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Written By Beraká - o blog da família on quinta-feira, 28 de junho de 2012 | 16:18
COMENTÁRIOS DO BLOG BERAKASH:Os
princípios da RCC, que não são modernistas, devem receber nosso apoio, mas a
maneira como ela põem tais princípios em prática tem de passar por uma séria
revisão já que, da maneira que está, a renovação muitas vezes parece"protestantizar" a Igreja. Esclarecemos com isto que os DONS CARISMÁTICOS não são
invenção da RCC, mas fazem parte do Magistério da Igreja de sempre. É preciso
discordar com conhecimento de causa, e não por mera achologia, ou porque
simplesmente não gosta. Para aqueles que tem um certo PRÉ – CONCEITO com
relação à RCC, sugiro dois livros que irão esclarecer muitas dúvidas: "O
Dramático início da RCC" (autora: Patty Mansfield)
e outro: "A Poderosa Unção do Espírito" de um autor que dispensa comentários: Frei Raniero Cantalamessa.
Dons do Espírito Santo e CATECISMO DA IGREJA
CATÓLICA (a palavra oficial da Igreja):
Carismas - CIC §799: Quer extraordinários quer simples e
humildes, os carismas são graças do Espírito Santo que, direta ou
indiretamente, têm urna utilidade eclesial, pois são ordenados à edificação da
Igreja, ao bem dos homens e às necessidades do mundo.
CIC §800: Os carismas devem ser acolhidos com
reconhecimento por aquele que os recebe, mas também por todos os membros da
Igreja. De facto, eles são uma maravilhosa riqueza de graças para a vitalidade
apostólica e para a santidade de todo o Corpo de Cristo; desde que se trate de
dons verdadeiramente procedentes do Espírito Santo e exercidos de modo
plenamente conforme aos impulsos autênticos do mesmo Espírito, quer dizer,
segundo a caridade, verdadeira medida dos carismas (257).
CIC §801: Nesse sentido será sempre necessário o
discernimento dos carismas. Nenhum carisma dispensa a referência e a submissão
aos pastores da Igreja. «A eles compete, de modo especial, não extinguir o
Espírito, mas tudo examinar para reter o que é bom» (§258), de modo que todos os
carismas, na sua diversidade e complementaridade, cooperem para o «bem comum»
(1 Cor 12, 7) (§259).
CIC §1830: A vida moral dos cristãos é sustentada pelos
dons do Espírito Santo. Estes são disposições permanentes que tornam o homem
dócil para seguir os impulsos do mesmo Espírito.
CIC §951: A comunhão dos carismas. Na comunhão da Igreja,
o Espirito Santo" distribui também entre os fiéis de todas as ordens as
graças especiais" para a edificação da Igreja. Ora, "cada um recebe o
dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos" (1Cor 12,7).
Carisma de cura - CIC §1508: O Espírito Santo dá a algumas
pessoas um carisma especial de cura para manifestar a força da graça do
ressuscitado. Todavia, mesmo as orações mais intensas não conseguem obter a
cura de todas as doenças. Por isso, São Paulo deve aprender do Senhor que
"basta-te a minha graça, pois é na fraqueza que minha força manifesta todo
o seu poder" (2Cor 12,9), e que os sofrimentos que temos de suportar podem
ter como sentido "completar na minha carne o que falta às tribulações de
Cristo por seu corpo, que é a Igreja" (Cl 1,24).
Os que não são tradicionalistas ou
Progressistas, devem ser extirpados, pura e simplesmente ?
A
aprovação de um movimento, ordem, etc. , como elementos não essenciais que são,
é passível de erro, ainda mais num momento em que a heresia modernista está
espalhada pela Igreja. A RCC tem na sua base um sentimento positivo, de rejeição às
conseqüências do modernismo na Igreja, mas, por falta de orientação, fazem muitas vezes isso
com elementos do próprio modernismo. Ela tem de ser purificada e, aí sim,
desenvolverá suas potencialidades. Pouco
a pouco tirar tudo que tenha relação com o subjetivismo excessivo, com o
conspiracionismo milenarista e com o protestantismo e, por outro lado,
incentivar, sob uma roupagem mais equilibrada, o que ela já tem de bom, como: a
vida de oração, o uso dos meios de comunicação de massa na evangelização, os
vários apostolados sociais, etc. Fato é que
vários carismáticos, quando bem orientados, acabam tornando-se excelentes Católicos de certa forma, tradicionalistas. Se
a isso, juntarmos o vigor apostólico que os caracteriza, termos uma verdadeira
renovação. Trataremos,
a seguir, da possibilidade de purificação da RCC que tem tido um avanço
considerável pela influência dos tradicionais e das lideranças carismáticas que
tem por fonte de seus estudos e regras de vida a própria Tradição da Igreja.Quando
a RCC for "purificada" então ela se tornará uma outra coisa, dado o
grande número de práticas desvirtuadas, e o papel relevantíssimo que estas têm
dentro da maioria dos grupos, ainda que contrariamente à vontade dos seus
dirigentes. Agora, se ela se tornar uma outra coisa, desde que conserve o que o
movimento tem de bom, desde que se transforme em algo ortodoxo, não vejo
problema algum. Pode
se chamar RCC ou como queiram. A realidade é que quando os fiéis passam a
conhecer a Doutrina, aos poucos vão colocando a Igreja acima dos
"grupos", "movimentos", e coisas do gênero, ao ponto de só
desejarem participar dos mesmos, caso estes sejam verdadeiramente católicos.
Isso é o que importa. Agora,
considerando a crise que estamos atravessando, em uma época em que muitos fiéis
não tem a menor noção de pontos doutrinários elementares, pra que estas
correções possam mesmo acontecer, acho mais prudente falar em
"purificação" mesmo. Não
creio que seja muito eficaz tratar os grupos de oração da RCC dizendo: "nós
temos de extirpar esse câncer da Igreja". Isso não dá bons resultados. Deus
usa os mais diversos instrumentos para fazer sua obra.
Afinal,
que grupo na Igreja não teve e não tem seus defeitos e seu lado obscuro?
-
Não são esdrúxulos os ultra-tradicionalistas e a pantomima conclavista derivadas dos
problemas dentro do falso tradicionalismo? tais como querer impor a Missa em Latim, não aceitar o Concílio Vaticano II? E pior: defenderem o SEDEVACANTISMO ? Não aceitando nem a legítima eleição do atual Papa ocupante da Cátedra de Pedro ?
-
E como podem os "Progressistas e liberais" falar algo de alguém quando confundem Deus com a
natureza e o Evangelho com um mero pensamento filosófico contingente e contextual? - O que dizer da Teologia da Libertação com suas ambigüidades ?
Confundindo a verdadeira libertação dos
pecados com libertinagem? propondo-nos uma Igreja não hierárquica, mas
popular, bem próxima à Anarquia? Pois desde o princípio do Cristianismo a
Igreja sempre foi constituída hierarquicamente de bispos , presbíteros,
diáconos e acólitos? Uma teologia que confunde opção preferencial por OPÇÃO
EXCLUSIVA pelos pobres? Fazendo deste pobre e sua condição, instrumento e
objeto de plataforma da ideologia Socialista de práxis mais Marxista que Cristã
? Como se Deus tivesse se encarnado já não mais para salvar e libertar todos os pecadores, mas apenas uma classe social?.
O que
na Igreja não precisa de purificação? Que vida não tem seus claros e escuros?
Não
só a vida dos indivíduos precisa de uma conversão constante, mas a dos
movimentos e organizações internas da Igreja também!
O que
vamos fazer com isso? A didática ensinada pelo Divino Mestre foi uma didática
de exclusão? É isso que vemos em Lucas 9,49-50?
