Quem
são os leigos?
“Sob o nome de leigos entendem-se aqui todos os cristãos, exceto os membros das Sagradas
Ordens ou do estado religioso reconhecido na Igreja, isto é, os fiéis que,
incorporados a Cristo pelo Batismo, constituídos em Povo de Deus e a seu modo
feitos participantes da função sacerdotal, profética e régia de Cristo,
exercem, em seu âmbito, a missão de todo o Povo cristão na Igreja e no mundo” (CIC §897).
“Uma vez que, como
todos os fiéis, por meio do batismo e da confirmação, são destinados por Deus
ao apostolado, os leigos, individualmente ou reunidos em associações, têm
obrigação geral e gozam do direito de trabalhar para que o anúncio divino da
salvação seja conhecido e aceito por todos os homens, em todo o mundo; esta
obrigação é tanto mais premente naquelas circunstâncias em que somente através
deles os homens podem ouvir o Evangelho e conhecer a Cristo” (CDC c. 225 §1).
O
ministério dos leigos
Devemos lembrar que as
portas sempre estiveram e continuam abertas para todo fiel que, como povo de
Deus, queira participar e evoluir, a seu modo, do tríplice múnus de Cristo (cf.
LG n.31), desenvolvendo a missão evangelizadora que Jesus Cristo deixou para
nossa Igreja através dos frutos do Espírito Santo (cf. AA n.2).Pelo chamado a um
enobrecedor projeto de vida pessoal, sendo, pela graça, um instrumento para a
construção do Reino de Deus (cf. CIC §2820), todo discípulo missionário deve
engajar-se ativamente em algum ministério eclesial, ou em obras de ações
sociais voltadas ao bem da comunidade, pois estando incorporado mais ativamente
às obras divinas, produz frutos abundantes que o elevam ainda mais a um estado
contemplativo de amizade com o Pai – servindo-O em ações de fraternidade,
realizadas e reconhecidas em todas as missões exercidas para o bem comum
dahumanidade (cf. Gl 6,10). “Consagram a Deus o próprio mundo” (LG
n.34).
O Papa Francisco nos
lembrou que a "atuação na política por parte dos leigos é uma das
mais altas formas de caridade!" Mas, como assim?
Por Hannele Araújo –
Comunidade Católica Shalom
O leigo católico é convidado
a atuar na política por amor. Amor a Deus, a sua pátria, a seus valores
cristãos e ao próximo, e não somente em vista do seu bem estar material e
social. São Tomas More, patrono dos políticos e chanceler do Rei Henrique VIII,
morreu por não deixar-se corromper. More não abriu mão dos valores católicos
que são valores universais, ou seja, não servem “apenas” aos católicos, mas a
todos os povos. Ele nos ensina: “O
homem não pode se separar de Deus nem a política da moral”. O mesmo santo disse, ao ser
condenado à morte por se manter fiel à Igreja: “Ninguém no seu leito de morte se
arrependeu jamais por ter sido católico.” Tomas More morreu pela fé ao não usar seu
cargo político para promover a corrupção e preservar sua vida terrena. Ele foi
um cidadão consciente dos seus atos e sabia que grave distorção seria se
afirmar católico e, ao mesmo tempo, ignorar a importância de uma vida pública
coerente com valores cristãos inegociáveis. Ele não morreu ou lutou por uma
ideologia, ele morreu por uma pessoa, por amor a Jesus Cristo e a seu Reino.Em um Brasil tão polarizado
pela política partidária, não há como ser verdadeiramente católico sem rezar,
ocupar mente e coração com o que está acontecendo com nosso país. Muitas
vezes nos deixamos tomar pela desesperança e acabamos por repetir a velha
sentença: “Odeio política”, porque nos sentimos impotentes diante de tanta
corrupção. Entretanto, somos filhos do Deus do Impossível, somos
marcados pela Paz, somos cidadãos do Céu e queremos que a vida nesta Terra
seja, para todos, vida em abundância como nos disse Jesus. Abundância,
principalmente e essencialmente, da Graça, da fé, da dignidade humana
restaurada ao se reconciliar com o Criador e, por consequência, com as
criaturas.
O outro não é meu inimigo, mas meu irmão, e é um cidadão!
