Passagens que justificam a honra e veneração a Maria:
“Deem a cada um o que
lhe é devido: se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se
honra, honra.”(Rom 13,7)
“Honra teu pai e tua
mãe, a fim de que venhas a ter vida longa na terra que Yahweh, o teu Deus, te
dá.” (Exodo 20,12)
“Ora Jesus, vendo ali
sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe:
Mulher, eis aí o teu filho.Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde
aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.” João 19,26-27
Conforme as escrituras João não era filho de Maria e José
mas de Zebedeu e Salomé:
Seu Pai e irmão:Seu pai Zebedeu e
seu irmão Thiago – Mateus 4,21a - Um pouco mais adiante Jesus viu outros dois
irmãos, Tiago e João, filhos de Zebedeu.Sua Mãe – Salomé: Mateus
27,56Entre elas estavam Maria Madalena; Maria, a mãe de Tiago e de José; e a
mãe dos filhos de Zebedeu – Marcos 16:1Depois que terminou o sábado, Maria
Madalena, Salomé e Maria, a mãe de Tiago, compraram perfumes para perfumar o
corpo de Jesus.Portanto, se João não era filho de Maria como foi provado acima, Jesus na cruz e na figura de seu discípulo mais amado, nos entrega Maria como nossa mãe.Façamos então como João e Isabel que não rejeitaram Maria mas acolheram a mãe do nosso Senhor e Deus. E se Maria é mãe do cabeça da Igreja(Jesus), ela também é mãe de seus membros.
Por vezes, pensa-se que a Virgem não é muito evocada na
Bíblia, mas os fatos são outros, inclusive ela é mais citada que muito
apóstolos:
Mostraremos que as
citações diretas, no Novo Testamento, são muito mais numerosas do que pensamos
e que têm um significado muito peculiar, em momentos cruciais da vida de
Cristo. Por outro lado, as alusões indiretas à Maria são numerosas e muito
importantes: descobrimos, por exemplo, que Maria é a única no mundo que passa
mais de trinta anos ao lado de Cristo durante a sua vida terrena; que ela é
Aquela à quem o Apocalipse chama a “Arca da verdadeira Aliança”; Aquela à quem,
sobretudo, o anjo da Anunciação saudou como a “cheia de graça” e que pode
anunciar à toda a Criação: “de agora em diante me chamarão bem-aventurada todas
as gerações”…O Antigo Testamento está, também ele, repleto de figuras, imagens e
profecias nas quais tanto o Magistério como os Padres da Igreja, os seus
Doutores e Santos reconheceram o anúncio daquela que deu ao mundo o Messias
esperado. Do “Gênesis” ao Livro do Profeta Isaías, e até aos últimos profetas
da Primeira Aliança… prefigurações e outros anúncios, respeitantes à Virgem Mãe
do Salvador, atravessam todo o Antigo Testamento, do Pentateuco aos Profetas,
passando pelos Livros Históricos e Sapienciais! Maria pertence ao
Novo Testamento. Ela nasceu no tempo do Novo Testamento. Todos os relatos
específicos e diretos que falam dela, estão no Novo Testamento. Porém, podemos
formular-nos uma pergunta: O Antigo Testamento referiu-se alguma vez a Mãe do
Messias esperado? Existem textos bíblicos que, mesmo em sentido figurado,
mencionam algo sobre a Mãe do Filho de Deus? Podemos associar alguns textos do
Antigo Testamento e aplicarmos a Maria?
ANÚNCIOS DE MARIA NO ANTIGO TESTAMENTO
Segundo a visão
cristã, Eva, a primeira mulher, cedo se tornou aquela que, com Adão, arrastou
toda a humanidade no naufrágio do pecado original. Deus prometeu um Salvador, e
a mãe do Redentor foi anunciada naquele mesmo momento, no texto do Gênesis já
citado: “Farei reinar a inimizade entre ti e a mulher” (Gn.3,15)
A mais autêntica das filhas de Abraão
Abraão, nosso “pai na
fé”, obedeceu de maneira total e incondicional aos desígnios de Deus, mesmo
quando, exteriormente, lhe era difícil compreender como se cumpririam tais
promessas. O Papa João Paulo II, na sua homilia em Nazaré, a 25 de Março de
2000, chamou à Virgem Maria a “mais autêntica das filhas de Abraão” já que,
pela sua fé, se tornou a Mãe do Messias e a Mãe de todos os crentes (cf.
Homilia publicada no Obsservatore Romano, edição semanal em língua portuguesa).
Eis os símbolos prefigurativos da Virgem Maria que
podemos encontrar na Bíblia hebraica, o Antigo Testamento para os cristãos:
Podemos encontrar
imagens da Virgem Mãe no Gênesis e em Isaías, a Filha de Sião, o Jardim do
Éden, a Amada do Cântico dos Cânticos e a Arca da Aliança. Rute pode ser um
símbolo de Maria e da Igreja, porque aparece providencialmente colocada na
árvore genealógica de Cristo. Também em Ester e Judite podemos ver um símbolo
de Maria, já que são associadas ao Salvador no desenrolar do plano divino da
Salvação.
Podemos agrupar estes diversos anúncios de Maria no
Antigo Testamento em 3 “categorias”:
1)– imagens: Estrela
da Manhã; Torre de David, Trono da Sabedoria, etc…
2)– figuras: Sara,
Raquel, Débora, Judite, Ester e tantas outras…
3)– profecias:
Gn.3,15; Is.7,11; etc…
Ao lado de Cristo, Maria é a maior glória do povo judeu
A Virgem Maria pode
ser vista, a par de Cristo, como a maior glória do povo judeu. Foi do seio
deste povo da Aliança que Deus escolheu esta excepcional figura que viria a dar
à luz o Salvador da Humanidade. Por isso, ninguém melhor do que a Santa Virgem
para interceder, junto de Deus, pela contínua promoção das relações judeu-cristãs.Muitos estudiosos afirmam que o tema mariano está
“escondido” sob três modos no Antigo Testamento: preparação moral, preparação
tipológica e preparação profética.
1) Preparação moral:
como a humanidade estava corrompida pelo pecado, Deus escolhe uma linhagem de
fé e santidade para que o seu filho possa nascer da raça humana.
2) Preparação
tipológica (linguagem simbólica): constatamos que no Antigo Testamento, muitas
mulheres foram favorecidas com nascimentos milagrosos (Sara, Judite…). Todas estas
mulheres fazem parte dos ancestrais do Messias esperado. Maria aparece como
símbolo da “Filha de Sião” (Sof 3, 14-17), o lugar da residência de Javé. Maria
também é simbolizada com a nova Arca da Aliança (dentro da Arca era depositada
a LEI), que vai trazer dentro de si a Lei definitiva (revelação) de Deus, seu
próprio Filho, Jesus”Rejubila-te, filha
de Sião,solta gritos de alegria, Israel! Alegra-te e exulta de todo o coração,
filha de Jerusalém! 15O Senhor revogou tua sentença, eliminou teu inimigo. O
Senhor, o rei de Israel, está no meio de ti, não verás mais a desgraça.