Vamos
simplesmente apresentar os erros das pessoas e não dar nenhuma alternativa? E
não se venha com a noção de: somos puramente católicos! Todos nós somos
puramente católicos, mas estamos católicos sempre dentro de um contexto
pessoal, social e espiritual, onde erros e acertos convivem. Mas o ponto é o seguinte: o fato de supostamente haver heresias, ou
desvios, (quais especificamente?), não quer dizer que seja herético. Para ser
herético teria de haver uma incompatibilidade essencial entre o que se pratica e professa e a doutrina
da Igreja e, mesmo levando em conta a base protestante onde a RCC nasceu, isso
não existe (pois nem tudo que há no meio do protestantismo é, de si, errado).E
mesmo que fosse herética, a essência poderia ser rejeitada, porém o instrumental
e alguns elementos podem ser muito oportunamente aproveitados. Não
vamos transformar a palavra "heresia" num fetiche, vamos encarar o
problema e seguir em frente. Como já mencionado, TODOS
os grupos internos da Igreja têm o seu lado "escuro".
Os
problemas existem e as duas perguntas que se impõem são:
1)
O que fazer com eles?
2)
Isso desvaloriza a experiência eclesial da RCC como um todo?
As respostas são:
1)
Corrigir de maneira verdadeira e fraterna, incluindo e não excluindo! Pois todos os outros grupos da Igreja também, ensinam uma ou outra coisa
errada, ou nova, e mesmo que isso fosse só na RCC, ainda assim a justiça pediria que o
que ela tem de bom fosse levado em conta!
2)-
Um outro ponto que deve ser lembrado é que "elementos e práticas que certos grupos imputam a RCC como erros, e de
fato não o são", pelo menos de um ponto de vista teológico e dentro da grande tradição da Igreja, desde Pentecostes.
3)-
Aqui, nestes juízos precipitados, muitas vezes, se leva em conta apenas uma determinada vivência ou expressão da fé (o louvor e atenção às questões existenciais) como o único referencial (como se só
um catolicismo eurocêntrico, libertador, ou afro-brasileiro, fosse o único legítimo).
O foco acima de tudo é
a fidelidade à Verdade integral, revelada e ensinada pela Igreja!
Essa
mesma Igreja tem filhos santos e pecadores. Querer que todos os cristãos sejam
santos sempre é uma utopia que não tem nada haver com o Magistério de Cristo,
mas com a necessidade de satisfação psicológica de alguns. Se alguns erraram,
eles possuem até o último instante de vida para se corrigir! Pensar
o contrário seria farisaísmo, o farisaísmo de quem não quer enfrentar a
realidade e por isso fica buscando a "igreja dos homens imaculados", ou
a terra sem males e sem conflitos, princípio das divisões que vemos tanto entre
cismáticos de rito oriental quanto entre protestantes, e as próprias correntes internas da Igreja. Achar
que as várias realidades eclesiais citadas (neo-conservadores,
tradicionalistas, carismáticos e progressistas) remetem à confusão é uma
análise superficial, pois a questão é tratar de divisões sobre pontos da Fé, e não de posições sociológicas. Um carismático- católico é católico, um tradicionalista-católico é
católico, um progressista católico é católico, e assim por diante. Nosso
esforço é mostrar como tais divisões são aparentes no que se refere ao Depósito
da Fé. Supondo
que os carismas sejam verdadeiros (pelo menos em alguns casos) o único caminho
possível é a orientação, como fez São Paulo. Toda vez que as lideranças da
Igreja tentaram impedir uma legítima manifestação extraordinária de Deus o
resultado não foi nada bom (é só ver o quanto o Pe. Pio sofreu na mão dos
burocratas). Excesso de zelo também é um problema! E
se muitos Católicos carismáticos apelam ao sentimentalismo, muitos
tradicionalistas leitores de sites caem no sectarismo pelo estudo criticista da doutrina.
Perigos existem em cada posicionamento. Não é loucura uma manifestação verdadeira ocorrer no meio de outras
falsas, pois as pessoas que são susceptíveis a influências psicológicas se não
orientadas, certamente vão mimetizar alguma coisa. Isso não é inédito na
história da Igreja, pois todo grande movimento místico, toda manifestação
extraordinária de Deus ao longo da história da Igreja, abriu espaço para ações semelhantes. Quanto
a questão da RCC levar a um misticismo fenomênico, isso é verdade apenas para
os grupos mais próximos do neo-pentecostalismo protestante. Muitos outros, em especial do que chamo vertente
"monástica", têm uma espiritualidade bem mais complexa (embora com
uma abertura maior aos carismas que outros setores da Igreja, afinal esse é o
diferencial deles e que deve ser preservado como sua identidade).
Dois
fatos inegáveis que a RCC está conseguindo muito bem:
1)-Evitar
o crescimento protestante pela saída de Católicos não praticantes.
2)-Despertar
nas pessoas um amor maior pela sua Igreja e a Moral Cristã.
Os pontos básicos a serem levados em
conta em qualquer discussão sobre a RCC são esses:
1)-
O pentecostalismo teve realmente sua origem no protestantismo ?
2)-
A RCC se inspirou unicamente e exclusivamente no pentecostalismo protestante?
3)-
O pentecostalismo valoriza apenas os carismas ?
4)-
Nenhum carisma existe fora da Igreja institucional?
5)-
Alguns carismas em igrejas "protestantes ou ortodoxas" podem ser
verdadeiros, na medida em que apontam para a unidade dos Cristãos!
6)-
A Igreja já aprovou coisas boas surgidas
fora de seu âmbito ?
Realmente a RCC "prima pelas consolações
sensíveis", ou seja, as questões existenciais próprias do ser humano, mas não se
resume só a isso!
O
milagre da Cura pode ocorrer numa seita cristã se ele servir para a conversão das
pessoas ou for o auxílio a um coração em ignorância e que procura a Verdade. O "novo Pentecostes" é uma expressão dos Papas que quer
enfatizar uma nova ação do Espírito Santo em nossa época, com o florescimento
de carismas e espiritualidades. Todavia, ele NÃO se aplica SOMENTE à RCC. Os
vários movimentos e realidades eclesiais surgidas nos últimos anos se inserem
no "novo Pentecostes". Tanto é assim que a celebração de Pentecostes,
no Vaticano, é feita com representantes DE TODOS OS MOVIMENTOS NOVOS! (Neocatecumenato,
comunidades da RCC, Focolares, Regnum Christi, Sant'Egidio, etc).
Sim, o
Espírito Santo pode agir "mais fortemente" em determinadas épocas do que
em outras:
1)-
Assim, na Idade Média, agiu através de uma renovação feita a partir das ordens
monásticas, depois mediante as ordens mendicantes.
2)-
Em seguida a Trento, com a Contra-Reforma e suas várias manifestações:
jesuítas, surgimento dos seminários para formação do clero, outras ordens e
congregações (teatinos, barnabitas).
3)-
Depois com a renovação da vida nas dioceses com as várias confrarias de leigos,
e mesmo ordens missionárias e de apoio à reforma de costumes no clero.
4)-
Também os vários avivamentos espirituais que se seguiram a algumas aparições de
Nossa Senhora e à pregação de certos santos e suas congregações. Assim, esse
"agir mais fortemente" não é algo novo na história da Igreja.
5)-
É bem verdade que, com os novos movimento e, PRINCIPALMENTE, MAS NÃO SÓ,
através da RCC, esse "agir mais fortemente" em nossa época ganhou
novos contornos e parece, sim, mais forte ainda. Isso é ortodoxo, mas não se
deve, por isso achar que o Espírito Santo esteve ausente da Igreja ou não agiu,
ou ainda agia "mais fracamente", ou que outros despertamentos não
houve antes.
