Perguntando-nos se Deus existe, temos que pensar em duas outras questões:
1.Que boas razões existem para pensarmos
que Deus existe?
2.Que outras boas razões existem para pensarmos
que Deus NÃO existe?
Dr. *Craig expõe seis linhas de evidências a favor da existência de Deus:
Razão 1: Deus é a melhor explicação para o porquê existe alguma
coisa, além do nada!
Qualquer coisa que
existe possui uma explicação para sua existência. E a explicação só pode ser de
dois tipos: ou a causa está na sua própria natureza ou a causa é externa. É óbvio que o
Universo existe e existem explicações para sua existência, porque o Universo
veio a existir no tempo, antes dele nada havia, segundo os cosmólogos. Logo, a
causa do Universo é externa!
Então, a causa do Universo deve
ser maior que o Universo, isto é, estar fora do espaço e do tempo, logo,
imaterial e atemporal (pois não existia matéria e tempo antes do Universo).Ora, só existem dois
tipos de objetos que são assim: objetos abstratos, como números, ou uma mente
inteligente. Mas objetos abstratos não causam nada, portanto, se segue que a
explicação do universo é uma causa pessoal, externa e transcendente.
Razão 2: A existência de Deus é inferida pela origem do
universo.
Uma
objeção pode surgir do primeiro argumento: O universo poderia
existir de forma necessária, pela sua própria natureza. Mas este segundo
argumento impede este escape: “Qualquer coisa que exista de
forma necessária deve existir eternamente. As ciências evidenciam que o Universo
teve uma origem no tempo, no evento conhecido como Big Bang, do qual surgiu
todo o espaço físico e o tempo. Não havia espaço, tempo e matéria
pré-existente.” Mas
a pergunta necessária é : "Por que o Universo veio a existir ? - "A menos que se queira
crer que algo possa surgir do nada, temos por conclusão:
-Qualquer coisa
que comece a existir tem uma causa!
-O Universo começou a existir.
-Portanto, o Universo tem uma causa!
A causa do espaço e
do tempo deve ser eterna, não espacial, imaterial e de um poder insondável.
Além disso, deve ser um ser pessoal. Porque
deve haver um ser pessoal nessas condições? O único modo da causa
ser eterna e o efeito ter início no tempo é se a causa for um agente pessoal,
que livremente escolheu criar um efeito no tempo, sem nenhuma condição
predeterminada.
Razão 3: O ajuste fino do universo aponta para um projetista
inteligente:
As leis da natureza
apresentam algumas constâncias, como a constante gravitacional. Estas não são
determinadas pela natureza, mas foram elas que deram possibilidade de
existência para o universo.Ainda, existem certas
quantidades arbitrárias colocadas como condições iniciais sobre as quais as
leis da natureza operam, por exemplo, a quantidade de entropia ou o equilíbrio
entre matéria e antimatéria.Todas essas constantes e
quantidades se encaixam extraordinariamente em uma faixa muito estreita de
valores infinitesimais que permitem a existência de vida. Se esses valores e
quantidades fossem infinitesimamente diferentes, nada existiria. Existe
somente três possibilidades conhecidas de explicar este ajuste fino do universo:
1)-Necessidade
física.
2)-Acaso.
3)-Ou "Design (projeto) inteligente".
-Necessidade física
não pode ser, pois vimos que os valores independem e são condições necessárias
para as leis da natureza.
-O Acaso, Fibonacci e Borel já comprovaram ser matematicamente
impossível! A probabilidade de que todas estas constantes e quantidade se
encaixem de forma ordenada e de forma simultânea, é absurdamente ínfima, e os acertos do acaso (em milhões de processos) teriam que se repetir
sequencialmente em número absurdo de vezes. Portanto, o ajuste
fino implica a existência de um Projetista inteligente.
- Razão 4: É plausível que os valores morais objetivos sejam
fundamentados em Deus.