16Naquele dia, será dito a Jerusalém: Não temas, Sião! Não desfaleçam as tuas
mãos! 17O Senhor teu Deus está no meio de ti, como um herói que salva! Ele
exulta de alegria por tua causa, ele te renova por seu amor, ele se regozija
por causa de ti com gritos de alegria, 18como nos dias de festa.” (Sof 3,
14-18)
Preparação profética: Além do texto acima, temos mais
alguns que podem ser aplicados a Maria:
Ct 4,7: Tu és toda formosa,
amada minha, e em ti não há mancha. O texto pode fazer alusão à concepção
imaculada de Maria;
Jer 31,22: Até quando andarás
errante, ó filha rebelde? pois o senhor criou uma coisa nova na terra: uma
mulher protege a um varão.
Gn 3,15: Porei inimizade entre
ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá
a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
Uma consideração sobre este texto: Gen 3,15:
O texto é muito
significativo e apresenta, numa primeira leitura, a luta até o fim dos tempos
entre a humanidade e o demônio. O termo “Ela te ferirá a cabeça” pode aludir
tanto a Maria, a nova Eva, como a Igreja.
d) Is 7,14: Portanto o Senhor
mesmo vos dará um sinal: eis que uma
virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.
e) Miq 5, 1-4: Agora, ajunta-te
em tropas, ó filha de tropas;
pôr-se-á cerco contra nós; ferirão com a vara no queixo ao juiz de Israel.Mas
tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti
é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os
tempos antigos, desde os dias da eternidade.Portanto os entregará até o tempo
em que a que está de parto tiver dado à luz; então o resto de seus irmãos
voltará aos filhos de Israel.E ele permanecerá, e apascentará o povo na força
do Senhor, na excelência do nome do Senhor seu Deus; e eles permanecerão,
porque agora ele será grande até os fins da terra.
MARIA NO EVANGELHO DE JOÃO:
João escreveu o seu
evangelho por volta do ano 90-100 d.C. É também autor do livro do Apocalipse.
Tanto o quarto evangelho como livro do Apocalipse apresentam, por serem os
escritos mais tardios, uma reflexão bem mais madura sobre Jesus.
O Evangelho de João está dividido em três partes:
a) Prólogo (Jo 1,
1-18)
b) Livro dos Sinais
(Jo 1,19 – 12,50)
c) Livro da Exaltação
(Jo 13-20)
Menciona a Mãe de Jesus em três ocasiões: uma indiretamente, na
encarnação do Filho de Deus (Jo 1, 14), e as duas de uma maneira bem explicita:
as Bodas de Caná (Jo 2, 1-12) e na Morte de Jesus (Jo 19, 25-27).
1) Jo 1,14: (PROLOGO)
E o Verbo divino se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de
verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.Embora o texto não
mencione Maria, porque a intenção do autor é mostrar a origem divina de Jesus
(Verbo de Deus), dá-se a entender que Ela está implícita no processo da
encarnação de Jesus (“e habitou entre nós”). Não podemos, afirmar que este é um
texto mariano, mas quando se fala em “encarnação” do Verbo Divino, Maria é
lembrada.
2) Jo 2, 1-12 (AS BODAS DE CANÁ)
Três dias depois, houve um
casamento em Caná da Galiléia, e estava ali a mãe de Jesus;e foi também
convidado Jesus com seus discípulos para o casamento.E, tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm
vinho.Respondeu-lhes Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a
minha hora.Disse então sua mãe aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.Ora,
estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em
cada uma cabiam duas ou três metretas.Ordenou-lhe Jesus: Enchei de água essas
talhas. E encheram- nas até em cima.Então lhes disse: Tirai agora, e levai ao
mestre-sala. E eles o fizeram.Quando o mestre-sala provou a água tornada em
vinho, não sabendo donde era, se bem que o sabiam os serventes que tinham
tirado a água, chamou o mestre-sala ao noivo e lhe disse: Todo homem põe
primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste
até agora o bom vinho.Assim deu Jesus início aos seus sinais em Caná da
Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.Depois
disso desceu a Cafarnaum, ele, sua mãe, seus irmãos, e seus discípulos; e
ficaram ali não muitos dias.Este relato
encontra-se inserido no chamado “bloco dos sinais”. É cheio de uma simbologia
muito grande. Os sinais apresentam um sentido de revelação da pessoa de Jesus e
têm uma intima relação com a fé. Quando Jesus realiza um milagre, este serve de
sinal para que as pessoas vendo possam acreditar em Jesus. Em Mateus, Marcos e
Lucas, os milagres que Jesus realiza indicam o poder de Deus sobre as forças do
mal.Os sinais que o quarto evangelho mencionam também expressam a Glória de
Deus, que com Jesus, aos poucos vai se manifestando ao mundo.
Analisando o texto:
Um primeiro dado
interessante que se percebe à primeira vista é que João não menciona o nome
“Maria”. Ele refere-se a Maria chamando-a de “Mulher” ou “Mãe de Jesus” (seis
vezes). A explicação é simples: João gosta de apresentar certas pessoas como
modelos de seguidores do projeto de Jesus. Maria, portanto, é um modelo, uma
figura símbolo que aceitou a mensagem de Jesus.Apesar de ser uma festa de
casamento, os personagens principais não são os noivos e sim Jesus e Maria. Apesar
de usar uma linguagem de um casamento, João quer mostrar, com este relato, que
o pacto (casamento) entre o povo da Antiga Aliança (Israel) e Deus estava
desgastado, sem vida, vazio, devido o abismo do pecado.O relato data
muito a seqüência dos dias, com destaque especial “ao terceiro dia” , alusão
simbólica à Aliança no Monte Sinai (Ex 19, 11.9) e principalmente à
Ressurreição de Jesus.Ao fazer chegar até
Jesus a problemática da falta de vinho, Maria se apresenta como aquela que,
conhecendo as necessidades da humanidade, pede ajuda para Jesus. Aqui está
simbolizado o papel de intercessora atribuído a Maria.A primeira reação de
Jesus ao afirmar “Mulher, que tenho eu contigo” (ou, que importa a mim e a ti),
parece ser um tanto ríspida com relação a Maria, mas serve para ilustrar o
deslocamento de perspectiva: que Jesus chama os seus interlocutores (na pessoa
de Maria) para perceber um outro nível de sua presença.
A palavra “mulher” pode representar três idéias:
1)- Pode lembrar Gn
3, referindo a Eva-Mulher que trouxe o pecado ao mundo. Assim Maria, a nova Mulher
trouxe a salvação, Jesus;Maria, Mulher, pode representar todo o povo de Israel
(Filha de Sião);
2)- Pode traduzir
todo o reconhecimento da figura feminina na comunidade de João pelo papel
evangelizador que as mulheres desempenhavam no testemunho do Evangelho.