Outro problema da RCC é, na maioria das vezes, a ênfase nos dons carismáticos efusos (de serviço), e esquecerem dos
dons infusos (De Santificação)!
Porém, a RCC é uma realidade que ainda está em expansão, desenvolvimento e amadurecimento, e disso não se pode fugir. O
que devemos e podemos fazer é aprender o correto e ensinar o correto, com amor
àqueles que aderiram ao movimento e passaram a amar muito a Igreja e tudo que
nela encerra.
A questão portanto, se resume ao ensino, e
correções fraternas a começar pelas suas lideranças:
1)-
Criticismo não leva ninguém a lugar nenhum! O que devemos e podemos fazer é
mostrar a bela doutrina que temos e aos poucos vão compreendendo. Aqui falo em
ajudar pessoas de frente em particular, já que ao próprio movimento como um todo a meu
ver é difícil e quase impossível, o que não quer dizer que não possamos ver e
apontar seus erros.
2)-A RCC e ou, Igreja ideal, é uma RCC que leve a sério a
busca da verdadeira doutrina INTEGRAL (O existencial e o Social), e que ponha
em seu interior a Tradição da Igreja, ela muitas vezes foge do que a Igreja nos
propõe como Igreja diocesana e paroquial, agindo de forma paralela.
3)-Existe
nela um sentimentalismo exagerado e uma contaminação protestante que faz com os
membros, mesmo sem notar, coloque a Bíblia como única fonte de fé e cada um
pode, na maioria das vezes, interpreta-la a seu modo, sem levar em conta o
Magistério da Igreja.
4)-A
busca exagerada dos dons extraordinários é outro problema, pois não se leva em conta o estudo
da mística católica na sua riqueza e seu conteúdo.
5)-
Os grupos de orações no que tem de católico, é maravilhoso, pois os considero
uma porta de entrada para aqueles que estavam longe da Igreja. São acolhidos e
amados, mas são muitas vezes em alguns grupos ensinados somente sobre os dons
desde o primeiro dia que chegam, daí que depois disso não há o alimento sólido
baseado na doutrina genuinamente católica e a pessoa fica ali anos, fazendo apenas encontros de oração sem um engajamento efetivo nas pastorais e ministérios da própria RCC, que pela participação dos irmãos são maravilhosos e motivacionais, mas que acabam paralisando apenas nisto.
6)-
Sempre os mesmos seminários de vida com os mesmos temas, não fazendo com aquele
católico pós-seminário cresça com uma formação Católica contínua e progressiva
em todas as dimensões. É certo que muitos saem e se tornam pessoas engajadas na
Igreja o que é positivo, mas é fato também que muitos saem e se tornam
protestantes, espíritas, etc., por falta de uma boa formação continuada.
As
práticas da RCC na luz da Tradição:
Na realidade os termos usados estão confusos para expressar o que realmente
acontece. Este é um erro muito comum na RCC que ao invés de se usar termos
objetivos, começam a florear o que se diz fezendo-nos virar nosso cérebro para
baixo para entendermos o óbvio.Todo manual de ascética nos ensina de forma fácil e reto, que seria depois do
Batismo sacramento, haveremos de crescer na graça em busca da perfeição que nos
chama o Pai tal a semelhança de Seu Filho e isto se faz a cada dia, com
renuncias, com mortificações e na busca dos sacramentos, do que seja santo, do
que seja puro, nas orações em comum etc. Mas ao invés disso, rebuscam a coisa de uma tal forma que os que não sabem como
a Igreja nos ensina sobre a ação do Espírito acham que entende e sai repetindo
sem ao menos compreender de fato sua ação e quem entende um pouco acha pouco
produtivo e as vezes até uma perda de tempo e de objetividade este discurso
todo. De fato a plenitude só teremos no céu e para tanto é preciso intimidade com o
Espírito Santo sempre, pedindo sua vinda e nos abrindo para recebe-lo. Esta é a
efusão que pode e acontece em nós, mas não só nos membros da RCC e não só nos
grupos, pode muito bem acontecer com quem está em silencio rezando o santo
terço. Deus é o doador, cabe a Ele fazê-lo como, quando, onde e com quem quiser.
A nós cabe aceita-lo, amá-lo e servi-lo, sem esperar nada. Buscar dons como um
fim em si mesmo, é um erro, devemos buscar sermos santos, sem o qual ninguém o verá.
Duas
concepções de Igreja bem diferentes, mas complementares:
1-Concepção Liberal
Para
esta Deus fala imediatamente a cada homem , o espirito sopra diretamente na
alma de cada fiel; assim sendo o papel da autoridade não é a de definir nada
mas apenas a de conferir a confirmação ao sentir comum dos fiéis .A
autoridade do magistério é aí apenas serva da unidade , pois para os liberais o
sentir comum dos fieis é que é a regra próxima do magistério pois a assistência
do espírito teria sido dada primeiro a comunidade dos fiéis.O
magistério ficaria assim reduzido ao papel de um moderador de um grupo de
debate: tem um oficio dependente ordenado a unificar pareceres. Assim
muitos carismáticos acham que os dons não podem ser julgados pelo magistério.
2- Concepção tradicional
Para
esta o magistério ensina com certeza , não coordena. A autoridade é mestra da
verdade e não serva da unidade dos diferentes pontos de vista. O
Espírito assiste a autoridade que é a regra da fé comum do sensus fidei. A
autoridade aperfeiçoa a liberdade e portanto seu exercício deve ser elevado ao
máximo. Assim
para um católico tradicional a renovação carismática se quer ser católica deve
obedecer aos ditames da autoridade máxima sem contestação e independência.
sobre O VERDADEIRO DOM DAS LÍNGUAS:
A
virgem Santíssima e o dom das línguas:
*Questão IV: Se a Virgem recebeu o dom de línguas, chamado por alguns
“glossolalia” ?
a)
“Afirmativamente, porque recebeu este dom com os apóstolos no dia de
Pentecostes, e, como disse Santo Alberto Magno: A Virgem estava com eles quando
apareceram as línguas repartidas como de fogo, logo recebeu o dom das línguas
com eles” (Mariale, q. CXVII);
b)
Ademais, ainda que não tivesse de ir pregar o Evangelho as diversas nações e
gentes, todavia, no principio da Igreja nascente se concedia com freqüência
este dom aos fiéis, ainda a aqueles a quem não se havia conferido o ministério
de pregar e propagar o Evangelho como consta (At, XIX, 6);
c)
E assim convinha, porque acudindo Maria muitos fiéis de diversas nações, já por
piedade filial, e que buscavam de instruções, devia conhecer seus idiomas para
entendê-los e instruí-los plenamente nas coisas da fé.
d)
Finalmente, Suarez julga provável que ainda antes de Pentecostes, Maria já
tivesse usado desta graça, caso a necessidade ou a ocasião tivesse exigido,
como quando Cristo foi adorado pelos magos, é de crer que Maria entendeu a sua
linguagem, como é também crível que, quando foi ao Egito, entendia e falava a
língua dos egípcios.
*(In 3, disp. XX) –
(ALASTRUEY, Gregório. Tratado de la Virgen Santíssima.
Madrid: BAC, 1945, p. 350-351)
Os Padres da Igreja de forma positiva
tratam do dom das línguas!
1)- Irineu se refere ao dom de línguas dos apóstolos e da época em
que vivia. Cita II Cor. 2,6 - explicando que “os perfeitos” falam em “todos os tipos” as línguas"... nós também
ouvimos muitos irmãos na Igreja,... e que através do Espírito, falam todos os
tipos de línguas, e trazem à luz para o benefício geral as coisas escondidas
dos homens, e declaram os mistérios de Deus...”. (Contra Heresias V,VI,1) - Ao informar que falam todos os tipos de língua, Irineu parece se referir a
línguas que admitem classificação.
