(Como funciona o "establishment" - O sistema)
João 15,16-20: “Não me escolhestes vós a mim,
mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso
fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo
conceda. Isto vos mando: Que vos ameis uns aos outros. Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do
que a vós, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era
seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é
que o mundo vos odeia. Lembrai-vos da
palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me
perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha
palavra, também guardarão a vossa.
É interessante notar que em um
documento dos primeiros séculos da igreja Cristã conhecido como “Carta
a Diogneto”, vemos neste documento que os primeiros Cristãos já viviam
assim, em uma sociedade paganizada e com costumes hostis e contrários aos
Cristãos. Um pagão culto, desejoso de conhecer melhor a nova religião que se
espalhava pelas províncias do império romano, impressionado pela maneira
como os cristãos desprezavam o mundo, a morte e os deuses pagãos, pelo
amor com que se amavam, queria saber:
"Que Deus era aquele em quem confiavam e que gênero de culto
lhe prestavam; de onde vinha aquela raça nova e por que razões aparecera
na história tão tarde ?..."
Foi para responder a estas e outras questões de igual importância que
nasceu esta jóia da literatura cristã primitiva, o escrito que conhecemos
como Epístola
a Diogneto. O texto se revela, simultaneamente, como crítica do paganismo e do
judaísmo e defesa da superioridade do cristianismo. Sobre
este documento, infelizmente, não se sabe muita coisa. Elementos
importantes que ajudam a determinar e caracterizar uma obra, tais como
autor, data e local de composição, bem como o destinatário, ficam na sombra. De
qualquer maneira trata-se de um documento de primeira grandeza sobre a
vida cristã primitiva que merece ser colocado entre as obras mais brilhantes da
literatura cristã. De acordo com os últimos estudos o destinatário mais provável seria o imperador
Adriano, que exercia a função de arconte em Atenas desde 112 d.C:
“...Os
cristãos, de fato, não se distinguem dos outros homens, nem por sua terra, nem
por sua língua ou costumes. Com efeito, não moram em cidades
próprias, nem falam língua estranha, nem têm algum modo especial de
viver. Sua
doutrina não foi inventada por eles, graças ao talento e a especulação de homens
curiosos, nem professam, como outros, algum ensinamento humano. Pelo
contrário, vivendo em casa gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um,
e adaptando-se aos costumes do lugar quanto à roupa, ao alimento e ao
resto, testemunham um modo de vida admirável e, sem dúvida, paradoxal. Vivem na sua
pátria, mas como forasteiros; participam de tudo como cristãos e suportam tudo
como estrangeiros. Toda pátria estrangeira é pátria deles, a cada pátria é
estrangeira. Casam-se como todos e geram filhos, mas não abandonam os
recém-nascidos. Põe a mesa em comum, mas não o leito; estão na carne, mas
não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm sua cidadania no céu;
obedecem as leis estabelecidas, mas com sua vida ultrapassam as leis; amam
a todos e são perseguidos por todos; são desconhecidos e, apesar disso,
condenados; são mortos e, deste modo, lhes é dada a vida; são pobres e
enriquecem a muitos; carecem de tudo e tem abundância de tudo; são desprezados
e, no desprezo, tornam-se glorificados; são amaldiçoados e, depois,
proclamados justos; são injuriados, e bendizem; são maltratados, e honram;
fazem o bem, e são punidos como malfeitores; são condenados, e se alegram
como se recebessem a vida. Pelos judeus são combatidos como estrangeiros, pelos gregos
são perseguidos, a aqueles que os odeiam não saberiam dizer o motivo do ódio. Em poucas palavras, assim como a alma está no corpo,
assim estão os cristãos no mundo. A alma está espalhada por todas as
partes do corpo, e os cristãos estão em todas as partes do mundo. A alma habita
no corpo, mas não procede do corpo; os cristãos habitam no mundo, mas não são
do mundo. A alma invisível está contida num corpo visível; os cristãos são
vistos no mundo, mas sua religião é invisível...”
Não tenho partido político, e não
pretendo filiar-me a nenhum. Eu e mais de 90% da população brasileira, de
acordo com o levantamento mais recente do TSE. Ora, nove em cada dez
brasileiros, portanto, estariam excluídos do processo político? Vale lembrar
o capítulo IV (dos direitos políticos) e o artigo 14º da Constituição da
República Federativa do Brasil: o seu parágrafo 1º explica quem pode votar, enquanto seu
parágrafo 3º lista as condições para quem deseja ser votado, sendo uma delas
a filiação a partidos (um entre os 32 que existem até o momento). Eu lamento isso profundamente.
