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As motivações “político sociais” como causas segundas na morte sacrificial de Jesus no Plano de Salvação

Written By Beraká - o blog da família on segunda-feira, 29 de março de 2021 | 19:07

 

 


 



Nestes novos tempos em que cada um tem a sua verdade, onde os seminários ensinam de tudo, menos a verdade que realmente liberta, se tornou muito comum ouvirmos dos adeptos de certas linhas progressistas (tais como o biblista italiano Alberto Maggi, frade da Ordem dos Servos de Maria e seus adeptos), de que Jesus morreu porque confrontou o Templo, um sistema de dominação e exploração dos pobres. Diante deste cabedal já não mais Teológico, mas achológico, onde cada um se julga o dono exclusivo da verdade, somos obrigados a ver argumentações completamente "nonsense" que além de negarem os motivos proféticos da morte de Jesus por motivação religiosa, vão além com a seguinte argumentação imanente e reducionista (os grifos e destaques são nossos porém, as baboseiras achológicas estão no link logo após as afirmações espúrias abaixo):

 

 



“...Sendo assim, é inevitável que olhando para o crucifixo, com aquele corpo que foi torturado, ferido, riscado de correntes e coágulos de sangue expostos, aqueles pregos que perfuram a carne, aqueles espinhos presos na cabeça de Jesus, qualquer um se sinta culpado; o Filho de Deus acabou no patíbulo pelos nossos pecados! Corre-se o risco de sentimentos de culpa infiltrarem-se como um tóxico...” (Sacramento da confissão serve para que mesmo?).

 



“.... A morte de Jesus não se deve apenas a um problema teológico, mas econômico...” (nossa, quanto vale mesmo o sacrifício de Jesus?...Quem dá  mais?).

 



“...Jesus não morreu pelos nossos pecados, e muito menos por ser essa a vontade de Deus...” (esta sem sombra de dúvidas, merece ir para os anais oconcur da achologia).

 



“...O verdadeiro inimigo de Deus não é o pecado...mas o interesse, a conveniência e a cobiça, que tornam os homens completamente refratários à ação divina...” (ué, e isto não são pecados? e as consequências dele? trocaram seis por meia dúzia para dizer que é diferente?).

 



(https://www.brasildefato.com.br/2018/03/31/artigo-or-jesus-nao-morreu-pelos-nossos-pecados-e-sim-por-enfrentar-o-sistema/)

 



ENTENDENDO AS "CAUSAS SEGUNDAS" EM TOMÁS DE AQUINO








João 11,47-53: “Então, os chefes dos sacerdotes e os fariseus convocaram uma reunião do Sinédrio. E disseram: O que poderemos fazer? Pois esse homem realiza muitos sinais. Se o deixarmos seguir livre, todos acreditarão nele, e então virão os romanos e tomarão tanto o nosso lugar, como a nossa nação. Entretanto, um dentre eles, chamado Caifás, que naquele ano era o sumo sacerdote, disse a eles: Vós falais do que não compreendeis. Nem considerais que é do vosso interesse que morra um só homem pelo povo, e não pereça toda a nação. Por outro lado, ele não revelou isso de si mesmo, mas sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus morreria pela nação judaica. E não somente por aquela nação, mas também para congregar em um só povo os filhos de Deus que andam espalhados pelo mundo. Assim, daquele dia em diante, pactuaram em tirar a vida de Jesus...”



 



 

No rol dos acontecimentos antes e durante a vida, paixão e morte de Jesus não podemos deixar de lado aquilo que São Tomás de Aquino explicitou sobre as causas segundas no plano de Deus para se chegar a causa primeira:



A Providência designa a ação no mundo de uma vontade externa (não humana, transcendente), levando os eventos a um fim. Referida como providência divina é um termo teológico que se refere a um poder supremo regendo o mundo. Deus, por sua providência, governa e rege tudo o que recai sob algum movimento para um fim, movimento corporal ou movimento espiritual, afirma São Tomás de Aquino (Tomás de Aquino. Suma contra os Gentios, Livro III, Capítulo LXIV). Ele define o papel da providência como fornecer a cada criatura o que ela precisa para atingir seu fim e remover obstáculos que possam impedi-la de lá chegar. (Tomás de Aquino. Livro das Sentenças, Livro IV, Distinção XI, questão I, artigo 3 solução). A Providência abraça um duplo objeto, primeiro a ordem das coisas no pensamento divino e, em seguida, a realização dessa ordem por meios garantidos. É por providência que está prevista a conexão das coisas relativamente ao seu fim e que a execução desta ordem não é entravada, o que constitui o governo.(Thomas d'Aquin, Somme Théologique, Première Partie, Question XXII, article 3, réponse).