2)- Arquelau, bispo de
Carcar no fim do sec. II, comenta sobre o dom de línguas no Pentecostes. O contexto indica uma
identificação como idiomas naturais. Para Arquelau, Mane era incapaz de
conhecer a língua dos gregos porque não possuía o dom de línguas do Espírito,
que o capacitaria a entendê-las: “Ó
seu bárbaro persa, você nunca foi capaz de conhecer a língua dos gregos, dos
egípcios, ou dos romanos, ou de qualquer nação, (...). Pelo que diz a
Escritura? Que cada homem ouvia os apóstolos falarem em sua própria língua
através do Espírito, o Parácleto”. (Disputa com Mane, XXXVI)
5)- Na Didaquê Siríaca
comenta-se o evento do Pentecostes. Os discípulos estavam
preocupados sobre como iriam pregar ao mundo, se eles não conheciam os idiomas.
Então, receberam o dom de falar idiomas estrangeiros e foram para os países
onde esses idiomas eram falados: “de
acordo com a língua que cada um deles tinha diferentemente recebido, para que a
pessoa se preparasse para ir ao país no qual a língua era falada e ouvida”.
(Didaquê Síriaca, seção introdutória).
3)-No século IV, Cirilo de
Alexandria (c.315-387), Doutor da Igreja, em seus Sermões Catequéticos
(sermão XVII: 16),
interpreta o dom de línguas do Pentecostes como idiomas estrangeiros. Isto
indica que, pelo começo do quarto século, a glossolalia apostólica também era
tida como um idioma comum. Cita por nome alguns idiomas falados pelos
apóstolos: “O
galileu Pedro ou André falavam persa ou medo. João e o resto dos apóstolos
falavam todas as línguas para aquela porção de gentios (...) Mas o Santo
Espírito os ensinou muitas línguas naquela ocasião, línguas que em toda a vida
deles nunca conheceram” (Sermões Catequéticos (sermão XVII: 16)
4)- Para Gregório
Nazianzeno (c.330-390), Doutor da Igreja, o dom de línguas em Atos também, se
referia a idiomas estrangeiros:“Eles
falaram com línguas estranhas, e não aquelas de sua terra nativa; e a maravilha
era grande, uma língua falada por aqueles que não as aprenderam”. Gregório
ainda argumenta que o dom foi de falarem línguas estrangeiras e não dos
ouvintes as entenderem. Segundo ele, se fosse assim, o milagre não seria dos
que “falam” em línguas,mas “dos que ouvem”. (Do Pentecostes, oração XLI:16)
5)- Ambrósio (330-397),
também Doutor da Igreja,
embora não discuta a natureza do dom de línguas, ressalta que cada pessoa
recebe dons espirituais diferentes: Para ele,“todos os dons divinos não podem
existir em todos os homens, cada um recebe de acordo com a sua capacidade ao
deseja ou merece” (Do Espírito Santo II, XVIII, 149) - Se
Ambrósio também quer dizer com isto que o falar em línguas não se manifesta em
todos os cristãos, a citação pode se confrontar e divergir completamente com a
posição pentecostal de que todos devem ter “o” dom de línguas.
6)- São João Crisóstomo
(Doutor da Igreja) (347-406), é o primeiro a interpretar detidamente a
glossolalia em I
Coríntios:Em sua conhecida retórica de orador, questiona a
ausência do dom de línguas: “Por que então eles aconteceram, e agora não mais?” - São
João Crisóstomo detalha sua explicação. Ele vê o dom de línguas do N.T. como um
fenômeno reverso ao da Torre de Babel. Os discípulos receberam o dom porque
deveriam “ir
afora para todos os lugares (...) e o dom era chamado de dom de línguas porque
ele poderia falar de uma vez diversas línguas”. Comentando I Cor. 14,10, aplica a passagem à
diversidade de idiomas:“muitas línguas,
muitas vozes de citianos, tracianos, romanos, persas (...) inumeráveis outras
nações.”E sobre I Co. 14,14, São João Crisóstomo sublinha
que aquele que fala em línguas não as entende, porque não conhece o idioma em
que fala:“Pois se um homem
fala somente em persa ou outra língua estrangeira, e não entende o que ele diz,
então é claro que ele será para si, dali em diante, um bárbaro (...) Pois
existiam (...) muitos que tinham também o dom da oração, junto com a língua; e
eles oravam e a língua falava, orando tanto em persa ou linguagem latina, mas o
entendimento deles não sabia o que era falado”.98 (Homilias na Epístola de
Paulo aos Coríntios, capítulo XXXV).
7)- Para Agostinho (Doutor
da Igreja) (354-430):"O dom de línguas concedido aos apóstolos no Pentecostes
se tratava da capacidade sobrenatural de falar línguas estrangeiras. Demonstra
que, no período apostólico, o Espírito operava “sensíveis
milagres... para serem credenciais da fé rudimentar” (Contra os Donatistas:
Sobre o Batismo, III:16). Agostinho
reforça o dom de línguas como idiomas naturais:"Eram línguas que os discípulos“
não tinham aprendido”. E, na pregação posterior,o “evangelho corria através de todas as línguas”.100 (Epístola de São João,
Homilia VI:10) - "Nos
primeiros tempos, o Espírito Santo descia sobre os fiéis e estes falavam em
línguas, sem as ter aprendido conforme o Espírito lhes dava a falar. Foram
sinais oportuno para esse tempo... o sinal dado passou depois" (Comentário
da Primeira Carta de São João, Tratado IV, 10).
8)A doutrina do dom das línguas em Santo Tomás de Aquino - Santo Tomás de Aquino, ao comentar o Capítulo XIV da primeira carta de
São Paulo aos Coríntios, escreveu:
“Quanto ao dom de línguas,
devemos saber que como na Igreja primitiva eram
poucos os consagrados para pregar ao mundo a Fé em Cristo, a fim de que mais
facilmente e a muitos se anunciasse a palavra de Deus, o Senhor lhes deu o dom
de línguas” (S. Tomas de Aquino, Comentario a la primera espistola a los
Conrintios, Tomo II, pag 178.)
Vê-se, portanto, que o dom de
línguas foi dado aos primeiros cristãos para que anunciassem a religião
verdadeira com mais facilidade!
Os
Coríntios, por sua vez, desvirtuaram o verdadeiro sentido do dom de línguas:“Porém, os
coríntios, que eram de indiscreta curiosidade, prefeririam esse dom ao dom de
profecia. E aqui, por ‘falar em línguas’ o Apóstolo entende que em língua
desconhecida e não explicada: como se alguém falasse em língua teutônica a um
galês, sem explicá-la; esse tal fala em línguas. E também é falar em
línguas o falar de visões tão somente, sem explicá-las, de modo que toda
locução não entendia, não explicada, qualquer quer seja, é propriamente falar
em língua” (S. Tomas de Aquino, Comentario a la primera espistola a los Conrintios,
Tomo II, pg 178-179.) - Temos aqui uma consideração importante.
Para São Tomás, o “falar em línguas” pode ser entendido de duas formas:
a)- Falar em uma língua
desconhecida, mas existente, como no caso de Pentecostes, no qual pessoas de várias línguas compreendiam o que os apóstolos
pregavam.
b)- A pregação ou oração sobre
visões ou símbolos.Para São Tomás, quem assim procede, isto é, usa de símbolos
nas práticas espirituais, tem o mérito próprio da prática de um ato de piedade.
Caso o indivíduo compreenda racionalmente o que diz,
lucra, além do mérito, o fruto intelectual da ação.
