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Written By Beraká - o blog da família on quinta-feira, 30 de julho de 2015 | 17:49
“Você vai virar
exorcista?" Foi essa a pergunta que ouvi 100% das vezes em que comentei
com amigos que iria fazer o Curso de Exorcismo e Prece de Libertação do
Instituto Sacerdos, ligado ao Ateneu Pontifício Regina Apostolorum, em Roma. E
aí a conversa seguia para a explicação de que não, fazer um curso recomendado
pelo Vaticano não quer dizer que você vá se tornar um combatente oficial do
capeta, já que esses - para a Igreja Católica - precisam ser padres ou
religiosos nomeados por um bispo. Eu seria apenas um dos leigos, geralmente
pessoas que ajudam os exorcistas durante os rituais, acompanhando a semana de
aulas. Então uma exclamação recorrente aparecia: "que medo!".
"Não é bem assim", eu respondia. O curso tem aulas de teologia,
psicologia, psiquiatria e até de direito - tudo puxando para a relação dessas
áreas com casos que a igreja considera possessões demoníacas.
O que levou o TAB a
pegar o caminho de Roma é uma retomada pelo catolicismo - mesmo que lentamente
- desse ritual tão temido e que também gera tanta curiosidade?
Durante
décadas, a existência do diabo e de demônios como entidades perdeu força mesmo
dentro da igreja, com grupos que preferiam associar tais símbolos mais a um
conceito amplo de mal do que a indivíduos de uma realidade paranormal. Consequentemente,
o exorcismo - o ritual de orações dedicado a expulsar um demônio (ou vários)
que teria se apossado do corpo de um ser humano - foi colocado de lado, como
algo exagerado e antiquado.Mas no meio do ano
passado, a Congregação para o Clero da Igreja Católica surpreendeu um grupo que
era renegado havia anos dentro da própria instituição:A Associação Internacional dos Exorcistas, criada na Itália em 1994, foi
reconhecida como "entidade jurídica privada" (ou seja, que não fala
em nome do Vaticano, mas de certa forma se reporta a ele).Na
ocasião, o presidente da associação, o padre Francesco Bamonte, disse esperar
que outros religiosos passassem a levar a "dramática realidade" do
ritual em consideração, já que ele é "geralmente ignorado ou tem sua
importância minimizada".
O monsenhor Rubens
Miraglia Zani, exorcista nomeado pelo bispo da Paróquia de Bauru (329 Km a
noroeste de São Paulo) e que faz parte do ainda jovem grupo, coloca em dois
pilares o reconhecimento clamado por Bamonte:
1)-
Um deles é a associação organizar os religiosos para que haja uma boa formação
e uma troca saudável de experiências.
2)-
"A segunda coisa importante", diz o monsenhor, "é ajudar os
bispos a pensarem na realidade da nomeação de exorcistas, porque deveria haver pelo menos
um por diocese. Não existe uma obrigação canônica, mas um bom senso
pastoral".
Um
exemplo de como isso ainda não é uma unanimidade na igreja é a Arquidiocese de
São Paulo, a maior do Brasil, não ter um exorcista!
Para exercer essa função, o
escolhido precisa da nomeação feita pelo bispo e, idealmente, passar pelo curso
na Itália.Para
o padre Valeriano dos Santos Costa, coordenador do curso de teologia da PUC-SP
(Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), o reconhecimento formal da
associação aponta para uma aceitação interna mais clara desse ritual: "O gesto tende para isso", afirma.
"Acho que vai caminhar nessa linha, a não ser que haja no meio do caminho
algum bloqueio. Mas o gesto é muito claro. É o que tem de ser implantado". - “Sou instrumento, não tenho poderes sobrenaturais. Não
sou um Super Padre. Isso é absurdo. É a fé da igreja - e o exorcista que não
tiver consciência disso nunca vai conseguir fazer um exorcismo que preste.”(Monsenhor
Rubens Miraglia Zani, padre exorcista da paróquia de Bauru).Encontros entre
católicos famosos e Lúcifer são razoavelmente incomuns, mas uma história
envolvendo o topo da hierarquia do Vaticano atravessou séculos. Perto do fim do
século 19, o papa Leão 13 ficou paralisado ao terminar de celebrar uma missa.
