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Celebração da Palavra é igual à Missa? Pe. Paulo Ricardo responde!

Written By Beraká - o blog da família on sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025 | 11:06


(foto reprodução)

 

 

 

Padre Paulo Ricardo explica, a partir dos documentos da Igreja, por que a chamada "celebração da Palavra" não pode jamais comparar-se à Santa Missa!


 

O Catecismo da Igreja Católica ensina que: 



"A celebração dominical do Dia e da Eucaristia do Senhor está no coração da vida da Igreja. O domingo, dia em que por tradição apostólica se celebra o Mistério Pascal, deve ser guardado em toda a Igreja como dia de "festa de preceito" por excelência." (CIC 2177) 



Portanto, o católico tem a obrigação de participar da celebração dominical. Mas, em que consiste esta celebração? O mesmo Catecismo segue ensinando:

 



"O mandamento da Igreja determina e especifica a lei do Senhor: 'Aos domingos e nos outros dias de festa de preceito, os fiéis têm a obrigação de participar da missa'. Satisfaz o preceito de participar da missa quem assiste à missa celebrada segundo o rito católico no próprio dia da festa ou à tarde do dia anterior. (CIC 2180)




A celebração que cumpre o preceito é a Santa Missa e o motivo é bastante simples, pois é a "Eucaristia do domingo [que] fundamenta e sanciona toda a prática cristã", diz o Catecismo. E continua dizendo que:

 



"Por isso, os fiéis são obrigados a participar da Eucaristia nos dias de preceito, a não ser por motivos muito sérios (por exemplo, uma doença, cuidado com bebês) ou se forem dispensados pelo próprio pastor. Aqueles que deliberadamente faltam a esta obrigação cometem pecado grave." (CIC 2181)



Por esse parágrafo do Catecismo é possível dimensionar a importância da participação na Eucaristia dominical. O Código de Direito Canônico regulamenta:

 


Cân 1248: § 2. Por falta de ministro sagrado ou por outra grave causa, se a participação na celebração eucarística se tornar impossível, recomenda-se vivamente que os fiéis participem da liturgia da Palavra, se houver, na igreja paroquial ou em outro lugar sagrado, celebrada de acordo com as prescrições do Bispo diocesano; ou então se dediquem à oração por tempo conveniente, pessoalmente ou em família, ou em grupos de família de acordo com a oportunidade."




Infelizmente, está sendo propagada no Brasil a opinião de que a Celebração da Palavra e a Santa Missa têm o mesmo peso e importância!




Tal opinião é errada e contrária à lei da Igreja! 





Além dos documentos já citados, sabendo da importância do domingo para o católico, o Papa João Paulo II publicou a Carta Apostólica "Dies Domini", no ano de 1998, falando exclusivamente sobre esse tema:

 


"8. O domingo, segundo a experiência cristã, é sobretudo uma festa pascal, totalmente iluminada pela glória de Cristo ressuscitado. É a celebração da « nova criação ». Este seu caráter, porém, se bem entendido, é inseparável da mensagem que a Escritura, desde as suas primeiras páginas, nos oferece acerca do desígnio de Deus na criação do mundo. Com efeito, se é verdade que o Verbo Se fez carne na « plenitude dos tempos » (Gal 4,4), também é certo que, em virtude precisamente do seu mistério de Filho eterno do Pai, Ele é origem e fim do universo. Afirma-o S. João, no Prólogo do seu Evangelho: « Tudo começou a existir por meio d'Ele, e sem Ele nada foi criado » (1,3). Também S. Paulo, ao escrever aos Colossenses, o sublinha: « N'Ele foram criadas todas as coisas, nos Céus e na Terra, as visíveis e as invisíveis [...]. Tudo foi criado por Ele e para Ele » (1,16). Esta presença ativa do Filho na obra criadora de Deus revelou-se plenamente no mistério pascal, no qual Cristo, ressuscitando como « primícia dos que morreram » (1 Cor 15,20), inaugurou a nova criação e deu início ao processo que Ele mesmo levará a cabo no momento do seu retorno glorioso, « quando entregar o Reino a Deus Pai [...], a fim de que Deus seja tudo em todos » (1 Cor 15,24.28)."



