Por que o Papa Francisco é tão
odiado por tantas “pessoas da Igreja”? A resposta é muito simples e é uma coisa
evidente: Uma parte do clero, que fez carreira na
Igreja e com a Religião, não pode suportar um papa que tomou como eixo e
centro, de sua vida e da vida da Igreja, justamente o Evangelho da paz, a
bondade, os direitos dos pobres e o sofrimento dos fracos. O “ódio consciente”
ao Papa Francisco é o sinal mais evidente do “ódio inconsciente” que grande
parte de um clero ultra conservador e sede-vacantista junto com alguns de seus fanáticos seguidores leigos, tem pelo verdadeiro Evangelho de Cristo, onde priorizam mais ritos litúrgicos e algumas encíclicas NÃO DOGMÁTICAS selecionadas cirurgicamente, que as pessoas. Nas origens do cristianismo, São Paulo
sentenciou com firmeza: “Submetam-se todos às autoridades constituídas, pois não há
autoridade que não venha de Deus” (Rm 13, 1-2). E, na atualidade este
comportamento por parte de alguns, é um dos fatores mais determinantes da
estabilidade e solidez do sistema canalha gerador de tantos sofrimentos e,
sobretudo, uma anarquia descontrolada.
Papa Francisco: "O
demônio semeia ódio no mundo e causa morte!"
Leitura comentada pelo Papa Francisco:
Sabedoria 2,23-3,9: “Deus criou o homem para a imortalidade e o fez à imagem de sua própria
natureza; foi por inveja do diabo que a morte entrou no mundo, e experimentam-na
os que a ele pertencem. A vida dos
justos está nas mãos de Deus, e nenhum tormento os atingirá. Aos olhos dos
insensatos parecem ter morrido; sua saída do mundo foi considerada uma
desgraça, e sua partida do meio de nós, uma destruição; mas eles estão em paz. Aos
olhos dos homens parecem ter sido castigados, mas sua esperança é cheia de
imortalidade; tendo sofrido leves correções, serão cumulados de grandes bens,
porque Deus os pôs à prova e os achou dignos de si. Provou-os como se prova o
ouro no fogo e aceitou-os como ofertas de holocausto; no dia do seu julgamento
hão de brilhar, correndo como centelhas no meio da palha; vão julgar as nações
e dominar os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre. Os que nele confiam
compreenderão a verdade, e os que perseveram no amor ficarão junto dele,
porque a graça e a misericórdia são para seus eleitos...”
Em sua homilia da
Missa celebrada na Casa Santa Marta, dia 12 de novembro de 2019, o Papa
Francisco lembrou que o demônio "semeia ódio no mundo, que provoca a
morte". Ao refletir sobre uma passagem bíblica do livro da Sabedoria, o
Santo Padre destacou que:"Deus nos criou à sua imagem, somos filhos de Deus", e
acrescentou que "pela inveja do diabo, a morte entrou no mundo".Nesse sentido, o Papa
explicou que:"a inveja do anjo soberbo, que não quis aceitar a encarnação”, o
levou a “destruir a humanidade”.Deste modo, o
Pontífice advertiu que:“assim começa a luta e o desejo de destruir, porque em nosso coração há
ciúme, inveja, competição, em vez de viver como irmãos, todos em paz. Caim e
Abel eram irmãos, mas o ciúme, a inveja de um destruiu o outro, destacou o
Papa, acrescentando que basta assistir a um noticiário para observar as
guerras, as destruições, o povo que, por causa das guerras, morre de doenças”.Nesse sentido, o
Santo Padre recordou no aniversário da queda do muro de Berlim na Alemanha, o
nazismo e as torturas e os outros horrores da guerra:“Por trás disso, há alguém que
nos leva a fazer essas coisas. Isso é o que chamamos de tentação. Quando vamos
nos confessar, dizemos ao padre: Padre, eu tive essa tentação, essa outra, essa
outra... Alguém que toca o seu coração para fazer você seguir o caminho errado.
Alguém que semeia destruição em nossos
corações, que semeia ódio. E hoje devemos dizer claramente, existem tantos
semeadores de ódio no mundo, que destroem, afirmou o Papa.Por isso, Francisco
indicou que:“na alma há uma semente de inveja do demônio, e acrescentou que o diabo
tem inveja da nossa natureza humana, porque o Filho de Deus se tornou um de
nós. Isso ele não pode tolerar, não consegue tolerar. Esta é a raiz da inveja
do demônio, é a raiz dos nossos males, das nossas tentações, é a raiz das
guerras, da fome, de todas as calamidades do mundo", alertou.“Gostaria que hoje cada um de nós
pensasse: por que hoje no mundo se
semeia tanto o ódio? Nas famílias, que algumas vezes não podem se reconciliar,
no bairro, no local de trabalho, na política... O semeador do ódio é isso.
