Resolvi fazer esse post após ouvir de alguns diáconos o seguinte desabado:
"Fico perplexo, chateado, e sem entender, quando vejo algumas pessoas que vão aos Domingos numa igreja e ao perceberem que o celebrante é um
diácono, viram as costas e vão embora. Muitos deles não sabem que às vezes o padre que não veio celebrar é um pecador conhecido por todos, e muitas vezes o leigo, ministro da Eucaristia, ou diácono que
vai fazer a celebração é uma pessoa santa e de vida exemplar..."
Sei que não dizem isso por maldade ou má fé, mas por desinformação. Nada contra os Diáconos, Ministros da Eucaristia e tantos Leigos e Leigas que suprem a falta de padres com a celebração da palavra, nos Rincões do Brasil e mundo afora, mas é preciso separar alhos de bugalhos. Eu mesmo sou um desses que se aos Domingos quem estiver celebrando for um leigo, ministro da Eucaristia, ou Diácono, e se eu puder participar noutro local da Santa Missa com um padre, eu saio sim, não por desfeita a quem estiver celebrando, mas porque, sei do ensinamento da Igreja sobre o assunto. A Santa Missa é o centro da vida cristã. O Catecismo da Igreja Católica (CIC 1324) diz que ela é “a fonte e o ápice de toda a vida cristã”. Atribuir o valor da Santa Missa ao mesmo valor da Celebração da Palavra "é mentalidade protestante e não católica, que quer colocar no mesmo nível um simples culto de oração, formação ou adoração, no mesmo nível da Santa Missa". Lembrando que a celebração da palavra pode ser realizada por qualquer leigo (se não tiver distribuição da Eucaristia). Se tiver distribuição da Eucaristia somente os Diáconos, e ou, Ministros Extraordinários da Eucaristia (com a devida autorização do bispo ou pároco), é que podem conduzir.Na Celebração da Palavra, o diácono pode presidir grande parte da liturgia, mas há orações reservadas exclusivamente ao sacerdote, que um diácono não pode pronunciar.
O que o Diácono pode dizer na Celebração da
Palavra
•Introdução
e saudação inicial.
•Leituras
bíblicas.
•Homilia
ou reflexão (se autorizado).
•Oração
dos fiéis (preces).
•Ato
Penitencial (com fórmulas próprias para Celebração da Palavra).
•Benção
de envio aprovada: “Ide em paz e anunciai o Evangelho” ou fórmulas
equivalentes.
Sobre a súplica sacerdotal após o Ato Penitencial na Santa Missa
“Deus todo-poderoso tenha misericórdia de nós, perdoe os nossos
pecados e nos conduza à vida eterna!”
•É
uma oração sacramental pronunciada pelo sacerdote.
•Funciona
como absolvição espiritual parcial, preparando a assembleia para a participação no memorial do Sacrificio em estado de graça e receber a Eucaristia.
Quem pode pronunciá-la?
•Somente
o sacerdote (ou o diácono, se autorizado) pode usar a forma litúrgica completa
da Missa, incluindo esta oração como parte do rito da Eucaristia.
•Diáconos
ou leigos que presidem Celebração da Palavra podem conduzir o Ato Penitencial,
mas não podem recitar a fórmula sacerdotal da Missa, porque isso é reservado ao
ministro ordenado.
✔ O que podem fazer:
•Podem
usar outras fórmulas de confissão e súplica aprovadas para a Celebração da
Palavra, por exemplo:
“Reconheçamos os nossos pecados e
demos graças a Deus, que é rico em misericórdia.”
Ou
ainda:
“Confessemos ao Senhor nossos pecados, para que Ele nos perdoe e
nos conduza à vida eterna.” (desde que aprovado na liturgia local pelo bispo ou pároco)
Fundamento litúrgico oficial:
Sacrosanctum Concilium (Vaticano II, 1963) e o Ritual das Celebrações da Palavra determinam: "A Celebração da Palavra não reproduz integralmente a Missa, nem sua linguagem sacramental reservada ao sacerdote". Fórmulas litúrgicas podem ser adaptadas (para leigos e diáconos) mas, sempre respeitando a diferença entre ministérios.