Depois de realizar o
milagre da transformação da água em vinho, o relato tem um desfecho muito
significativo. E é para lá que apontava João: Assim deu Jesus início aos seus
sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos
creram nele.( v11). Com isso, o autor acentua a centralidade do relato: mostrar
quem é Jesus (aquele que traz o vinho novo, a Nova Aliança, o Novo Pacto, a
alegria, a plenitude, a graça, a salvação) e a fé dos discípulos que aderem ao
projeto do Filho de Deus. E todo o projeto do Reino de Deus é simbolizado
através da figura das Bodas, o grande Banquete, as Núpcias do Cordeiro, a
grande Festa da plena e definitiva alegria. Jesus é o novo NOIVO.Maria-mulher é
aquela que leva os discípulos a crerem em Jesus. Incentiva os filhos a fazerem
a vontade do seu Filho.
3) Jo 19, 25-27
(MARIA JUNTO À CRUZ)
Estavam em pé, junto à cruz de Jesus, sua mãe, e a irmã de sua mãe, e
Maria, mulher de Clôpas, e Maria Madalena.Ora, Jesus, vendo ali sua mãe, e ao
lado dela o discípulo a quem ele amava, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu
filho.Então disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo
a recebeu em sua casa.O texto mostra que
estavam presentes junto à cruz de Jesus quatro mulheres: a mãe de Jesus, uma
irmã de Maria, Maria esposa de Cléofas e Maria Madalena e também o discípulo
amado.As mulheres, como já vimos, representam o serviço generoso e destacado
que elas exerciam na comunidade; o “discípulo amado” representa o modelo ideal
de todo cristão que apesar das contrariedades e cruzes da vida, permanece fiel
a Cristo.
Ao colocar Maria junto à cruz de Jesus, o autor do livro,
quer:
Simbolizar a presença
da mãe sofredora que sempre esteve ao lado de Jesus e de todo aquele que sofre;fazer
uma relação entre as Bodas de Cana onde Maria esteve presente no inicio das
atividades do seu Filho, como no pleno cumprimento de sua missão, através da
morte da Cruz.
Tanto o discípulo amado com Maria, são representações da
Igreja:
a)-Maria como
geradora de novos filhos (mulher, membro constitutivo da Igreja e mãe da
comunidade);
b)-O Discípulo amado
como representante de todos os fiéis que seguem Jesus custe o que custar.
c)-Resumindo, podemos
sintetizar a figura de Maria no quarto evangelho como:
– discípula fiel
– pessoa de fé
– mãe da comunidade
– mulher solidária
MARIA NO EVANGELHO DE LUCAS e ATOS DOS APÓSTOLOS
O livro de Lucas foi
escrito por volta dos anos 79-80 d. C. Teve como destinatário primeiro um certo
“Teófilo” (Lc 1,1 e At 1,1-2), cuja identidade é desconhecida. A evidência
mostra que o livro foi escrito especialmente para os gentios. Lucas se esforça
para mostrar os costumes judaicos e, algumas vezes substitui nomes gregos por
hebraicos. Como bom médico que
foi, Lucas retrata a figura de Cristo mostrando todo o seu lado humano e
misericordioso que socorre, cura, liberta e salva a todos sem distinção.Como
também é autor do livro dos Atos dos Apóstolos, Lucas compreende a HISTÓRIA DA
SALVAÇÃO em três tempos ou etapas e organiza toda a sua obra a partir desta
perspectiva:
1ª etapa: período
preparatório à vinda de Jesus Salvador ( O antigo Israel espera com alegria a
manifestação do Messias e prepara a sua vinda)
2ª etapa: A vida de
Jesus: sua encarnação, sua presença, sua manifestação, paixão, morte,
ressurreição e glorificação.
3ª etapa: tempo da
Igreja que se faz por obra do Espírito Santo. A Igreja é a grande portadora da
salvação a todos os povos.
Estes três períodos
ou etapas se articulam a partir de Jerusalém.Segundo os estudiosos do tema,
Lucas é o evangelista que mais fala de Maria. Num total de 152 versículos do NT
sobre Maria, 90 são de Lucas (1 versículo aparece no livro dos Atos e 89 no
terceiro evangelho).
Lucas nos apresenta muitas qualidades de Maria:
1)-Ela é o exemplo
vivo do discípulo e seguidor de Jesus, que acolhe a Palavra de Deus com fé,
guarda e medita em seu coração e põe em prática, produzindo muitos e bons
frutos.
2)-Maria é
apresentada como a grande peregrina na fé. O “SIM” dado a Deus na sua juventude
é renovado constantemente no decorrer de toda a sua vida.
3)-Maria não nasce
como uma santa pronta e acabada. Ela passa por crises e situações difíceis e
desafiadoras contribuindo para o seu crescimento na fé.
4)-Por outro lado,
Maria nos lembra que Deus escolhe preferencialmente os pobres e os pequenos para
iniciar seu Reino. Maria é uma pessoa de coração pobre todo aberto para Deus;
tem um coração solidário e serviçal sempre disponível a ajudar os mais
necessitados.
MARIA NO EVANGELHO DE MARCOS
Marcos escreve o seu
evangelho por volta do ano 60 d.C. Acredita-se que o escritor, ao preparar o
seu livro, teve em mente os cristãos gentios. O evangelista tem com preocupação
primeira mostrar que Jesus é o Filho de Deus. Esse é a sua grande tese
verificada a partir do primeiro versículo:“Princípio do evangelho
de Jesus Cristo, Filho de Deus.”Um Filho de Deus que é confirmado pelos
discípulos, através da pessoa de Pedro (Mc 8,29) e testemunhado pelo centurião
na morte de Jesus (Mc 15,39); um Filho de Deus que se deixa reconhecer na
medida que se caminha ao seu lado assumindo o seu projeto de vida.
O Evangelho de Marcos está tecido em duas grandes partes:
1)– Primeira parte:
(Mc 1,1 – 8,26). Neste primeiro bloco Jesus aparece na Galiléia inaugurando o
Reino de Deus que vem com toda força. A prática de Jesus é contestada pelos
escribas e fariseus. Diante da sua proposta vão se formando dois grupos: os que
seguem Jesus (discípulos e multidão) e os que não aceitam a proposta de Jesus.
2)– A segunda parte
(restante do evangelho) apresenta as condições e os elementos necessários para
seguir Jesus. Seguimento que não significa “ir atrás” mas entrar no caminho de
sua vida, identificar-se com ele, deixar tocar pela sua pessoa, fazer parte de
sua missão de inaugurar o Reino e vencer as forças do anti-reino.Maria aparece duas
vezes durante todo o seu relato. As citações são poucas, mas muito
significativas onde ela é apresentada como a discípula fiel que faz parte
essencial da família de Jesus porque cumpre a vontade do Pai e a mulher que
acolhe a todos como filhos e irmãos de Jesus.