93% dos países existentes permitem a possibilidade de candidaturas
independentes, ou seja, sem que o cidadão tenha de fazer parte necessariamente
de uma partido. E, para além disso
tudo, vale perguntar: a política acontece apenas durante as eleições e se
limita nisso? A resposta é não.
“O pior analfabeto é o
analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos
políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da
farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O
analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que
odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a
prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político
vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”
(Eugen Berthold Friedrich Brecht).
As eleições
2014: Desconheço um processo eleitoral que tenha mexido tanto com as pessoas. Todo mundo tinha um lado. E
o resultado, bem, o resultado todo mundo conhece. Quando outubro passou e
novembro chegou, muita gente ficou com uma vontade de não parar de agir, como
um processo contínuo.Ou seja, as eleições
despertaram em muitos o interesse de tomar parte na política. Só
que a maior parte delas nunca tinha feito isso. Ainda, a quase totalidade delas
não queria nem pensar em se filiar numa das 32 legendas que existem no
país. Visivelmente há muita coisa ainda a se
fazer, mas como?Em muitos locais do país, vários cidadãos diferentes começaram
a conversar. A política é, sobretudo argumentativa. O diálogo
começou a reunir pessoas e elas tomaram a decisão de constituir associações.
A mesma constituição supracitada, no
seu artigo 5º, prevê, nos incisos XVII a XXI, que os cidadãos podem se associar
para fins lícitos.
Há muita gente se unindo fora dos
partidos no Brasil. Só os próprios partidos não percebem isso. Manuel Castells
já avisava a respeito ainda na década de noventa. A
internet permite que a velha fórmula que une pessoas e ideias ocorra de maneira
mais fluida. O time de participantes desejava sobretudo pensar o
Brasil! A efervescência política vai e vem, mas boas ideias precisam ser
colocadas em prática para que brasileiros e brasileiras participem da
construção de um futuro positivo e coletivo.
Cidadania se aprende como?
Quando a gente aprende a ler e a
escrever, tudo começa segundo o método Fônico, por partes. Da mesma forma é o
sentido e exercício da Cidadania. Ou você explica de modos diversos como
conectar instrumentos que fazem sentido juntos, ou você não sai do lugar. A alfabetização cidadã que promova a
participação das pessoas na construção política é certamente o principal objetivo
dessas novas associações. Por fim, um ação brasileira de cidadania tem
qual finalidade?A gente vive presenciando a disputa na
política. Há quem pense assim, há quem pense assado. Alguns acham algo mais
naquela direção, outras acham algo mais na outra.
Todavia, há uma disputa onde um lado
está completamente correto e o outro lado está completamente errado: DEMOCRACIA
X AUTOCRACIA. Você não sabe a diferença?
Com conhecimento e pesquisa você
vai descobrir. Pela democracia, vale agir. É justamente numa ação brasileira de
cidadania pela democracia que muitas pessoas pretendem colaborar. Vemos que a política é feita em
grande parte de argumentos ideológicos, certo? Também é feita da capacidade de
escutar. Num ambiente democrático isso é muito importante. Numa
rede de gente e pensamentos diferentes, queremos desenvolver projetos que some
tudo isso sem que um anule o outro.
O que vem a ser o projeto “CIDADANIA
SEM PARTIDO POLÍTICO DE LEGENDA” ?
Vai depender muito do entusiasmo
dos seus integrantes (que esperamos serem diversos em tipo e pensamento) e das
oportunidades que vão aparecer. Querem um exemplo: no Brasil, as pessoas vivem
tendo ideias,é verdade. Nosso povo é muito criativo. A coisa aperta quando é para
colocá-las em prática. Pensamos que nele, as pessoas poderão depositar suas
sementes e a associação vai ajudá-las a germinar nas condições adequadas. Se
você identifica um problema na sociedade e achar que sabe como resolvê-lo, nós
queremos lhe ajudar.
Querem
outro exemplo: no Brasil, muita gente palpita no que acontece do outro lado do
país e não atua para resolver uma questão na própria rua. Interagir com seus semelhantes e pensar
globalmente atuando localmente será outro projeto: a República dos 10
Quarteirões.
A final de contas, um plano
nacional de educação pode surgir reunindo os vizinhos do bairro para recuperar
uma escola. Há todo uma nação concentrada no limite de dez blocos de um bairro.
Podem acreditar.