Pela inveja do demônio a morte entrou no mundo. Alguns dizem: mas padre, o
demônio não existe, é o mal, um mal assim etéreo. Mas a Palavra de Deus é
clara”, exclamou o Papa.Finalmente, o Santo Padre
rezou ao Senhor para que:“faça crescer em nossos corações a fé em Jesus Cristo, seu Filho, que
levou a nossa natureza humana para lutar com a nossa carne e vencer na nossa
carne o diabo e o mal. E que essa fé nos dê a força para não entrar no jogo
deste grande invejoso, o grande mentiroso, o semeador do ódio...”
MAS QUAL A ORIGEM DE TODO ESTE “ÓDIO CONSCIENTE” AO PAPA FRANCISCO?
É preciso entender
que o papa não governa com interesse de agradar a grupelhos dentro ou fora da Igreja,
mas pensando no bem de toda a Igreja a qual é chamado a pastorear. Neste
sentido, Francisco é um papa impossível de enquadra-lo em nossos estereótipos
pré concebidos, e que pode desagradar conservadores e progressistas ao mesmo
tempo. Muitos católicos que se identificam como conservadores ou como
progressistas vão se decepcionar com o Papa Francisco, cujo programa de
renovação espiritual, continuidade doutrinal e ênfase nos pobres não se encaixa
em nenhum dos moldes tradicionais, disse o eminente cardeal alemão Walter
Kasper, teólogo e presidente emérito do Pontifício Conselho para a Promoção da
Unidade dos Cristãos. O mesmo cardeal disse que o Papa Francisco também,
vai enfrentar resistência dentro da Cúria, que precisa tanto de uma renovação
organizacional quanto de uma mudança de mentalidade. As tentativas de reforma irão
trazer resistências e dificuldades, "assim como com todas as grandes
instituições", disse ele em uma entrevista ao jornal italiano Il
Foglio: "No entanto, esse papa é muito determinado: ele sabe o que quer",
disse. kasper de 80 anos, que era elegível por apenas cinco dias para
ser parte do conclave que elegeu o novo papa, é muito apreciado pelo Papa
Francisco, que chamou o cardeal de um "teólogo em forma". Durante o
seu primeiro discurso público, no Ângelus, o papa se referiu a uma das obras
publicadas recentemente pelo cardeal que "me fez muito bem". Kasper
disse ao jornal italiano que "não é possível enquadrar (o papa) no
clássico debate europeu conservadores-progressistas", que já é um esquema
esgotado. Muitas pessoas estão entusiasmadas com ele: ele é um pastor de
verdade, tem um grande charme e uma abordagem imediata com as pessoas" e
fala de uma forma direta e compreensível, disse Kasper. Há aqueles "que o
acusam de fazer um show, mas, a meu ver, ele está dando um testemunho
autêntico, que é o fato de o papa tentar viver de modo simples e modesto, e
isto lhe dá credibilidade. Ele não vive como um príncipe.Muitos vão se
decepcionar com Francisco, disse ele, presumindo que o chamado ramo conservador
já se sente decepcionado "porque ele não tem a estatura
intelectual de Bento XVI e, depois, porque ele aboliu a corte pontifícia, algo
pelo qual eu lhe sou grato, era um barroquismo anacrônico". O
cardeal prevê também, que a chamada ala progressista não ficará feliz, até
porque, mesmo que o papa tenha dado início a uma mudança de estilo, "ele
não vai mudar o conteúdo".Entre ele e Bento XVI, há continuidade na doutrina, disse. O Papa Francisco não vai mudar nada no celibato dos padres e não vai abrir às ordenações das mulheres,nem promover outras questões "progressistas" que não fazem parte do ensino da Igreja.O Papa Francisco "não é um conservador nem um progressista. Ele quer uma Igreja pobre e dos pobres", e está ciente de que uma grande parte do mundo vive na extrema pobreza, disse o cardeal.Dado o nível de miséria no mundo, "eu acredito que ele vai mudar a agenda da Igreja" de modo ela "leve mais a sério os problemas" do mundo em desenvolvimento."O modelo de civilização ocidental não funciona mais", e "o liberalismo não responde aos problemas da miséria difusa no mundo", afirmou.O cristianismo é a única força espiritual e intelectual no mundo de hoje que tem uma alternativa para o futuro", disse o cardeal. O seu sucesso não depende da força nos
números, mas sim na determinação dos católicos de serem, como chamou o Papa
Bento XVI, uma "minoria criativa", influenciando o mundo secularizado
e conturbado.O chamado do Papa
Bento XVI a combater o secularismo está sendo posto em prática com o seu
sucessor, disse Kasper. "Hoje, com Francisco, abre-se uma
temporada de renovação espiritual".A renovação envolve a própria
Igreja, afirmou Kasper, começando pela Cúria. O Papa Francisco já começou a
trabalhar na forma como as autoridades da Cúria pensam em si mesmas, insistindo
que a mentalidade da Cúria "não deve ser de poder e burocracia, mas sim de
serviço".A reforma da Cúria era um "desejo quase unânime dos
cardeais" presentes no conclave que elegeu o Papa Francisco em março.O
maior problema da Cúria, segundo ele, é a falta de comunicação entre os
presidentes de todos os escritórios vaticanos.