Textos marianos:
1)Mc 3, 20-21. 31-35
- A FAMÍLIA DE JESUS:
Depois entrou numa casa. E afluiu outra vez a multidão, de tal modo que
nem podiam comer.Quando os seus ouviram isso, saíram para o prender; porque
diziam: Ele está fora de si.Chegaram então sua mãe e seus irmãos e, ficando da
parte de fora, mandaram chamá-lo.E a multidão estava sentada ao redor dele, e
disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te procuram.Respondeu-lhes
Jesus, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos.E olhando em redor para os que
estavam sentados à roda de si, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos.Pois
aquele que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe.
Colocando o texto no Contexto:
No tempo de Jesus, a
estrutura familiar exercia importante influência na definição dos papéis e no
lugar social ocupado pelo individuo. No judaísmo, as famílias eram
classificadas conforme seu grau de pureza de origem, ou seja, se eram
imaculadas cruzamento com sangues de estrangeiros ou atingidas por mancha de
mistura étnica.A cena bíblica é a seguinte: Jesus e os Doze, recém eleitos, vão
a uma casa em Cafarnaum. Havia uma multidão acirrada, a tal ponto que eles nem
podiam e não tinham tempo nem para alimentar-se. E quando os “seus” ficaram
sabendo disso, saíram para proteger Jesus, porque diziam que Ele tinha “perdido
o juízo” . E neste grupo que vai até Jesus, está a figura de Maria, sua mãe.Os
parentes de Jesus consideram que Ele estava exagerando no modo como se dedicava
à sua missão, porque Jesus desleixa até as suas necessidades mais elementares,
como a de comer (v.20).Marcos mostra aqui o
caminho progressivo de Maria na fé. O evangelista revela o traço tão humano de
Maria de Nazaré que se preocupa pelo Filho, o que denota uma preocupação
normal.Num olhar mais profundo, Marcos quer mostrar que o seguimento de Jesus
(para fazer parte de sua família) ultrapassa os laços de parentesco.Jesus
inaugura uma NOVA FAMÍLIA constituída não mais do sangue e dos laços de
parentesco (valor absoluto nas sociedades antigas) e sim daqueles que se juntam
ao redor de Jesus para fazer a vontade do Pai.Marcos ensina que até Maria, a
criatura mais estreitamente ligada a Jesus pelos laços de sangue (maternidade)
teve que elevar a ordem mais alta dos seus valores.Depois de ter levado Jesus
no seu ventre, era preciso que Ela o gerasse no coração, cumprindo a vontade de
Deus. Uma vontade que se torna manifesta naquilo que Jesus dizia e realizava.Assim,
a figura de Maria “mãe” se harmoniza e se completa com a figura de “discípula”
e “primeira cristã”.
2)Mc 6, 1-6: JESUS DE NAZARÉ ( O SANTO DE CASA NÃO FAZ
MILAGRES)
Saiu Jesus dali, e foi para a sua terra, e os seus discípulos o seguiam.Ora,
chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ao ouví-lo, se
maravilhavam, dizendo: Donde lhe vêm estas coisas? e que sabedoria é esta que
lhe é dada? e como se fazem tais milagres por suas mãos?Não é este o
carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? e
não estão aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se dele.Então Jesus lhes
dizia: Um profeta não fica sem honra senão na sua terra, entre os seus
parentes, e na sua própria casa.E não podia fazer ali nenhum milagre, a não ser
curar alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos.E admirou-se da
incredulidade deles. Em seguida percorria as aldeias circunvizinhas, ensinando.
Colocando o texto no Contexto:
O texto de Marcos
refere-se a um acontecimento concreto: a rejeição dos Moradores de Nazaré ao
anúncio de Jesus e à sua pessoa. Eles não se colocam como inimigos de Jesus,
mas se escandalizam dele por sua incredulidade. A fé é um grande requisito para
o seguimento de Jesus.
a)Mc 6, 3: O “Filho de Maria”
Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de
Judas e de Simão? e não estão aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se
dele.Então Jesus lhes dizia: Um profeta não fica sem honra senão na sua terra,
entre os seus parentes, e na sua própria casa.No costume judeu, o
nome da pessoa era conferido ou vinha relacionado por referência ao Pai. Temos
alguns exemplos:
– Simão, filho de
Jonas (Mt 16,13)
– Tiago, filho de
Zebedeu (Mt 4,21)
– Levi, filho de
Alfeu (Mc 2,13)
Sendo assim, surge a grande pergunta: por que Jesus não é
chamado “filho de José”?. Para esta pergunta há quatro tipos de respostas:
– Marcos queria
enfatizar os traços humanos de Jesus;
– É uma referência à
concepção virginal de Jesus (obra do Espírito Santo);
– Foi um intento de
difamação contra Jesus (desvalorizar a sua pessoa pela profissão humilde de
José);
– José não é citado
porque já havia morrido.
b) “Os irmãos e as irmãs de Jesus” (v3):
Versículo de caráter
polêmico principalmente entre os “evangélicos” onde se afirma a existência de
outros filhos de Maria.A verdade é que para os conceitos orientais
tradicionais, não se define a família como pequeno núcleo “pai-mãe-filhos”,
como conhecemos hoje, mas num amplo leque no qual se incluem tanto os parentes
próximos como os distantes.No aramaico falado, usado por Jesus e seu povo, não
havia uma diferenciação nos conceitos de parentesco (primo, tio, tia, irmão,
sobrinho, etc…). A palavra que exprimia e englobava todo este parentesco era
“irmãos”, que os gregos traduziram por “adelfos”. Assim, quando ouvimos falar
que “tua mãe e teus irmãos estão lá fora…” significa que Maria e os parentes de
Jesus queriam protegê-lo um pouco da multidão.Não podemos confundir: “irmãos” de Jesus significa “parentes próximos”
dele. Tiago e Joset, chamados de “irmãos de Jesus” são considerandos, dentro
desta lógica explicativa, de “parentes próximos” de Jesus e não “irmãos
carnais” dele.Se assim não fosse, qual seria a necessidade de Jesus, no alto da
cruz, entregar a João, o discípulo a quem amava, os cuidados de Maria quando
disse: ” Filho, eis aí a tua mãe” (Jo 19,27)? Não seria mais comum, Tiago e
José, se fossem realmente filhos carnais de Maria, tomar conta de sua “mãe”
após a morte do “irmão” Jesus?Quando estudarmos o dogma da Virgindade de Maria
entenderemos mais esta questão.Com isso, o
evangelista quer mostrar a necessidade da fé no ato do seguimento de Jesus.
Condição indispensável para reconhecer a sua presença e caminhar com Ele.