SOBRE A Celebração da Palavra
A Celebração da Palavra é uma forma de culto "sem o Memorial
do Sacrifio", algumas orações, e também, sem a Eucaristia. É recomendada
quando não há possibilidade de um padre celebrar a Missa.
Na teologia e magistério católico, o valor da Missa não depende da homilia nem da pessoa do celebrante, mas do próprio sacrifício de Cristo que se torna presente no altar!
O essencial da Missa está na consagração eucarística, onde o pão e o vinho se tornam Corpo e Sangue de Cristo. É aí que se realiza o sacrifício redentor. A homilia, embora recomendada e muitas vezes obrigatória (especialmente nos domingos e festas de preceito), não faz parte da validade da Santa Missa. O Código de Direito Canônico (cân. 767 §2) estabelece que a homilia deve ser feita nos domingos e festas, mas isso não afeta sua validade, portanto, uma missa com ou sem homilia tem o mesmo valor sacrificial.
Quanto ao celebrante, a eficácia da Missa não depende da santidade pessoal do padre, mas da ação "in persona Christi" (na pessoa de Cristo)!
Isso é o princípio da "ex opere operato": os sacramentos agem pela própria ação realizada, não pela dignidade do ministro. Portanto, mesmo uma Missa sem homilia (quando não for obrigatória) ou celebrada por um padre em pecado grave continua sendo válida e eficaz, porque é Cristo quem age!
Quem pode conduzir a Celebração da Palavra?
Segundo o Diretório sobre a Piedade Popular e a Instrução Geral do Missal Romano (IGMR), a Proclamação da Palavra pode ser feita por leigos ou ministros extraordinários da Eucaristia, desde que estejam devidamente preparados. Normalmente, os leigos proclamam leituras (primeira leitura, salmo, segunda leitura).
A
proclamação do Evangelho, porém, é reservada ao diácono ou ao sacerdote. Isso é
regra do Cânon 767 e da IGMR 59.
Sobre a Homilia
Na
Missa, a homilia é feita somente por sacerdotes ou diáconos.
Na Celebração da Palavra, Leigos ou ministros da Eucaristia não podem presidir a homilia que seria, de fato, uma reflexão oficial da Palavra na perspectiva pastoral do sacerdote. Podem, no máximo, conduzir reflexões, meditações ou partilhas, mas isso não substitui a homilia litúrgica.
Mesmo na Celebração da Palavra, o Evangelho é reservado ao diácono ou sacerdote.A Instrução Geral do Missal Romano (IGMR, 59) é clara:
“O Evangelho deve ser lido pelo diácono,
ou na sua ausência, pelo sacerdote.”
Portanto, nem ministros extraordinários da Eucaristia nem leigos podem proclamar o Evangelho. Eles só podem ler as outras leituras (primeira leitura, salmo, segunda leitura). O motivo dessa regra muitas pessoas não compreendem e acabam cometendo abusos, não por má fé, mas por desconhecimento.
Vamos entender o porquê teológico e litúrgico da proibição de leigos proclamarem o Evangelho, mesmo na Celebração da Palavra:
-O Evangelho tem um lugar especial na liturgia católica: o Evangelho representa a própria presença de Cristo na proclamação da Palavra. Por isso, não é tratado como uma leitura comum. A IGMR (Instrução Geral do Missal Romano) destaca que o Evangelho é o centro da Liturgia da Palavra.
-Ligação com a ordem sacramental: a tradição da Igreja vincula a proclamação do Evangelho àqueles que receberam o sacramento da Ordem (diáconos e sacerdotes). Isso expressa uma continuidade entre o ministério apostólico e a pregação da Boa Nova, mostrando que Cristo é anunciado por quem foi instituído para presidir na Igreja.
-Sinais litúrgicos e reverência: antes e depois da leitura do Evangelho, há gestos e sinais específicos: fazer o sinal da cruz sobre a própria testa, boca e coração; incensar, etc. Esses gestos enfatizam o respeito e a centralidade do Evangelho. A Igreja entende que leigos não podem presidir esses sinais litúrgicos reservados à ordem sacramental.
-Mesmo que seja uma Celebração da Palavra sem Eucaristia:Leigos e ministros extraordinários da Eucaristia podem ler as demais leituras. Evangelho: só diácono ou sacerdote.