Há quem considere que
ele chegou ao papado para salvar a Igreja católica, com a sua abertura e com o
seu amor. Há quem ache, porém, que ele veio para miná-la, mexendo rápido e
perigosamente demais nas suas regras. Outros pensam que ele está
irremediavelmente preso à doutrina; outros, ainda, opinam que ele não vê a hora
de deixar para trás os ensinamentos tradicionais da Igreja. Eu acho, em última
análise, que Francisco veio para unir,mas de uma forma particular. Todo papa é um
"reunidor de sonhos": nós projetamos nele os nossos sonhos de unidade
ou divisão. A reputação de um papa não se constrói estritamente em cima do que
ele diz e faz; a sua batina branca funciona como uma tela sobre a qual nós
projetamos as nossas próprias expectativas e desejos. O papa São João XXIII é um
bom exemplo. Ele é citado como uma inspiração pelos dissidentes, mas foi ele o
papa que disse: "Assim como os fiéis estão sujeitos aos seus sacerdotes, assim os
sacerdotes estão sujeitos aos seus bispos... E cada bispo, também, está sujeito
ao Romano Pontífice". Quando João XXIII
disse "Eu quero abrir as janelas da Igreja", aquilo significava: "Eu quero que a Igreja mude mais as pessoas". Mas houve quem
pensasse que ele pretendia dizer "Eu quero que mais pessoas mudem a
Igreja".
Consideremos
também, alguns fatos sobre o papa emérito Bento XVI. Ele é pintado como “um
tradicionalista radical” porque
favoreceu trajes e liturgia tradicionais, mas...
2)- Ele foi o papa cuja primeira encíclica mencionou os "eros" de Deus e
cuja última encíclica fez uma crítica mordaz à economia do Ocidente.
3)- Ele foi o papa
que estendeu a mão às vítimas de abusos sexuais cometidos por clérigos: em seus
sinceros encontros com eles, o papa ia às lágrimas.
4)- Ele foi o papa
cujos "modos gentis" conquistaram a sinagoga de Colônia.
5)- Ele
foi "o papa que renunciou ao próprio cargo, uma das maiores rupturas da tradição" já protagonizadas por um papa em toda a história.
O papa Francisco
também está sendo julgado com base em suas roupas e em seu estilo, o que
alimenta os desejos de algumas pessoas de que ele ceda em todas as “antiquadas”
doutrinas da Igreja. Mas, se você prestar atenção às suas reais palavras,
perceberá um homem muito diferente disso. Sobre o problema da comunhão para os
divorciados que se casaram novamente sem passar pela anulação matrimonial, ele
declarou com toda a clareza: "Não existe problema nenhum. Se eles estão
numa segunda união, eles não podem!" - Sobre o motivo de
pregar o evangelho, ele explica: "Não sejam ingênuos. Temos que aprender com o evangelho a lutar
contra Satanás".
Então, por que tanta gente cultiva uma compreensão tão
diferente dele?
O papa “divide e une" ao mesmo tempo porque ele é, acima de tudo, pastor! Desde o início, a mensagem
do papa Francisco foi clara: Jesus nos disse que um bom pastor dedicaria o seu tempo a ir atrás das
ovelhas perdidas, não a ir atrás das que nunca se desgarraram. Como observou o cardeal Raymond Burke: "O Santo Padre, parece-me, quer remover todo
obstáculo concebível que as pessoas possam ter inventado para não responder ao
chamado universal de Jesus Cristo à santidade".
É por isso que muitos
críticos estão inquietos quanto a alguns dos movimentos de Francisco no tocante
ao casamento. Afirmou abertamente que:“90% dos casamentos hoje, mesmo celebrados validamente, são nulos em sua
essência...”Antes da citação
referida acima,Francisco falou longamente de estender a mão a quem precisa de um
caminho para voltar para a Igreja. E ele está ocupado abrindo esses caminhos:
não por meio da alteração da doutrina, mas da ajuda para que mais
pessoas acatem as demandas da doutrina.