MARIA NO EVANGELHO DE
MATEUS
Mateus (também
chamado de Levi), um dos Doze apóstolos, foi sem dúvida um judeu que também era
publicano romano.Mateus escreveu o seu
evangelho por volta do ano 70 d.C. Tinha como destinatários principalmente os
judeus. Este ponto de vista está confirmado pelas referencias às profecias
hebraicas, cerca de sessenta, e pelas aproximadamente quarenta citações do
Antigo Testamento.Ressalta
especialmente a missão de Cristo aos judeus.A intenção de Mateus é a de mostrar
que Jesus foi o Messias prometido no Antigo Testamento através do cumprimento
das promessas feitas a Abraão e a Davi, passando por todos os profetas.Maria é
apresentada como a mãe virginal de Jesus que o concebe pela ação do Espírito
Santo sem intervenção humana, mostrando a gratuidade da iniciativa divina.O Evangelho de Mateus
amplia bastante a imagem de Maria.Ela aparece na narrativa da origem e da
infância de Jesus (Mt 1-2) e em alguns textos referentes à vida pública de
Jesus (Mt 12, 46-50 e Mt 13, 53-58).
GENEALOGIA DE JESUS (Mt 1, 1-25)
Livro da genealogia de Jesus
Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.A Abraão nasceu Isaque; a Isaque nasceu
Jacó; a Jacó nasceram Judá e seus irmãos;a Judá nasceram, de Tamar, Farés e
Zará; a Farés nasceu Esrom; a Esrom nasceu Arão;a Arão nasceu Aminadabe; a
Aminadabe nasceu Nasom; a Nasom nasceu Salmom;a Salmom nasceu, de Raabe, Booz;
a Booz nasceu, de Rute, Obede; a Obede nasceu Jessé;e a Jessé nasceu o rei
Davi. A Davi nasceu Salomão da que fora mulher de Urias;a Salomão nasceu
Roboão; a Roboão nasceu Abias; a Abias nasceu Asafe;a Asafe nasceu Josafá; a
Josafá nasceu Jorão; a Jorão nasceu Ozias;a Ozias nasceu Joatão; a Joatão
nasceu Acaz; a Acaz nasceu Ezequias;a Ezequias nasceu Manassés; a Manassés
nasceu Amom; a Amom nasceu Josias;a Josias nasceram Jeconias e seus irmãos, no
tempo da deportação para Babilônia.Depois da deportação para Babilônia nasceu a
Jeconias, Salatiel; a Salatiel nasceu Zorobabel;a Zorobabel nasceu Abiúde; a
Abiúde nasceu Eliaquim; a Eliaquim nasceu Azor;a Azor nasceu Sadoque; a Sadoque
nasceu Aquim; a Aquim nasceu Eliúde;a Eliúde nasceu Eleazar; a Eleazar nasceu
Matã; a Matã nasceu Jacó;e a Jacó nasceu José, marido de Maria, da qual nasceu
JESUS, que se chama Cristo.De sorte que todas as gerações, desde Abraão até
Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para Babilônia,
catorze gerações; e desde a deportação para Babilônia até o Cristo, catorze
gerações.Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe,
desposada com José, antes de se ajuntarem, ela se achou ter concebido do
Espírito Santo.E como José, seu esposo, era justo, e não a queria infamar,
intentou deixá-la secretamente.E, projetando ele isso, eis que em sonho lhe
apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a
Maria, tua mulher, pois o que nela se gerou é do Espírito Santo;ela dará à luz
um filho, a quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus
pecados.Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito da parte
do Senhor pelo profeta:Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual
será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco.E José, tendo despertado do
sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher;e não a
conheceu mesmo até ela da à luz um filho; e pôs-lhe o nome de JESUS.Primeiramente o
objetivo desta genealogia é o de mostrar que Jesus descende de Abraão e Davi e
que, portanto, Ele herda as promessas feitas a esses dois patriarcas de Israel.
De Abraão, a promessa da numerosa descendência (Gn12); de Davi, a promessa da
eterna realeza (2Sam7).A genealogia de uma
pessoa e de uma família tinha enorme importância jurídica e trazia
conseqüências para a vida social e religiosa. A pureza de uma linha genealógica
dava participação ao descendente nos méritos de seus antepassados.Mateus
remonta a origem de Cristo a partir de Abraão passando por todas as gerações
até chegar a José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus. Esse elenco de nomes
que vai de Abraão a Cristo é subdividido em três grupos e cada grupo abrange 14
gerações:
1o grupo: de Abraão a
Davi
2o grupo: de Davi a
Jeconias ( exílio na Babilônia)
3o grupo: de Jeconias
a Cristo
A grande novidade
nesta descrição genealógica que passou de geração em geração foi a intervenção
da Providencia Divina através do Espírito Santo na geração de Jesus por Maria.Se
antes o encadeamento paterno era o elemento fundante na genealogia, aqui nós
temos agora uma ruptura visível e explicita: apesar de pertencer a descendência
de Abraão e sucessão, José não é o pai biológico de Jesus. Assim, a mensagem do
relato resume-se em: o nascimento de Jesus se deve à ação do Espírito Santo em
Maria. Mostra que Jesus, o Messias esperado, é fruto da intervenção divina que
gratuitamente irrompe a história da humanidade e oferece o seu filho para a
salvação do seu povo.José ao receber Maria em sua casa e assumir Jesus
dando-lhe o nome (de Jesus), sela definitivamente o vínculo histórico da
descendência messiânica. Por outro lado revela a concepção virginal de Jesus.
Mt 2, 10-23: ADORAÇÃO DOS MAGOS E FUGA PARA O EGITO
Ao verem eles a estrela,
regozijaram-se com grande alegria.E entrando na casa, viram o menino com Maria
sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe
dádivas: ouro incenso e mirra.Ora, sendo por divina revelação avisados em sonhos
para não voltarem a Herodes, regressaram à sua terra por outro caminho.E,
havendo eles se retirado, eis que um anjo do Senhor apareceu a José em sonho,
dizendo: Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito, e ali fica até
que eu te fale; porque Herodes há de procurar o menino para o matar.Levantou-se,
pois, tomou de noite o menino e sua mãe, e partiu para o Egito.e lá ficou até a
morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo
profeta: Do Egito chamei o meu Filho.Então Herodes, vendo que fora iludido
pelos magos, irou-se grandemente e mandou matar todos os meninos de dois anos
para baixo que havia em Belém, e em todos os seus arredores, segundo o tempo
que com precisão inquirira dos magos.Cumpriu-se então o que fora dito pelo
profeta Jeremias:Em Ramá se ouviu uma voz, lamentação e grande pranto: Raquel
chorando os seus filhos, e não querendo ser consolada, porque eles já não
existem.Mas tendo morrido Herodes, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonho
a José no Egito,dizendo: Levanta-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra
de Israel; porque já morreram os que procuravam a morte do menino.Então ele se
levantou, tomou o menino e sua mãe e foi para a terra de Israel.Ouvindo, porém,
que Arquelau reinava na Judéia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá;
mas avisado em sonho por divina revelação, retirou-se para as regiões da
Galiléia,e foi habitar numa cidade chamada Nazaré; para que se cumprisse o que fora
dito pelos profetas: Ele será chamado nazareno.Nas cenas (adoração
dos Magos e Fuga para o Egito) se repete várias vezes “o menino e sua mãe”
(v.13, v.14, v.20) . Isso reforça a real maternidade de Maria não aludindo à
“paternidade real” de José.
