Mister Ponkel é um ícone do humor brasileiro, surgido nos anos 1970 e 1980, que conquistou fãs por sua abordagem única de sátira policial e non sense. Combinando o estilo clássico de "detetives noir" (detetive típico do estilo narrativo do filme noir ou literatura noir, caracterizado por um protagonista cínico, moralmente ambíguo e muitas vezes anti-herói, inserido em um universo sombrio, de corrupção e fatalismo, com tramas complexas e atmosfera de suspense e desespero), com situações absurdas e diálogos ilógicos, Ponkel transforma investigações sérias em cenas cômicas, desafiando as expectativas do público. Suas histórias, presentes em revistas em quadrinhos, enquetes de TV e rádio, permanecem como referência do humor brasileiro que brinca com a lógica e exagera o cotidiano policial.A autoria de Mister Ponkel continua um mistério — até hoje ninguém sabe quem teve a ideia de criar esse detetive atrapalhado. O que se sabe é que ele apareceu no Brasil nos anos 1970 e 1980, circulando por revistas em quadrinhos, esquetes de TV e programas de rádio, sempre transformando casos policiais sérios em cenas absurdamente engraçadas.Mister Ponkel é aquele detetive exageradamente formal que leva tudo a sério, inclusive as coisas mais ridículas. Ele pode investigar um “roubo” dentro de uma geladeira ou prender criminosos que, na verdade, são apenas objetos inanimados. É o tipo de humor que faz a lógica policial pirar e o público rir sem parar.Mesmo sem saber quem o criou, Mister Ponkel deixou sua marca: abriu caminho para o humor brasileiro non sense, com trocadilhos, exageros e situações completamente inesperadas. Até hoje, suas trapalhadas lembram que, no mundo do detetive Ponkel, o absurdo é a regra e a diversão é garantida.
Aqui vai um resumo do personagem:
-Perfil: Mister Ponkel é um detetive atrapalhado, exageradamente formal, que se envolve em casos policiais absurdos. Ele combina o estilo de detetive clássico americano com situações completamente ilógicas ou cômicas.
-Humor: O charme do personagem está no humor non sense, misturando trocadilhos, soluções ridículas e diálogos que quebram a lógica policial tradicional.
-Aparência: Normalmente desenhado com chapéu e sobretudo, remetendo aos detetives noir, mas com expressões caricatas.
-Cultura: Apesar de não ser amplamente conhecido hoje, Mister Ponkel é lembrado por quem gosta de quadrinhos e humor satírico brasileiro, sendo quase um precursor do estilo de humor que mais tarde influenciaria programas como Casseta & Planeta e alguns quadrinhos de Millôr Fernandes.
Humor policial non sense, é justamente o que caracterizava o Mister Ponkel:
-Definição: É um tipo de comédia que mistura elementos clássicos de investigação policial com situações absurdas ou totalmente ilógicas.
-Estratégia cômica: O detetive age como se estivesse em um caso muito sério, mas tudo à sua volta é ridículo. Trocadilhos, exageros e soluções impossíveis são comuns.
-Quebra de expectativas: o leitor ou espectador espera uma investigação séria, mas a lógica é subvertida.
Exemplo clássico desse tipo de humor (estilo Mister Ponkel):
Um detetive investiga um “roubo” que acontece dentro de uma geladeira. Suspeitos são objetos inanimados ou animais, mas o detetive os trata como criminosos.Interações formais e pomposas em situações absurdas (fala muito sério sobre coisas ridículas).
Influências e legado
-Inspirou o humor de quadrinhos satíricos brasileiros e programas de TV como Casseta & Planeta.
-Mistura de detetive noir + exagero cômico.
-Base para humor moderno que brinca com expectativas de gênero policial.
Aqui estão 10 piadas ou situações típicas que refletem seu estilo, mantendo o espírito original:
1. O ladrão transparente
Mister Ponkel entra correndo na delegacia:
-“Delegado, prendeu o ladrão?”
-“O quê? Qual ladrão?”
-“Aquele que entrou aqui e sumiu sem deixar rastros!”
-“Ponkel, você não está vendo que você está preso sozinho?”
2. Confusão de identidade
Ponkel pergunta a um suspeito:
-“Qual é o seu nome?”
-“Não posso dizer...”
-“Então, como vou prender alguém que não sei quem é?”
“Exatamente.”
3. O interrogatório inusitado
Interrogando um suspeito:
-“Onde estava ontem à noite?”
-“No cinema.”
-“Qual filme?”
-“Ah… você sabe, aquele que ninguém lembra, mas todo mundo assistiu.”
4. A prisão poética
Um criminoso recita:
-“Roubei pão, roubei queijo, mas nunca o seu respeito.”
Ponkel responde:
-“Então você vai para a cadeia poética. Lá, só há celas com rimas obrigatórias!”
5. O interrogatório filosófico
Ponkel pergunta:
-“Você cometeu o crime ou ele cometeu você?”