 


Para Boécio, uma das perguntas mais importantes para nós é a da Providência, tema amplamente abordado em seu A Consolação da Filosofia e contrastado com a Fortuna (Boécio - A Consolação da Filosofia, lib. IV, pros. VI, Opp.). Em Boécio, a providência, assimilável ao governo divino do mundo, é, portanto, a razão divina que ordena todas as coisas, enquanto o destino é a mesma ordem que regula em detalhes o desenrolar do plano divino no tempo:


 

“Esse encadeamento de coisas e eventos, considerado em sua fonte divina, é o que chamamos de Providência; mas se o considerarmos em seu objeto, isto é, nas coisas criadas, que recebem forma e movimento da Providência, é o que os antigos chamavam de Destino. À primeira vista, Providência e Destino parecem ser a mesma coisa, mas em lhes aprofundando, percebemos a diferença; pois a Providência é a própria inteligência soberana, que regula e dirige tudo; e Destino é o arranjo diferente das coisas criadas, pelo qual ela as põe em seu lugar. A Providência de fato abrange todas as coisas deste mundo ao mesmo tempo, por mais diferentes, por mais numerosas que sejam, e o destino está ligado a cada coisa em particular, e diversificado, por assim dizer, tanto quanto as coisas são. pelas diferentes combinações de movimento, modificações, tempos e lugares; de sorte que essa ordem de coisas e tempos reunidas nas ideias de Deus é o que deve ser chamado de Providência; e quando a consideramos dividida e distribuída sucessivamente às criaturas, é isso que tem sido chamado de destino. Essas duas coisas são, portanto, diferentes: uma, no entanto, depende da outra; pois a ordem dos destinos é apenas o efeito da Providência.” (A Consolação da Filosofia, IV, 6):

 

 

 

Ao contrário da oposição clássica entre providência e destino, os dois podem ser combinados: Tomás de Aquino assim retoma Boécio.( Suma Teológica, Livro I, qu.116: Do destino).A Providência e o Destino seriam então dois lados do mesmo fenômeno, em particular apelando à distinção estoica entre causas perfeitas e principais e causas secundárias.Em relação à implementação do plano divino, Tomás de Aquino segue, com o conhecimento do século XIII, raciocínio semelhante ao de Boécio (qu. 116):

 

 

A ordenança dos efeitos pode ser visualizada de duas maneiras. Primeiro, como é no próprio Deus, e neste caso a ordem dos efeitos é chamada Providência. Segundo, conforme a mesma ordenança é considerada nas causas intermediárias ordenadas por Deus para produzir certos efeitos, ela assume a racionalidade do Destino.A Providência não é exercida da mesma maneira em seres racionais e animais, de acordo com Tomás. No primeiro caso, combina as questões da graça e do livre arbítrio. É nesse sentido que o catecismo da Igreja Católica Romana dá a seguinte definição:

 

 

"A Divina Providência, estas são as disposições pelas quais Deus conduz com sabedoria e ama todas as criaturas até o seu fim último".(Catecismo da Igreja Católica, §321)




CONCLUSÃO:



Pouco antes de morrer, encarcerado em Roma o Apóstolo São Paulo escreveu sua última carta, a sua segunda a Timóteo. Nela ele recorda que é anunciador da mensagem salvadora:

 



“Cristo Jesus destruiu a morte, fez brilhar a vida e a imortalidade” (2, 10).

 

 


Por causa deste ministério ele sofreu muito como mostra em 2Cor 11, 23-29. Para seguir o Cristo, Paulo deixou todos os seus títulos de genuíno fariseu (Fl 3, 4-11) e enfrentou os desafios da pregação do Evangelho “loucura e escândalo” (1Cor 1, 23). Foi, por isto, acusado de subversivo (cf. At 17, 7), nocivo à indústria dos ourives (cf. At 19, 23-40), prejudicial ao comércio dos adivinhos (cf. At 16, 16-19), traidor da Lei de Moisés (cf. At 18, 12-17). Suportou tudo por a amor a Jesus. Nunca se arrependeu de ter confiado no Cristo. Com alegria escreveu:

 



“Eis por que sofro estas coisas. Todavia… sei em quem pus a minha confiança, e estou certo de que Ele é capaz de guardar o meu depósito até aquele Dia” (2Tm 1, 12).

 

 


“Sei em quem acreditei (pepísteuka)”. Este verbo em grego indica algo de estável e imutável. Ele sabia que se entregou a sua vida não a um mero homem, nem a uma facção poderosa, mas a Jesus Cristo, Filho de Deus. Sabia que não seria decepcionado, mas, ao contrário, o seu depósito lhe seria guardado e entregue naquele Dia, no Dia do Juízo Final. Depósito, parathéke em grego, era um valor entregue aos cuidados de uma pessoa de confiança, e que deveria ser devolvido ao depositante, por um contrato baseado na lei romana. Paulo termina a sua vida dizendo:




“Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Desde já me está reservada a coroa da justiça, que me dará o Senhor, justo Juiz, naquele Dia” (2Tm 4, 7s).

 

 



Essas palavras do Apóstolo e a sua atitude, devem ser modelo de vida para nós cristãos. Quem abraça o Evangelho, deposita nas mãos de Jesus Cristo toda a sua vida; não pertence mais a si, mas é selado como propriedade dele (cf. 2Cor 1, 22; Ef 1, 13s). Esta decisão pode parecer arriscada, mas é sumamente sábia. O cristão pode e deve dizer:

 



“Sei em quem pus a minha confiança…!”

 


Pus a minha confiança salvadora e plenamente libertadora em Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Igreja, que é coluna e sustentáculo da verdade (I Tim 3,15), e não em biblistas ou teólogos de novidades. Reze agora com o nosso credo milenar e imutável.






Profissão de fé – Credo Niceno – Constantinopolitano

 




Creio em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos. Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus, e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; Ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para a remissão dos pecados, e espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém!






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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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