Há também outra forma de se ver nele um unificador:
O papa Francisco é
aquele homem que desafia as nossas suposições e amplia a nossa compreensão.
Eu já vi esta cena várias vezes. Um católico "conservador" e um
católico "liberal" se encontram num evento em que têm de ser educados
e conversar um com o outro. Passa-se um pouco de tempo e os dois se veem
surpresos com o que descobrem. O católico de espírito tradicionalista, para
grande choque do outro, não é um obcecado em arremessar anátemas para todos os
lados. Ao contrário: ele é uma pessoa pensante e cuidadosa. E o católico
"progressista", para grande espanto do outro, não é um sujeito que só
se preocupa com as últimas modas intelectuais em vez de se interessar
honestamente pela verdade. Se os dois forem humanos e tiverem a mente aberta,
vão aprender alguma coisa um sobre o outro e sobre si mesmos, além de crescerem
no amor e no cuidado pelas almas!
O papa Francisco tem os dois lados do bom pastor!
Ele dá um rosto
amoroso à doutrina, diante daqueles que desejariam mudá-la, e um rosto de fé à sensibilidade humana, diante de quem
enfatiza apenas a doutrina. Um
lado corre o risco de nunca ouvir o outro. Um pode não suportar o outro que
denuncia apaixonadamente os males econômicos e sociais, porque está habituado a
tachar aquela pessoa de marxista mal-disfarçado. O outro pode estar habituado a
ridicularizar quem alerta contra o diabo, quem promove uma forte devoção
mariana e quem cita o catecismo; ele chama essas pessoas de “pietistas”, na
melhor das hipóteses, ou de “fanáticas”, na pior. Mas quando essas duas pessoas
são a mesma pessoa, e essa pessoa veste uma batina branca, então o desafio que
o papa Francisco representa para todos nós é o de crescermos muito mais, apesar
de nós mesmos.
"Alergia" ao Papa Francisco? O sintoma da
incoerência de alguns círculos católicos
Alguns católicos não
suportam que o Papa lhes recorde que Jesus Cristo não exige defensores, mas
testemunhas! Quando o Papa Francisco declarou que a maioria dos matrimônios
católicos não é válida, ele fez um diagnóstico que em nada modifica uma vírgula
que seja da doutrina católica. No entanto, o comentário se tornou mais
um dos vários que provocaram reações histéricas entre certo número de fiéis.O
fenômeno é no mínimo curioso. Quem se der ao trabalho de ler a declaração
completa – em vez de citações tiradas de contexto ou francamente truncadas –
constatará que a afirmação do pontífice está em consonância com a doutrina da
Igreja sobre o sacramento do matrimônio: “o matrimônio é indissolúvel desde que seja válido sacramentalmente, o
que exige condições bastante claras.” É por isso, aliás,
que, em alguns casos, a Igreja reconhece a posteriori que certos casamentos que
se supunham válidos não o eram na realidade. Trata-se do reconhecimento
de nulidade do matrimônio – e não da “anulação do matrimônio”, coisa que não
existe na Igreja. A declaração do papa sobre o estado de imaturidade afetiva, psicológica
e espiritual de numerosos católicos não é, infelizmente, nem um pouco
surpreendente para quem abre os olhos à realidade. E se isto não fosse verdade,
não teríamos tantos debates sobre a situação dos divorciados em segunda união. No entanto, quando o
papa diz em alto e bom som aquilo que todo o mundo já sabia (e que poucos se
atreviam a manifestar com clareza), certos católicos se ofendem e outros
expressam desaprovação com expedita “surpresa”.Mas será que não é ainda mais
surpreendente essa “alergia” que certo número de católicos tem à sinceridade do
Papa Francisco?Quando ele declara que “a Igreja tem que pedir perdão às pessoas
gays a quem ofendeu”, ele não está fazendo nada além de recordar o Evangelho:
está convidando à conversão aqueles que não se comportaram de forma caridosa
para com as pessoas homossexuais, e ele mesmo se inclui no lote.Por outro lado, nada muda na posição da Igreja a propósito das práticas
homossexuais. Mesmo assim, certos católicos se dizem “desestabilizados”. Ora,
mas não é precisamente a reação deles o que desestabiliza? O que há de
“desestabilizador” em pregar aos católicos a conversão do coração? O que há de
“desestabilizador” em dizer a eles que, se ofenderam um irmão ou irmã, devem
pedir-lhes perdão? Os homossexuais são também chamados a santidade! As palavras do papa
Francisco correspondem ao espírito e ao sentido do Evangelho. Recriminá-lo,
quando se é supostamente adepto da religião da caridade e misericórdia, é uma contradição patente
e grotesca, mas, acima disso, é indício de que algo que não anda bem, pelo
menos em certos ambientes, já que o ceticismo contra o Papa Francisco está
longe de ser generalizado.
