“A verdade vos libertará - João
8,32
Por *Linda Kimball
Os americanos subscrevem
atualmente a duas más-concepções; a primeira é a ideia de que o comunismo
deixou de ser uma ameaça quando a União Soviética implodiu; a segunda é a crença de que a Nova Esquerda dos anos
sessenta entrou em colapso e desapareceu também. “Os Anos Sessenta Estão
Mortos,” escreveu George Will (“Slamming the Doors,” Newsweek, Mar. 25, 1991). Uma vez que, como um movimento político, a Nova Esquerda não
tinha coesão, ela desmoronou-se; no entanto, seus revolucionários
reorganizaram-se e formaram uma multitude de grupos dedicados a um só tópico. É
devido a isto que hoje temos as feministas radicais, os extremistas dos
movimentos negros, os ativistas “pela paz”, os grupos dedicados aos “direitos”
dos animais, os ambientalistas radicais, e os ativistas homossexuais. Todos
estes grupos perseguem a sua parte da agenda radical através duma complexa rede
de organizações tais como a “Gay Straight Lesbian Educators Network” (GSLEN), a
“American Civil Liberties Union” (ACLU), “People for the American Way”, “United
for Peace and Justice”, “Planned Parenthood”, “Sexuality Information and
Education Council of the United States” (SIECUS), e a “Code Pink for Peace”.Tanto o comunismo como a Nova Esquerda encontram-se vivos e
de boa saúde aqui na América, preferindo usar palavras de código tais como:
tolerância, justiça social, justiça econômica, paz, direitos reprodutivos,
educação sexual e sexo seguro, escolas seguras, inclusão, diversidade e
sensibilidade. Tudo junto, isto é marxismo cultural mascarado de multiculturalismo.
O
nascimento do multiculturalismo
Antecipando a tempestade
revolucionária que iria batizar o mundo num inferno de terror vermelho, levando
ao nascimento da terra prometida de justiça social e igualdade proletária, Frederich
Engels escreveu:
“Todas as grandes e pequenas
nacionalidades estão destinadas a desaparecer na tempestade revolucionária
mundial. Uma guerra global limpará todas as nações, até os seus nomes. A próxima guerra
mundial resultará no desaparecimento da face da Terra não só das classes
reacionárias mas também, dos povos reaccionários.” (“The Magyar Struggle”, Neue
Rheinische Zeitung, Jan. 13, 1849)
Quando a Primeira Grande Guerra
terminou, os socialistas perceberam que algo não havia
corrido bem, uma vez que os proletários do mundo não haviam prestado atenção ao
apelo de Marx de se insurgirem em oposição ao capitalismo como forma de
abraçarem, no seu lugar, o comunismo. Devido a isto, estes mesmos
socialistas começaram a investigar o que havia corrido mal. Separadamente, dois teóricos marxistas, Antonio Gramsci
(Itália) e Georg Lukacs (Hungria), concluíram que o Ocidente cristianizado era
o obstáculo que impedia a chegada da nova ordem mundial comunista. Devido
a isto, eles concluíram que, antes da revolução ter sucesso, o Ocidente teria
que ser conquistado. Gramsci alegou que, uma vez que o
Cristianismo já dominava o Ocidente há mais de 2 mil anos, não só esta
ideologia estava fundida com a civilização ocidental, como ela havia corrompido
a classe operária.Devido a isso, afirmou Gramsci, o Ocidente teria que
ser previamente descristianizado através duma “longa marcha através da
cultura”.
Adicionalmente, uma nova classe
proletária teria que ser criada. No seu livro “Cadernos
do Cárcere,” Gramsci sugeriu que o novo proletariado fosse composto por
criminosos, mulheres, e minorias raciais. Segundo Gramsci, a nova frente
de batalha deveria ser a cultura, começando pela família tradicional e
absorvendo por completo as igrejas, as escolas, a grande mídia, o
entretenimento, as organizações civis, a literatura, a ciência e a história.
Todas estas instituições teriam de ser transformadas radicalmente e a ordem
social e cultural teria que ser gradualmente subvertida de modo a colocar o
novo proletariado no topo.
O
protótipo
Em 1919, Georg Lukacs tornou-se
vice-comissário para a Cultura do regime bolschevique de curta duração de Bela
Kun, na Hungria. Imediatamente ele colocou em marcha
planos para descristianizar a Hungria, raciocinando que, se a ética sexual
cristã pudesse ser fragilizada junto à crianças, então o odiado patriarcado bem
como a Igreja sofreriam um duro golpe. Lukacs instalou um programa de
educação sexual radical e palestras sexuais foram organizadas; foi distribuída
literatura contendo imagens que instruíam graficamente os jovens a enveredar
pelo “amor livre” (promiscuidade) e pela intimidade sexual (ao mesmo tempo que a mesma literatura os encorajava a
ridicularizar e a rejeitar a ética moral cristã, a monogamia e a autoridade da
igreja). Tudo isso foi acompanhado por um reinado de terror cultural
perpetrado contra os pais, sacerdotes e dissidentes. Os
jovens da Hungria, havendo sido alimentados com uma dieta constante de
neutralidade de valores (ateísmo) e uma educação sexual radical, ao mesmo tempo
que eram encorajados a revoltarem-se contra toda a autoridade, facilmente se
transformaram em delinquentes que variavam de intimidadores e ladrões menores,
para predadores sexuais, assassinos e sociopatas. A prescrição de
Gramsci e os planos de Lukacs foram os precursores do que o marxismo cultural,
mascarado de SIECUS, GSLEN, e a ACLU – agindo como executores da lei
judicialmente aprovados – mais tarde trouxe às escolas americanas.
