“Já vou embora, mas sei que vou voltar” — A Canção dos Exilados e o Amor Inquebrável ao Brasil. Uma canção que atravessa gerações e distâncias!
Algumas canções ultrapassam o tempo e se tornam espelhos da alma de um povo. A “Canção da Despedida”, composta por Geraldo Azevedo e Carlos Fernando, é uma dessas melodias eternas. Escrita num tempo de incertezas, ela fala da dor da partida, mas também da certeza do retorno.Hoje, essa música ressoa novamente no coração de tantos brasileiros que se encontram longe de sua terra — não apenas por razões políticas, mas por amor, medo, fé ou esperança. Cada verso ecoa como um suspiro coletivo de quem carrega o Brasil na alma, mesmo a milhares de quilômetros de distância.
(Geraldo Azevedo)
Mas essa canção aqui que eu vou cantar
Eu faço questão de cantar muitas vezes agora
Porque ela ficou muito tempo, assim, engasgada na garganta
É uma canção que eu fiz com Vandré em 68
Ela ficou censurada muito tempo, esse tempo todo
Finalmente ela foi desencantada por uma paraibana, né
E eu vou cantar agora pra poder registrar assim, de outra forma
Mas essa canção, assim
Eu faço questão de cantar nesse sentido, assim
Porque esse tempo todinho eu pelejei pra cantar
Várias vezes que eu, que eu fazia discos, que eu fazia discos
E toda vez eu botava na relação de discos pra censura
E nunca, e nunca era liberada, né
Finalmente foi e eu não consegui gravar
Agora eu vou conseguir gravar com vocês, tá
Com vocês aí...Aliás, vocês podem até ajudar assim
Um vocalzinho bonitinho, vai...
Já vou embora, mas sei que vou voltar
Amor, não chora, se eu volto é pra ficar
Amor, não chora, que a hora é de deixar (ooh!)
O amor de agora, pra sempre ele ficar
Eu quis ficar aqui mas não podia
O meu caminho a ti não conduzia
Um rei mal coroado
Não queria o amor em seu reinado
Pois sabia não ia ser amado
Amor, não chora, eu volto um dia
O rei velho e cansado já morria
Perdido em seu reinado sem Maria
Quando eu me despedia, no meu canto lhe dizia
Já vou embora, mas sei que vou voltar (ooh!)
Amor, não chora, se eu volto é pra ficar
Amor, não chora, que a hora é de deixar (ooh!)
O amor de agora, pra sempre ele ficar
Eu quis ficar aqui mas não podia
O meu caminho a ti não conduzia
Um rei mal coroado
Não queria o amor em seu reinado
Pois sabia não ia ser amado
Amor, não chora, eu volto um dia
O rei velho e cansado já morria
Perdido em seu reinado sem Maria
Quando eu me despedia, no meu canto lhe dizia
Já vou embora, mas sei que vou voltar (ooh!)
Amor, não chora, se eu volto é pra ficar
Amor, não chora, que a hora é de deixar (ooh!)
O amor de agora, pra sempre ele ficar
Brigado!O incrível é que é uma canção bonita, né? A censura se enganou comigo...
1. “Já vou embora,
mas sei que vou voltar” — O exílio como promessa de retorno
O primeiro verso é, ao mesmo tempo, despedida e profecia: “Já vou embora, mas sei que vou voltar.” Em uma única frase, cabe toda a experiência do exílio. O corpo parte, mas o coração permanece preso à terra natal. Essa certeza de voltar um dia é o que mantém acesa a chama da identidade. Para quem ama o Brasil, não há exílio que apague a esperança — ela apenas se transforma em saudade e resistência silenciosa. O exilado é aquele que carrega o país nos olhos, que chora ao ouvir o hino nacional, que sonha com o cheiro da chuva no sertão e com o abraço de um amigo de infância. Cada um, à sua maneira, repete consigo: “eu volto”. E essa fé é o que transforma a saudade em força.
2. “Ao lugar que a
saudade me faz voltar” — O poder das raízes e da memória
Há uma sabedoria profunda nesse verso. Não é apenas o desejo de regressar fisicamente, mas o reconhecimento de que a saudade é uma bússola. Ela aponta sempre para casa. A saudade é a linguagem dos que amam de verdade. Os que estão longe percebem que o Brasil não é apenas um território: é um modo de ser, um jeito de falar, de rir, de rezar, de lutar. A saudade ensina que a pátria não se define por fronteiras políticas — mas por valores, memórias e afetos que sobrevivem a qualquer regime.
3. “Não sei se choro pela dor de ficar, ou pela alegria de voltar” — O coração dividido
A canção alcança aqui seu ponto mais humano. Todo exilado vive esse paradoxo: partir é doloroso, mas voltar também exige coragem. Entre o adeus e o reencontro, há um mar de incertezas — mas também a promessa de recomeço.Esse verso representa o Brasil que se parte em dois, mas continua sendo um só coração.
Aqueles(as) que se foram
não o fizeram por fraqueza, mas por fidelidade a algo maior: à própria
consciência, à liberdade e à esperança de um futuro melhor.