Queremos um país onde reine
a Paz não por amor a uma ideologia ou pensamento, mas por Amor a uma pessoa que
conhecemos, descobrimos e que causou a maior de todas as revoluções no mundo, a
revolução da Cruz, do Amor, do abaixamento. O poder que transformou e
transforma todas as coisas é do Amor de Cruz e Ressurreição que Jesus nos
oferece para com o coração convertido ao Evangelho anunciar a Paz em todas as
instâncias da sociedade. Dentro das Igrejas, das Assembléias Legislativas, do
Congresso Nacional e aonde Nosso Senhor quiser nos enviar. Você
sabia que em passado recente, quase foi aprovada uma proposta de lei que
poderia tirar a liberdade de pais católicos de educar livremente e segundo sua
fé, seus filhos? Você sabia que esta proposta
não passou graças a muitas orações e ações de cristãos no Congresso Nacional?
Você sabia que o PNE (Plano Nacional de Educação), votado pelo Senado propunha
o ensino da Ideologia do Gênero em todas as escolas brasileiras? O próprio site
do Senado noticiou que o “Alô Senado” ficou congestionado por ligações de
cidadãos, a maioria que se manifestavam contra a PL 122, a chamada “Lei da
Mordaça Gay” e contra o PNE. De
forma geral sabemos opinar muito e detectar os problemas de maneira magistral.
Mas, e as soluções, e as respostas para estes males? Que fonte segura buscar? A resposta deveria ser óbvia
e clara, entretanto não é. Mas, temos sim uma fonte de documentos segura e
iluminada pelo próprio Criador das estruturas humanas: a Doutrina Social da
Igreja, as encíclicas relacionadas às questões sociais da humanidade e muito
mais. Será que conhecemos a Doutrina
Social da Igreja? Será que sabemos que está à nossa disposição um grande
tesouro de sabedoria semeado, fecundado e frutificado durante mais de dois mil
anos? Precisamos urgentemente, estudar este material para em espírito
de diálogo com Deus, permitir que a Verdade molde nossas mentalidades segundo o
Evangelho de Cristo e nos ofereça, assim, respostas preciosas e eficazes. Por fim, não podemos nos
esquecer de que em ano de eleições e manifestações, devemos usar as nossas
armas mais poderosas contra a corrupção e a favor da Paz: o terço, a Eucaristia e a
proclamação da Verdade na caridade. Contemos também com a intercessão
de Nossa Senhora de Guadalupe e consagremos, sem cessar, toda a América Latina
à poderosa intercessão de Sua Mãe e Padroeira.
Hannele Araújo – Comunidade Católica
Shalom
O que diz a doutrina Católica sobre os leigos e a política?
Blog do Carmadélio – Comunidade Católica Shalom
Catecismo
da Igreja Católica:§2246 - “Faz
parte da missão da Igreja emitir juízo moral também sobre as realidades que
dizem respeito à ordem política, quando o exijam os direitos fundamentais da
pessoa ou a salvação das almas, empregando
todos os recursos, e somente estes, que estão de acordo com o Evangelho e com o
bem de todos conforme a diversidade dos tempos e das situações”
Compêndio
da Doutrina Social da Igreja Católica, publicação oficial da Igreja:571- O empenho
político dos católicos é freqüentemente
posto em relação com a “laicidade”, ou seja, a distinção entre a esfera
política e a religiosa. Tal distinção é um valor adquirido e reconhecido pela
Igreja, e faz parte do patrimônio de civilização já conseguido. A doutrina
moral católica, todavia, exclui claramente a perspectiva de uma laicidade
concebida como autonomia da lei moral: A “laicidade”, de fato, significa, em
primeiro lugar, a atitude de quem respeita as verdades resultantes do conhecimento
natural que se tem do homem que vive em sociedade, mesmo que essas verdades
sejam contemporaneamente ensinadas por uma religião específica, pois a verdade
é uma só. Buscar sinceramente a verdade,
promover e defender com meios lícitos as verdades morais concernentes à vida
social, a justiça, a liberdade, o respeito à vida e aos demais direitos da
pessoa , é direito e dever de todos os membros de uma comunidade social e
política. Quando o Magistério da Igreja se pronuncia sobre questões
inerentes à vida social e política, não desatende ás exigências de uma correta
interpretação da laicidade, porque não pretende exercer um poder político nem eliminar a
liberdade de opinião dos católicos em questões contingentes. Entende,
invés, como é sua função própria, instruir e iluminar a consciência dos fiéis,
sobretudo dos que se dedicam a uma participação na vida política, para que o
seu operar esteja sempre ao serviço da promoção integral da pessoa e do bem
comum. O ensinamento social da Igreja não é uma intromissão no governo de cada
País. Não há dúvida, porém, que põe um dever moral de coerência aos fiéis
leigos, no interior da sua consciência, que é única e unitária.”
