Um
dia disseram que as relações sociais seriam substituídas pelas relações
virtuais. Infelizmente, vejo que isso já aconteceu.Quem acha que o reality show
está na Globo, ainda não adentrou o mundo dos aplicativos de imagem. Fotos
excessivas, ostentativas, tantas vezes impudicas. Os “stories” em tempo real,
mostrando não só a intimidade, mas também o vício em que essa teia nos agarra.
Os
momentos não são mais vividos, mas sim, revelados. Mais importante a foto do
que a memória. E a mente começa a escrever seus textos imaginários levada pela
verborragia que procura derramar sua superficialidade em busca de curtidas. Uma
ansiedade para saber o que está acontecendo neste mundo virtual, um sentimento
de competição. Horas dedicadas a um mundo que não existe, à custa de um mundo
que existe e precisa de nós.
Caminho
natural para uma sociedade vazia de significado, de sentido e de valor é justamente
este de tornar-se despudorada. Interiores tão vazios que precisam
constantemente de novidades para mostrarem-se mais e mais.
As
surpresas de aniversário, os presentes entre os casados, os momentos com os
filhos, tudo o que é íntimo dado de bandeja à qualquer um que dificilmente dará
valor.É importante reafirmar uma verdade esquecida: a vida acontece longe das
telas. No mundo criado por Deus, na monotonia cotidiana que desliza em segredo
aos olhos Daquele que tudo vê. As ocupações simples, o dever de estado, as
miudezas, detalhes e delicadezas do dia a dia que tecem o fio dourado desta
vida pertencem à esse jardim fechado onde só o Senhor passeia.
As
redes sociais são ótimas para compartilharmos dicas, indicações, lojas, etc.
Mas as alegrias e tristezas, os acontecimentos da vida, deixemos para aqueles
que, verdadeiramente estão conosco. Segredos não se revelam. Lares se protegem.
Crianças se guardam.Porque tudo isto é o nosso tesouro e ninguém em sã
consciência distribui pérolas aos porcos.
(Via:
Lírio entre Espinhos)
Apostolado
Berakash
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