As reações histéricas de alguns setores
católicos:
Certos círculos
católicos se empenham em criticar o papa em nome de uma suposta identidade católica
que eles confundem com:Uma soma de maus hábitos, visões
parciais e preconceitos herdados da família ou do entorno. Esta herança eles confundem
com o depósito da fé, e acusam o papa de querer liquidá-la. Não lhe perdoam o fato de nos recordar que
a única identidade do cristão é a de seguir a Cristo e que isto exige, com
muita frequência, mudar muita coisa em si mesmo e ao redor de si mesmo,
rompendo, inclusive, com a “lealdade” a certos entornos caducos. Há
católicos que se recusam, “por herança”, a transformar-se em cristãos por
escolha. Insistem em fazer sua rigidez e dureza de coração se passar por
fidelidade ao magistério da Igreja.Daí o fenômeno de que
tais católicos se remetam mais ao pensamento de Charles Maurras e Pierre
Gattaz, por exemplo, do que ao pensamento dos Padres da Igreja. Daí o absurdo
de que tais católicos se achem mais católicos que o próprio Papa, a ponto de
pretenderem dar ao Papa lições de catolicismo.Com o pretexto de denunciar erros bem reais da parcela do clero e do
episcopado que usou o Vaticano II para justificar suas próprias fantasias
pastorais, teológicas, litúrgicas e morais, em suma, “sua própria apostasia”,
certos círculos católicos querem jogar responsabilidades sobre os ombros de um
Papa que de nada disso tem culpa. Salta aos olhos de todos, menos deles mesmos,
a contradição patente entre o que dizem ser e o seu real comportamento de
protestantes que negam a autoridade intelectual, espiritual e moral do Papa.
O mais absurdo desse tipo de comportamento é que:
Eles são deliberadamente ferinos
e não se abstêm sequer de procedimentos desonestos e maliciosos como insultos,
calúnias, insinuações, citações tergiversadas ou descontextualizadas, acusações
sem provas e toda a gama de recursos típicos do manipulador criminoso. Todos esses comportamentos são o contrário
do que Cristo nos pediu: amar o próximo como a nós mesmos. Quem se serve desses
meios desonestos não rejeita apenas a pressuposição de inocência do Papa
Francisco, mas, acima de tudo, a própria pressuposição da sua bondade. São o
perfeito contratestemunho para os não cristãos: desalentam os bem
intencionados e afugentam todo o resto. Essa atitude traduz naqueles que a adotam uma profunda malícia,
indissociável de uma forma de orgulho que consiste em considerar-se uma espécie
de “conselho de administração” da Igreja, e ao Papa Francisco uma espécie de
“diretor de empresa”, que deve não só prestar contas regularmente diante deles
como, principalmente, satisfazê-los em tudo.Acontece que a Igreja
é fruto da vontade e do desígnio expresso de Cristo e que o Papa é escolhido
pelo Espírito Santo. Como não podem destituí-lo, tentam consolar-se
questionando-o, como o fez o político francês conservador Alain Juppé ao dizer,
de Bento XVI, que ele “começava a ser um verdadeiro problema” e que vivia “em
situação de autismo total”.
A oposição ao Papa e o desprezo pelo Evangelho
O que o Papa pede aos
católicos é que sejam fiéis ao Evangelho. Francisco nos põe em guarda contra o
risco, ou contra a tentação, de preferir defender o continente (a cultura
cristã) a viver o conteúdo (Cristo).O que alguns católicos não suportam é que o
Papa lhes recorde que Jesus Cristo não exige defensores, mas testemunhas, e não
é a mesma coisa.O que esses “ateus
piedosos” não suportam é que o Papa diga em voz alta que a missão dos católicos
não é recordar às massas ignorantes as belezas da arte romana, e da missa em latim,
mas anunciar-lhes a Boa Nova da Redenção por Jesus Cristo, começando por viver
eles mesmos em consonância com essa Boa Nova. Outros o detestam porque ele
recorda que a sua missão é dar testemunho através da vida e da palavra de que
Deus é o Deus do amor e que só Ele pode satisfazer a aspiração do ser humano a
ser amado.E o que detestam acima de tudo é que o Papa Francisco lhes recorde que
esta responsabilidade cabe também a eles como batizados: eles têm o dever da
exemplaridade porque a santidade não é uma alternativa que possam optar por não
seguir; a santidade é a sua única vocação, a sua única razão de ser e a
condição para a sua salvação.Há quem o odeie
porque não querem entender que a fé cristã é a fé em um Deus onipotente que
decidiu operar a salvação da humanidade tornando-se homem junto conosco. Prefeririam
um Deus muçulmano, que lhes ordenasse usar a força. Aliás, a sua obsessão com o
islã é o reflexo da sua inveja e a expressão do seu pesar por não poderem
exaltar a própria vontade de poder, tal como aqueles muçulmanos que
justificam a própria vontade de dominar invocando a jihad.