Construindo
uma base
No ano de 1923 foi fundada na Alemanha de Weimar a Escola de Frankfurt – um
grupo de reflexão marxista. Entre os fundadores encontravam-se Georg Lukacs,
Herbert Marcuse, e Theodor Adorno. A escola era um esforço multidisciplinar que
incluia sociólogos, sexólogos e psicólogos. O objetivo primário da
Escola de Frankfurt era o de traduzir o marxismo econômico para termos
culturais. A escola disponibilizaria as ideias sobre as quais se fundamentaria
uma nova teoria política de revolução (com base na cultura), aproveitando um
novo grupo “oprimido” para o lugar do proletariado infiel. Esmagando a religião
e a moralidade, a escola construiria também um eleitorado junto aos acadêmicos
que construiriam carreiras profissionais estudando e escrevendo sobre a nova
opressão.Mais para o final, Herbert Marcuse – que
favorecia a perversão polimorfa – expandiu o número do novo proletariado de
Gramsci de modo a que se incluíssem os homossexuais, as lésbicas e os
transsexuais. A isto juntou-se a educação sexual radical de Lukacs e as
tácticas de terrorismo cultural. A “longa marcha” de Gramsci foi também
adicionada à mistura, sendo ela casada à psicanálise freudiana e às técnicas de
condicionamento psicológico. O produto final foi o marxismo cultural,
hoje em dia conhecido no Ocidente como multiculturalismo.
Apesar disto tudo, era
necessário mais poder de fogo intelectual, uma teoria que patologizasse o que
teria que ser destruído. Nos anos 50 a Escola de Frankfurt expandiu o marxismo
cultural de modo a incluir a ideia da “Personalidade Autoritária” de Theodor
Adorno. O conceito tem como premissa a noção de que o
Cristianismo, o capitalismo e a família tradicional geram um tipo de caráter
inclinado ao racismo e ao fascismo. Logo, qualquer pessoa que defenda os
valores morais tradicionais da América, bem como as suas instituições, é ao
mesmo tempo um racista e um fascista! O conceito da
“Personalidade Autoritária” defende também que as crianças criadas segundo os
valores tradicionais dos pais irão tornar invariavelmente racistas e fascistas.
Como conseqüência, se o fascismo e o racismo fazem parte da cultura tradicional
da América, então qualquer pessoa educada segundo os conceitos de Deus,
família, patriotismo, direito ao porte de armas ou mercados livres precisa de
ajuda psicológica.A influência perniciosa da ideia da “Personalidade
Autoritária” de Adorno pode ser claramente vista no tipo de pesquisas que
recebem financiamento através dos impostos dos contribuintes. Em agosto de 2003, a “National Institute of Mental
Health” (NIMH) e a “National Science Foundation” (NSF) anunciaram os resultados
do seu estudo financiado com 1.2 milhões de dólares, dinheiro dos
contribuintes. Essencialmente, esse estudo declarou que
os tradicionalistas são mentalmente perturbados. Estudiosos das Universidades
de Maryland, Califórnia (Berkeley), e Stanford haviam determinado que os
conservadores sociais… sofrem de “rigidez mental”, “dogmatismo”, e ”aversão à incerteza”, tudo com indicadores
associados à doença mental. (http://www.edwatch.org/ – ‘Social and Emotional
Learning” Jan. 26, 2005). O elenco orwelliano de patologias demonstra o
quão longe a longa marcha de Gramsci já nos levou.
A
introdução do politicamente correto
[Nota de FMB: Ver também o documentário “A história do politicamente correto“.] Uma ideia correspondente e diabolicamente construída é o conceito do “politicamente correto”. A sugestão forte aqui é que, para que uma pessoa não seja considerada “racista” e/ou “fascista”, não só essa pessoa deve suspender o julgamento moral, como deve abraçar os “novos” absolutos morais: diversidade, escolha, sensibilidade, orientação sexual, e a tolerância. O “politicamente correto” é um maquiavélico engenho de “comando e controle” e o seu propósito é a imposição de uma uniformidade de pensamento, discurso e comportamento. A Teoria Crítica é outro engenho psicológico de “comando e controle”. Tal como declarado por Daniel J. Flynn, “a Teoria Crítica, tal como o nome indica, só critica. O que a desconstrução faz à literatura, a Teoria Crítica faz às sociedades.” (Intellectual Morons, p. 15-16). A Teoria Crítica é um permanente e brutal ataque, através da crítica viciosa, aos cristãos, ao Natal, aos Escoteiros, aos Dez Mandamentos, às nossas forças militares, e a todos os outros aspectos da sociedade e cultura americana. Tanto o “politicamente correto” como a Teoria Crítica são, na sua essência, intimidações psicológicas.