De modo geral, existem duas formas do dom de línguas:
1ª)-
Aquela que se manifestou em Pentecostes onde os apóstolos falavam na sua própria língua e cada um entendia na sua.
2ª)-
Aquela que se manifestava em certas comunidades, em que cristãos manifestavam
línguas estranhas (não conhecidas pelos ouvintes , porém verdadeiras línguas
com caráter idiomático). Nesse caso elas precisavam ser interpretadas!
Observação:
O problema das línguas na RCC é que tal manifestação em alguns grupos
pesquisados (não todos, para evitar generalizações), é ambígua, com motivação forçada ou provocada pelas lideranças.Não
é idiomática, mas uma expressão de sons repetitivos e meramente guturais
(qualquer estudioso especialista em fala pode detectar isso) parecidos com
aqueles emitidos por bebes em fase de aprendizagem.
Sobre a glossolalia não-idiomática:
a)-Não foi considerada como dom do Espírito.
b)-Foi rejeitada pela igreja da época.
c)-Revelou origens e feições não-cristãs. Tida como principal manifestação
lingüística do pentecostalismo, a glossolalia não-idiomática encontra
reprovação no conjunto dos Pais da Igreja!
Avaliação
da "Xenoglossia e glossolalia" nos Pais da Igreja:
a)-Não é indicadora da plenitude do Espírito Santo.
b)-Não é indicadora indireta da própria salvação do Cristão.
c)-Não é um elemento distintivo dos verdadeiros Cristãos.
Xenoglossia
(do grego xen(o) = estranho, estrangeiro + gloss(o) = língua) consiste no falar, de
forma espontânea, em língua ou línguas, que não foram previamente aprendidas (conf.Dicionário
Aurélio, verbetes "xen(o)-", "gloss(o)-") - O fenômeno que se alega ter ocorrido
durante o Pentecostes pode ser entendido também como xenoglossia (uma oração em
língua desconhecida de quem ora, mas que existe ou já existiu e ainda é do
domínio humano) uma vez que os povos de todas as nações encontravam-se em
Jerusalém e ouviam dos apóstolos as pregações cristãs em seu próprio idioma
(Atos dos Apóstolos 2,6). Já a glossolalia é um
fenômeno que teria se dado sobretudo na comunidade cristã de Corinto (1 Cor 12,
10; 14, 2-19), mas também nas de Cesareia e Éfeso (At 10, 46; 19, 6); não é a
mesma coisa que o “falar outras línguas”, mas um fenômeno em que a pessoa
profere sons ininteligíveis e palavras sem nexo, que se tornariam
compreensíveis apenas para quem possua o carisma da interpretação (1Cor 14,10).Quanto
à tonalidade, a oração em línguas normalmente se apresenta, dentro da
compreensão católica, como: Louvor — oração sequenciada, de palavreado
frequente, onde a pessoa fica “mergulhada” como criança diante de Deus; Júbilo
— oração transbordante, jubilosa e extremamente alegre, quase interminável e
sem pausas; Súplica — oração compassada e em tonalidade penitencial, que leva a
frutos de contrição; Canto (cf. 1Cor 14,15) é também uma espécie de louvor,
sendo que em tonalidade musical. O chamado dom das línguas foi comum no início da Igreja, e alguns grupos católicos alegam experimentar o fenômeno atualmente (http://www.rccbrasil.org.br/download/ENCARTE%20Carismas%2044.pdf)
Em
relação à glossolalia como “o dom”, os Pais da Igreja têm o falar em línguas
como:
a)-Não-obrigatório para o cristão.
b)-O dom de línguas na patrística é apenas “um” entre outros.
ATENÇÃO! Falar de efusão do espírito só faz sentido se significa uma
atualização de um dom já dado e não no sentido de uma nova forma de
derramamento do Espírito!
Esse é o sentido que muitos carismáticos dão ao termo A oração para a
efusão do Espírito Santo consiste na oração, cheia de fé e esperança, que uma
comunidade cristã eleva a Jesus glorificado, para que derrame, de maneira nova
e em maior abundância o Espírito Santo sobre a pessoa que ardentemente o pede e
por quem os demais oram. Essa oração, geralmente, é feita mediante a imposição de mãos, não se tratando
de um gesto mágico, nem de um rito sacramental, mas um gesto sensível de amor
fraterno, com o desejo ardente, submetido à vontade de Deus, de que Jesus
derrame sobre aquele (a) por quem oramos o dom do Espírito Santo. Contudo, não são as pessoas reunidas ao redor de alguém que “batizam no
Espírito Santo”, pois somente o Senhor Ressuscitado, que recebe do Pai o Dom do
Espírito Santo, o derrama sobre os discípulos. Portanto, quem batiza no
Espírito Santo é o Senhor Jesus. Para a teologia católica
todas as graças salvíficas (relacionadas diretamente a nossa salvação e a
elevação do homem a vida da graça ) são veiculadas pelos sacramentos. Afirmar
que existe um modo de derramamento novo do espírito sem a mediação sacramental
é herético. Pois esse modo novo seria um modo distinto de operação da graça na
alma do fiel , modo não dado , não conferido pelos outros sacramentos."
Sendo assim, restam duas possibilidades
para a chamada "efusão do Espírito" ou Batismo do Espírito:
1- A efusão é um novo
dom do espírito (distinto do batismo que confere as três virtudes teologais -
fé , esperança e caridade - nos limpa do pecado original , nos torna templos do
espírito santo e filho adotivos de Deus; e distinto da crisma que nos confere
os sete dons) onde se receberiam os dons extraordinários (dom de línguas , de
cura , de ciência , etc.).
2- A efusão seria
apenas a atualização dos dons recebidos sacramentalmente, não uma nova forma de derramamento ,
mas um aprofundamento daquilo que já foi recebido (Este é o entendimento da
RCC).
OBSERVAÇÕES
IMPORTANTES:
1)-
O catecismo difere as graças habituais (que é a graça santificante que torna o
homem capaz da vida de Deus ) e as graças atuais (que são intervenções
especiais de Deus na vida do fiel no decorrer da obra de santificação) - estas
não produzem a santificação mas apenas a desenvolvem e a asseguram!
2)-
Ainda há outra distinção a fazer: entre as graças sacramentais(dons próprios
dos sacramentos) e as graças especiais (carismas extraordinários: dom dos
milagres , das línguas , da profecia) ordenados a edificação da Igreja. Entre
estas o Catecismo destaca as graças de estado que acompanham o exercício dos
ministérios no seio da Igreja.
3)-
Ora a recepção dos carismas extraordinários não é um evento que possa ser
chamado de "batismo no Espírito" como se antes houvera ocorrido apena
o Batismo com água (distinção por sinal feita pela teologia neo-pentecostal
evangelica). Fomos batizados no Espírito no dia de nosso Batismo sacramental.
Podemos em certa ocasião da vida receber os dons extraordinários mas eles não
são resultantes de um batismo já realizado mas de uma graça especial dada a
quem já é batizado.
4)-Visto
que tal fenômeno é de ordem muito íntima, reservado à experiência pessoal dos
místicos, não nos é possível avaliar a freqüência com que tenha ocorrido no
passado.
5)-Como
vemos este fenômeno ocorre em experiências místicas, e quase sempre vem
acompanhado de muitas cruzes, basta vermos as biografias dos santos que
experimentaram estes fenômenos.
6)-
Que o dom de línguas existe, isto é fato, tanto na forma de falar em línguas,
quanto na forma de jubilação. O que podemos questionar é seguindo o exposto: “Se
o que ocorre hoje, seria mesmo dom de línguas ou somente algo subjetivo, conseqüência
de ensinamentos ou de estímulos externos, aliados a ignorância do don em si
mesmo.”