Se Deus não existe,
tampouco valores objetivos (válidos e obrigatórios por si, independente de
pessoa ou aceitação). Um
certo evolucionismo moderno afirma que os valores morais são fruto de evolução
tanto quanto órgãos e membros biológicos, portanto, uma moral objetiva é
ilusória. Nietzsche,
que proclamou a morte de Deus, entendeu que sem Deus não há sentido e valor
objetivo para a vida! A questão não é que devamos crer em Deus para reconhecer e
viver valores morais.
A questão é que na ausência de
Deus como fonte da lei moral objetiva, não podemos reconhecer nenhuma moral,
pois que seria fruto de evolução, portanto, mutável, não objetiva. Na visão ateísta, não
há nada de moral, ou absolutamente errado em estuprar alguém ou infringir qualquer
sofrimento a um inocente. São meras convenções sociais evolucionárias. Portanto:
- Se Deus não
existe, valores morais objetivos não existem.
-No
fundo, todos sabem que valores objetivos existem e são necessários, pois o mal por si só se destrói.
-Logo, Deus existe!
Razão 5: Os "fatos históricos" relacionados à vida, morte e
ressurreição de Jesus.
Críticos do Novo
Testamento chegaram a algum consenso de que o Jesus histórico veio à cena com
um senso de autoridade divina. Ele levou uma vida austera de pregação e atos
miraculosos. Mas a confirmação suprema de
suas afirmações foi sua ressurreição de dentre os mortos. Se Jesus ressuscitou,
parece que temos um milagre divino em nossas mãos e, assim, uma evidência para
a existência de Deus! Existem
três fatos históricos estabelecidos, reconhecidos pelos historiadores, que são
evidências para a ressurreição de
Jesus:
1º-)-A tumba
encontrada vazia no Domingo após a crucifixão.
2º)-A experiência de
inúmeras aparições do ressuscitado.
3º)-Os discípulos acreditaram na ressurreição num ambiente totalmente contrário a isso!
Tentativas de
rejeitar esses fatos (se os discípulos roubassem o corpo; ou que Jesus não
teria morrido de fato) são amplamente recusadas pelos críticos mais imparciais, portanto:
-Existem três
fatos históricos confirmados a favor da ressurreição de Jesus.
-A hipótese “Deus
ressuscitou Jesus de dentre os mortos” é a melhor explicação para estes fatos.
-Todos estes fatos implicam a
existência de Deus, portanto, Deus
existe!
- Razão 6: A experiência pessoal de Deus.
Este não é
verdadeiramente um argumento, mas antes uma afirmação da sua existência
simplesmente pela experiência pessoal imediata e evidente que dá sentido a
vida!
Portanto, para acreditar que o
ateísmo está correto, então o opositor terá primeiro que derrubar as seis
razões apresentadas e em seu lugar apresentar razões porque o ateísmo é
verdadeiro. A não ser que isto
aconteça, nós podemos concluir que o "teísmo" é a cosmovisão mais plausível!
Respostas
a algumas objeções:
Em geral se observa
que os argumentos do ateísmo estão baseados na dúvida se Deus preenche ou não
nossas expectativas.É uma pressuposição perigosa
pensar que se nossas expectativas sobre Deus não forem satisfeitas, Deus não
existe. O mais provável é que
as expectativas estejam equivocadas.
Objeção
1: O sumiço de Deus!
Não
há razão para esperar mais evidências além das que Ele já deixou! Por que esperar mais
evidências que um universo contingente, surgido do nada, o ajuste fino para a
existência de vida inteligente, o conjunto de valores transcendentes, a
ressurreição e as afirmações de Jesus, e a experiência imediata do próprio
Deus?“O objetivo
principal de Deus é atrair as pessoas para uma relação livre e amorosa com Ele,
não apenas convencê-los de que Ele existe.”Uma manifestação mais
direta poderia ter o efeito contrária: forçar a relação não dá espaço
para a liberdade e o amor.