Durante cerca de dez minutos pareceu estar em transe, preocupando os presentes.
Quando se recuperou, o pontífice correu para seu escritório e escreveu a
"Oração de São Miguel Arcanjo".Especula-se que ele
teve a visão de uma conversa entre Jesus Cristo e Satanás, na qual o segundo
pedia "entre 75 e cem anos" para passar a dominar o planeta. A prece
seria uma forma de resistência e passou a ser recitada depois das missas sob a
recomendação de que os padres a utilizassem o máximo possível - o que ocorreu
até o meio dos anos 60. Apesar de ser uma oração contra Satanás,
essa prece não está no "Ritual de Exorcismos e Outras Súplicas".Enquanto
ganhou o subconsciente popular de forma fantástica depois da onda puxada por
"O Exorcista" (o livro saiu em 1971, lançada por William Peter
Blatty, e o filme teve sua vez dois anos depois, pelas mãos do diretor William
Friedkin), dentro do catolicismo o exorcismo seguiu a fazer parte da vida de
muitos fiéis.Mas
o sucesso do ritual na ficção provocou, segundo o monsenhor Rubens Zani, uma
espécie de dissociação das responsabilidades pessoais e uma banalização da crença
em uma possessão demoníaca: "Acontece muito de acharem que qualquer
coisa é ação do demônio", conta. "Cansei de receber gente assim: 'ah,
estou tendo uma fase ruim, será que não é ação dele?' Se a pessoa tem um
problema no trabalho, financeiro, de saúde, até psíquico, acha que é o
demônio", completa. Muitas religiões aproveitaram para puxar o exorcismo
para a linha de frente, utilizando-o como bandeira de promessa de milagres
instantâneos.”
Para o padre, essa é
uma característica tipicamente nacional que prejudica uma percepção real do que
é estar sob domínio diabólico:
"O brasileiro tem um
sentimento religioso muito aflorado, mas não tem um credo definido. É difícil
encontrar gente neste país que tenha fé definida: 'eu sou isto'. O brasileiro
vai atrás daquilo que, para ele, naquele momento, parece ser a salvação da
lavoura", afirma o monsenhor. “Não crer em Satanás é um fato gravíssimo que tem
consequências terríveis. É um pecado pelo qual são responsáveis,
desgraçadamente, muitos homens da igreja.”(Padre
Gabriele Amorth, exorcista fundador da Associação, no livro "O
Último Exorcista").
Entre as orientações
especificadas no livro "Ritual de Exorcismos e Outras Súplicas", uma
observação de Dom Manoel João Francisco, atual presidente do Conselho Nacional
de Igrejas Cristãs, deixa claro que os exorcismos não devem ser transformados
"em espetáculo". Alguns casos, entretanto, ganharam notoriedade. A
imagem popular dos exorcismos deve bastante ao filme "O Exorcista",
de William Friedkin, adaptado do romance de mesmo nome, escrito por William
Peter Blatty. O autor se baseou na história de um menino de 13 anos, Roland (ou
Robbie), que teria sido possuído (e depois libertado) no fim dos anos 40.Segundo
os confusos relatos de jornais da época, a criança explodia em surtos de raiva
e gritos - inclusive falando latim nesses momentos -, além de fazer com que
objetos e móveis da casa se movessem inexplicavelmente. Depois de passar pelo
ritual em uma igreja, o menino relatou ter tido uma visão de São Miguel
Arcanjo. O caso divide opiniões até hoje. No
meio dos anos 70, aproveitando-se da popularidade de "O Exorcista", o
jornal "Notícias Populares" publicou uma série de relatos exagerados
sobre a ação do demônio no Brasil. Famoso pelo sensacionalismo, o
"NP" colocou nas bancas nove artigos que exploravam o mundo dos
combatentes do diabo.Em um deles, o padre italiano Luis Stefanello se dizia
vencido pelas legiões de demônios que dominaram duas garotas, Maria e Lídia:
testemunhas alegavam que a dupla chegou a voar de ponta cabeça até o teto da
igreja onde estava sendo exorcizada. Quando a alemã Anneliese Michel
morreu, em 1975, investigações descobriram que ela estava desidratada e
malnutrida. O caso gerou grande controvérsia já que, apesar de ter passado por
pelo menos uma instituição psiquiátrica, a garota vinha sendo exorcizada.