Do mesmo modo que o amor nos torna inteligentes, a
maldade nos torna cegos
De tanto atribuir ao
Papa o que ele nunca disse, os inimigos do Papa Francisco se condenam a não
entender nada.Ao fazer um diagnóstico sem complacências sobre a realidade de certos
matrimônios celebrados meramente na forma, o Papa destacou as consequências da
apostasia e da frouxidão dos responsáveis do clero que renunciaram a iluminar
consciências quando as condições de validade para um matrimônio sacramental não
eram cumpridas.Negando-se a escutar
o que o Papa realmente diz e dando preferência à calúnia, os católicos que
desfrutam do próprio ódio ao Papa se condenam a uma cegueira voluntária.A histeria que o Papa Francisco desencadeia em alguns não nos diz nada
sobre o que o Papa de fato pensa e fala, mas nos ensina muito sobre o estado
interior dos seus detratores.Deste ponto de vista,
a alergia ao Papa Francisco é um sintoma revelador de incoerências e infâmias
em alguns círculos católicos e, por isso mesmo, é uma boa notícia: as máscaras
caem.
Fonte: Aleteia
Tem
que haver alguma explicação plausível para o fato de o Papa falar “A” sobre os
comunistas, e um sujeito escrever que ele disse “B”! Por exemplo, deem uma sacada nessa
manchete:
Lógico que ao ler
isto, todo católico devidamente informado sobre a doutrina da Igreja certamente
como eu, vai discordar veementeente, pois “Que união pode haver entre a justiça
e a iniquidade? Ou que comunidade entre a luz e as trevas?” (II Cor 6,14).
Porém, contudo, entretanto, todavia, depois de recobrarmos o fôlego, a gente
vai no corpo da matéria em uma fonte segura,e procura o trecho da fala do Papa
Francisco em que ele diz que comunistas e cristãos têm muito em comum. A
gente lê, relê e...nada! Não há nenhuma palavra do Papa que justifique uma
manchete imbecil como essa! Repetindo, com palavras mais breves, o que
o Papa Leão XII já havia dito na encíclica Quod Apostolici Muneris (1878),
Francisco expôs a malandragem dos comunas, que conseguem enganar a muitos
incautos ao relacionar a defesa dos pobres ao comunismo e não ao Cristianismo.
Confiram agora, SEM CORTES, o que o Papa realmente disse
na entrevista ao jornal Il Messagero:
"Eu digo apenas que os
comunistas nos roubaram a bandeira. A bandeira dos pobres é cristã. A pobreza está no centro do Evangelho. Os
pobres estão no centro do Evangelho! Se olharmos Mateus 25, o protocolo sobre o
qual seremos julgados: tive fome, tive sede, estive no cárcere, estive doente,
nu. Ou olhemos as Bem-aventuranças, que é outra bandeira. Os comunistas dizem que tudo isto é comunista. Sim, como não,
vinte séculos depois. Então quando
falamos de comunistas, nós poderíamos virar e dizer: então vocês são cristãos!
(risadas)" – (Entrevista ao Jornal Il Messagero. 29/06/2014. Fonte: Aci
Digital)
ATENÇÃO! Reparem que grifamos o trecho que indica "risadas": gente, FOI SÓ
UMA PIADA! Ao concluir sua fala, o Papa falou ZOANDOOOOO!