Suspeito:
-“Isso depende se você acredita em destino ou em estatística policial...”
6. O delegado preguiçoso
Ponkel vai prender um ladrão e encontra o delegado dormindo:
-“Delegado, o ladrão escapou!”
Delegado:
-“Ele escapou ou você não percebeu que ele não estava aqui o tempo todo?”
7. O crime do absurdo
Ponkel lê a denúncia: “O acusado roubou uma sombra e fugiu com ela.”
Ele comenta:
-“Ah, é crime em horário de verão...”
8. O álibi impossível
Ponkel interroga o suspeito:
– “Onde você estava na hora do crime?”
– “Na cena do crime.”
– “Então confessa?”
– “Não, só estava visitando a cena… antes do crime acontecer.”
– “Mas isso é impossível!”
– “Por isso que é um álibi perfeito!”
9. O assalto invisível
Um homem entra na delegacia e grita:
– “Ponkel, fui assaltado!”
– “O que levaram?”
– “Nada!”
– “Então não foi assalto.”
– “Foi sim! Antes eu não tinha alguma coisa, agora eu também fiquei sem nada!"
10. A prova definitiva
Ponkel mostra uma foto borrada para o delegado:
– “Aqui está a prova do crime!”
Delegado olha e pergunta:
– “Mas isso não é só um borrão?”
– “Claro, delegado! O borrão é o disfarce do criminoso!”
ALGUMAS NARRATIVAS POLICIALESCAS NON SENSE AO ESTILO MISTER PUNKEL
O Assalto ao Silêncio
Ponkel estava sentado na delegacia quando um senhor nervoso entrou: “Fui roubado! Roubaram meu silêncio!” Ponkel levantou uma sobrancelha, intrigado. “E como percebeu que o silêncio sumiu?” perguntou. “Porque desde ontem só ouço barulhos estranhos e sussurros de suspeitos invisíveis discutindo sobre nada.” Ponkel anotou calmamente: “Roubo de silêncio, vítimas: todas as pessoas próximas, suspeito: desconhecido.” E, como sempre, decidiu conduzir a investigação… em silêncio absoluto.
O Caso do Relógio Apressado
Ponkel foi chamado para investigar um roubo muito estranho: alguém havia levado o tempo da vizinhança. “O que quer dizer com ‘tempo’?” perguntou o delegado. Um morador explicou: “Meu relógio e todos os outros começaram a andar para frente sem parar. Perdemos reuniões, jantares e até cochilos!”Ponkel coçou a cabeça e declarou: “Então temos um ladrão de segundos. Muito rápido, quase imperceptível… e ainda atrasou o boletim de ocorrência!”
O Caso da Chuva que Fugia
Ponkel foi chamado para investigar um fenômeno curioso: a chuva não estava molhando ninguém.
-“Como assim?”
Perguntou o delegado.
-“Chove, mas as gotas correm antes de tocar o chão!” explicou um morador.
Ponkel examinou a rua, olhou para o céu e anotou: “Suspeito: chuva fugitiva. Testemunhas: guarda-chuvas abandonados. Evidência: poças que não existem.” Ao final, Ponkel sugeriu uma patrulha aérea para pegar a chuva antes que ela fugisse de novo.
CONCLUSÃO
O legado de Mister Ponkel vai muito além de suas piadas e situações absurdas. Ele abriu caminho para um tipo de humor que mistura exagero, trocadilhos e subversão de expectativas, influenciando gerações de quadrinistas e programas humorísticos brasileiros. Ao revisitar suas histórias, percebe-se como o detetive atrapalhado continua relevante, mostrando que o non sense bem-humorado e a sátira inteligente nunca saem de moda.
Fontes e Bibliografia
-Vilmar Rodrigues foi um desenhista e ilustrador brasileiro que colaborou com revistas de humor como Pif-Paf e MAD Brasil, publicações que influenciaram o cenário do humor gráfico nacional. Seu trabalho contribuiu para a formação de uma linguagem de humor que dialogava com o absurdo e a crítica social, elementos presentes no estilo de Mister Ponkel. Fonte: Vilmar Rodrigues - Wikipédia
-João Batista Queiroz foi um quadrinista brasileiro que trabalhou com o grupo humorístico Os Trapalhões nos anos 1980. Seu envolvimento com esse grupo reflete a popularização do humor nonsensical e satírico na televisão brasileira, um ambiente onde o estilo de Mister Ponkel também encontrou espaço. Fonte: João Batista Queiroz - Wikipédia
-"O Guia do Assaltado" de Millôr Fernandes - Embora não trate diretamente de Mister Ponkel, a obra de Millôr Fernandes, como O Guia do Assaltado, exemplifica o tipo de humor satírico e absurdo que também caracteriza as histórias do detetive. Millôr foi uma figura central no humor brasileiro e sua abordagem influenciou diversos personagens e programas da época. Fonte: Millôr Fernandes - Wikipédia
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