico ou mesmo político
como está sendo feito.
De fato, estas palavras são fetiches!
São adoradas
(ainda que como anátemas e pragas rogadas contra um inimigo)! São
consideradas as questões mais importantes do Universo desde o Big Bang.
Seu uso está mais próximo do gestual de uma pessoa religiosa ao fazer o sinal
da cruz (ou melhor, de uma supersticiosa ao usar um pé de coelho) do que de procurar entender o que é o tal “patriarcado” ou
“racismo estrutural”. E, claro,
são sempre acompanhadas de comportamentos igualmente repetidos com rito de
obediência, como dizer “vá estudar o feminismo”.
Fonte:https://sensoincomum.org/2018/12/03/revista-senso-incomum-4-machista-homofobico-racista-fascista/
Homofobia, machismo, racismo...Calma, se você for de esquerda, tudo bem!
Por
Luan Sperandio - Gazeta do Povo [17/04/2019]
Em
discussão nas redes sociais, o ex-candidato à presidência Fernando Haddad fez
uma polêmica provocação direcionada ao vereador do Rio de Janeiro Carlos
Bolsonaro. Em resposta a uma publicação crítica ao mandato de Jair Bolsonaro, o
filho do presidente afrontou Haddad ao dizer “Chora marmita”. Foi
respondido com um deboche indireto de Haddad a Carlos Bolsonaro, insinuando de
que o mesmo seria Gay.O Catraca Livre, veículo com viés
progressista, corretamente criticou o ex-prefeito de São Paulo: "Questionar se ‘o priminho tá bem’ fez
com que Haddad tentasse diminuir Carlos Bolsonaro na discussão, partindo da
premissa que ser gay é algo a ser ridicularizado...algo totalmente deplorável e desnecessário." Em
contraponto, o ex-parlamentar do PSOL Jean Wyllys, o primeiro a eleger-se a
partir da causa LGBT, saiu em defesa de Haddad:“Atacar
Haddad por ter sido irônico com um homofóbico hipócrita que vive de depreciar a
comunidade LGBT orgulhosa de si é falta de estratégia por parte da esquerda, e
hipocrisia por parte da extrema-direita.” O mesmo Jean Wyllys também, atacou em
2011 Clodovil Hernandes, ex-deputado homossexual, ao afirmar que:“O ex-apresentador teria “homofobia internalizada” por não
levantar as bandeiras da causa LGBT. Pelo fato de Clodovil ter sido contra
cotas raciais, políticas migratórias e legalização das drogas e do aborto, bem
como defendido privatizações e redução da maioridade penal — o exato oposto das
pautas da esquerda brasileira, Clodovil nesta ocasião não mereceu a guarida de
proteção da patrulha do politicamente correto. De
forma semelhante, em 2016, José de Abreu foi provocado verbalmente por um
advogado carioca, em um restaurante de São Paulo, devido a sua militância
política. Em resposta, o ator cuspiu nele e em sua esposa. A deputada federal
Maria do Rosário (PT-RS), militante pelos direitos das mulheres e ex-Ministra
dos Direitos Humanos, manifestou-se em favor do artista: “Julgam Zé de Abreu por uma reação imediata. Quem reage a
agressão não planeja como agir, quem agride, sim. Respeite e serás
respeitado", declarou Rosário. A mulher do
advogado, agredida gratuitamente, não obteve a defesa da parlamentar,
que milita pelos direitos das mulheres. Já em
2018, o ex-deputado federal Ciro Gomes chamou o vereador de São Paulo e
coordenador do MBL Fernando Holiday (DEM) de “capitãozinho do mato”, uma fala
que o tornou alvo de inquérito por crime de injúria racial pelo Ministério
Público de São Paulo. A expressão faz menção a um serviçal negro, pobre e
livre, encarregado da captura de escravos fugitivos e coadjuvante na manutenção
da escravatura. O mesmo movimento negro, que pediu boicote a Ciro Gomes quando
ele fazia oposição ao PT em 2002, dividiu-se. Para o historiador Jones Manoel,
por exemplo, Holiday faz parte de um movimento cuja postura política reforça o
racismo. “Ele é contra as cotas raciais: importante, ainda que limitada,
política pública de mitigação ao racismo. Nesse sentido, creio
que a crítica de Ciro Gomes é correta”. As entidades
representativas do movimento negro, por outro lado, sequer manifestaram-se
sobre o episódio. A questão que fica é: Que emancipação é essa que não permite alguém agir conforme
sua consciência? Ter a mesma cor não deveria significar ter a mesma inclinação
política e lutar pelas mesmas coisas para ter uma opinião respeitada. Afinal, o
desrespeito pela individualidade é uma faceta do racismo. Também
no ano de 2002, quando foi candidato a presidente, Ciro foi questionado durante
entrevista acerca da importância de sua mulher, a atriz Patrícia Pillar, na
campanha: O político respondeu que “o papel dela é o de dormir comigo”.