Que poderíamos, então, dizer que os comunistas são cristãos? O Papa
ZOANDO, caiu na gargalhada ao dizer isso, pois chamar os comunistas de
“cristãos” soa para eles como uma ofensa (só os idiotas úteis, que nunca leram
o MANIFESTO COMUNISTA de Marx, manipulados pelos autênticos comunistas que o
leram, creem que socialismo e cristianismo são conciliáveis).Está claro, desde a
eleição do Papa Francisco, que os hereges da Teologia da Libertação sequestram
sua imagem e suas falas para associá-lo à ideologia socialista. Mas o Papa vem reiterando que a caridade cristã e a doutrina
social da Igreja não têm nada a ver com comunismo. Aliás, quando
ainda cardeal, o Papa Francisco já havia criticado a Teologia da Libertação, e
em 2013 condenou aqueles que “procuram interpretar a mensagem do Envangelho a
partir de ideologias que estão fora da Igreja, como o marxismo.” Portanto,
sempre desconfie dessas matérias
sensacionalistas e tendenciosas, tanto da TL como de SEDEVACANTISTAS! E corramos sempre atrás da verdade.
Em 2005, o então cardeal Bergoglio escreveu sobre o que
ainda restava da TL, no prólogo do livro de um amigo seu:
“Com a derrubada do império
totalitário do ‘socialismo real’, essas correntes ficaram afundadas no
desconcerto, incapazes de um restabelecimento radical e de uma nova
criatividade. Sobreviventes por inércias, embora haja ainda hoje quem as
proponham anacronicamente”. (Guzmán
Carriquiry, “Una apuesta por América Latina. Memoria y destino históricos de un
continente”, Editorial Sudamericana, Buenos Aires, 2005)
Segue abaixo alguns
trechos do discurso do Papa Francisco no encontro com o Comitê de Coordenação
do CELAM no Centro de Estudos do Sumaré -
Com a palavra, o nosso Papitcho:
1)- A opção pela missionariedade
do discípulo sofrerá tentações. É importante saber por onde entra o espírito
mau, para nos ajudar no discernimento (...). Limito-me a mencionar algumas
atitudes que configuram uma Igreja “tentada”. Trata-se de conhecer determinadas
propostas atuais que podem mimetizar-se em a dinâmica do discipulado
missionário e deter, até fazê-lo fracassar, o processo de Conversão Pastoral.
2)- A ideologização da mensagem
evangélica. É uma tentação que se verificou na Igreja desde o início: procurar
uma hermenêutica de interpretação evangélica fora da própria mensagem do
Evangelho e fora da Igreja.
3)- Existem outras maneiras de
ideologização da mensagem e, atualmente, aparecem na América Latina e no Caribe
propostas desta índole. Menciono apenas algumas, tais como o reducionismo
socializante... Trata-se de uma pretensão interpretativa com base em uma
hermenêutica de acordo com as ciências sociais. Engloba os campos mais
variados, desde o liberalismo de mercado até a equivocada categorização
marxista.
Fonte: Vatican News
Papa Francisco surpreende a todos ao dizer: “Nunca
compartilhei a ideologia marxista porque ela é falsa”
O Papa Francisco foi
acusado recentemente, sobre tudo por alguns meios e indivíduos nos Estados
Unidos, de ser “marxista”, logo após publicar sua exortação apostólica
Evangelii Gaudium em 2013. Em sua última entrevista à imprensa o Santo Padre
precisa que nunca compartilhou essa ideologia porque é falsa. Em uma entrevista
publicada pelos jornais La Nación (Argentina) e Corrriere della Sera (Itália),
o Santo Padre afirma que não o incomodou “para nada” que o tenham qualificado
de marxista logo depois da publicação de sua exortação, na qual apresenta uma
espécie de “plano geral” de Nova Evangelização. “Nunca compartilhei a ideologia marxista, porque ela é falsa, mas
conheci muitas pessoas boas que professavam o marxismo”, afirmou. O Santo Padre explica
logo por que lhe importa tanto chegar aos pobres e precisa que o Evangelho
condena o culto à riqueza. O pauperismo é uma das interpretações críticas: “Na Idade Média, havia muitas
correntes pauperistas. São Francisco teve a genialidade de colocar o tema da pobreza
no caminho evangélico. Jesus diz que não
se pode servir a dois amos, Deus e o dinheiro. E quando formos julgados ao
final dos tempos (Mateus, 25), nos perguntarão sobre nossa proximidade com a
pobreza. A pobreza nos afasta da idolatria e abre as portas à Providência.
Zaqueu entrega a metade de suas riquezas aos pobres. E a quem tem seus celeiros
cheios de seu próprio egoísmo o Senhor, ao final, pedir-lhes-á contas.
Acredito ter expressado bem meu pensamento sobre a pobreza no Evangelii
Gaudium.”
Sobre a globalização, o papa Francisco diz que:
“É certo que salvou da miséria muitas pessoas, mas condenou a muitas outras a morrer
de fome, porque com este sistema econômico se torna seletivo. A globalização
sobre a qual a Igreja pensa não se parece com uma esfera em que cada ponto é
equidistante do centro e na qual, portanto, perde-se a particularidade dos
povos, e sim um poliedro, com suas diversas facetas, no que cada povo
conserva sua própria cultura, língua, religião, identidade”.
