Bertrand
Russell nos ajuda nessa resposta:
Se eu
tivesse que selecionar três desses homens que adquiriram mais mais poder e
influência do que quaisquer outros, a princípio, sem o uso de armas, e ou, qualquer TIRANIA ESTATAL, mencionaria nessa ondem cronológica: Sócrates, Jesus Cristo, e Buda.
Nenhum
deles aparentemente, teve muito sucesso durante sua vida e até pareceu
fracassarem em sua missão!
Nenhum destes
homens teve o apoio do Estado até que seus estilos de vida e ensinos tivessem
alcançado grande sucesso. Nenhum dos três teria afetado a vida humana como
fizeram, se o poder fosse o seu objetivo principal de vida.
Nenhum dos três procurou o tipo de poder que
escraviza e subjuga os outros, mas sim, o tipo de poder que nos liberta do
mundo e de nós mesmos!
No
caso de Sóctares e Jesus, mostraram como dominar os desejos que nos levam a
escravidão e à sujeição, e como nos libertar. No caso de Buda, o iluminado, apontando
o caminho para a iluminação! Em última análise, os três nos ensinaram que não é
pela violência e pela guerra que os homens são governados, mas pela sabedoria
daqueles que apelam aos desejos mais comuns da humanidade: harmonia, liberdade, paz
interior, e exterior, e à compreensão do mundo em que, sem escolha nossa, temos
que viver e conviver.
Adaptado
de: Bertrand Russell, Poder: “Uma Nova Análise Social” (1938), Capítulo: XVII:
A Ética do Poder, p. 284
Discurso de Sócrates antes de sua condenação a morte (não era Cristão e nem Judeu)
Sócrates muito humildemente, aceita a sua condenação à morte, com palavras que são a maior evidência da sua grandeza ética. Sócrates é uma dessas figuras imperecíveis da história, que acabou por ir além de sua vida terrena e erigir-se num símbolo. O homem de carne e osso, o cidadão ateniense, nasceu no ano de 469 a.C. e foi condenado a morte no ano de 399 a.C.
Criou, em torno de si um escola (no sentido intelectual e não material do termo) a qual acorriam os jovens atenienses que se interessavam pela busca do conhecimento filosófico. Um destes jovens era Platão, seu principal discípulo, e a quem devemos o registro escrito do pensamento de Sócrates: "Os Diálogos". Filho de uma parteira, costuma-se associar seu método de pensar e ensinar, ao processo de parto: ajudar a natureza a dar a luz!
Sua forma de ensinar, pelo constante questionamento das afirmações e da busca do seu significado, a partir de indagações intelectualmente provocadoras, equivalia ao processo de ajudar a natureza do discípulo (sua mente) a extrair, de dentro de si mesmo, o conhecimento verdadeiro. Em outras palavras, “um parto espiritual”. Sócrates ensinava pelo uso da palavra falada.
Não deixou nada escrito. Seus discípulos, sobretudo Platão fez isso, ao expor e desenvolver as idéias do mestre. Sócrates foi imortalizado pela obra de Platão, e por sua morte resultante de julgamento público, pela acusação de: “Corromper as mentes dos jovens e acreditar em deuses de sua própria invenção, ao invés dos deuses reconhecidos pelo estado”
É no diálogo platônico denominado "Apologia, transcrição da defesa de Sócrates", que se encontra uma detalhada descrição da forma como vivia e das convicções que o filósofo possuía, e que por elas morreu!
A
morte de Sócrates causou uma marca profunda em todos os seus discípulos porque,
ao rejeitar qualquer concessão ou acordo, deu o exemplo pessoal, confirmado por
sua morte, de um pensador que levava a coerência intelectual tão a sério que
estava disposto a morrer, para dela não abdicar.