Contudo, parte do movimento feminista “Ele Não”, ocorrido durante as eleições
de 2018, repudiava com razão as declarações machistas de Jair Bolsonaro e
ignorava assertivas como as de Ciro Gomes. Assim,
a despeito da postura, sua candidatura foi endossada pela maioria das
feministas na corrida eleitoral de 2018, na medida em que o presidenciável
declarou que o comentário foi “o maior erro de sua vida” e, durante a campanha,
prometeu recriar a Secretaria das Mulheres e formar um governo 50% feminino. Não
obstante, um ano antes, ao comentar sobre a pré-candidatura da ex-senadora
Marina Silva, afirmou faltar “testosterona” à ambientalista. Sua
violência reiterada contra as minorias não foi suficiente para desincentivar o
apoio da esquerda politicamente correta a ele.Participando
da Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara dos Deputados, em 10 de
março deste ano, a ministra Damares Alves elogiou a beleza do deputado Túlio
Gadêlha (PDT-PE), em um momento descontraído e que arrancou risadas de
parlamentares. O deputado federal, mais conhecido por seu namoro com a
apresentadora Fátima Bernardes, respondeu ao elogio nas redes sociais: "Diga a ela
que pode tirar o Jesus da goiabeira que não vai rolar milagre, não", em
referência a uma fala na qual a Ministra afirmou ter visto Jesus Cristo em um
pé de goiaba, quando cogitou suicídio em virtude de abusos sofridos na sua
infância. O comentário poderia provocar
críticas tanto pela ofensa à crença religiosa de Damares quanto pelo machismo
inerente a ele, mas a Frente Parlamentar em Defesa das Mulheres se manteve em
silêncio sepulcral...(Poderíamos acrescentar Lula dizendo que em Pelotas só
tinha Gay, e convocando as mulheres de grelo duro para saírem em sua defesa).Também
não houve grandes manifestações de repúdio direcionadas ao
professor de filosofia Paulo Ghiraldelli quando ele desejou, em 2013, que a
jornalista Rachel Sheherazade fosse estuprada. A quantidade de
casos semelhantes é infindável, mas fica clara a percepção de que a esquerda
não é feminista, não é contra a homofobia, e tampouco defende os negros: ela apenas cria e vende narrativas a fim de se capitalizar
politicamente, alimentando o cabresto ideológico responsável por sua ocupação
de espaços e silenciamento de dissidentes. Tudo em nome de um
projeto de poder.
Para a indignação seletiva da esquerda não importa o que se fala, mas sim quem fala!
É o
duplipensar de George Orwell manifestado dia após dia, não de forma
institucionalizada pelo Estado, mas por grupos que almejam o poder!
A hipocrisia seletiva do politicamente correto!
Os
colunistas da Gazeta do Povo Guilherme Fiúza e Rodrigo Constantino têm opiniões
similares a respeito de a quem interessa o politicamente correto.
Rodrigo afirma:
“O politicamente
correto interessa a quem quer calar o
debate por falta de argumentos. É uma forma velada, ou nem mais tão velada
assim, de intimidar o oponente. Então se rotulam as supostas malignas
intenções — ele é racista, machista, homofóbico, xenófobo — para não ter de
rebater aquilo que se diz. Ataca-se o
mensageiro para não ser preciso responder à mensagem”
Já Fiúza critica o fato de que os agentes
defensores do politicamente correto buscam “monopolizar as virtudes”!
“O politicamente
correto já foi uma demagogia. Hoje é uma subdemagogia para vender altruísmo
pirata a R$ 1,99 — e rende milhões e milhões de dólares, porque ficou
baratíssimo ser egoísta legalizado. É um mercadão de grana, voto, notícia,
publicidade e poderes variados. O kit
bondade dá ao seu titular o monopólio da virtude contra o fascismo imaginário
(que pode ser projetado em qualquer mortal que não esteja trajando os adereços
oferecidos pelo kit de R$ 1,99).”
