Vamos fazer um
paralelo entre o hábito religioso e a modéstia no trajar. É tão importante o
hábito para o religioso, quanto o traje decente para o cristão:
“O velho adágio que diz que o hábito não faz o monge tem que ser
entendido com uma pitada de sal. De fato, só o hábito não faz o religioso, como
só uma veste decente não faz a modéstia de uma pessoa. O que vale antes de tudo é o coração da pessoa. Nós, seres
humanos porém, não somos Deus, não vemos o coração como Ele ver, vemos apenas
as aparências.”
Não podemos julgar a
ninguém pelas aparências, mas estas tem sim muita importância, até mesmo para a
sociedade mundana, que não permite, por exemplo, que alguém se apresente num
determinado evento sem o traje a rigor. Em várias repartições públicas, vemos
avisos proibindo que as pessoas se apresentem de short, bermuda, sem camisa,
etc. Ninguém ousa ir a um baile de
sociedade, de camiseta regata ou de chinelo. Quando o Papa vai a algum lugar,
exige-se dos clérigos que se apresentem com sua vestimenta própria. Mas seria
apenas nesta ocasião que os religiosos deveriam se apresentar devidamente
caracterizados?
O Código de Direito Canônico determina: “os clérigos usem hábito
eclesiástico…” (Cânon 284). O mesmo Código
reza no Cân. 669: “Os religiosos usem o
hábito do instituto…”. Isso significa que a roupa tem a sua importância.
O hábito não faz o monge, mas identifica-o!
Como vamos distinguir no meio da
multidão um sacerdote ou religioso? Pelo caráter impresso na alma através do
sacramento da ordem? Mas este sinal é invisível. Podemos distingui-lo apenas
pela veste.
Jesus diz que
“ninguém acende uma lâmpada, para pô-la sob um vaso ou sob a cama, mas no
candeeiro, para que alumie a todos os que estão em casa” (S.Mateus, 5,
14). Ora, no mesmo versículo Jesus diz
para os apóstolos: “ Vós sois a luz do mundo”.
Qual é este candeeiro que não deixa esta luz escondida, no meio da
multidão se não a veste clerical, o hábito religioso? Mas infelizmente muitos
se envergonham de dar testemunho da sua missão e da sua condição de consagrados
no mundo, com as mais reles
justificativas tais como de que o hábito afasta as pessoas,não é ecumênico, é
de uma cultura ultrapassada romanista, etc...(Dom Helder Cãmara sempre usou a
batina e nem por isto deixou de ser um revolucionário).
Aplicando tudo quanto dissemos sobre o hábito
eclesiástico ao traje do cristão, podemos seguir a mesma linha de raciocínio:
A roupa não faz a
pessoa, mas identifica. Identifica a profissão, o sexo, a dignidade e a honra. Um
autor de espiritualidade dizia:
“Nunca um exterior imodesto encobriu um interior modesto”.
Ninguém consegue ver
o caráter impresso na alma de um batizado ou crismado, mas pode ver a condição
dele de cristão pelo andar, pela sorriso, pela roupa que veste. Conta-se na
vida de S. Francisco de Assis, que ele convidou um frade para uma pregação
cidade. Depois de percorrerem toda a cidade, ao regressar ao convento, o
confrade perguntou: – e a pregação?
O santo respondeu: – “fizemos a pregação pelo nosso hábito e pelo nosso
silêncio”.
Todos nós cristãos
somos obrigados a dar testemunho da nossa fé não só por palavras, mas sobretudo
pela nossa vida e até mesmo pela nossa veste. A todo cristão de certo modo
Jesus também dirige as palavras: vós sois o sal da terra, a luz do mundo. Mas
como ser sal, se também o cristão se deixa corromper pelas modas mais
indecentes, conforme vaticinou Nossa Senhora e Fátima:
“Hão de vir umas modas que vão ofender muito a Jesus - Como ser luz, se
o cristão usa roupas mais próprias dos filhos das trevas?”
Quando
vamos a uma quitanda, qual o critério que usamos para escolher as frutas?
Certamente que é pela
aparência externa, pela casca. Não vamos comer a casca, que será descartada.
Mas a casca da fruta vai nos dizer de alguma forma o conteúdo. Se a casca
estiver avariada, é porque o interior está podre. Não podemos usar do mesmo
critério para as vestes e aparências exteriores do homem ou a mulher nos dias
de hoje ?Qual é hoje a
diferença dos trajes de uma mulher cristã e de uma meretriz ? Qual a diferença
da roupa de um homem e de uma mulher nos dias de hoje ? O Critério Cristão seria:
“Você sentiria a vontade em emprestar sua roupa que você vai a Igreja, a
Maria Santíssima para ela também ir caso ela lhe pedisse emprestado?...”
Infelizmente vivemos
a era do “travestimento”. A roupa que vestimos não é o mais importante, mas não
deixa de ter a sua importância para quem usa e para quem vê.Deus não se contentou
com as vestes de feitas de parreira de nossos primeiros pais que viviam
sozinhos no paraíso e que eram esposos, mas teceu para eles túnicas de pele
animal. Jesus por sua vez exalta a
figura do precursor João Batista por não se vestir com roupas sensuais.
Portanto Deus também olha o nosso exterior.