"18. Por esta dependência essencial que o terceiro mandamento tem da memória das obras salvíficas de Deus, os cristãos, apercebendo-se da originalidade do tempo novo e definitivo inaugurado por Cristo, assumiram como festivo o primeiro dia depois do sábado, porque nele se deu a ressurreição do Senhor. De fato, o mistério pascal de Cristo constitui a revelação plena do mistério das origens, o cume da história da salvação e a antecipação do cumprimento escatológico do mundo. Aquilo que Deus realizou na criação e o que fez pelo seu povo no êxodo, encontrou na morte e ressurreição de Cristo o seu cumprimento, embora este tenha a sua expressão definitiva apenas na parusia, com a vinda gloriosa de Cristo. N'Ele se realiza plenamente o sentido « espiritual » do sábado, como o sublinha S. Gregório Magno: « Nós consideramos verdadeiro sábado a pessoa do nosso Redentor, nosso Senhor Jesus Cristo ». Por isso, a alegria com que Deus, no primeiro sábado da humanidade, contempla a criação feita do nada, exprime-se doravante pela alegria com que Cristo apareceu aos seus, no domingo de Páscoa, trazendo o dom da paz e do Espírito (cf.Jo 20,19-23). De fato, no mistério pascal, a condição humana e, com ela, toda a criação, que geme e sofre as dores de parto até ao presente (cf. Rom 8,22) conheceu o seu novo « êxodo » para a liberdade dos filhos de Deus, que podem gritar, com Cristo, « Abba, Pai » (Rom 8,15; Gal 4,6). À luz deste mistério, o sentido do preceito vetero testamentário do dia do Senhor é recuperado, integrado e plenamente revelado na glória que brilha na face de Cristo Ressuscitado (cf. 2 Cor 4,6). Do « sábado » passa-se ao « primeiro dia depois do sábado », do sétimo dia passa-se ao primeiro dia: o dies Domini torna-se o dies Christi!" (DD)




Para aqueles que, mesmo diante dessa farta documentação, ainda insistem em colocar em igual nível de importância a Celebração da Palavra e a Santa Missa, existe a Instrução Redemptionis Sacramentum, que versa sobre alguns itens que se devem observar e evitar acerca da Santíssima Eucaristia. Ela foi publicada pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em 25 de março de 2004 e especificamente sobre o preceito dominical ela diz que:

 



"A Igreja, no dia que se chama «domingo», reúne-se fielmente para comemorar a ressurreição do Senhor e todo o mistério pascal, especialmente pela celebração da Missa. De fato, «nenhuma comunidade cristã se edifica se não tem sua raiz e tronco na celebração da Santíssima Eucaristia». Pois o povo cristão tem direito a que seja celebrada a Eucaristia em seu favor, aos domingos e festas de preceito, ou quando ocorram outros dias festivos importantes, e também diariamente, na medida do possível. Por isto, quando no domingo há dificuldade para a celebração da Missa, na igreja paroquial ou noutra comunidade de fiéis, o Bispo diocesano busque as soluções oportunas, juntamente com o presbitério. 



Entre as soluções, as principais serão chamar para isto a outros sacerdotes ou que os fiéis se transladem para outra igreja de um lugar circunvizinho, para participar do mistério eucarístico.



Todos os sacerdotes, a quem tem sido entregue o sacerdócio e a Eucaristia «para» os outros, lembrem-se de que seu encargo é para que todos os fiéis tenham oportunidade de cumprir com o preceito de participar na Missa do domingo. Por sua parte, os fiéis leigos têm direito a que nenhum sacerdote, a não ser que exista verdadeira impossibilidade, nunca rejeite celebrar a Missa em favor do povo, ou que esta seja celebrada por outro sacerdote, se de diverso modo não se pode cumprir o preceito de participar na Missa, no domingo e nos outros dias estabelecidos. 



«Quando falta o ministro sagrado ou outra causa grave fez impossível a participação na celebração eucarística», o povo cristão tem direito a que o Bispo diocesano, quando possível, procure que se realize alguma celebração dominical para essa comunidade, sob sua autoridade e conforme às normas da Igreja. Por isso, esta classe de Celebrações dominicais especiais devem ser consideradas sempre como absolutamente "extraordinárias". 



Portanto, quer sejam diáconos ou fiéis leigos: 




Todos os que têm sido encarregados pelo Bispo diocesano para tomar parte neste tipo de Celebrações, «considerarão como mantida viva na comunidade uma verdadeira "fome" da Eucaristia, que leve a não perder ocasião alguma de ter a celebração da Missa, inclusive aproveitando a presença ocasional de um sacerdote que não esteja impedido pelo direito da Igreja para celebrá-la».




É necessário evitar, diligentemente, qualquer confusão entre este tipo de reuniões e a celebração eucarística



Os Bispos diocesanos, portanto, valorizem com prudência se deve distribuir a sagrada Comunhão nestas reuniões. Convém que isto seja determinado, para promover uma maior coordenação, pela Conferência de Bispos, de modo que alcançada a resolução, a apresentará à aprovação da Sé apostólica, mediante a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. 



Além disso, na ausência do sacerdote e do diácono, será preferível que as diversas partes possam ser distribuídas entre vários fiéis, em vez de que um só dos fiéis leigos dirija toda a celebração. Não convém, em nenhum momento, que se diga que um fiel leigo «preside» a celebração.