7)-
Uma coisa é certa: ele entra no rol dos fenômenos extraordinários, raros e transitórios
e ao contrario do que dizem, não devem ser pedidos, já que depende da vontade
de Deus concede-los ou não.
8)-
Temos um tesouro tão grande a desfrutar, que muitas vezes por causa de ensinamentos
errôneos, e um deles passa pela pregação equivocada de que o Espírito Santo
ficou inativo nas almas por um longo tempo, precisando por causa disto vir um
movimento para o reacender e fazê-lo agir novamente , que as pessoas deixam de
buscar o que é verdadeiramente santo para suas vidas. Olham para este movimento
como se fosse ele a salvação, quando ele seria um meio e um ótimo, meio se ensinasse
corretamente as almas para que estas se
elevassem até Deus, que é o que realmente importa. Cabe aos católicos - seja de que movimento for - descobrir e entender o que nos
pede e deseja o Senhor, para que todos possam viver esta vida fazendo o que agrada a Deus, e não ao nosso ego, e seguindo os caminhos que Ele mesmo nos traçou.
A efusão (ou batismo no Espírito) em comparação aos sacramentos da Igreja:
Precisamos
entender que o verdadeiro Batismo no Espírito Santo acontece no Sacramento do
Batismo e na Confirmação onde se completa a graça batismal, nos enraizando mais
profundamente na filiação divina. Além
disso, o Crisma incorpora-nos mais solidamente em Cristo, torna mais firme
o laço que nos prende à Igreja, associa-nos mais à sua missão e ajuda-nos a dar
testemunho da fé cristã pela palavra, acompanhada de obras (Cat. 1316).Para conseguir entender a diferenciação entre o Batismo Sacramento e o
“Batismo no espírito” nos moldes da RCC, temos que primeiro compreender o que
de fato acontece quando recebemos o Sacramento do Batismo:
1)-
Ao sermos batizados recebemos de Deus a graça santificante - esta que nos
modifica de uma forma acidental, em nossa natureza e capacidade de ação, nos
tornando semelhantes a Ele, capaz de atingi-lo pela visão beatífica, quando
esta graça for transformada em glória e de o ver face a face, como Ele se vê a
Si mesmo.
2)-
Participamos, por ela, da natureza de Deus , e nos tornamos capazes de crer e
esperar n'Ele e O amar, pelas virtudes teologais; – estas que nos dão o poder
de viver e agir sob a moção do Espírito Santo e pelos seus dons – nos
permitindo crescer no bem, pelas virtudes morais.
3)-
Através do Batismo, nos tornamos filhos de Deus capazes de realizar atos
sobrenaturais e deiformes, atos meritórios de vida eterna com os auxílios do
próprio Senhor que agora habita em
nós. Tudo isso por mérito de Cristo, que através de sua
redenção veio em favor do homem caído e condenado, para refazer este homem
desfigurado pela culpa o repondo em certo sentido, num estado melhor que o
anterior à queda.
4)-
Reafirmando, esta vida sobrenatural que recebemos e que foi inserida em nossa
alma pela graça habitual, exige, para operar e se desenvolver, faculdades de
ordem sobrenatural que são as virtudes infusas e dons do Espírito Santo: « O
homem justo, diz Leão XIII, que vive da graça e opera por meio das virtudes que
nele desempenham as faculdades, necessita igualmente dos sete dons do Espírito
Santo”.
5)-
As virtudes nos dão força e capacidade, são as asas com que devemos subir até
Deus, deixando para trás nossa natureza e sob a direção da prudência, nos
permitem operar sobrenaturalmente com o concurso da graça atual, que é um
auxílio sobrenatural e transitório que Deus nos dá para nos iluminar e por em
movimento, a inteligência e fortalecer a vontade na produção dos atos
sobrenaturais.E os dons trazem-nos as velas, que Ele mesmo enche e faz avançar com poderoso
vento (no dia de Pentecostes, manifestou-se ele desta forma). Ele próprio, como
vento impetuoso que desce do céu e a ele sobe, deve sustentar nosso voo, e
fazendo-nos subir como que apoiados em sua mão. Precisamente, segundo a doutrina de S. Tomas, a estas velas ou aptidões, pelas
quais pode nossa alma ser facilmente movida pelo Espírito Santo para as mais
nobres atividades, chamamos os sete dons do Espírito Santo. (S. Theol. 1-11, q.
68) -, que nos tornam tão dóceis à ação do Espírito que, guiados por uma
espécie de instinto divino, somos, por assim dizer, movidos e dirigidos por
este divino Espírito. Sua finalidade consiste em fortalecer e firmar as sete
virtudes principais e, ao mesmo tempo, afastar de nossa alma a serpente dos
sete pecados capitais, dominando-a com uma força irresistível. Mas é preciso dizer que estes dons - segundo Tanquerey -, que nos são
conferidos com as virtudes e a graça habitual ou santificante, não se exercem
de modo freqüente e intenso senão nas almas mortificadas, que, por longa
prática das virtudes morais e teologais, adquirem essa maleabilidade
sobrenatural que as torna completamente dóceis às inspirações do Espírito
Santo.
6)-
A diferença essencial entre as virtudes e os dons vem, pois, pela maneira diferente
de operar em nós.
Mediante os atos das sete virtudes; realizados sob o impulso
e o auxilio dos sete dons do Espírito Santo, adquirimos também as Bem -
Aventuranças, prometidas pelo Senhor, no sermão da Montanha. Segundo a doutrina de S. Tomás, gozaremos “já parcialmente, nesta vida, destas
bem-aventuranças, que o exercício cuidadoso dos dons do Espírito Santo e das
virtudes sobrenaturais nos promete para a outra vida.” ( Veja que há um ordem,
uma sequencia logica, e uma submissão total entre tudo que nos dá o Divino
Espirito) - O exercício e o uso das virtudes sobrenaturais e dos dons do Espírito Santo,
nos farão produzir frutos de verdadeiros filhos de Deus, nos assemelhando a
Ele. Os frutos do Espírito são: caridade, alegria, paz, paciência,
longanimidade, doçura, bondade, benevolência, fidelidade, modéstia,
continência, castidade. Dentre eles, a caridade é a mãe e a fonte de todos os
demais atos de virtudes, e é ela que nos comunica este celeste prazer e esta
paz inefável, inspiração do Espírito Santo, o eterno amor.
7)-
Esta vida maravilhosa que recebemos tão gratuitamente de Deus, deve ser
preservada, conservada, alimentada e se por ventura alguém pelo pecado mortal,
perde a graça e os dons do Espírito Santo, deve se empenhar em conquista-los de
novo, através do Sacramento da Penitencia, com suas devidas disposições. E
mesmo que esteja em estado de graça não deve por obstáculo a obra do Espírito
Santo, colaborando fiel e assiduamente com a graça.O Espírito Santo, que é o autor de toda santificação, quer transfigurar cada
vez mais a alma, por seus sete dons, e transforma-la em imagem de Deus; quer
erguer sempre mais a construção do templo de Deus, por Ele começado, até
conseguir tocar o próprio céu. Daí deduzimos a ingratidão, a perversidade e
grosseira ignorância de reter, neste maravilhoso trabalho, a mão do divino
artista, que só quer nosso bem, porque nos ama.
8)-
Portanto, a vida cristã se deve aperfeiçoar, que, de sua natureza, é
essencialmente progressiva e não atingirá o seu termo senão no Céu. Devemos
pois, unirmos a Deus, como disse, pela prática das virtudes cristãs e não
podemos evidentemente aperfeiçoar-nos senão aproximando-nos d’Ele sem cessar.