MARIA NA VIDA PÚBLICA DE JESUS
Apesar de usar a
mesma fonte de Marcos quando fala de Maria e dos “irmãos de Jesus” e a cena da
casa e da rejeição em Nazaré, Mateus interpreta num outro sentido.
1) Mt 12, 46-50: a família de Jesus e os seguidores
Enquanto ele ainda
falava às multidões, estavam do lado de fora sua mãe e seus irmãos, procurando
falar-lhe.Disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, e
procuram falar contigo.Ele, porém, respondeu ao que lhe falava: Quem é minha
mãe? e quem são meus irmãos?E, estendendo a mão para os seus discípulos disse:
Eis aqui minha mãe e meus irmãos.Pois qualquer que fizer a vontade de meu Pai
que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe.Aqui aparece claro a
idéia e a importância de seguir a Jesus e fazer a sua vontade. Não há,
portanto, referencia negativa à família biológica de Jesus.
2) Mt 13, 53-58: O profeta rejeitado em sua pátria
E Jesus, tendo concluido estas
parábolas, se retirou dali.E, chegando à sua terra, ensinava o povo na
sinagoga, de modo que este se maravilhava e dizia: Donde lhe vem esta
sabedoria, e estes poderes milagrosos?Não é este o filho do carpinteiro? e não
se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão, e Judas?E não estão
entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto?E
escandalizavam-se dele. Jesus, porém, lhes disse: Um profeta não fica sem honra
senão na sua terra e na sua própria casa.E não fez ali muitos milagres, por
causa da incredulidade deles.Mateus substitui aqui
o “filho de Maria” que aparece em Marcos por “filho do carpinteiro” e suprime a
palavra “parentes”.Há dois motivos fundamentais nestas mudanças operadas por
Mateus:
a)Tiago, que aparece
como sendo “o irmão do Senhor” que na verdade é primo de Jesus, é um membro
ativo na comunidade atual onde Mateus vive (composta de natureza judeu-cristã)
b)Mateus parece ter
uma idéia bem clara sobre a concepção virginal de Maria
Com isso tudo, fica
claro que Maria é vista como mãe virginal do Messias, por ação do Espírito
Santo.
MARIA NO LIVRO DO APOCALIPSE 12
Todo o livro do
Apocalipse é repleto de uma linguagem de muitas imagens e números. Numa
primeira vista, parece que o livro é enigmático, assustador e cheio de
mistérios. Mas, apesar de usar uma linguagem “não muito clara”, o autor quer
reforçar a fé e a esperança dos cristãos frente às perseguições de dificuldades
que na qual se encontrava a Igreja primitiva.O uso deste tipo de linguagem
(Gênero literário) é bem simples de se explicar: João está preso. Ele manda
cartas para os cristãos. Usa linguagem simbólica que só os cristãos entendiam.
Caso contrário, as correspondências não chegariam ao seu destino. Portanto,
cada imagem, cada número, cada ação…tem o seu significado. Mas nós vamos nos
ater somente naquelas passagens que podem fazer referência à pessoa de Maria.
Neste caso, o capítulo 12, principalmente porque tem algumas referências sobre
uma “mulher vestida de sol”.
O Capítulo pode muito bem ser dividido em três partes que
apresentam três cenas com os seguintes personagens:
1ª cena (Ap 12,
1-6): a mulher, o dragão e a criança.
2ª cena (Ap 12,
7-12): a guerra entre as forças de Deus (Miguel) e do mal (Satanás)
3ª cena: (Ap 12,
13-17): a mulher perseguida pelo dragão que é vencido.
Vamos analisar estas três cenas:
1ª Cena : Ap 12, 1-6
E viu-se um grande sinal no céu:
uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de
doze estrelas sobre a sua cabeça.E estando grávida, gritava com as dores do
parto, sofrendo tormentos para dar à luz.Viu-se também outro sinal no céu: eis
um grande dragão vermelho que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas
cabeças sete diademas;a sua cauda levava após si a terça parte das estrelas do
céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que estava
para dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe devorasse o filho.E deu à luz um
filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu
filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.E a mulher fugiu para o
deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada
durante mil duzentos e sessenta dias.
1)-Este “grande
sinal” significa a importância do acontecimento;
2)-Céu”, mais que
morada de Deus, simboliza o lugar onde estão as forças transcendentais que
interferem na história humana.
3)-“Mulher vestida de
sol” numa primeira leitura não se refere a Maria (Maria não apareceu no céu,
não deu à luz no céu e muito menos o menino foi levado para junto de Deus. Foi
exatamente o contrário…Ele veio de Junto de Deus, no mistério da encarnação)
faz alusão à glória de Deus que reveste o seu povo. O sol que ilumina;
4)-“Tem a lua debaixo
de seus pés” significa o domínio sobre as coisas temporais;
5)-“Coroa de doze
estrelas” lembra as doze tribos de Israel, bem como os doze Apóstolos
recompensados no final dos tempos;
6)-“Dores de parto”
recorda todo o sofrimento vivido pelo povo do Antigo Testamento, bem como as perseguições
da comunidade do Novo Testamento que quer continuar gerando Jesus para a
humanidade através do seu testemunho;
7)-“Dragão de sete
cabeças e dez chifres” representa o poder político e dominador da época.
8)- “sete cabeças”
simboliza a plenitude (o número sete significa a plenitude, a totalidade) de
poder.
9)- Os “dez chifres”
representam os dez governadores senatorias do Império Romano;
10)- O “diadema”
sobre cada uma das cabeças, referem-se à linhagem nobre de cada um dos
governadores.
11)- a Mulher como o Dragão são colocados juntos e
em contraposição, simbolizando que as forças do bem e do mal travam um conflito
constante na história;
12)- A Mulher “deu à
luz a um filho, um varão que irá reger todas as nações com um cetro de ferro”.
Este versículo lembra o Salmo 2, 7b-9 (Tu és meu Filho, hoje te gerei.8
Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e as extremidades da terra por
possessão. 9 Tu os quebrarás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a
um vaso de oleiro. ). Não se refere ao nascimento de Jesus em Belém, mas sim na
Paixão, quando então sairá vitorioso pela Ressurreição;
13)- O “deserto”
tanto significa o lugar da tentação (Jesus foi tentado no deserto durante 40
dias e 40 noites) com também o lugar da proteção de Deus (Para o deserto foram os primeiros padres do deserto para serem alimentados na sabedoria e auxílio do próprio Deus).