Ambas são maços
de calceteiros psico-políticos através dos quais os discípulos da Escola de
Frankfurt – tais como a ACLU – estão a forçar os americanos a se submeterem e a
obedecerem os desejos e os planos da esquerda. Estes
engenhos desonestos não são mais do que versões psicológicas das táticas de
“terrorismo cultural” de Georg Lukacs e Laventi Beria. Nas palavras de
Beria:
“A obediência é o resultado do
uso da força . A força é a antítese das ações humanizantes. Na mente humana
isto é tão sinônimo com a selvageria, ilegalidade, brutalidade e barbarismo,
que é apenas necessário exibir uma atitude desumana em relação às pessoas para
receber dessas pessoas as posses de força.” (The Russian Manual on
Psychopolitics: Obedience, por Laventi Beria, chefe da Polícia Secreta
Soviética e braço direito de Stalin.)
Pessoas com pensamento
contraditório, pessoas que se encontram “sentadas em cima do muro”, também
conhecidos como “moderados”, centristas e RINOs (ed: RINO = Republicans In Name
Only, isto é, falsos republicanos), carregam consigo a marca destas técnicas
psicológicas de “obediência”. De uma forma ou outra,
estas pessoas – que em casos literais se encontram com medo de serem vítimas
dos agentes de imposição de obediência – decidiram ficar em cima do muro sob
pena de serem considerados culpados de terem uma opinião.Ao mínimo sinal
de desagrado dos agentes de imposição de obediência (isto é, polícias do
pensamento), estas pessoas içam logo a bandeira amarela de rendição onde está
escrito de forma bem visível:“Eu não acredito em nada e eu tolero tudo!”
Determinismo
cultural
A cavilha da roda [inglês:
“linchpin”] do marxismo cultural é o determinismo cultural, parente da política
de identidade e da solidariedade de grupo. Por sua vez,
o determinismo cultural foi gerado pela ideia darwiniana de que o homem não é
mais que um animal sem alma e que, portanto, a sua identidade – a sua pele, as
suas preferências sexuais e/ou as suas preferências eróticas – é determinada
pelo exemplo. Esta proposição
rejeita o conceito do espírito humano, da individualidade, do livre arbítrio e
de uma consciência moralmente informada (associada à culpabilidade pessoal e à
responsabilidade) uma vez que ela nega a existência do Deus da Bíblia. Conseqüentemente,
e por extensão, ela rejeita também os primeiros princípios da liberdade
americana enumeradas na Declaração de Independência. Estes são os nossos
“direitos inalienáveis, entre os quais encontram-se a vida, a liberdade e a
busca pela felicidade.” O marxismo cultural deve rejeitar todos estes
princípios porque eles “foram doados pelo nosso Criador” que fez o homem à Sua
Imagem.Para David Horowitz, o determinismo cultural é:
“Política de identidade – a
política do feminismo radical, da revolução queer e do afro-centrismo – que
formam a base do multiculturalismo acadêmico; uma forma de fascismo acadêmico e
de fascismo político também.” (Mussolini and Neo-Fascist Tribalism: Up from
Multiculturalism, by David Horowitz, Jan. 1998)
É
dito que a coragem é a primeira das virtudes porque sem ela, o medo paralisará
o homem, impedindo-o assim de agir segundo as suas convicções morais e de falar
a verdade!
Assim, trazer um estado geral
de medo paralisante, apatia e submissão – as correntes da tirania – é o propósito
por trás do terrorismo cultural psico-político, uma vez que a agenda
revolucionária da esquerda comunista deve, a qualquer preço, estar envolta em
secretismo.
O
antídoto para o terrorismo cultural é a coragem e a luz da verdade!
Se nós queremos vencer esta
guerra cultural, reclamando e reconstruindo nosso país para que os nossos
filhos e os filhos dos nossos filhos possam viver numa “Cidade Resplandescente
situada na Colina”, onde a liberdade, as famílias, as oportunidades, o mercado
livre e a decência florescem, temos que reunir a
coragem de modo a que possamos, sem medo,expor a agenda revolucionária da
esquerda comunista à Luz da Verdade. A verdade e a coragem de declará-la
nos libertará.
*Linda
Kimball - É autora de diversos artigos e ensaios sobre cultura e política.
Publicado
originalmente no American Thinker – (http://www.americanthinker.com).Tradução
do Blog O Marxismo Cultural [acima revisada e grifada por Felipe Moura Brasil],
publicada no site Mídia Sem Máscara
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