E, como não podemos fazer, sem nos unirmos a Jesus, que é o caminho necessário
para irmos ao Pai, a nossa perfeição consistirá em viver para Deus em união com
Jesus Cristo: «Vivere summe Deo in Christo Iesu» - (Vejam que não basta aceitar
Jesus - é uma união, o Espirito nos leva a Cristo e nós, unidos a Cristo,
buscamos o Espirito).
9)-
Praticar as virtudes é tudo que nos pede o Senhor para sermos santos como Ele é
santo e sem o qual ninguém O verá. Praticando-as nos uniremos a Deus e podemos
imitar Nosso Senhor Jesus Cristo nosso modelo. Mas para isso devemos ao mesmo tempo
que exercitamos o amor de Deus, que é a plenitude da vida, renunciar ao amor
desordenado de si mesmo ou à tríplice concupiscência, portanto, na prática, é
necessário juntar o sacrifício ao amor. Muito ajuda-nos na luta a santa devoção à santíssima Trindade, ao Verbo
Encarnado e à Santíssima Virgem, aos Anjos e aos Santos, nossos amigos e
modelos. Nesta luta que devemos travar sempre, será contra a concupiscência da carne,
dos olhos e soberba da vida, contra a mundo e contra o demônio. Nosso homem
velho corrompido pelas concupiscências e o novo renascido em Cristo, entram
fatalmente em conflito: a carne, ou o homem velho, deseja e procura o prazer,
sem se lhe dar da sua moralidade; o espírito bem lhe recorda que há prazeres
proibidos e perigosos que é mister sacrificar ao dever, isto é, à vontade de
Deus; mas, como a carne persiste em seus desejos, a vontade ajudada pela graça,
é obrigada a mortificá-la e, se necessário for, a crucificá-la.
10)-
Somos pois, um soldado, um atleta que combate por uma coroa imortal, até à
morte. Esta luta é perpétua: porquanto, apesar dos nossos esforços, não podemos
desembaraçar-nos jamais do homem velho; não podemos senão enfraquecê-lo,
encadeá-lo, e fortificar ao mesmo tempo o homem novo contra os seus ataques.Mas Deus que é rico em misericórdia, e sabedor de nossa fraqueza, nos deu
através dos Sacramentos e de toda graça atual, forças para este combate e
devemos saber que são exatamente para ele e não para o repouso que nos deu
todos estes auxílios, pois enquanto estivermos aqui neste mundo somos
lutadores, atletas, ascetas, e que devemos, como São Paulo, lutar até o fim,
para merecer a nossa coroa: «Combati o bom combate, terminei a minha carreira,
guardei a fé. Não me resta mais que receber a coroa de justiça que me dará o
Senhor” . É à graça de Deus que devemos a vitória.
11)-
É indubitável que Deus, que nos criou livres, respeita a nossa liberdade, e não
nos santificará contra a nossa vontade; mas não cessa de nos exortar a que nos
aproveitemos das graças que nos dá tão liberalmente, Pois, foi Ele mesmo que
disse: “Exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão”. Para não
recebe-la em vão convém clamarmos muito os auxílios de Deus e esta nova efusão,
que terá sentido quando compreendida como um desenvolvimento dos dons do
Espírito Santo e consequente crescimento da santidade.Como disse, a vida da graça é para crescer e se desenvolver, mas pressupõe o
estado de graça e a prática das virtudes morais. E é neste contexto que entra o
pedir o Espírito Santo a muito recomendado pela Igreja, para que estejamos
despertos na luta e para que Ele nos cumule com suas graças para obtermos a
vitória sendo fieis até o fim. Este é o ensino católico e quem o segue não
erra.
Pelas apostilas da EPA (ESCOLA PAULO APÓSTOLO), que
é a escola de formação da RCC, na parte onde trata da identidade do movimento,
temos visto um grande equivoco quando ensina sobre este batismo!
De fato se é
utilizado para respaldar este “batismo” - (uso este termo apesar de ser errado,
já que foi pedido para dizer efusão, mas a RCC o utiliza) -, os versículos - e até o catecismo -, que são
utilizados para explicar o Sacramento do Batismo e do Crisma, além de
condicionar a vinda e a plenitude do Espírito Santo neste dito batismo. Ora,
vimos que a vinda e a plenitude ocorrem através dos Sacramentos, onde recebemos
por sinais visíveis a graça invisível de Deus, e não somente através de uma
oração pedindo esta nova efusão.
Quem não
passou por esta "oração de efusão" e não pertence a RCC, não pode ter os frutos e os
dons do Espírito Santo? E QUEM PASSOU? OBRIGA O ESPÍRITO SANTO A DAR ESTES DONS?
Todos nós somos chamados a viver e sermos conduzidos pelo Espírito, e a efusão
pode acontecer e muitas vezes acontece mesmo, na oração silenciosa. A alma em
contato com Deus, aquela que busca a santidade, recebe do Espírito Santo muitas
inspirações e auxílios para crescer cada dia mais. Não se pode dizer que só
acontece na RCC e no momento da oração em que se pede a vinda do Espírito
Santo, que Ele de fato tenha vindo. E não se pode dizer que mesmo na RCC se dá
Sua vinda OBRIGATÓRIA exatamente no momento da oração! Sabemos que devemos pedi-lo sempre. “ Se Ele é aquele que guia, santifica e que
habita no Batizado, deve ser então “nosso” Mestre e nosso guia. – “É pela
“intimidade”da Sua união com Ele que medem os seus progressos de santidade” - (La Divinisation du
Chrétien – Pe. P. Ramiére, pag. 218)
ATENÇÃO! Santo Tomás nos ensina que é possível SIM, ESTAS
NOVAS VINDAS (efusões) do Espírito!
"Que
o Espírito Santo seja enviado ou venha de novo, não quer dizer que se tenha ido
embora mas que surge na criatura um relacionamento novo com o Espírito: ou
porque nunca estivera ali ou talvez porque começa a estar de maneira diferente
que estivera antes." (S. Th., I, q. 43, a. 1)"
O que não podemos afirmar catedraticamente, que
é a partir da oração de efusão como ocorre na RCC, que acontece de fato esta
vinda, assim como somente depois dela é que estaremos cheios para manifestar os
carismas. Ora, muitas vezes estamos praticando os
dons e os carismas sem ao menos nos darmos conta, já que é algo interior e é o
Senhor quem nos conduz a praticá-los. Veja, não é um acontecimento mágico. O que concluí do que acontece na RCC é que
as pessoas por estarem em contato com os elementos católicos: oração, louvor,
Palavra de Deus - e desejosas de recebe-Lo, recebem de Deus graças atuais para
que acordem para a vida de santidade. Muitos se convertem ao Senhor, mas a
partir daí devem necessariamente buscar crescer espiritualmente na maneira que
o próprio Espírito ensinou à Igreja. Nada, mas nada é mágico e todos, - os que
são da RCC e os que não são -, devem buscar a santidade!
Um erro na apostila da RCC neste sentido está
expresso quando dizem:
“O dado novo que
tem ocorrido na Renovação, em relação ao Batismo no Espírito Santo, é que no
seu seio essa graça tem sido dinâmica e se renova continuamente, como acontecia
na Igreja Primitiva. Assim, essa renovação constante do batismo, bem como o seu
dinamismo, nos tem dado uma identidade ímpar, em se tratando de Igreja
Católica; infelizmente única, pois o ideal é que todos os católicos, senão
todas as pessoas, vivam essa graça.” - O equívoco aqui subentendido que ela faz, é condicionar esta efusão somente aos
membros da RCC, como se os católicos em geral não renovassem os efeitos da
graça do Batismo que receberam.