2ª Cena: Ap 12, 7-12
Então houve guerra no céu: Miguel
e os seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos
batalhavam,mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou no céu.E foi
precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás,
que engana todo o mundo; foi precipitado na terra, e os seus anjos foram
precipitados com ele.Então, ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é
chegada a salvação, e o poder, e o reino do nosso Deus, e a autoridade do seu
Cristo; porque já foi lançado fora o acusador de nossos irmãos, o qual diante
do nosso Deus os acusava dia e noite.E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro
e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a morte.Pelo
que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Mas ai da terra e do mar!
porque o Diabo desceu a vós com grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta.Entram em cena novos
personagens: Miguel e seus anjos. A luta que começa no céu desce à terra. Nesta
cena não aparece mais a figura da “mulher” e sim “Miguel e o Dragão”. O Dragão
é descrito como a “antiga serpente”. Faz lembrar Gn 3,15 ( Porei inimizade
entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te
ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar) que já foi vencida. Conforme o
texto, esta vitória sobre a serpente se deu “pelo sangue do cordeiro”
(sacrifício deJesus).
3ª Cena: Ap 12, 13-17:
Quando o dragão se viu
precipitado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão.E foram
dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse para o deserto, ao
seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora
da vista da serpente.E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água
como um rio, para fazer que ela fosse arrebatada pela corrente.A terra, porém
acudiu à mulher; e a terra abriu a boca, e tragou o rio que o dragão lançara da
sua boca.E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra aos demais
filhos dela, os que guardam os mandamentos de Deus, e mantêm o testemunho de
Jesus.E o dragão parou sobre a areia do mar.Esta cena tem como
cenário, a terra. Os personagens são: o dragão e a mulher e sua descendência.
Já que o dragão perdeu a batalha para Miguel e seus anjos, ele volta-se contra
a mulher, que, por sua vez, consegue escapar pela proteção de Deus.Assim, a
descendência da mulher (A Igreja), “os que guardam os mandamentos de Deus, e
mantêm o testemunho de Jesus”, são continuamente ameaçados pelas forças do mal
(serpente). Mas Deus aparece sempre com sua força protetora encorajando os
filhos para a vitória final. Conclusão: O Capítulo 12 do Apocalipse é um texto que deve ser
interpretado, primeiramente como sendo eclesiológico (A Igreja peregrina que
sofre, é perseguida, mas que tem a força de Jesus e do Espírito Santo de Deus
para vencer as armadilhas do mal), depois mariológico (Maria, mãe da Igreja que
caminha).
MARIA É A VERDADEIRA ARCA DA NOVA E ETERNA ALIANÇA:
Apoc.11,19: “Abriu-se, então, o santuário de Deus,
que se acha no céu, e foi vista a arca
da Aliança no seu santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões,
terremoto e grande saraivada.Esta passagem precisa ser ser lida e complementada com
outras para um melhor entendimento do que quis dizer o autor (João Evangelista):
"As filhas do Rei formam
vosso cortejo, posta-se a vossa direita a RAINHA,ornada de ouro de ofir"
(Salmos 45,12).
"Cristo, porém, apareceu como um
pontífice dos bens futuros. Entrou no tabernáculo mais excelente e perfeito, não
construído por mãos humanas..." (Hebr 9, 12).
Abriu-se, então, o
santuário de Deus, que se acha no céu: Esta parte do livro começou no capítulo 4,
quando o céu foi aberto e João subiu para descrever as coisas que ele viu.
Termina com uma vista do santuário aberto no céu. Sabemos que o verdadeiro
santuário é celestial, e que o tabernáculo e o templo eram meras cópias do real
(Hebreus 9,1-2.11-12.23-24).
Foi vista a arca da
Aliança. Ora a antiga Arca da Aliança guardava a lei, ou os 10
mandamentos revelados a Moisés, que na glória celeste já não se aplicam em sua
plenitude (Adultétrio,falso testemunho,matar e roubar), pois a lei tem caráter
legislativo terreno e não celeste.O entendimento é simples:A Nova Arca da
Aliança (Maria) guarda a aliança eterna: O próprio Cristo, pois foi ela quem
guardou em seu útero esta NOVA ALIANÇA ETERNA, portanto, ela é ARCA DA NOVA
ALIANÇA, e esta visão é confirmada no salmo acima.
MARIA NO NOVO TESTAMENTO: EM GÁLATAS
Faremos um estudo
mais detalhado, em ordem cronológica, dos livros bíblicos do Novo Testamento
que falam explicitamente de Maria. São eles:
-Gálatas (as
informações mais antigas sobre Maria) - Livro escrito por volta do ano 50 d.C.
-Marcos (escrito por
volta do ano 60 d.C)
-Mateus (escrito por
volta do ano 70 d.C)
-Lucas (escrito por
volta do ano 70 d.C.)
-Atos (também escrito
por volta do ano 70 d.C)
-João (escrito por
volta dos anos 90-100 d.C)
-Apocalipse (também
escrito por volta dos anos 90-100 d.C)
GÁLATAS
Por conter a
informação mais antiga sobre Maria, analisaremos um único versículo referente
ao estudo mariano. Gal 4, 4. Eis o texto:“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de
mulher, nascido debaixo de lei, para resgatar os que estavam debaixo de lei, a
fim de recebermos a adoção de filhos.”
CONTEXTO:
O tema central deste
versículo é sobre a ENCARNAÇÃO do FILHO DE DEUS, ou seja, o modo através do
qual Deus quis vir ao encontro do homem. E isso se deu na “plenitude dos
tempos”, isto é, quando o Pai envia o seu Filho ao mundo os tempos do desígnio
divino atingem a sua “plenitude”. A encarnação de Cristo é o ponto culminante
desta etapa.E Maria é colocada exatamente nesse vértice do plano redentor.
Através do seu ministério materno, o Filho do Pai, preexistente ao mundo, se
radica na cepa da humanidade.Ela é a MULHER que o reveste com a nossa carne e o
nosso sangue. São Paulo quer mostrar com isso a condição real e humana de
Jesus. O apóstolo declara que a pessoa de Maria está vitalmente vinculada ao
projeto salvífico de Deus.
MARIA NOS OUTROS ESCRITOS DA IGREJA PRIMITIVA:
Se, no Novo
Testamento, encontramos poucas alusões à Virgem Maria, são muitos os outros
escritos, pertencentes ao tesouro da Igreja, que evocam a Mãe de Jesus.Primeiramente,
temos os escritos da Tradição: dogmas e ensinamentos do Magistério da Igreja
(pontifical, conciliar, apostólico), textos e homilias dos Padres da Igreja,
textos da liturgia, tratados dos Doutores da Igreja;Há, também, escritos e
comentários exegéticos dos teólogos;e ainda, os numerosos testemunhos dos
grandes místicos reconhecidos e canonizados;há, enfim, os inumeráveis
“Evangelhos Apócrifos”: estes escritos constituem mesmo a maior fonte de
informação sobre a vida da Mãe do Cristo, porque foram redigidos na época e por
pessoas diretamente relacionadas com a vida da Santa Família.Ainda que esses
escritos não sejam canônicos, muitos deles são considerados escritos fidedignos
e são citados, algumas vezes, pela própria Hierarquia da Igreja e seu Magistério.O termo « apócrifo » (do grego apockryphos = escondido) designa um texto
geralmente atribuído a um escritor próximo do meio ou da época do Cristo, mas
que não foi incluído no cânone das Escrituras bíblicas cristãs.O Cânone (do
grego kânon = regra) é a lista das Escrituras cristãs reconhecidas como
inspiradas. Um livro é “canônico” quando faz parte da Bíblia, e nisto difere do
livro “apócrifo”.