Chorar, nesse contexto, é um gesto de amor. Porque quem ama o Brasil, sofre por ele — e sonha com o dia em que o retorno será possível, não apenas geográfico, mas espiritual: o retorno à verdade, à justiça e à paz.
4. “Mesmo distante,
eu sei que vou voltar” — A fé que vence o tempo
Há uma força profética nesse verso. É como se o próprio Brasil, personificado, dissesse aos seus filhos: “esperem, o tempo de vocês vai chegar.”
Essa certeza é o que move tantos corações longe da pátria — pessoas que, mesmo exiladas, continuam orando por ela, defendendo seus valores e preservando sua identidade. A distância, nesse caso, não é abandono, mas uma pausa. E toda pausa carrega o germe do retorno. O exilado de hoje é o guardião da memória de um país que ainda pode renascer. Mesmo longe, trabalha, canta, reza e espera — porque sabe que nenhum poder humano pode aprisionar para sempre o amor à pátria.
Presos Políticos e Exilados no Brasil: A Verdade que o Mundo Precisa Saber
Um país que mantém presos políticos e exilados políticos não pode ser considerado verdadeiramente democrático. É urgente que o mundo saiba o que está acontecendo no Brasil sob o regime Lula, onde cidadãos inocentes têm sido perseguidos por suas convicções e ações pacíficas.
Protestos Contra as Sentenças Monocráticas do STF
Recentemente, ocorreram manifestações legítimas contra as sentenças monocráticas do Supremo Tribunal Federal (STF) que têm condenado injustamente pessoas inocentes envolvidas nos eventos do 8 de janeiro. Cartazes com fotos de presos políticos foram distribuídos em frente à Avenida Atlântica, local por onde passarão líderes mundiais nos próximos dias.O objetivo dessas ações é claro: chamar a atenção da imprensa internacional e denunciar publicamente a situação do Brasil, mostrando que cidadãos comuns estão sendo punidos sem cometer crimes.
Exibição Internacional das Fotos dos Exilados
Em 18 de novembro de 2024, as fotos dos exilados e presos políticos do 8 de janeiro foram exibidas na Praia de Copacabana, diante de líderes mundiais presentes no Brasil. Essa ação simbólica mostrou ao mundo a realidade do país e reforçou a necessidade de liberdade e justiça para os inocentes.
Veja as imagens dos exilados e presos políticos do 8 de Janeiro no link abaixo:
https://www.instagram.com/reel/DCg2Hkjo5C1/?utm_source=chatgpt.com
Casos de Injustiça e Perseguição Política -Entre os presos políticos mais conhecidos estão:
-Iraci Meugmi Nagoshi, professora aposentada de 71 anos
-Ezequiel Ferreira Luis, 43 anos
-Débora Rodrigues, cabeleireira de 38 anos
-Jorginho Cardoso de Azevedo, 63 anos
Todos foram condenados a 14 anos de prisão por ações que não configuram crimes: entrar em um prédio público ou escrever mensagens em uma estátua com batom. Essa situação expõe uma clara violação de direitos humanos e o uso político da justiça brasileira.
Liberdade para os Inocentes: Um Chamado Internacional
Não podemos aceitar que pessoas inocentes continuem pagando por crimes que não cometeram. A verdadeira justiça só será feita quando os inocentes forem libertados. E para aqueles que afirmam que os acusados “cumpriram pena pelos crimes que cometeram”, esse mesmo argumento foi utilizado durante o regime militar, reforçando a necessidade de atenção internacional sobre essas injustiças.
Conclusão – Um Brasil que vive a saudade dos que se foram...
“Já vou embora, mas sei que vou voltar…” — canta Geraldo Azevedo, e a letra ganha outro sentido quando ecoa no coração dos brasileiros que hoje vivem longe de sua terra, forçados ao exílio político.
Eles partiram, mas não desistiram! Levaram consigo o amor pelo Brasil, a esperança de justiça e a fé inabalável de que um dia poderão pisar novamente o chão que os viu nascer — livres, sem medo e sem perseguição. Assim como tantos exilados de outras épocas, deixaram para trás família, amigos e a rotina de um país que, por ora, parece ter esquecido o valor da liberdade e do contraditório. Mas quem parte com a verdade no peito não parte em vão — parte semeando o retorno.
A “Canção da Despedida” é mais do que música: é prece, é promessa, é profecia. Cada verso soa como um sussurro de esperança, uma lembrança viva de que a saudade pode ser também uma forma de resistência. Porque a esperança não morre — apenas repousa à espera do tempo certo de florescer. Os que partiram não deixaram o Brasil: levaram o Brasil dentro de si. Em cada oração, em cada gesto, em cada lembrança, a pátria continua viva, pulsando no exílio.
E quando voltarem, não virão com rancor, mas com o coração disposto a reconstruir. Pois o verdadeiro amor à pátria não nasce do ódio, mas da saudade que purifica, do perdão que liberta e da fé que renova. E então, como na canção, cada um poderá repetir — não mais em silêncio, mas em coro: “Já vou embora, mas sei que vou voltar.”
E quando esse dia chegar, o Brasil reencontrará não apenas seus filhos, mas também a si mesmo — redescobrindo, no retorno dos exilados, a própria alma livre que nunca deixou de existir, apenas adormeceu à espera da aurora.
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