Conta-se que Aristóteles (que foi discípulo de Platão) estando para ser preso em Atenas, fugiu da cidade. Questionado por sua atitude, totalmente oposta à de Sócrates, ele teria respondido: “Não vou permitir que se cometa um segundo crime contra a filosofia”
O trecho do discurso de defesa, transcrito nesta postagem , foi extraído da "Apologia"
Nele, as palavras com que aceita a condenação à morte, são em si mesma a maior evidência da sua grandeza ética e do seu gênio. Pelas circunstâncias da morte (sacrifício imposto por sua própria consciência), assim como pelos diálogos platônicos, onde seu pensamento é exposto por ninguém menos que o genial Platão.
Sócrates permanece, de 469 a.C. aos nossos dias, o
alicerce sobre o qual se edificou, ao longo dos séculos, o edifício da cultura
ocidental.
"Bem cavalheiros, em troca de uma pequena economia de tempo, vocês vão ganhar a reputação e a culpa, da parte daqueles que desejam desprestigiar nossa cidade, de ter imposto a morte a Sócrates, aquele “sábio homem”. Por que essas pessoas que querem vos difamar, vão dizer que eu sou um sábio, ainda que eu não o seja. Se tivessem esperado um pouco mais, conseguiriam o que querem pelo curso natural das coisas. Vocês podem ver que estou avançado em anos de vida, e próximo da morte. Digo isso não para todos vocês, mas sim para os que votaram pela minha execução, e eu ainda tenho algo mais a dizer a eles.Sem dúvida pensais que fui condenado por falta daqueles argumentos que eu poderia ter usado, se eu pensasse que era justo não deixar nada por dizer ou por fazer, para garantir a minha absolvição.Nada mais distante da verdade. Não foi a falta de argumentos que causou a minha condenação, e sim a desfaçatez, a ousadia e a falta de pudor dos meus julgadores, assim como o fato de que me recusei a dirigir-me a vocês da maneira que mais prazer lhes daria.Eles gostariam de ouvir meu choro e meus lamentos, fazendo e dizendo todo o tipo de coisas que eu considero indignas de mim, mas que vocês estão habituados a ouvir de outras pessoas. Mas eu não admito que devesse recorrer ao servilismo porque estava em perigo, e não me arrependo agora de ter-me assim defendido. Prefiro muito mais a morte como resultado desta defesa, do que viver por ter agido da outra forma. Num Tribunal, como na guerra, nem eu nem ninguém deve usar suas artimanhas para escapar da morte a qualquer custo.Nas guerras, muitas vezes é óbvio que se pode escapar de ser morto, entregando suas armas e a si mesmo à misericórdia dos seus inimigos. Em qualquer tipo de perigo, há sempre muitos meios de escapar à morte, se você for suficientemente sem escrúpulos para não ser fiel a nada nem a ninguém.O difícil não é evitar a morte, mas sim, evitar proceder mal...Assim sairemos daqui: eu julgado por vós digno de morte; eles julgados pela verdade, culpados de impostura e de injustiça...Quanto ao futuro, quero fazer uma previsão aos que me condenaram.Encontro-me naquele momento de uma vida, em que o dom da profecia está mais ao alcance dos homens: um pouco antes de morrer... Eu afirmo a vocês, meus carrascos, que, tão pronto esteja morto, a vingança fará tombar sobre vocês, uma punição bem mais dolorosa do que a minha morte.Vocês me condenaram à morte na crença de que, por meio dela, se livrarão da crítica à sua conduta, mas eu afirmo, o resultado será exatamente o oposto...Se vocês esperam que cesse a denúncia da sua maneira errada de viver, condenando as pessoas à morte, existe algo de muito errado no seu raciocínio. Esta forma de escapar à crítica não é nem possível nem honrosa.Melhor forma, e a mais fácil não é calando a boca de outros, mas tornarem-se pessoas justas. Esta é a minha última mensagem aos que me condenaram... Mas eis que chegou a hora de partir, eu para morrer, vós para viver. Qual de nós terá melhor sorte? Ninguém o sabe, somente Deus."