Assim mesmo, o Bispo diocesano, a quem somente corresponde este assunto, não conceda com facilidade que este tipo de Celebrações, sobretudo se entre elas se distribui a sagrada Comunhão, revivendo-se nos dias feriais e, sobretudo, nos lugares onde o domingo precedente, ou o seguinte, se tem podido ou se poderá celebrar a Eucaristia. Roga-se vivamente aos sacerdotes que, ao ser possível, celebrem diariamente a santa Missa pelo povo, em uma das igrejas que lhes têm sido confiadas.




ATENÇÃO!«De maneira parecida, não se pode pensar em substituir a santa Missa dominical com Celebrações ecumênicas da Palavra ou com encontros de oração em comum com cristãos membros de outras [...] comunidades eclesiais, ou bem com a participação em seu serviço litúrgico». 




Se por uma necessidade urgente, o Bispo diocesano permitir ad actum a participação dos católicos, vigiem os pastores para que entre os fiéis católicos não se produza confusão sobre a necessidade de participar na Missa de preceito, também nestas ocasiões, a outra hora do dia."




Então, fica claro que para cumprir o preceito dominical é necessária a participação na Santa Missa e somente em casos extraordinários é facultado que o fiel participe da Celebração da Palavra. A Igreja orienta de forma inequívoca sobre a maneira correta de se cumprir o preceito dominical.




Almejar a obediência ao Senhor e fomentar em si mesmo o amor à Sagrada Eucaristia, fará com que a obrigação de participar da Santa Missa aos domingos deixe de ser um dever e se transforme num desejo cada vez maior para o encontro com o Amado.

 



Fonte - https://padrepauloricardo.org/episodios/cumpro-o-preceito-dominical-participando-da-celebracao-da-palavra

 



CONCLUSÃO:

 



Sim, a Celebração da Palavra não tem o mesmo valor da Santa Missa, mas, em lugares onde não é possível ter a Santa Missa, é melhor ter a celebração da palavra do que não ter nada! 




A Santa Missa é um sacrifício, enquanto a Celebração da Palavra é um momento de oração e reflexão. A Celebração da Palavra não é exclusiva de ministros extraordinários da eucaristia e diáconos, mas pode ser celebrada por leigos e por ministros da Palavra. A Celebração da Palavra não deve ser confundida com a Missa, pois não envolve a Consagração, a Oração Eucarística e a preparação das oferendas.

 



Diferenças entre as celebrações



•A Santa Missa é um ato solene que celebra o sacrifício de Jesus Cristo.


•A Celebração da Palavra é um momento de oração e reflexão em que o povo de Deus pode meditar na Palavra de Deus.


•Na Celebração da Palavra não existe preparação das oferendas, Consagração e nem a Oração Eucarística.




Quando fazer e participar da celebrar a Palavra?



A Celebração da Palavra pode ser feita em algumas situações em que a missa não pode ser celebrada, por exemplo, quando há falta de sacerdotes.



Participação obrigatória na Santa Missa



Havendo possibilidade de assistir a Santa Missa, o fiel deve assistir a Santa Missa. A Santa Missa é o culto mais sublime que nós podemos prestar a Deus. O cristão deve ir à Missa em resposta obediente ao que Jesus disse na última ceia: FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM, com propósitos de adorar, ouvira a palavra de Salvação, dar ação de graças, pedir perdão pelas ofensas, rogar pelas bênçãos necessárias ao seguimento de Cristo e principalmente, aquilo que rezamos na apresentação das oferendas: 



“Receba ó Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do Seu Nome, para nosso bem, e de toda a santa Igreja!” 









O Cristão é chamado a participar dos frutos da Missa, por isso a celebração da palavra JAMAIS poderá substituir a Santa Missa, pois falta o caráter de memorial. A celebração da palavra é de caráter EXTRAORDINÁRIO, ou seja, na ausência de padre para celebrar a missa. Somos ORDINARIAMENTE chamados a participar é da Santa Missa, e todo diácono deve estar ciente disso, sem sentir-se diminuído,caso contrário demonstra falta de formação e maturidade humana e vocacional, pois sua função ORIGINANTE não foi o serviço no altar, mas o serviço da Caridade fraterna (conforme Atos 6,1-6).










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Anônimo
15 de fevereiro de 2025 às 10:06

Diferenças entre as celebrações:


•A Santa Missa é um ato solene que celebra o sacrifício de Jesus Cristo.



•A Celebração da Palavra é um momento de oração e reflexão em que o povo de Deus pode meditar na Palavra de Deus.



•Na Celebração da Palavra não existe preparação das oferendas, Consagração e nem a Oração Eucarística.

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