VATICANO (ANSA) – O
papa Francisco afirmou nesta quarta-feira (25/11/20) que:
“A Igreja Católica não poder ser considerada um mercado, um grupo de
empresário ou um partido político, porque é apenas “a obra do Espírito
Santo”.
A declaração foi dada
durante a tradicional audiência geral celebrada sem público na biblioteca do
Palácio Apostólico, por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
“Às vezes sinto uma grande tristeza quando vejo alguma comunidade que,
com boa vontade, segue o caminho errado, porque pensa de fazer a Igreja uma
reunião como se fosse um partido político”, afirmou.
O Pontífice dedicou a
catequese às orações e explicou que existem quatro coordenadas essenciais para
que a Igreja não se torne algo sem fundamento:
1)-Escutar os
ensinamentos dos apóstolos.
2)-Cuidar da comunhão
mútua.
3)-Compartilhar o pão.
4)-Compartilhar a
oração.
“A Igreja torna-se uma sociedade humana, um partido político, as
mudanças são feitas como se fosse uma empresa, mas não há o Espírito Santo”,
afirmou o argentino.
Segundo Jorge
Bergoglio, para avaliar uma situação eclesial ou não, é preciso questionar
sobre como se desenvolve a vida nessas características:
-Pregação
-Vida comunitária
-Oração
-Eucaristia.
“O que não está dentro dessas coordenadas carece
da virtude do ser eclesial. É como uma casa construída em cima de
areia”, enfatizou.
O Pontífice ainda citou uma frase do papa emérito Bento
XVI e sinalizou que:
“A Igreja não cresce por proselitismo. A Igreja não cresce fazendo
proselitismo, cresce por atração. Se falta o Espírito Santo, que é o que atrai
Jesus, ali não há Igreja. Há um lindo clube de amigos, bom, com boas intenções,
mas não há Igreja”.
Por fim, Francisco
disse que:
“É Deus quem faz a Igreja, e é a palavra Dele que faz os nossos esforços
terem sentido. É na humildade que se constrói o futuro do mundo”.
Fonte: ANSA
“O proselitismo é a caricatura da
evangelização”, diz Francisco aos padres
(Por: André - 15 Junho 2015 - IHU.UNISINOS)
“Não façam proselitismo. O proselitismo é a caricatura da
evangelização”.
O Papa Francisco
mostrou-se contundente na tarde do dia 12 de junho de 2015, durante um encontro com sacerdotes de todo o mundo.
Ele respondeu a todas as perguntas que lhe foram feitas em castelhano,
improvisando. Desde a situação da África à pobreza, passando por futuros
acordos com outras confissões cristãs, como uma data fixa para a celebração da
Páscoa, ou a possibilidade de que a viagem à África inclua uma ida ao Quênia.
A reportagem é de Jesús Bastante e publicada por Religión
Digital, 12-06-2015. A tradução é de André Langer:
“A Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração, como disse Bento
XVI”, destacou o Papa, que disse que esta atração deve
dar-se com a linguagem dos gestos, e que provoquem a curiosidade. Como
já assinalara na JMJ do Brasil, Bergoglio assinalou que são duas as colunas
sobre as quais se apóia o cristianismo: as Bem-aventuranças e Mateus 25, que é
o protocolo em base ao qual seremos julgados”.
“Devemos atender as pessoas que não podem
sobreviver, doentes, nesta cultura do descarte, onde quem não produz não tem
utilidade. A armadilha na qual podemos cair, e não devemos cair, é da
pregação moralista, advertiu o Papa, que pediu homens e mulheres que gastam
suas vidas servindo outros que o mundo descarta”.
Proximidade, e adeus à teologia do “não”.
“Não há outro caminho. Não condenar ninguém; se
seu inimigo lhe faz mal, devolve-lhe o bem. Se encontra alguém jogado pelo
caminho da vida, comporte-se como o bom samaritano: cumprir as bem-aventuranças
e deixar que o Espírito Santo faça o resto”, proclamou Francisco, que
animou a “dar testemunho”, dando como exemplo a Charles de Foucauld.
“Tantos cristãos, leigos, que vivem as Bem-aventuranças, o que Jesus
ensinou, o Evangelho. E o Evangelho, literalmente. Mas
nunca o proselitismo, por favor, nunca”, disse o Papa ao responder a uma
pergunta, destacando a necessidade de semear esperança e lutar “contra o
problema da injustiça social”, na América Latina e no mundo.
“Há muita miséria, mas isso não é nenhuma novidade”, destacou Francisco,
que animou para “ser homens que se movem, a estar junto
dos que mais sofrem, mas sem desprezar a ninguém”, pois “a ideologia despreza,
ela lhe arma a luta de classes, e isso não é Evangelho. Se há uma luta
de classes no Evangelho, é a que existe entre a misericórdia que Jesus prega e
a rigidez dos Doutores da Lei”, ressaltou o Papa. Em
seguida disse que “Jesus não fez parte de nenhum dos partidos políticos: nem
dos fariseus, nem dos saduceus, nem dos essênios nem dos zelotes. Dedicou-se
a anunciar o Evangelho, a estar com os pobres”.
“Coloquem-se a caminho, anunciem, gratuitamente”, acrescentou Bergoglio.
“Nosso povo fiel perdoa um padre que dá uma resvalada
afetiva, que bebe um pouco além da conta... mas o povo fiel de Deus nunca vai
perdoá-lo se está apegado ao dinheiro ou se maltrata as pessoas. São
culpados”.
“A América Latina tem a possibilidade de ser uma Igreja pobre e para os
pobres, mas não esqueçam que o demônio se mete
no bolso”, alertou o Papa, assinalando a “vaidade e a soberba” como grandes
tentações.
Ao mesmo tempo, pediu
para não esquecer que “os pobres são a riqueza da Igreja. Se não estamos
convencidos de que os pobres são a riqueza da Igreja, os utilizaremos para
nossa ideologia”.Sobre o ecumenismo, o Papa destacou a magnífica relação com os
patriarcas ortodoxos, mesmo quando “há uma parte geopolítica que só com o
diálogo se pode solucionar. O caso concreto dos russos da Ucrânia. O problema
está resolvido nos papéis, o Tratado de Minsk foi assinado por todos, mas se
recusam a cumpri-lo”.Neste ponto, anunciou os diálogos para “chegar a uma data
fixa comum” para a Páscoa. “Sei lá, segunda semana de abril. A Igreja católica
está disposta a aceitar uma data comum”. Na linha dos anúncios, indicou que
junto com a África Central e a Uganda, há a possibilidade, “ainda não fechada”,
de visitar o Quênia, em novembro.
“É necessário que a Europa vá à África não para espoliar, mas para
investir e para que as pessoas não tenham que emigrar. O trabalho mais social é
dar trabalho”, concluiu o Pontífice.
Fonte: IHU.UNISINOS
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