Constantino aponta ainda a hipocrisia do
politicamente correto, haja vista sua seletividade:
“Serve para calar e intimidar o
humor contra as supostas minorias: contra o homem cristão, branco e hétero,
pode meter o pau! O politicamente
correto passou a ser um dos principais
instrumentos nessa marcha das minorias oprimida, é a revolução das vítimas. E
não tem nada a ver com as minorias em si: o feminismo não quer saber da Thatcher, o movimento negro
não quer saber de Holiday”.
Embora
o Estados Unidos seja um país referência por sua proteção ao direito constitucional
à livre expressão, ele é dominado pelo discurso politicamente correto, o que
cerceia debates. Isso ficou explícito por um caso ocorrido recentemente com a
deputada democrata pelo Minnesota, Ilhan Omar. Ela minimizou a série de ataques
terroristas contra os Estados Unidos coordenados pela al-Qaeda em 11 de
setembro de 2001, que vitimou milhares de pessoas, dizendo que existe uma
suposta islamofobia generalizada porque “algumas pessoas [muçulmanas] fizeram
coisas”. As críticas direcionadas a Omar foram respondidas como sendo
“incitações à violência pelo fato dela ser uma mulher negra, progressista e
muçulmana”.
“Não se pode mais criticar o que foi dito. Ao dizer que se está incitando violência por criticar uma
declaração infeliz, você mata qualquer debate racional”, conclui
Constantino.
Em
entrevista à Gazeta do Povo, o humorista Danilo
Gentili afirmou que:
"o politicamente correto quer dizer que existe uma
corrente política querendo que você seja correto, mas segundo a vertente deles! As pessoas acabaram banalizando o termo: muita gente confunde o politicamente
correto com evitar gafes ou não ofender ninguém, mas não é disso que se trata.
O politicamente correto se trata de um controle político específico”. É como
se, para estar correto, fosse necessário seguir aqueles dogmas! Gentili conclui que "não existe ditadura oficial, mas
sim um organismo de intimidação muito grande, para que se crie uma espiral de
silêncio e as pessoas não falem certas coisas.”
“Teoria dos privilégios” (lei não para
todos, mas para poucos)
(o que é mais justo? Cotas SOCIAIS, ou raciais?)
A
norte-americana Peggy McIntosh fundamentou em artigo o que ficou conhecido como
a Teoria do Privilégio, segundo a qual este se dá em função de aspectos
socioeconômicos mais vantajosos e delimitados a partir do nascimento. A origem do termo privilégio denota a “lei para poucos”, isto
é, uma distinção que possui origem e chancela estatal. Para a
professora, no entanto, os privilegiados se beneficiam de vantagens individuais
não concedidas pelo Estado e que podem ou não ser aproveitadas: quem nasce
homem, branco, hétero e rico é naturalmente privilegiado em relação a mulheres,
negros, gays e pobres. Os primeiros não sofrem opressão, enquanto quem não
dispõe das mesmas características tende a ser vítima desta. Para o cientista político Bruno Garschagen, que tratou do
tema em sua obra “Direitos Máximos, Deveres Mínimos”, se trata de “um reforço à
caricatura que o marxismo faz entre ricos e pobres, entre opressores e
oprimidos”.
O
filósofo Joel Pinheiro da Fonseca vai além. Para ele, a aplicação que se faz,
no debate público, da teoria de McIntosh para analisar qualquer processo social
é muito pobre: “Cada uma dessas categorias se dá em um contexto
individualizado. Em determinada circunstância, uma
mulher negra pode ter poder e oprimir um homem branco, por exemplo. De
fato, em geral homens tendem a ter maior poder que mulheres, mas o importante é
a análise do caso concreto e de seu contexto, o que se perde ao tratar
indivíduos apenas com base em categorias e teorias abstratas”. A teoria
dos privilégios pavimentou o caminho para a “esquerda moderna” tomar para si o
discurso de proteção das minorias, e é a base para entender o
comportamento desta militância.
Fonte:https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/homofobia-machismo-racismo-se-voce-for-de-esquerda-tudo-bem/
QUANDO
PERGUNTAM: "COMO UM CRISTÃO PODE APOIAR BOLSONARO?" - ESTA FOTO
É A MELHOR RESPOSTA!
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