*Por: Clarice Zeitel Vianna Silva (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ)
Título: PÁTRIA MADRASTA
VIL
*Clarice Zeitel Vianna Silva, acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por sua redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade.' A redação de Clarice intitulada 'Pátria Madrasta Vil', foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da UNESCO.
FONTE:http://eticaparapaz.blogspot.com.br/2011/04/aluna-de-direito-da-ufrj-vence-concurso.html
CONCLUSÃO:
Disse muito bem Clarice Zeitel: "Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar". E seria muita infantilidade acreditar que confiscar a riqueza dos ricos irá acabar com a pobreza e as desigualdades, seria um pensamento ignaro. Parece incrível que, em pleno Sec. XXI, seja necessário relembrar as pessoas de todos os desastres e do exponencial aumento da pobreza que se seguiram a todos os episódios de expropriação dos ricos, desde os "assignat" (moeda sob a Revolução Francesa. Na origem, tratava-se de um título de empréstimo emitido pelo Tesouro em 1789, cujo valor estava associado aos bens nacionais), após a Revolução Francesa, passando por todas as experiências socialistas da China, da URSS, de Cuba e da Coreia do Norte, até os recentes exemplos da Grécia, da Argentina, do Zimbábue, da Venezuela etc. A lista não acaba! A expropriação de riqueza consegue apenas gerar mais pobres e piores condições para todos! Ademais, trata-se de uma grande mentira. Tão logo você expropria a riqueza dos cidadãos mais ricos de uma economia, além de destruir o emprego de milhares de pessoas, você não irá retirar os pobres da pobreza. Afinal, o que irá acontecer já no ano seguinte? Não haverá mais ricos a serem espoliados! Simples assim! Ou seja, após esta renda espoliada ter sido distribuída e consumida, não haverá como ocorrer novas redistribuições. Afinal, de onde viria a nova renda a ser redistribuída? Vale lembrar que nesta situação, não haverá mais ricos e pobres. Todos estão em igual situação. Consequentemente, não haverá mais de quem tirar!
Logo, e por definição, uma redistribuição de renda é algo que só pode ser feito uma única vez. E, após a redistribuição, os contemplados estarão em melhor situação apenas enquanto estiverem gastando o dinheiro recebido. Tão logo tudo seja consumido, tais pessoas voltarão ao estado de pobreza anterior. E pior: com os empreendedores mais pobres, será muito mais difícil para tais pessoas melhorarem de vida. O número de pobres irá aumentar e a miséria irá se multiplicar, evidenciando que, se você penalizar o sucesso, você redistribuirá o fracasso!
E as consequências de uma política redistributivista, mesmo que em menor escala, podem ser catastroficamente surpreendentes. Recentemente, foi divulgado que as políticas redistributivas da Califórnia resultaram em uma desigualdade de renda pior que a do México, e a maior taxa de pobreza dos EUA. No final, exatamente por não haver como espoliar os ricos continuamente, foi a classe média quem acabou bancando o assistencialismo estatal por meio de maiores impostos. Desigualdade não é o mesmo que injustiça, como salientou o Prêmio Nobel Angus Deaton, e não é nada surpreendente que os intervencionistas insistam em ressaltar a desigualdade como o maior problema de todos, em vez de abordarem a pobreza absoluta e maneiras de permitir um maior crescimento de classe média.
O debate sobre pobreza e desigualdade se tornou uma desculpa para novas intervenções, e não um meio para debater como continuar o processo de enriquecimento das pessoas. Intervencionistas não querem que os pobres sejam menos pobres; querem apenas que os ricos sejam menos ricos. Para o burocrata, o objetivo é manter o aparato estatal plenamente operante, e não torná-lo desnecessário.
O intervencionismo assume que a desigualdade é um efeito negativo, e não uma consequência natural da prosperidade. E, com efeito, alguma desigualdade sempre será positiva. Se meus colegas de trabalho são mais bem-sucedidos do que eu, isso será um incentivo para eu me aprimorar. Somente quando há uma desigualdade gerada pelo sucesso é que as sociedades progridem, e o bem-estar de todos aumenta.Não há maior desigualdade e injustiça do que o igualitarismo, o qual elimina os incentivos para o aprimoramento próprio.
O igualitarismo, longe de reduzir a pobreza, acaba por intensificá-la! Há alguns anos, a Oxfam elogiou a Venezuela, dizendo que a "desigualdade foi reduzida". E realmente foi. Só que a redução se deu tornando todos os venezuelanos mais pobres, exceto os redistribuidores. Esses ficaram milionários. No final, a redução da pobreza é uma consequência da prosperidade, do crescimento e do emprego, e não de políticas populistas. O capitalismo e o livre comércio fizeram muito mais para reduzir a pobreza do que todos os comitês governamentais combinados.
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Obrigada Dra.Clarice... Parabéns !!! Voce "Clareou" meus pensamentos...
Minha Pátria não é essa Madrasta Vil.
Os brasileiros que votam em corruptos, sim!
Mente Cidadã, Solidária e abençoada. Parabéns. Que suas metas na vida sejam alcançadas.
Clarice, você clareou meus pensamentos. Muito obrigado.
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