Compêndio
da Doutrina Social da Igreja Católica, publicação oficial da Igreja 382 - Quando o
poder humano sai dos limites da vontade de Deus, se autodiviniza e exige submissão
absoluta, torna-se a Besta do Apocalipse, imagem do poder imperial perseguidor,
ébrio do sangue dos santos e dos mártires de Jesus (Ap. 17, 6). A Besta tem a
seu serviço o falso profeta (Ap. 19, 20), que impele os homens a adorá-la com
portentos que seduzem. Esta visão indica profeticamente todas as insídias
usadas por Satanás para governar os homens, insinuando- se no seu espírito com
a mentira. Mas Cristo é o Cordeiro Vencedor de todo poder que se absolutiza no
curso da história humana. Em face de
tais poderes, São João recomenda a resistência dos mártires: dessa maneira, os
fiéis testemunham que o poder corrupto e satânico é vencido, porque já não tem
ascendência alguma sobre eles.”
A
Instrução Libertatis conscientia, publicada pelo Papa
João Paulo II e retomando as grandes chaves de leitura da Doutrina Social da
Igreja, asseverou:
“Nesta missão, a Igreja ensina o caminho que o
homem deve seguir neste mundo para entrar no Reino de Deus. Por isso, sua
Doutrina abarca toda ordem moral e, particularmente, a justiça, que deve
regular as relações humanas. […] Quando
propõe sua doutrina acerca da promoção da justiça na sociedade humana ou exorta
os leigos ao engajamento, segundo sua vocação, a Igreja não excede seus limites
[…] Na mesma linha, a Igreja é fiel à sua missão, quando denuncia os
desvios, as servidões e as opressões de que os homens são vítimas; quando se
opõe às tentativas de instaurar, seja por oposição consciente, seja por
negligência culposa, uma vida social da qual Deus esteja ausente, enfim, quando
exerce seu julgamento a respeito de movimentos políticos que pretendem lutar
contra a miséria e a opressão, mas são contaminados por teorias e métodos de
ação contrários ao Evangelho e ao próprio ser humano.” (Idem, p. 1122)
Portanto, Católico não deve
votar em partidos que tenham um comprometimento formal com a legalização do
aborto, uma vez que o tema atinge o bem natural maior, que é a vida dos mais
indefesos, os nascituros.
Fonte: Blog do Carmadélio - Comunidade Católica Shalom
Resumo
do Documento 105 CNBB - "Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na
Sociedade: Sal da Terra e Luz do Mundo" (Mt 5, 13-14) 54ª Assembleia Geral
– Aparecida
Introdução
No dom de ser cristão, todos se tornam discípulos missionários. • Na descoberta do viver com Ele, o cristão torna-se anunciador, testemunha. Os modelos de organização eclesial podem mudar ao longo da história – fica sempre a primazia do amor (1Cor 13). O cristão é um sujeito eclesial, ou seja, maduro na fé, testemunha o amor à Igreja, serve aos irmãos, permanece na escuta da palavra, obediente a inspiração do Espírito Santo. Deve ter coragem e ousadia para dar testemunho de Cristo.Os pastores da Igreja
agradecem aos cristãos leigos e leigas pelo testemunho de fé, pelo amor e
dedicação a Igreja e pelo entusiasmo com que se doam ao povo, às comunidades,
às suas famílias, às suas atividades profissionais, até ao sacrifício de si.
Nós, bispos, com toda a Igreja de Cristo, somos devedores a estes e estas, que
carregam a Igreja no coração e nos ombros e fazem acontecer o Reino com suas
mãos e seus pés. Os leigos vivem no mundo, em todas as profissões e
trabalhos, nas condições comuns de vida familiar e social. São chamados a viver
segundo o Evangelho como fermento de Santificação, sendo testemunha da fé, da
esperança e do amor. Paulo VI lembra que o leigo, não é responsável pelo
desenvolvimento da comunidade eclesial, esse papel é especifico dos pastores. O
leigo a chamado a agir fora da igreja! Hoje temos um imenso número de leigos
com um alto grau de sentido de comunidade, uma grande fidelidade a caridade, a
catequese, da celebração e da fé.