Anneliese sofria de epilepsia, o que fazia com que ela tivesse constantes
ataques convulsivos.Quando um padre acreditou que ela estivesse possuída,
realizou uma série de exorcismos com a autorização do bispo (o procedimento
determinado pela Igreja Católica). Os pais e o padre foram condenados pela
Justiça, mas cumpriram somente penas de liberdade condicional. A história
inspirou os filmes "O Exorcismo de Emily Rose", "Réquiem" e
"Anneliese: The Exorcist Tapes"
O pontífice João
Paulo II é figura central para o exorcismo:
Tanto
que, durante o papado dele, teria realizado o ritual algumas vezes, segundo o
padre Gabriele Amorth, um dos exorcistas mais atuantes do mundo.Em um dos
casos, a italiana Francesca Fabrizi foi levada até o papa em 1982 e, ao vê-lo,
começou a gritar descontroladamente e se jogou no chão. Ela só se controlou
quando João Paulo disse que rezaria uma missa por ela.Outra
jovem, Sabrina, foi levada à Praça de São Pedro em 2000 e teve uma reação
parecida, babando e berrando obscenidades. O papa a atendeu individualmente e a
abençoou, mas ela ainda precisou passar por outros exorcismos depois disso.Se você esperava que
o curso de formação de exorcistas fosse um ambiente sinistro, é bom parar de
assistir a tantos filmes de terror!Ao
chegar para o primeiro dia da 10ª edição do Curso de Exorcismo e Prece de
Libertação, a primeira impressão que se tem, ainda naquele tumulto organizado
que precede qualquer evento, é relativa à quantidade de sorrisos:são padres e religiosos, alguns
poucos leigos, conversando alegremente sobre viagens (há gente do Congo, Coreia
do Sul, Colômbia, Filipinas, México, uma grande mistura de nacionalidades) e
outros assuntos corriqueiros enquanto pegam suas credenciais.O
clima é sério, mas sem tensão - todos ali já estão acostumados à doutrina
católica e muitos já têm experiência prática com exorcismo. Para um leigo é
difícil evitar a fascinação de imaginar o acesso a um conhecimento tão
específico, o que se provaria verdade ao longo dos dias seguintes, mas de um
modo muito mais acadêmico do que misterioso e secreto. Dentro
do Auditório João Paulo II - que acomoda os mais de cem participantes -, há
aquele clima típico de congressos, com três ou quatro alunos que caem no sono
durante as palestras. São 8h30 e isso vira até piada, com o mediador brincando
que é permitido tirar uma soneca - só o ronco é vetado.A
abertura é feita pelo padre Francesco Bamonte, presidente da associação e
exorcista da diocese de Roma, que palestra sobre o discernimento a respeito da
ação extraordinária dos demônios. Mais uma decepção para fãs do exorcismo pop:
ele diz que em muitos anos de batalha contra o Tinhoso só viu um possuído
levitar, um garoto de 12 anos, que flutuou enquanto ele abençoava um ambiente.