Por que em algumas passagens se diz “mulher” e
não menciona-se o nome de Maria ?
Sim, isso é verdade,
porém Deus Pai lá em Gênesis também chama de mulher, aquela que a descendência
terá inimizade a descendência da serpente (Gn 3, 15)(como vimos em Ap 12, 17),
e Jesus, no casamento em Caná (Jo 2, 3-4) e aos pés da cruz (Jo 19, 26-27),
também a chama de mulher.Precisa-se de alguns
esclarecimentos sobre algumas passagens da Bíblia onde Jesus diz: "Mulher
eis ai o seu filho, filho eis ai sua mãe..."
Por que ele usa o
termo "mulher" e não "mãe"?
Respostas:
1)- Quanto ao texto
bíblico onde Jesus chama sua mãe de”mulher” ( Jo 19,26-27) há muita coisa a ser
dita, mas o principal é: Jesus chama sua mãe de mulher DE PROPÓSITO, com o
intuito de mostrar que ela faz o papel da nova Eva.
2)- Assim como a
primeira mulher : Eva pecou, desobedecendo a Deus em Gênesis, Maria a
verdadeira Mulher, a NOVA EVA, com seu SIM e obediência a vontade de Deus,
repara o erro da primeira, sendo uma verdadeira mulher, segundo a vontade de
Deus.
3)- Já no Livro do
Gênese, quando houve o pecado (cap. 3,15), Deus disse à serpente que uma
MULHER, teria uma descendência e iria esmagar a sua cabeça.
4)- Ora, Jesus mais
uma vez do alto da cruz, confirma quem é esta MULHER, sendo Ele a sua
descendência e, junto com ele, todos nós, pois Ele nos deu ela como mãe, já não
mais descendente do Pecado da desobediência de Eva, mas uma decendência da
obediência de Maria.
5)- Além disso, quem
escreveu este Evangelho foi S. João, com quem Maria viveu após a morte e
ressurreição de Jesus. Esse mesmo João escreveu o Apocalipse e lá, no cap. 12,
ele fala DE NOVO da MULHER, que combateu o dragão ( A Nova Eva que ao contrário
da primeira Eva não se deixa seduzir pelo demônio).
6)- Chamar Maria de
MULHER é uma forma da Bíblia confirmar que ela é a escolhida por Deus para
esmagar Satanás e é a mãe de todos nós, em substituição a Eva.
7)- Enfim,não aceitar
o convite de Jesus para aceitar Maria por mãe, é querer livremente pertencer a
descendência dos filhos da desobediência da primeira Eva.Pois de Maria surge
a nova descendência ( A Nova Eva),
conforme Apoc. 12
Não há outra
explicação, essa mulher é a mesma, prefigurada desde o tempo da criação por
Deus Pai, essa mulher não é outra senão Maria Santíssima, a mãe de Deus
encarnado e nossa mãe.Verdade seja dita: As
atitudes de indiferenças dos protestantes para com ela, demonstram todo
desprezo por aquela que deve ser
proclamada bem aventurada por TODAS GERAÇÕES (Lucas 1). E não me venham com o
velho papo de que apenas não a adoram. Todo católico sabe que Maria não é deusa
para ser adorada, mas ela merece ser honrada, pois foi a escolhida para ser a
MÃE DO NOSSO SALVADOR.Para um bom entendedor, meia palavra basta concordam ? –
Tudo isto se confirma: O pior cego é o que não quer ver, concordam ? Pois a
dedução é SIMPLES, não compliquem por puro egoísmo e revanchismo cego:Em Apoc 12 portanto não adianta querer tapar o sol com uma peneira, com isto chegamos a conclusão lógica e evidente que: "Se o homem (filho varão) é Jesus, é
lógico e evidente que a MULHER É MARIA que deu a luz ao mesmo e ponto
final !"
"Pode o puro
(Jesus)Vir do impuro? (Maria) Jamais!"( Livro de Jó 14,4)
Salve Maria a mãe do
meu Senhor! (Lucas 1)
------------------------------------------------------
APOSTOLADO BERAKASH: Como você pode ver, ao contrário de outros meios midiáticos, decidimos por manter a nossa página livre de anúncios, porque geralmente, estes querem determinar os conteúdos a serem publicados. Infelizmente, os algoritmos definem quem vai ler o quê. Não buscamos aplausos, queremos é que nossos leitores estejam bem informados, vendo sempre os TRÊS LADOS da moeda para emitir seu juízo. Acreditamos que cada um de nós no Brasil, e nos demais países que nos leem, merece o acesso a conteúdo verdadeiro e com profundidade. É o que praticamos desde o início deste blog a mais de 20 anos atrás. Isso nos dá essa credibilidade que orgulhosamente a preservamos, inclusive nestes tempos tumultuados, de narrativas polarizadas e de muita Fake News. O apoio e a propaganda de vocês nossos leitores é o que garante nossa linha de conduta. A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas deste blog não significa, necessariamente, adesão às ideias neles contidas. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo informativo deste blog. Os comentários devem ser respeitosos e relacionados estritamente ao assunto do post. Toda polêmica desnecessária será prontamente banida. Todos as postagens e comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente, a posição do blog. A edição deste blog se reserva o direito de excluir qualquer artigo ou comentário que julgar oportuno, sem demais explicações. Todo material produzido por este blog é de livre difusão, contanto que se remeta nossa fonte. Não somos bancados por nenhum tipo de recurso ou patrocinadores internos, ou externo ao Brasil. Este blog é independente e representamos uma alternativa concreta de comunicação. Se você gosta de nossas publicações, junte-se a nós com sua propaganda, ou doação, para que possamos crescer e fazer a comunicação dos fatos, doa a quem doer. Entre em contato conosco pelo nosso e-mail abaixo, caso queira colaborar:
filhodedeusshalom@gmail.com
Postar um comentário
Todos os comentários publicados não significam a adesão às ideias nelas contidas por parte deste apostolado, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Conforme a lei o blog oferece o DIREITO DE RESPOSTA a quem se sentir ofendido(a), desde que a resposta não contenha palavrões e ofensas de cunho pessoal e generalizados. Os comentários serão analisados criteriosamente e poderão ser ignorados e ou, excluídos.