(Por Padre Jonas dos
Santos Lisboa - Colaborador dos portais "Catolicismo Romano" e
´"Rádio Italiana")
Sim, o hábito faz o monge, mostra pesquisa
(Por:Juliana Câmara)
Estudo americano comprova que significado social das peças que vestimos
interfere nos processos cerebrais. O antigo ditado que nos orienta sobre não
julgar as pessoas pela aparência acaba de ser contrariado por um estudo
americano, pelo menos no que diz respeito às roupas.
Cientistas
descobriram que a forma como interpretamos o valor simbólico da vestimenta pode
afetar nossos processos cognitivos. E o estudo, realizado por pesquisadores da
Northwestern University, em Illinois, mostra que não basta olhar uma peça para
que esta influência ocorra, é preciso vesti-la.Os pesquisadores,
liderados por Adam Galinsky, realizaram três experiências usando jalecos
brancos idênticos de médicos e pintores. Em todos os casos, as pessoas que
vestiram as peças que seriam dos profissionais de saúde — a quem costuma ser
atribuído um comportamento cuidadoso, rigoroso e atento — apresentaram melhores
resultados em testes de atenção e percepção visual de erros. Houve quem apenas
olhasse a roupa, mas quem a vestiu se saiu melhor.
A descoberta, que foi
relatada em reportagem do jornal “New York Times”, é significativa para uma
área de estudos em crescimento, chamada de cognição incorporada.Pensamos não apenas
com nossos cérebros, mas com nossos corpos, e nossos processos de pensamento
estão baseados em experiências físicas que provocam conceitos associados
abstratos. Agora, parece que estas experiências incluem as roupas que vestimos,explicou
Galinsky ao NYT. A experiência de lavar as mãos, por exemplo, está associada à
pureza moral e a julgamento éticos.
Para os cientistas, um dos pontos mais interessante do
estudo é a possibilidade de compreender se o significado da roupa que vestimos
afeta nossos processos psicológicos: Ele altera a forma como nos aproximamos e
interagimos com o mundo?
Na opinião do psicólogo e autor do livro
“Homens invisíveis” (Editora Globo), Fernando Braga da Costa, a resposta é "sim"
“Tudo o que é intelectual é guiado também pelo nosso equilíbrio
emocional. Além disso, o que controla nossas vias neurológicas está relacionado
com nossas emoções, cuja construção passa pelos relacionamentos e a concepção
de valores sociais.”
Os pesquisadores
americanos agora querem entender o que acontece quando alguém veste uma batina
de padre ou um uniforme de policial todos os dias, por exemplo?A ideia é desvendar se
os indivíduos se acostumam e as alterações cognitivas não ocorrem, fazendo os
efeitos desaparecerem. Para isso, no entanto, mais estudos ainda
serão conduzidos.
Fonte: oglobo.globo.com/sociedade/saude/sim-habito-faz-monge-mostra-pequisa-4488046
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"por isto deixou de ser um revolucionário." Padres e freiras revolucionarios marxistas de hábito escandalizam mais.
Prezado Prof. Francisco Castro,
Há um ditado popular que diz que “Deus escreve certo por linhas tortas”. Não vou discutir aqui se tal adágio está teologicamente correto ou não, mas não há dúvida de que as coisas no Reino de Deus não funcionam segundo a lógica humana.
Uma dessas coisas é a graça. Segundo a lógica humana, os fortes e valentes merecem um grande prêmio pelas suas façanhas, enquanto os fracos merecem um lugar inferior. Assim, muitos homens se gabam de suas conquistas e se sentem superiores aos demais.
Mas Deus parece ter um prazer especial em desafiar a lógica humana. Por isso Jesus andou na companhia de pessoas de reputação duvidosa (aos olhos humanos) ao invés de se afastar delas, como faziam os fariseus. Por isso os incrédulos se escandalizam com estas coisas e assim está escrito profeticamente:
“Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus.Pois está escrito:"Destruirei a sabedoria
dos sábiose rejeitarei a inteligênciados inteligentes".Onde está o sábio? Onde está o erudito? Onde está o questionador desta era? Acaso não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?Visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por meio da sabedoria humana, agradou a Deus salvar aqueles que creem por meio da loucura da pregação.Os judeus pedem sinais milagrosos, e os gregos procuram sabedoria;nós, porém, pregamos Cristo crucificado, o qual, de fato, é escândalo para os judeus e loucura para os gentios,mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus.Porque a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria humana, e a fraqueza de Deus é mais forte que a força do homem.Irmãos, pensem no que vocês eram quando foram chamados. Poucos eram sábios segundo os padrões humanos; poucos eram poderosos; poucos eram de nobre nascimento.Mas Deus escolheu o que para o mundo é loucura para envergonhar os sábios e escolheu o que para o mundo é fraqueza para envergonhar o que é forte.Ele escolheu o que para o mundo é insignificante, desprezado e o que nada é, para reduzir a nada o que é...” (1 Coríntios 1,18-28).
Shalom !!!
MAIS NÃO ADIANTA UM VELHO OU UM HOMEM VESTIR ROUPAS DE ADOLESCENTE QUE O MESMO VAI CONTINUAR SENDO VELHO-D +++++++
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