O curso também não tem exibição de vídeos de sessões de exorcismo e coisas
desse tipo, e mesmo os relatos sobre casos específicos são breves. O demônio é
assunto, mas não está presente.No decorrer dos seis dias de
curso, diversos palestrantes condenam práticas que levem ao pensamento
esotérico - do tarô ao Reiki, da astrologia ao espiritismo. A diferença que,
insistem os sacerdotes, deve ficar clara para exorcistas e seus colaboradores é
que o ritual não é algo mágico, mas sim uma série de orações feitas em nome de
Deus e da igreja que expulsam um diabo de um corpo humano. E que o possuído
deve seguir uma vida católica para se ver completamente livre do Mal. Mais uma
vez: os exorcistas não são como um grupo de caça-fantasmas, que prendem o Anjo
Caído e o levam embora. A função deles também é manter viva e ativa a fé e
prática cristã.Mais de uma dezena de
brasileiros participam do evento,como
o padre Pedro Paulo Alexandre, 29. Ele é de Anitápolis, Santa Catarina, e está
fazendo o curso a pedido do seu bispo: "Ele também me pediu para fazer
antes o curso de parapsicologia, para desmistificar", explica.Outro
que está ali para se especializar é o padre Anderson Guerra de Andrade, 33, da
diocese de Santo Amaro, em São Paulo. Ele já recebeu autorizações específicas
do bispo para fazer alguns exorcismos, mas agora deve encarar de vez o cargo:"Sinto esse chamado para
estudar mais detalhadamente a cura, a libertação e, em último caso,
exorcismo", afirma. Sobre ser nomeado, ele está ciente do desafio. "É
uma responsabilidade grande. Não é medo, é um temor - primeiro de não fazer
muito bem o que tem de ser feito. Tenho tido muitos sinais. Por exemplo, não
vim atrás do curso, ele apareceu para mim. Então, vou conversar com o meu
bispo. Se eu disser que nunca quis ser exorcista, estaria mentindo. Vejo que é
uma área que precisa de muita ajuda", afirma.Entre
as questões mais práticas do curso estão possíveis problemas legais (segundo as
leis italianas e europeias, no caso), o reconhecimento da ação de cultos
satânicos (algo extremamente em destaque na mídia da Itália) e até uma aula
sobre efeitos de substâncias químicas no corpo humano. Nessa última, a
descrição dos efeitos colaterais de uma droga incluía canibalismo e aborto, o
que levou uma das tradutoras simultâneas a soltar um espontâneo "ai, que
horror!".
A complexidade do
assunto também leva a eventuais conflitos!
Na
palestra de direito, alguns religiosos ficaram agitados com a sugestão de uma
advogada quanto ao consentimento do exorcizado e ao processo do ritual,
sugerindo a presença de um médico. Com o burburinho, ela se justifica dizendo
que analisava a questão a partir de um ponto de vista legal.Outra
fala, de uma especialista em rituais sobre significados dos arcanos no tarô,
revolta um frade, que discursa dizendo que ela havia ido longe demais e
extrapolado os limites de mera pesquisa acadêmica causando desconforto físico
nele.Então,
sim, é assunto que causa reações intensas mesmo dentro da Igreja Católica. E
também muitas dúvidas. Como cada dissertação é seguida de uma sessão de
perguntas e respostas, os padres têm chance de tirar dúvidas - desde
especificidades do ritual e da teologia até questionamentos quanto a programas
de TV que pregam que anjos e demônios são, na verdade, extraterrestres.(Caso você tenha ficado curioso:
segundo o padre e teólogo Pedro Barrajón, como a "Bíblia" não
menciona ETs, então não, os demônios não são seres de outros planetas).Na
manhã de um sábado, uma mesa redonda entre exorcistas fecha a semana de curso.
Nela, os padres Bamonte, François Dermine e o frade Benigno Palilla puderam
detalhar melhor os desafios de se exercer esse ministério.Dermine, por exemplo, defendeu
que ninguém deveria se oferecer ou mesmo querer ser exorcista - em especial
pela quantidade sem fim de acúmulo de trabalho que isso gera na vida de um
religioso. Já Palilla contou sobre a única vez em que acreditou ser atacado
pelo demônio. Ele dormia e sentiu a cama chacoalhar violentamente, o que o
levou a rezar pedindo ajuda a Deus. No dia seguinte, perguntaram se ele tinha
sentido o terremoto noturno que fez a cidade tremer. Você pode se preparar
intensamente para algo, mas não há curso que preveja as surpresas do dia a dia.“É mais cômodo eu acreditar que uma pessoa que amo
está influenciada pelo demônio do que eu acreditar que ela é safada, sem
vergonha, está fazendo corpo mole para a vida, sendo desonesta, se aproveitando
da família.” (Monsenhor Rubens Zani, padre
exorcista). Os encontros da
associação também são uma forma de colocar os padres nomeados em contato com
experiências diversas relatadas por exorcistas de vários países - algo que
chega a ter o poder de mudar opiniões: "O malefício existe",
conta o monsenhor Rubens sobre feitiços, maldições e atos semelhantes.