-Homilia oficial: só sacerdote ou diácono (mas leigos podem fazer reflexões ou meditações, não homilia).
-Leigos autorizados pelo bispo ou pároco: podem presidir a Celebração da Palavra em situações extraordinárias (como comunidades distantes, hospitais, prisões), mas não podem consagrar a Eucaristia, conduzir orações penitenciais, e nem absolver pecados ainda que de forma comunitária.
Importante:
A presidência da Celebração da Palavra por leigos é uma exceção, e normalmente
depende de autorização explícita do bispo local.
Limites para leigos
-Não
podem celebrar a Missa.
-Não
podem dar absolvição sacramental.
Leigos Podem:
-Ler a Palavra (não proclamar o evnagelho)
-Presidir orações;
-Distribuir hóstias consagradas (previamente autorizado);
-Conduzir
cantos e intercessões.
Fundamentação Magisterial
-CIC 910-911: estabelece que fora da Missa, o Diácono, ou na ausência dele, leigos autorizados, podem presidir "liturgias da Palavra".
-Sacrosanctum Concilium (Vaticano II, 1963): promoveu a participação ativa dos leigos, mas sempre respeitando os limites sacramentais.
SOBRE O Valor E "SUPERIORIDADE da Santa Missa" EM RELAÇÃO A
CELEBRAÇÃO DA PALAVRA e cultos
A Missa não é apenas oração, LOUVOR, E ADORÇÃO COMO NOS CULTOS PROTESTANTES, mas o MEMORIAL sacrifício de Cristo É tornado presente
sacramentalmente
•É o mesmo sacrifício da Cruz, só que de modo incruento (sem derramamento de sangue).
•Atualiza
o mistério pascal: paixão, morte e ressurreição de Cristo.
•Une
céu e terra: Igreja peregrina, purgante e triunfante participam.
Por isso, A Santa Missa tem um valor infinito, pois o ofertante
principal é o próprio Cristo. Nenhuma oração humana, por si só, tem tal valor. Tanto
que, podemos ofertar uma missa pelas almas do purgatório, não um culto ou
celebração da Palavra.
SOBRE OS Méritos da Santa Missa
A Santa Missa aplica os "méritos infinitos de Cristo a favor da Igreja e dos fiéis".Tradicionalmente, a teologia fala de quatro fins da Missa:
1)- Adoração (latrêutica): É o maior ato de culto a Deus Pai, oferecido por Cristo e pela Igreja. Reconhece a soberania de Deus sobre toda a criação.
2)-Ação de graças (eucarística): É o “graças” supremo: agradecimento pelo dom da vida, da redenção e da criação.
3)-Propiciação (expiatória): Aplica os méritos da Cruz para a remissão dos pecados. Diminui a pena temporal devida ao pecado.
4)-Impetratória (súplica): É a oração mais eficaz que existe: nela pedimos graças, proteção e auxílio. Tem mais valor que todas as orações particulares, porque é Cristo quem intercede.
FundamENTAÇÃO BÍBLICA:
-Lc
22,19-20 – “Fazei isto em memória de mim.”
-Hb
9,14 – Cristo se ofereceu a Deus como sacrifício perfeito.
-1Cor
11,26 – “Todas as vezes que comeis deste pão e bebeis deste cálice, anunciais a
morte do Senhor até que Ele venha.”
Frutos concretos DA SANTA MISSA para os fiéis PARTICIOANTES
• Perdão
dos pecados veniais.
• Aumento
da graça santificante.
• União
mais íntima com Cristo.
• Força
espiritual contra tentações.
• Ajuda
para os defuntos (Missa em sufrágio pelas almas do purgatório).
✅ Resumo
• O
valor da Missa é infinito, porque nela age o próprio Cristo.
• Os
méritos da Missa são: adorar, agradecer, expiar e pedir graças.
• Participar
da Missa é o maior tesouro espiritual que um cristão pode ter.
A
expressão "in persona Christi" (ou “na pessoa de Cristo”) é um termo
teológico usado principalmente na teologia católica para indicar que, em certos
atos sacramentais, especialmente na Eucaristia e na confissão, "o
sacerdote age não em seu próprio nome", mas na própria pessoa de Cristo
Cabeça.
FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA DA EXPRESSÃO "in persona Christi"
-Lucas 22,19: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.” - Aqui, Jesus confere aos apóstolos (e, pela sucessão, aos sacerdotes) a missão de repetir seu gesto e palavras na Eucaristia, agindo na própria pessoa d’Ele.
-João 20,21-23: “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.” - Aqui fica claro que os apóstolos recebem autoridade divina para perdoar pecados, na autoridade do nome de Jesus, algo que só Deus pode fazer. Portanto, os padres fazem in persona Christi (na pessoa de Cristo).
-2 Coríntios 2,10:“A quem perdoais alguma coisa, eu também perdoo. Pois o que eu perdoei, se alguma coisa perdoei, foi por causa de vós, na pessoa de Cristo.” - Esta é a única passagem bíblica em que Paulo usa literalmente a expressão: “ἐν προσώπῳ Χριστοῦ” = na pessoa de Cristo.
-In persona Christi no Batismo - Mateus 28,19-20: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” O ministro batiza não em seu nome, mas em nome da Trindade e por mandato de Cristo.
-In persona Christi no Sacramento da Ordem (o próprio sacerdócio) - 1 Timóteo 4,14: “Não descuides do dom que há em ti, que te foi dado pela profecia com a imposição das mãos do presbitério.” Atos 20,28 – “O Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue.” - O sacramento da Ordem confere ao sacerdote a missão de ser ícone vivo de Cristo Cabeça e Pastor, habilitando-o a agir in persona Christi.
-In persona Christi na Unção dos Enfermos - Tiago 5,14-15: “Alguém entre vós está doente? Chame os presbíteros da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor...” - O sacerdote age em nome do Senhor para curar, fortalecer e perdoar.
-In persona Christi no Sacramento do Matrimônio: Aqui o ministro não é o sacerdote, mas os próprios esposos. O padre ou diácono atua in persona Ecclesiae (na pessoa da Igreja), testemunhando e confirmando a união. Efésios 5,25-32 – “Este mistério é grande: eu o digo em referência a Cristo e à Igreja.” - O matrimônio é sinal da união de Cristo com a Igreja.
Essas passagens das Sagradas Escrituras com a devida explicação Teológica, são a base bíblica mais direta para a
doutrina
Sobre a expressão ex opere operato nas "ações Teãndricas do
Sacerdote"
A expressão "ex opere operato é dogma da Igreja Católica" e faz
parte da doutrina definida no Concílio de Trento (1545–1563).
Vamos explicar de forma clara e progressiva:
O que significa “ex opere operato” e qual sua origem?
É uma expressão latina que significa: “pelo próprio fato de a ação ser realizada”. Aplicado aos sacramentos, quer dizer que, a eficácia do sacramento não depende da santidade do ministro (padre, bispo, diácono), mas sim da ação de Cristo que age naquele sacramento.
Essa expressão doutrinária e dogmática foi definida de forma clara em resposta às controvérsias envolvendo os donatistas: "Donatismo" (século IV–V, norte da África): os donatistas afirmavam que a validade dos sacramentos dependia da santidade moral do ministro. Se o ministro pecador administrasse o sacramento, ele seria inválido. Para combater essa visão, a Igreja afirmou que os sacramentos são eficazes por causa do próprio ato sacramental e da graça de Deus, não pelas qualidades do ministro. É daí que vem o conceito de “ex opere operato” — ou seja, “pelo próprio ato realizado” e não pelo mérito humano do ministro.
Um sacramento só é válido e eficaz desde que sejam respeitadas as
condições essenciais (ministro e fiel):
1. Matéria
(ex.: pão e vinho na Eucaristia, água no Batismo);
2. Forma
(as palavras certas: “Isto é o meu corpo...”, “Eu te batizo...” etc.);
3. Intenção
(o ministro deve querer fazer o que a Igreja faz).
Fundamentação bíblica da expressão "
-Romanos 3,3-4 – “A infidelidade deles anulará a fidelidade de
Deus? De modo algum!” - A graça não depende da perfeição do homem, mas da
fidelidade de Deus.
-João 20,21-23: "Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos." - Os apóstolos recebem o poder de perdoar pecados. Esse poder não depende da santidade deles, mas de Cristo que age através deles.