Objeção
2: O sucesso das ciências naturais
Primeiro, é o teísmo
que garante o sucesso das ciências naturais! O mundo é racional e opera segundo
leis claras e observáveis, como vimos no argumento do design. Segundo, Deus pode
intervir periodicamente no processo natural que ele mesmo criou! Por exemplo, a
ressurreição de Jesus. Toda a história de Israel foi pontuada com a autorrevelação
de Deus na história.
Objeção
3: O dualismo mente-corpo ensinado pelo teísmo.
Correlações entre
eventos cerebrais e mentais não provam que não existe um “eu”, alma ou mente
imaterial que seja correlacionada com o cérebro. O materialismo
reducionista diz que eu sou o mesmo que meu cérebro ou sistema nervoso. Porém,
as propriedades mentais não são do mesmo tipo que propriedades físicas:
“estados de espírito”, percepção moral e identidade pessoal, intenções,
sabedoria, liberdade. Não saber como um
agente imaterial interage com o material (o cérebro e o corpo) não é razão para
negar a realidade da alma, muito menos que Deus existe.
Objeção
4: A evolução extravagante e ineficiente é incompatível com a existência de um
Deus inteligente.
Em primeiro lugar,
eficiência é importante apenas para uma pessoa que tenha tempo e recursos
limitados. Dizer que a via que Ele escolheu é ineficiente é apenas afirmar que
não correspondeu a nossas expectativas pessoais.Segundo, o argumento
supõe que a teoria macro-evolucionária é verdadeira, mas isso está longe de ser
provado. Somente no exemplo do homo sapiens, existem pelo menos 10 passos tão
improváveis que, antes que eles possam ter acontecido simplesmente pelo acaso,
o sol e a Terra deixariam de existir.Portanto, se a evolução
aconteceu, isto seria literalmente um milagre, e portanto evidência para a
existência de Deus.
Objeção
5: O sofrimento dos inocentes no mundo.
Deve-se distinguir "problema emocional" do sofrimento e "problema intelectual" do sofrimento. Dor
e sofrimento são uma objeção emocional para reconhecer a existência de Deus,
mas não intelectual! Primeiro, não está claro que o
sofrimento seja sem sentido. Apenas não estamos em condições de fazer esse tipo
de julgamento. Ao sermos limitados por tempo e espaço, nós não temos condições
de conhecer o fim da história e as razões dos acontecimentos. Isso
não passa de ressentimentos por não saber essa e tantas outras coisas dentro de uma visão macro que só Deus tem! Só conseguimos ver, julgar e avaliar o que está próximo. Portanto, é
logicamente impossível (e por várias razões),Deus nos dizer, de modo
compreensível, a cada um, a razão de tudo! Ele nos diz de uma
forma mais geral, de modo que podemos confiar nele e esperar o cumprimento de
suas promessas para além desta vida.
*O
presente resumo foi feito a partir do debate “Deus existe? Willian Lane Craig X Austin Dacey”. William Lane Craig (Peoria, 23 de Agosto de 1949) é um filósofo e teólogo cristão estadunidense. Como filósofo, Craig se especializou em filosofia da religião, metafísica, e filosofia do tempo. Como teólogo, suas especialidades são estudos sobre o Jesus histórico e teologia filosófica. Craig fez contribuições importantes para discussões sobre o argumento cosmológico em favor da existência de Deus, a onisciência divina, teorias do tempo e eternidade e para a historicidade da ressurreição de Jesus. Sua pesquisa atual está relacionada com a autoexistência de Deus (asseidade divina) e o desafio que concepções platônicas sobre objetos abstratos apresentam para esta doutrina. Craig é autor de diversos livros, o mais conhecido deles sendo "Reasonable Faith". Ele disse que Alvin Plantinga é o seu filosófo de maior inspiração.
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Muito obrigada por esta postagem! me ajudou demais! Deus os abençôe!
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