"Nunca fiz caso disso, sempre achei que fosse mentalidade de mágica. Do
tipo placebo: faz efeito porque você confia. Por outro lado, ouvi relatos de
companheiros nos encontros..." Como o ocorrido em um país da África
portuguesa, onde um rapaz teria feito um pacto demoníaco, por meio de um
feiticeiro, para virar um esportista de sucesso, com direito a patrocínios e
muito dinheiro."De fato o rapaz ficou um raio: ninguém o vencia, quebrava
recordes, era uma coisa fantástica", conta o monsenhor. Depois de um
tempo, o feiticeiro pediu para que ele jurasse de morte um familiar como uma
homenagem ao demônio. O escolhido foi o irmão mais novo, que teria morrido
repentinamente. E o esportista continuou subindo na profissão. Depois, outro
pedido de morte: o beneficiário do acordo deveria ceder a alma da mãe. Ele se
negou. O sucesso acabou, e o material esportivo que ele tinha em casa virou
cinzas.As vitórias acabaram, mas pouco poderia ter preparado o rapaz para o que
viria a acontecer: um dia o pênis dele desapareceu. Por mais fantástica que a
história pareça, são razoavelmente comuns em partes da África relatos de magias
que fazem os genitais sumirem - elas estão até em antigos textos de medicina de
diversas partes da Ásia. "Parecia uma boneca, de repente. Foi tomar banho,
olhou, cadê?", relata o monsenhor Rubens. O moço, agora ex-esportista,
procurou a ajuda de um exorcista que precisou ver para crer - realmente não
havia nada lá. Ele começou a rezar e, surpresa, o dito-cujo "brotou feito
uma flor" de volta. Um segundo padre também teria testemunhado o poder da
magia, quando a vítima retornou à igreja após o pênis sumir por uma segunda
vez.”
Padre
revela os caminhos do diabo!
A possessão é apenas um dos tipos de ataques diabólicos
detectados pela Igreja Católica! Pode ser o mais extremo e conhecido, mas os
outros são tão perturbadores quanto ele. O exorcista Rubens Zani detalha como é
cada atuação demoníaca distinta - e as consequências delas na vida humana.Monsenhor
Rubens, hoje com 54 anos, cresceu em um ambiente de fé. Ele é de uma família
descendente de italianos e bastante religiosa ("de uma fé madura",
ele diz) do interior de São Paulo. Isso não o poupou, entretanto, de certa
resistência quando quis ser padre. Mas ele fez prevalecer sua vontade. Mais
tarde, estudou direito canônico e fez mestrado e doutorado na Itália - uma
possível explicação para um leve sotaque italiano que carrega. "Me dizem
isso, mas eu não noto", afirma, sorrindo.O
gosto pelo estudo também foi o que o levou ao exorcismo. Ouviu falar da
existência do curso do Instituto Sacerdos, em Roma, e participou dele em 2011 -
e novamente no ano seguinte."Quis voltar para me
aprofundar nos aspectos que não são da minha formação de base: psiquiatria,
farmacologia. Voltei para estudar especificamente essas realidades",
afirma. No retorno ao Brasil, foi conversar com o bispo da diocese dele e pediu
para ser nomeado exorcista. "E não é para o meu bem!", reforça.
"Padre nenhum é padre para si mesmo. Ou não deveria ser", afirma. Ele
diz até hoje não ter conhecimento de nenhum outro exorcista atuando na diocese
dele (ou na de São Paulo, que confirma não ter um nomeado há alguns anos).Ainda
no curso, ele conheceu exorcistas notórios, como o padre Gabriele Amorth
(fundador da Associação Internacional dos Exorcistas) e Francesco Bamonte,
sendo que este insistiu em inscrevê-lo como membro na mesma hora. A Associação
Internacional dos Exorcistas não tem uma representação oficial no Brasil - ela
se divide em secretariados baseados na língua e nas regiões do planeta, e o
português ainda não tem o seu -, mas o monsenhor Rubens Zani participa não só
das reuniões internacionais como também das dedicadas aos exorcistas italianos.