-2 Coríntios 5, 20,21: "Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus. Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus." - Os apóstolos e seus legítimos sucessores (presbíteros e bispos), agem na autoridade de Cristo como confirma o apóstolo Paulo nessa passagem claríssima e contundente.
Sobre a Definição dogmática (Concílio de
Trento) da expressão
O Concílio de Trento, em reação às críticas protestantes, sobre
essa expressão,definiu:
•Cânon 8 sobre os sacramentos em geral: “Se alguém disser que os sacramentos da Nova Lei não contêm a graça que significam, ou que não conferem essa graça ex opere operato, mas que basta só a fé para obter a graça — seja anátema.”
Ou seja:
Os sacramentos agem com a plenitude por si mesmos, porque é Cristo quem atua, independente da fé de quem recebe. Não dependem da dignidade do ministro (se o padre está em pecado, o sacramento continua válido, embora ele peque gravemente por celebrá-lo indignamente).
Diferenças importantes
-Ex opere operato: é a eficácia do sacramento que vem de Cristo e não do ministro.
-Ex opere operantis: diz respeito à disposição do fiel que recebe o sacramento. Exemplo: quem recebe a Eucaristia em estado de pecado mortal não recebe os frutos da graça santificante, mesmo que a Missa e ou qualquer sacramento recebido seja válido.
A Santa Missa toca o coração da liturgia católica
-Diferença essencial entre a Santa Missa e Celebração da Palavra: o memorial ofertado pelo sacerdore e a presença real de Cristo. Na Santa Missa, acontece a transubstanciação: o pão e o vinho se tornam verdadeiramente o Corpo e Sangue de Cristo.
-Na Celebração da Palavra ou culto protestante: Cristo está presente de modo
espiritual, na sua Palavra proclamada, mas não se torna presente sacramentalmente
no pão e Vinho Eucaristicos.Na Santa Missa temos o sacrifício de Cristo atualizado
sacramentalmente, coisa que não existe na simples celebração da Palavra, ou
culto protestante.
Fundamentação bíblica
-Lucas
22,19-20 – “
-1 Coríntios 11,26 – “Todas as vezes que comeis deste pão e bebeis deste cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha.” - A Missa é anúncio, mas também, sacrifício e comunhão real com Cristo.
Doutrina da Igreja sobre os modos da presença real e espiritual
•O Concílio Vaticano II ensina (SC 7): Cristo está presente de vários modos em sua Igreja: na Palavra, na oração, nos pobres, nos sacramentos… mas de modo único e substancial no sacramento da Eucaristia.
•Catecismo da Igreja Católica (CIC 1324-1327): A Eucaristia é “fonte e ápice” da vida cristã. Todos os outros sacramentos estão ordenados a ela.
Portanto: a Eucaristia é insubstituível!Nenhuma celebração da Palavra ou culto, pode ter o mesmo valor, porque só na Missa temos o memorial do sacrifício eucarístico.
Sobre o Valor da Celebração da Palavra
-É
legítima e recomendada quando não há possibilidade de Missa (ex.: falta de
padre).
-Alimenta
a fé dos fiéis, onde o padre não tem como celebrar regularmente, mantém a comunidade unida, e prepara para a Eucaristia.
A Celebração não substitui a Missa, porque:
-Não há o memorial do sacrifício de Cristo atualizado;
-Se não tem distribuição das espécies consagradas, não há presença real na Eucaristia;
-Não
há comunhão sacramental com o Corpo e o Sangue do Senhor conforme
✅ Resumo
•Missa = Palavra + Memorial do Sacrifício Eucarístico → presença real de Cristo no altar na Eucaristia e no Celebrante como In persona Christi.
•Celebração da Palavra = só Palavra → Cristo presente apenas espiritualmente, mas não sacramentalmente na Eucaristia, quando não existe distribuição das espécies consagradas por um sacerdote.
Por isso, a Celebração da Palavra é santa e necessária, mas não tem o mesmo valor nem substitui a Santa Missa.A Missa é única porque é sacrifício + banquete, presença real de Cristo na Eucaristia. A Celebração da Palavra mesmo sendo útil e necessária em locais onde o sacerdote não tem como celebrar, só tem valor de anúncio e oração, nunca de sacrifício.