Capítulo
1
O
Cristão leigo, sujeito na Igreja e no mundo: Esperanças e Angústias - Nos
leva a um “passeio histórico” pela Teologia do Laicato (no mundo e na América
Latina) nos últimos 50 anos! Documentos do CELAM Rio de Janeiro 1955 Medellín
1968 Puebla 1979 Santo Domingo 1992 2007 1965.“Se o sal perde seu sabor,
com que se salgará?” (Mt 5,13) Sujeito eclesial: Discípulos Missionários e
Cidadãos do Mundo. “Vós sois o sal daTerra”. “vós sois a Luz do mundo.” (Mt
5,13-14).
Nem
o sal, nem a luz , nem a Igreja vivem para si mesmo!
Missão iluminar, doar, dar
sabor e se dissolver. Eu sou a videira e vós os ramos (Jo 15,1-8). A vitalidade
dos ramos depende de sua ligação com a videira – Jesus Cristo. Daí a
necessidade de pertença a uma comunidade de fé, para se alimentar. Papa
Francisco na EG pede aos leigos que saiam para o encontro com Cristo vivo e com
os irmãos. Na Carta de Diogneto – cristãos são a alma do mundo. Assim como a alma
está no corpo, assim os cristãos estão no mundo.
Avanços
e Recuos
Muitos leigos são teólogos,
formadores, pregadores da palavra, etc. Grupos de reflexão bíblicos, escolas de
teologia, as pastorais. Muitos jovens estão criando consciência de serem
missionários. Temos a ação de muitos leigos com uma vida de espiritualidade,
fazendo visita a hospitais, as periferias. Muitas dioceses contam com leigos na
administração dos bens, do dízimo. Muitos leigos competentes no mercado de
trabalho, nas diferentes áreas levando a mensagem de Cristo através de seus
comportamentos • Muitos leigos envolvidos na politica, com a intenção de fazer
o bem ao próximo • Hoje existe a mística da proximidade, a pedagogia do
diálogo, superação de estruturas ultrapassadas, vejam os tribunais
eclesiásticos, existe a consciência de quem toca no pobre, toca na carne de
Jesus. • A Igreja não tem medo de entrar na noite do povo.
Recuos
Ainda é insuficiente o
numero de leigos atuando nas estruturas do mundo e da sociedade • Muitos ainda
valorizam o serviço somente no interior da Igreja, não assumindo a missão para
o mundo. • Proliferação de grupos de elite, pretensão de dominar o espaços da
igreja, fofocas, criticas exageradas. • É preciso muito discernimento a
respeito da pratica de determinados exorcismos, e promessas de cura, certos
estilos de celebrações, especialmente na mídia.Existe muito clericalismos, ou
seja, centralização nos padres. Persiste o amadorismo em relação à
preparação e formação de lideranças, discórdias, divisões, apego aos cargos,
acumulo de responsabilidades. • Desafio para superação do analfabetismo
bíblico • Existe dentro da Igreja o pelagianismo, ou
seja, o homem não precisa de Deus para sua salvação, cumprindo os ritos ele se
salva por si mesmo, não necessita da graça de Deus.
Rostos
do laicato
Casais que constituem a
Igreja doméstica, por meio da convivência e educação dos filhos crescem na
santidade familiar. • Pais que acolhem a vida humana, desde a
concepção, assumem com amor os filhos com deficiência, dando testemunho do
evangelho da vida. • As crianças da catequese, crianças que são coroinhas,
tornando a Igreja mais bela e atraente e evangelizam seus familiares, amigos e
outras crianças. Essas crianças são o germe do laicato maduro. • A
participação das mulheres nas responsabilidades pastorais, porque o gênio
feminino é necessário em todas as expressões da vida vai social. • Constata-se
o crescimento da consagração de leigos para o bem da Igreja e da sociedade. • A
Igreja se alegra com os cristãos leigos que atuam como coordenadores, lideres
nas pastorais e movimentos. Esse é um serviço do lava-pés, seguindo o Cristo Bom
Pastor, agindo em nome da Igreja em favor do povo. Liderar é um ato de amor à
Igreja, que convence e anima outro. • Os vocacionados são filhos de
Deus pelo batismo, e não devem compreender sua vocação com honra, status ou
vantagem pessoal, devem ser discernido pela Igreja. • Missionários nas Igrejas
irmãs que oferecem suas vidas para o crescimento do Reino.