Fonte - http://www.politicaparapoliticos.com.br/interna.php?t=756941&p=dpb&estado=NA
Deus em nós. Todos nós temos isso!
Mas a gente não vai usar a palavra Deus, porque Deus parece que é alguma coisa que é separada de nós. Então, no budismo não vamos usar isso. Ao mesmo tempo, nós não vamos limitar a inteligência ao aspecto grosseiro que nós estamos utilizando aqui. A gente vai sutilizando, vendo essa inteligência até o sentido primordial além de espaço e tempo. Então quando se vai descrever, em palavras, o que é a natureza búdica, pode-se pensar que estamos falando de Deus. Então o Buda seria ateu num sentido de que ele não vai apontar um Deus antropomórfico, em algum lugar, separado de nós, que é como, em geral, as tradições reveladas vão descrever Deus. Quando a pessoa vai aprofundando a compreensão da natureza primordial, os teólogos provavelmente vão achar aquilo muito profundo. As pessoas de diferentes religiões vão achar aquilo muito profundo, que é como se fosse uma compreensão mais profunda de Deus também. Mesmo os xamãs vão achar aquilo muito interessante. Mas o Buda não é contra Deus. Isso é uma boa coisa. O budismo inteiro não se opõe às religiões que professam a noção de Deus; não tem nenhum tipo de oposição. Pelo contrário, tem apoio. As pessoas devem seguir, não devem trocar de religião, a questão budista não é uma questão de crença, de filiação. É uma questão da gente ir olhando cada vez com uma profundidade maior, todas as coisas. Por isso que o budismo dialoga bem com a ciência. As tradições reveladas, por exemplo, tem uma certa dificuldade de lidar com a ciência, porque nas tradições reveladas nós temos que convergir para um tipo de visão que já está pronta, enquanto que a ciência ta sempre aprofundando. Então tem esse diálogo, que é possível. Mas a ciência de modo geral tem alguns pressupostos filosóficos que não precisariam existir, ela fica fixada a algumas visões filosóficas ultrapassadas. Essas visões dificultam um pouco. Mas esse diálogo do budismo com a ciência é um diálogo constante...
Por fim, chegamos ao mais belo dos homens, o ápice revelação! Jesus, o Cristo! Mestre dos mestres, Rei dos reis, Médico dos médicos, e Senhor dos senhores!
“Este
é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a própria vida por seus amigos (João 15,12-13)”.
Ao voltarmos nosso olhar ao texto de Jo 15,1-17 somos continuamente marcados pelo convite de Jesus: “permanecei em mim, permanecei no meu amor”. Em outras palavras Jesus anuncia aos seus discípulos a sua morte iminente e explica o seu significado convidando-os para “habitar” e unir-se intimamente a Ele.
A morte na cruz é apresentada como glorificação e não como infâmia, pois Jesus, ao dar a vida pelos seus amigos, revela a grandeza do seu próprio amor e do amor do Pai, que tanto amou o mundo oferecendo por amor da humanidade o seu Filho único. Por esta razão, somos a cada mês interpelados a vivermos numa união íntima de amor com Jesus, enxertados nele, porquanto habitar nele é uma dádiva, um presente. Compreender que o amor que o Pai tem pelo Filho Jesus – esse amor único e total pelo Filho – é o mesmo amor que ele tem por cada um de nós, torna-se a nossa necessidade, o que precisamos profundamente conhecer.
Se conhecemos esse absoluto amor,
permanecemos nele. Essa é a nossa casa, a nossa habitação: a casa do amor, a
morada de Deus. Se estou na casa do amor, aprendo a amar e, portanto, amo. É
neste caminho que Jesus nos adverte: “amem-se uns aos outros como eu os amei”
(cf. 13,34; 15,12). Ele se apresenta como modelo, porque nos ama até as últimas
consequências (cf. 13,1). E, desse modo, é amando nosso irmão, que permanecemos
na casa do amor, na Casa do Pai.
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