Esses encontros se alternam a cada ano. Ele também é a quem Bamonte recorre
quando tem dúvidas ou precisa de alguma ação no Brasil, como dar uma entrevista
para o TAB, por exemplo.Os integrantes dessa
curiosa organização internacional são exorcistas na ativa!Os
que deixaram o ministério, os que receberam nomeação para caso único - o que
também acontece - e todos os possíveis auxiliares. Esse último grupo é composto
por profissionais que podem ser médicos, psiquiatras, psicólogos e uma série de
leigos que ajudam em todas as fases do exorcismo, da detecção até o ritual em
si. Os não religiosos têm direito de voto nas assembleias, só não são
exorcistas.Assim
como Lúcifer pode atacar junto a vários outros demônios, o exército do
exorcismo tem soldados de rankings diversos. Além dos oficiais invisíveis,
aqueles que dão mais tranquilidade ao monsenhor Rubens, e removem um possível
medo de encarar o Diabo."Se fosse só eu e ele? Mas
tenho a igreja inteira comigo, tenho Cristo comigo", fala sem hesitação.
"Ou melhor, é Ele falando por meio de mim. Eu me recolho à minha
insignificância de instrumento."O confronto direto
com o Mal ele ainda não teve, por enquanto..."Posso te dizer que, até
agora, não encontrei nenhum capetinha na minha vida. Deus está me poupando,
teve compaixão e não me colocou fuça a fuça com o Tinhoso. Se precisar, estamos
aqui", avisa o exorcista.
Por Paulo Terron - Repórter especial multimídia do UOL. Usa
medalhas de São Bento e Santa Bárbara para garantir.
APOSTOLADO BERAKASH - A serviço da Verdade: Este blog não segue o padrão comum, tem opinião própria, não querendo ser o dono da verdade, mas, mostrando outras perspectivas racionais para ver assuntos que interessam a todos. Trata basicamente de pessoas com opiniões e ideias inteligentes, para pessoas inteligentes. Ocupa-se de ideias aplicadas à política, a religião, economia, a filosofia, educação, e a ética. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre literatura, questões culturais, e em geral, focando numa discussão bem fundamentada sobre temas os mais relevantes em destaques no Brasil e no mundo. A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas deste blog não significa, necessariamente, adesão às ideias neles contidas. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo informativo deste blog, não sendo a simples indicação, ou reprodução a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. As notícias publicadas nesta página são repostadas a partir de fontes diferentes, e transcritas tal qual apresentadas em sua origem. Este blog não se responsabiliza e nem compactua com opiniões ou erros publicados nos textos originais. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com as fontes originais para as devidas correções, ou faça suas observações (com fontes) nos comentários abaixo para o devido esclarecimento aos internautas. Os comentários devem ser respeitosos e relacionados estritamente ao assunto do post. Toda polêmica desnecessária será prontamente banida. Todos os comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam, de maneira alguma, a posição do blog. Não serão aprovados os comentários escritos integralmente em letras maiúsculas, ou CAIXA ALTA. A edição deste blog se reserva o direito de excluir qualquer artigo ou comentário que julgar oportuno, sem demais explicações. Todo material produzido por este blog é de livre difusão, contanto que se remeta nossa fonte.Não somos bancados por nenhum tipo de recurso ou patrocinadores internos, ou externo ao Brasil. Este blog é independente e representamos uma alternativa concreta de comunicação. Se você gosta de nossas publicações, junte-se a nós com sua propaganda para que possamos crescer e fazer a comunicação dos fatos, doa a quem doer. Entre em contato conosco pelo nosso e-mail abaixo, caso queira colaborar de alguma forma:
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Peço encarecidamente a quem leu a matéria e estes comentários se puderem encaminhar estes contatos acima ao padre, será um ato de caridade Cristã! Deus os abençoe, nos livre de todo mau e se compadeça de nós e principalmente destes que sofrem.
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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)
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