(foto reprodução)
A visita de Bento XVI à Alemanha destacou a força de seu legado como líder espiritual e defensor da fé católica em tempos desafiadores. Mesmo diante de protestos e críticas a respeito de escândalos passados no clero, o pontífice demonstrou serenidade e firmeza, reafirmando os valores morais e a doutrina da Igreja. Recebido por milhares de fiéis e cumprimentado por autoridades políticas, líderes judaicos e peregrinos de diversas regiões, Bento XVI utilizou sua visita para reforçar a importância da fé, da unidade e da esperança, lembrando que a Igreja, embora humana e sujeita a falhas, permanece um instrumento de salvação e orientação moral para milhões de pessoas. Seu discurso no Parlamento, uma honra rara para um papa, e a missa para 70 mil pessoas evidenciam o reconhecimento de sua autoridade moral e a influência duradoura de seu magistério na Alemanha e no mundo.
Bento XVI é recebido na Alemanha por mais de 70.0000 fieis
"Desgraçado do mundo que causa tantas quedas! decerto, é necessário que haja escândalos, mas ai do homem por quem acontece a queda!" (Mt 18,7).
Por Alexandra Hudson- BERLIM (Reuters)
Os alemães contrários aos ensinamentos do papa sobre sexualidade e revoltados com os casos de abusos cometidos por padres protestaram em Berlim nesta quinta-feira, enquanto membros do Parlamento boicotaram um discurso do pontífice no início de uma visita de quatro dias de Bento XVI a seu país. O papa encontrou a chanceler Angela Merkel, lideranças políticas e autoridades judaicas, e recebeu aplausos calorosos durante um discurso ao Parlamento no prédio do Reichstag, uma honra rara!

Mas cerca de 100 deputados “no Parlamento de 620 assentos “boicotaram seu discurso, o que provocou debates fervorosos entre o povo alemão sobre a separação de Igreja e Estado.Cerca de 8.000 pessoas que se opõem às posições conservadoras de Bento 16 sobre a sexualidade e os escândalos dos padres pedófilos protestaram no centro de Berlim, carregando cartazes escritos "Vá para casa, papa" e "Menos religião = mais direitos humanos".O papa ainda ouviu críticas de um líder judaico que no passado tinha elogiado os esforços de Bento para melhorar as relações entre cristãos e judeus. O líder comunitário alertou ao papa que os judeus ficariam feridos se o papa do período da guerra Pio 12 fosse beatificado.O pontífice nascido na Baviera terminou o dia com uma missa para 70 mil pessoas, que rezaram sob chuva no Estádio Olímpico da cidade. Bento XVI começou a viagem com um apelo aos alemães para não deixarem a Igreja por causa dos escândalos de abuso sexual, que levaram um recorde de 181 mil fiéis a abandonarem o catolicismo em protesto no passado.
"A Igreja é uma rede do Senhor, que pesca os peixes bons e peixes ruins", disse ele, usando uma imagem do evangelho de Jesus como um pescador.
Mas isso não foi o bastante para acalmar os manifestantes mantidos a uma distância segura por uma presença policial repressiva no centro de Berlim."Isso é incrivelmente arrogante, mostra que ele não é deste mundo", disse o manifestante Dirk Friedrich, de 62 anos, que cresceu em um orfanato católico onde ele afirmou que os abusos violentos eram frequentes. "Foi a Igreja e este papa que permitiram que todos os abusos fossem varridos para debaixo do tapete", disse Friedrich, na Potsdamer Platz de Berlim, onde alguns cartazes de protestos diziam "Melhor Deus sem uma Igreja do que uma Igreja sem Deus".
Mas dezenas de milhares de católicos lotaram o estádio, incluindo centenas de peregrinos da vizinha Polônia vestindo longas capas vermelhas com uma cruz e a imagem de Cristo.
"Nós o amamos e quisemos mostrar que, enquanto há aqueles que protestam, há tantas pessoas que o amam", disse a polonesa de 23 anos Anna Ogorzalek, que viajou 10 horas de ônibus."
Durante décadas nós tivemos um momento difícil como católicos no comunismo da Alemanha Oriental, por isso é realmente ótimo que Bento tenha vindo para nos ver", disse a enfermeira de 50 anos Walburga Treibmann, do Estado de Brandenburgo, perto de Berlim.

A Igreja na Alemanha recebeu quase 600 pedidos de indenização das vítimas de abuso sexual e físico, enquanto uma associação de vítimas estima que mais de 2.000 pessoas foram maltratados por padres católicos nas últimas décadas.Bento 16 disse entender que as pessoas estejam "escandalizadas por esses crimes", mas exortou os católicos a permanecer na Igreja enquanto a instituição trabalha para corrigir os erros cometidos em suas fileiras.
BERLIM (Reuters)
Conclusão
A visita de Bento XVI à Alemanha reforça seu legado como um líder espiritual firme, capaz de conduzir a Igreja com equilíbrio entre tradição, transparência e pastoralidade.
Apesar das críticas e dos protestos, a presença massiva de fiéis, a atenção das autoridades políticas e o diálogo com líderes religiosos refletem o respeito e a confiança que seu magistério ainda inspira. Bento XVI não apenas abordou os escândalos do passado com responsabilidade, mas também encorajou os católicos a permanecerem na Igreja, reafirmando a centralidade da fé e da moral cristã. Sua autoridade, combinada com sua capacidade de dialogar e guiar a comunidade, confirma que seu legado permanece uma referência de sabedoria, coragem e fidelidade à doutrina da Igreja, consolidando-o como uma figura central para a preservação e renovação espiritual da comunidade católica.
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