Há pessoas que acham
que possuem este dom, mas podem estar enganadas, influenciadas por processos de
autossugestão. Existem casos até de possessão demoníaca que se assemelham ao
dom de línguas.
Jesus disse: “Estes são os sinais que acompanharão os que creem: em meu
nome expulsarão demônios, falarão línguas novas...” (Mc 16, 17).
Com relação ao dom de
línguas, é preciso recordar que ele é real, mas é preciso saber entender bem
esta questão. A Igreja aceita que existem dons ou carismas extraordinários,
como o dom de fazer milagres ou falar em línguas (Catecismo 2003). Mas o dom de
línguas, por razões óbvias, é o mais polêmico.
Os casos de pessoas
com dom de línguas não são frequentes; por isso, é preciso discernir cada caso.Muitos
santos receberam este dom, a Igreja o reconhece, mas é preciso ter cautela. São
Paulo falava em línguas (cf. 1 Cor 14, 18. 39), bem como Santo Antônio de
Pádua, Vicente Ferrer e Francisco Xavier, entre outros.
Falar em línguas é um
dom do Espírito Santo. Não deve ser confundido com um ministério. Quando o
Espírito Santo concede este dom, há diferentes possibilidades de que seja
aplicado. Uma delas é orar em línguas – dom que parece ser atualmente o mais
“comum”.
São Paulo fala de 5 tipos de oração quando os fiéis oram
em línguas:
1. Estar orando sob a influência
do Espírito Santo para orar segundo a vontade de Deus (Rm 8, 26-27).
2. Edificar a si mesmos (1 Cor
14).
3. Proclamar as maravilhas de
Deus (Atos 2, 11).
4. Falar diretamente com Deus
(1Cor 14, 2).
5. Louvar Deus (Atos 10, 46).
O dom de línguas fora da oração não consiste em falar os
idiomas que conhecemos, mas em línguas desconhecidas por quem tem o dom; porém,
a pessoa é entendida por aqueles que falam tal idioma, como se estivesse
falando em sua própria língua. Isso foi o que aconteceu em Pentecostes.Quem
fala em línguas não entende o que diz nem percebe que está falando em outro
idioma; e quem o ouve tampouco sabe que ele não fala aquele idioma.
Este fenômeno supõe que a “tradução” aos diferentes idiomas é obra do
próprio Espírito Santo, sem intervenção humana alguma.
Quando São Paulo
fala, por exemplo, dos “gemidos inefáveis”, refere-se a expressões em pleno
êxtase quando a pessoa, com grande amor a Deus, ora intensamente. É algo
parecido às palavras carinhosas, sem sentido algum, pronunciadas entre pessoas
que se amam.
Mas atenção: o dom de línguas não pode ser confundido com a
possibilidade de falar, no pleno sentido da palavra, outras línguas, inclusive
línguas inexistentes ou mortas,sem tê-las aprendido. Isso é considerado até
demoníaco e costuma acontecer com pessoas possuídas, ainda que tal possessão
não pareça ser tão ostentosa.Quando se trata de possessão demoníaca, há outros
comportamentos presentes, como atividades sacrílegas e paranormais,
espiritismo, satanismo, esoterismo.
Fonte: Aleteia
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