Apesar da apostila dizer que Sacramento
do Batismo é uma coisa e o Batismo no Espírito ser outra coisa, se confundem
quando na hora de explica-los:
“Visto que o Batismo no Espírito Santo não é uma repetição do Batismo
Sacramental, vejamos o que ele é: Para isso partiremos de uma idéia apresentada
por Jesus no principal dia de uma das Festas dos Tabernáculos realizada em
Jerusalém, quando Ele, de pé, proclamava: “Se alguém tiver sede, venha a mim e
beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de
água viva" (João 7,37-38). O Evangelista segue esclarecendo o significado
destas palavras de Jesus, dizendo: “(Jesus) Dizia isso, referindo-se ao
Espírito que haviam de receber os que cressem nele" (João 7,39).
Veja que Jesus falava aqui exatamente do que acontece naquele que recebe o Batismo
Sacramento, - e não da efusão -, onde recebemos nossa filiação através da
recepção da graça perdida pelo pecado. A partir daí temos o poder de Deus que
age em nós e por nós, mesmo que muitos não tenham esta consciência. A RCC a meu
ver, acende esta consciência da presença do Espírito Santo, mas a custa de
ensinos equivocados. A santidade deve ser buscada a todo custo e esta deve ser nossa meta – enquanto
a RCC exortar neste sentido está correta, o que não se pode é ensinar que basta
encontrar-se com Jesus e o Espírito Santo faz o resto (palavras da apostila).
Exortar a crescer na graça é um pedido da própria Igreja e do próprio Cristo e
todos nós somos chamados a ela.
Quanto aos dons
extraordinários, como dom de linguas, milagres, profecias, e os carismas que
são "gratis datae", carismáticas, - conforme Tanquerey:
"O Senhor dá a quem Ele quer e na hora que Ele quer para que esta
pessoa possa servir a sua Igreja, mas não são condicionados ao estado de
graça., não devemos pedir por conta de sermos enganados por ditas experiências
e que podemos muito bem julga-las erroneamente". - Por fim: Cabe a Igreja o discernimento dos dons que ocorrem em seu seio e não
os próprios membros que os analisam e os decretam se são ou não de Deus!
Veja o
quer diz sobre isto a Lumen Gentium:
“Não se devem porém, pedir temerariamente, os dons extraordinários
nem deles se devem esperar com presunção os frutos das obras apostólicas; e o
juízo acerca da sua autenticidade e recto uso, pertence àqueles que presidem na
Igreja e aos quais compete de modo especial não extinguir o Espírito mas julgar
tudo e conservar o que é bom” (cfr. 1 Tess. 5, 12. 19-21).
São Vicente Ferrer (em processo para ser declarado Doutor da Igreja) continuando o ensino de Santo
Tomás de Aquino e de São João da Cruz sobre este assunto, diz:
“Os
que queiram viver na vontade de Deus não devem desejar obter [...] sentimentos
sobrenaturais superiores ao estado ordinário daqueles que têm um temor e um
amor a Deus sinceros. Tal desejo, de fato, só pode vir de um fundo de orgulho e
de presunção de uma vã curiosidade em relação a Deus e de uma fé demasiada
frágil. A graça de Deus abandona o homem que está preso a este desejo e o deixa
à mercê de suas próprias ilusões e das tentações do diabo que o seduz com
revelações e visões enganosas”.
CONCLUSÃO:
A
RCC acertaria se dissesse que ela a partir do momento que se abriu a devoção ao
Espírito Santo – aliás muito bem lembrado por nosso papa Leão XIII como o
“divino desconhecido” - buscando a santidade e como conseqüência Deus, quis
derramar em profusão os dons e carismas, mesmo sabendo que para o exercício
deles, há de se ter uma caminhada – isto para os dons -, mas ao invés disso
condicionam esta avalanche de dons ao Batismo no Espírito, este até agora não
comprovado que aconteça invariável e automaticamente a todos nos moldes e no momento dos Seminários da RCC. Muitos
tiveram suas vidas transformadas a partir do momento em que participaram da RCC
e acredito mesmo nesta transformação, afinal, Deus além de todas as graças
interiores que nos dá para nos santificarmos, nos dá outras que se chamam
exteriores, - graças abundantes vividas nos grupos de orações e poderosas para
nos ajudar a nos abrirmos ao Espírito Santo, como nos ajuda a entender,
Tanquerey e que cabe bem no que acontece: “E que, atuando diretamente
sobre os sentidos e faculdades sensitivas, atingem indiretamente as nossas
faculdades espirituais, tanto mais que muitas vezes são acompanhadas de
verdadeiros auxílios interiores. Assim, a leitura dos Livros Santos ou duma
obra cristã, a assistência a um sermão, a audição dum trecho de música
religiosa, uma conversa boa são graças exteriores; é certo que, por si mesmas,
não fortificam a vontade; mas produzem em nós impressões favoráveis, que movem
a inteligência e a vontade e as inclinam para o bem sobrenatural. E por outro
lado Deus acrescentar-Ihes-á muitas vezes moções interiores, que, iluminando a
inteligência e fortificando a vontade, nos ajudarão poderosamente a nos
convertermos ou tornarmos melhores.Enfim, Deus sabe que nós nos
elevamos do sensível ao espiritual, adapta-se à nossa fraqueza, e serve-se das
coisas visíveis, para nos levar à virtude.” (Cfr. Tanquerey) - Por fim, o que acontece na RCC é devido à abertura e a presença de Deus que tanto quer
santificar seus filhos, mas nada mágico. Pois exige luta, e luta árdua!
APOSTOLADO BERAKASH: Como você pode ver, ao contrário de outros meios midiáticos, decidimos por manter a nossa página livre de anúncios, porque geralmente, estes querem determinar os conteúdos a serem publicados. Infelizmente, os algoritmos definem quem vai ler o quê. Não buscamos aplausos, queremos é que nossos leitores estejam bem informados, vendo sempre os TRÊS LADOS da moeda para emitir seu juízo. Acreditamos que cada um de nós no Brasil, e nos demais países que nos leem, merece o acesso a conteúdo verdadeiro e com profundidade. É o que praticamos desde o início deste blog a mais de 20 anos atrás. Isso nos dá essa credibilidade que orgulhosamente a preservamos, inclusive nestes tempos tumultuados, de narrativas polarizadas e de muita Fake News. O apoio e a propaganda de vocês nossos leitores é o que garante nossa linha de conduta. A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas deste blog não significa, necessariamente, adesão às ideias neles contidas. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo informativo deste blog. Os comentários devem ser respeitosos e relacionados estritamente ao assunto do post. Toda polêmica desnecessária será prontamente banida. Todos as postagens e comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente, a posição do blog. A edição deste blog se reserva o direito de excluir qualquer artigo ou comentário que julgar oportuno, sem demais explicações. Todo material produzido por este blog é de livre difusão, contanto que se remeta nossa fonte.Não somos bancados por nenhum tipo de recurso ou patrocinadores internos, ou externo ao Brasil. Este blog é independente e representamos uma alternativa concreta de comunicação. Se você gosta de nossas publicações, junte-se a nós com sua propaganda, ou doação, para que possamos crescer e fazer a comunicação dos fatos, doa a quem doer. Entre em contato conosco pelo nosso e-mail abaixo, caso queira colaborar:
Sou muito grato a Deus pela RCC! Eu e toda minha família somos frutos dessa obra da graça que tantos bons frutos tem dado a igreja, inclusive santos como Pe. Leo da Comunidade Betânia!
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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)
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Sou muito grato a Deus pela RCC! Eu e toda minha família somos frutos dessa obra da graça que tantos bons frutos tem dado a igreja, inclusive santos como Pe. Leo da Comunidade Betânia!
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