QUAIS OS FRUTOS E INDULGÊNCIAS CONCEDIDAS A QUEM PARTICIPA DA SANTA MISSA E CELEBRAÇÃO DA PALAVRA? SÃO OS MESMOS?
A Missa é o sacrifício de Cristo tornado presente
sacramentalmente, “fonte e ápice de toda a vida cristã” (Concílio Vaticano II,
Lumen Gentium 11).
Frutos espirituais da santa Missa:
-União íntima com Cristo pelo sacrifício eucarístico.
-Remissão dos pecados veniais e força contra os mortais.
-Crescimento da graça santificante.
-União mais forte com a Igreja e com todos os fiéis, vivos e
falecidos (pela comunhão dos santos).
-Graça particular para viver a caridade e perseverar até o
fim.
Indulgências ligadas à santa Missa:
-Indulgência plenária pode ser recebida ao participar da
Missa com devoção no dia da Solenidade do Corpus Christi, com procissão.
-Frequentar a Missa de Réquiem ou aplicá-la pelos defuntos
pode obter indulgência parcial ou plenária (com as condições habituais:
confissão, comunhão, oração pelo Papa, desapego total do pecado).
-A participação diária na Missa é um dos maiores tesouros
espirituais, mesmo sem indulgência específica sempre há abundância de graças.
A Celebração da Palavra não substitui a Missa, mas é um modo
legítimo de manter a comunidade reunida e alimentada pela escuta da Sagrada
Escritura e oração comunitária, sobretudo onde não há presbíteros.
Frutos espirituais da CELEBRAÇÃO DA PALAVRA
-Crescimento na fé pela escuta da Palavra de Deus (Rm 10,17).
-Fortalecimento da esperança e da caridade pela oração
comunitária.
-Formação da consciência cristã e aprofundamento na vida
espiritual.
-Maior amor à Eucaristia (desperta o desejo de recebê-la
quando possível).
Indulgências ligadas à Celebração da Palavra:
Não há formalmente indulgência diretamente por participar da Celebração
da Palavra.
Contudo, a Igreja concede indulgência parcial a quem:
-Lê ou ouve a Sagrada Escritura com devoção por pelo menos 15
minutos (não necessariamente numa Celebração da Palavra).
-Rezar conjuntamente a Liturgia das Horas ou outras orações
comunitárias.
Assim, dentro da Celebração da Palavra, os fiéis podem
lucrar essas indulgências, se vividas com as condições normais.
Diferenças fundamentais
-Na Missa, participamos do Sacrifício de Cristo e da Comunhão
eucarística, com frutos sacramentais únicos e insubstituíveis.
-Na Celebração da Palavra, recebemos frutos espirituais da
escuta e oração, que são reais e santos, mas não equivalem sacramentalmente ao
que a Missa confere.
👉 Em resumo: A Missa traz graças infinitamente superiores, porque é o próprio sacrifício de Cristo. A Celebração da Palavra é um alimento espiritual salutar e verdadeiro, mas de outra ordem, e inferior a Santa Missa.
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Shalom! A Paz em Cristo e o Amor de Maria!




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Eu também !
Eu mesmo sou um desses que se aos Domingos quem estiver celebrando for um leigo, ministro da Eucaristia, ou Diácono, e se eu puder participar noutro local da Santa Missa com um padre, eu saio sim, não por desfeita a quem estiver celebrando, mas porque, sei do ensinamento da Igreja sobre o assunto. A Santa Missa é o centro da vida cristã. O Catecismo da Igreja Católica (CIC 1324) diz que ela é “a fonte e o ápice de toda a vida cristã”. Atribuir o valor da Santa Missa ao mesmo valor da Celebração da Palavra "é mentalidade protestante e não católica, que quer colocar no mesmo nível um simples culto de oração, formação ou adoração, no mesmo nível da Santa Missa". Lembrando que a celebração da palavra pode ser realizada por qualquer leigo (se não tiver distribuição da Eucaristia). Se tiver distribuição da Eucaristia somente os Diáconos, e ou, Ministros Extraordinários da Eucaristia (com a devida autorização do bispo ou pároco), é que podem conduzir.Na Celebração da Palavra, o diácono pode presidir grande parte da liturgia, mas há orações reservadas exclusivamente ao sacerdote, que um diácono não pode pronunciar.
Afonso Nogueira - RN
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