Tem que haver uma triagem:
-Aquele que deseja pensar, mas também agir
coletivamente e democraticamente.
-Aquele que deseja pensar o Brasil sem
ideologias de escritório prontas.
-Aquele que deseja ser um cidadão antes de ser um militante.
-Aquele que deseja atuar pela democracia contra a autocracia.
Se
você se identifica e conhece alguém assim, pode inscrever-se e nos apresentar.A rede se expande dessa forma. Ainda,
você pode ter uma ideia que vale a pena. Se
você tem uma ideia valiosa e quer levar ela adiante, pode ser que a CIDADANIA
SEM PARTIDO seja o seu lugar. Você tem que abrir bem os olhos e passar
enxergar a política e o local onde você se encontra de maneira diferente. Você
precisa prestar atenção e notar os problemas. Não se trata de correr atrás de
cargos, remunerações e funções. Não !!!. Queremos
pessoas interessadas em solucionar problemas, não gente que crie problemas. Você
pode espalhar a novidade. Você não precisa ter um veículo de comunicação
para ajudar (embora se tiver também é bem vindo) uma vez que pode divulgar pelo
seu perfil nas redes sociais mesmo. Você precisa encarar o Brasil como uma
oportunidade para o mundo, e não um laboratório de IDEOLOGIAS FRACASSADAS. Pode
ser que tenhamos um crise a driblar, mas quem deseja apostar no pior já tem
milhares de outras iniciativas para se associar.
“O objeto principal da
política é criar a amizade entre membros da cidade” - (Aristóteles).
Na CIDADANIA SEM PARTIDO, o
interesse rasteiro por trocar seis por meia dúzia não tem vez. Se existe uma porção de gente querendo
apenas criticar, o projeto CIDADANIA SEM PARTIDO existe para sugerir quais mudanças devem acontecer.
Estamos a disposição da política, nunca a reboque dela e nem dos ditadores
autocratas e salvadores da Pátria. Aqui não queremos apenas uma estrela a
brilhar, mas o intenso brilho de toda uma constelação.
“Nem um homem e nem uma
nação podem existir sem uma ideia sublime” – ( Fiódor
Dostoiévski)
Eliminar e ou, discernir aquilo que é mal para nossa vida
tornou-se algo essencial (Heb 5,14), visto que nosso lar está equipado com toda
a tecnologia para trazer o que o Senhor condenou em Sodoma e Gomorra para
dentro de nossa própria sala de estar se não estivermos vigilantes. Não podemos evitar o mundo. Enclausurarmo-nos não é a saída.
Em sentido positivo, nossa contribuição para o
mundo é parte de nosso desafio e é primordial se quisermos desenvolver nossos
talentos. Um dos desafios mais difíceis da nossa
vida é estar no mundo sem ser do mundo (João 15,19). A doutrina do
evangelho esclarece que devemos viver neste mundo para alcançar nosso destino
eterno. Para isso, como os anjos, precisamos ser provados e considerados dignos
de um reino maior e eterno. Na nossa vida pessoal, devemos evitar a
abominável busca das coisas temporais da mortalidade, os destrutivos modismos
comportamentais e as limitadas
ideologias humanas existentes no mundo. Um comentário depreciativo feito
ocasionalmente sobre os membros da Igreja é que: “Eles são
como as ovelhas, esperando que seus líderes lhes digam o que fazer. Por que não
podem pensar por si mesmos”? Embora
esse comentário possa parecer plausível à primeira, mas para ter esse
discernimento é preciso estudar, de maneira ponderada e fervorosa, as doutrinas
e princípios contidos nas escrituras e nos conselhos dos profetas vivos e
comparar com o tripé da Igreja: Tradição, Palavra e Magistério, para dai vir a
confirmação ou negação de tais ensinos e novidades. Não precisamos reinventar a
roda e cometer todos os erros possíveis para sabermos o que é certo e o
que é errado. Podemos nos beneficiar-se das experiências de vida de todas as
gerações que nos precederam e das instruções de nosso Pai no Céu e de Seus fieis servos. É
inevitável que façamos escolhas. Se conhecermos os princípios do tripé da
Igreja, poderemos tomar decisões sábias. Se nossa vida for pura, reta, e bem
intencionada, o Espírito Santo nos guiará. Então seremos capazes de,
simbolicamente, armar nossas tendas como Abraão e Lot, e estaremos no mundo sem
ser do mundo.
ATENÇÃO!!! Nosso ponto de encontro será neste
link abaixo (Curta, e já deixe lá seus comentários e ideias):
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