Ainda sobre a globalização o Papa Francisco disse que:
“A atual globalização ‘esférica’
econômica, e sobre tudo financeira,
produz um pensamento único, um pensamento débil. E em seu centro já não está a
pessoa humana, só o dinheiro”.
Fonte: ACI DIGITAL
E quanto a relação do papa com a Teologia da
Libertação Marxista?
Os membros da ala
marxista da Teologia da Libertação estão serelepes desde a eleição do Papa
Francisco. Dizem que ele fará reformas na Igreja, como se essas reformas fossem
realizar o sonho deles de transformar a Igreja num antro de heresias, se
tornando a tão sonhada por eles, “CASA DA MÃE JOANA, ONDE TODO MUNDO ENTRA E
TODO MUNDO MANDA”. Forçando a maior barra, os iludidos vermelhos tentam
desesperadamente associar o pontífice à sua ideologia podre. “Francisco não é um adepto declarado da TL”, dizem, “mas na sua opção
preferencial pelos pobres, vemos que ele está de acordo com a nossa ideologia”. Em primeiro lugar, o
Papa Francisco crê na organização hierárquica da Igreja. Bem diferente da TL,
que ensina que quem deveria determinar os rumos da Igreja deveria ser “o povo”,
e não o clero. Vem Carisma e hierarquia como como antagônicos e não Complementares,
como está nos evangelhos. Em segundo lugar,
enquanto esteve à frente dos jesuítas na Argentina, Bergoglio pedia aos
sacerdotes que não se envolvessem com ativismo político, mas se dedicassem
exclusivamente a seu o trabalho nas paróquias.
E para finalizar: No
vôo que o levou de Cuba a Washington D.C. (AVIÃO PAPAL, 22 Set. 15) o Papa
Francisco respondeu aos jornalistas que o acompanhavam o que pensa de quem o
acusa de ser um antipapa, comunista e até questionam se ele é católico. Um
jornalista perguntou ao Papa o que achava de que alguns meios e setores da
sociedade americana chegassem “a perguntar se o Papa é católico” pois se já
houve “discussões nas que falavam do Papa comunista, agora estão até mesmo os
que falam de um Papa que não é católico”. O Santo Padre deu esta resposta: “Um cardeal amigo me contou que
uma senhora muito preocupada, muito católica, um pouco rígida, mas boa
católica, se aproximou dele e perguntou se era verdade que na Bíblia se falava
de um anticristo e ele explicou-lhe. E também no Apocalipse, não? E depois, se
era verdade que se falava de um antipapa, que o anticristo, o antipapa. ‘Mas
por que me faz esta pregunta?’, perguntou o cardeal. ‘Porque eu estou segura de
que o Papa Francisco é o antipapa’. ‘E por que pergunta isto? Por que tem esta
idea?’ ‘E, por que ele não usa os sapatos vermelhos, assim, histórico...?’. Os
motivos, de pensar por que alguém não usa os sapatos vermelhos. Os motivos de
pensar se alguém é comunista ou não é comunista…Eu estou seguro de que não disse uma só coisa que não tenha estado na
doutrina social da Igreja. No outro vôo uma colega me disse que eu havia
estendido a mão aos movimentos populares e me perguntou 'mas a Igreja o
seguirá? Eu lhe disse: 'sou eu que sigo a Igreja'. E nisto me parece que não me
equivoco. Acredito que nunca disse uma só coisa que não fosse da doutrina
social da Igreja. As coisas podem explicar-se, possivelmente uma explicação deu
uma impressão de ser um pouquinho mais esquerdista, mas este seria um erro de
explicação. Não, minha doutrina sobre tudo isto, sobre a Laudato Sì’, sobre o
imperialismo econômico, tudo isto, é da doutrina social da Igreja. E se for
necessário que eu recite o credo, estou disposto a fazê-lo, hein...” Sobre esta resposta
do Pontífice, o Diretor da Sala Stampa do Vaticano, Pe. Federico Lombardi,
disse em conferência de imprensa em Washington D.C. que o Papa Francisco “tem seu próprio modo de falar”, mas sempre o faz no
marco da tradição católica.
CONCLUSÃO:
“No dia em que eu achar que sei mais que a Igreja, seus apóstolos e o
próprio Espírito Santo que a conduz, eu não preciso mais dela. Se já não a
obedeço, não me esforço em entendê-la, de ama-la e defende-la, é porque há
muito tempo já deixei de ser católico...” (Pe. Leo)
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