Lógica individualista de um mundo globalizado! Papa Francisco no
dia mundial da paz
Precisamos vencer a
indiferença com as obras de misericórdia para conquistar a paz. • Caim se
mostrou indiferente em relação ao irmão. O bom samaritano, pelo contrário,
deixou-se comover, venceu a indiferença pela misericórdia • Corremos o risco de
perder a capacidade de chorar com quem chora, mas também de nos alegrar com
quem se alegra (Rm 12,15).O mundo globalizado além de
“unificar a economia”, também inclui o homem com seus anseios e desejos,
tornando-o um voraz consumidor, tornando a vida perversa e competitiva. Essa
lógica se caracteriza por: • Satisfação individual e indiferença pelo outro •
Supremacia do desejo em relação às necessidades • Predomínio da aparência em
relação à realidade • Inclusão perversa, que gera uma falsa necessidade e
desejo aos incluídos no mercado • Falsa satisfação – bens efêmeros Contradições
do mundo globalizado • Desenvolvimento x pobreza • Confiança no mercado x
crises constantes • Enriquecimento de uns x degradação ambiental • Bem estar de
uns x exclusão da maioria • Busca de riqueza x corrupção e tráfico • Segregação
dos grupos sociais privilegiado x segregação em bolsões de pobreza • Redes sociais
virtuais x indiferença real.Para viver na Igreja e viver
a missão temos que aprender a distinguir • Pluralidade, que respeita as
diferenças do relativismo que se pauta pela indiferença • A secularidade que valoriza as
conquistas humanas do secularismo que considera Deus como intruso •
Benefícios da tecnologia da dependência de eletrônicos • Uso das redes sociais
como forma de relações mais amplas da comunicação virtual isolada que dispensa
a relação pessoal • Consumo dos bens necessários da busca desordenada • Uso do
dinheiro para justa aquisição de bens da idolatria do dinheiro como valor
absoluto • Autonomia, liberdade do isolamento individualista • Valores e
instituições tradicionais do tradicionalismo que se nega a dialogar com o
mundo. • Vivência comunitária que possibilita a justa relação com o outro do
comunitarismo sectário que isola o grupo do mundo.
Tentações
na missão do leigo:
Ideologização da mensagem
evangélica – interpretar o evangelho fora da bíblia • Reducionismo socializante
– reduzir a palavra de Deus a partir da ótica puramente social. Tanto o
liberalismo de mercado como o marxismo são reducionistas. • Ideologização
psicológica – entende o encontro com Cristo como dinâmica do autoconhecimento,
não há a transcendência, não existe a missionariedade. • Proposta gnóstica – A
partir da razão, do conhecimento, confiam mais nos raciocínios do que na graça
• Proposta pelagiana- procura a solução dos problemas sem recorrer a graça de
Deus, confia apenas na disciplina, na lei, no rigor. • Clericalismo – o Padre centraliza
tudo, assim o leigo assume o que é mais cômodo para ele • Comunitarismo
Sectário – comunidade que se veem mais puras do que os que estão de fora. •
Secularismo – é a negação da religiosidade, em prol de uma vida corrida com a
preocupação com o dinheiro, família o social.
A
necessária mudança de mentalidade e de estruturas
A igreja não é ilha de
perfeitos! Viver e atuar no mundo globalizado implica
mudança de mentalidade e de estruturas • A Igreja é chamada a ser comunidade de
discípulos de Jesus, e deve-se aprofundar no conhecimento, na vivencia do amor
e acolhimento. • Viver de modo que sejamos sinal de contradição a tudo o que
não condiz com o plano de Deus • Organização da comunidade permitindo a
inserção de varias pessoas com dons e funções distintas • Convidados a
buscarmos os sinais do Reino no mundo e valorizá-los • Viver como comunidade
que pratica a fraternidade aos mais frágeis e necessitados. • Devemos
ser igreja em saída e acompanhar o irmão que ficou caído pelo caminho • Bento
XVI nos diz que o leigo não é um colaborador mas um corresponsável do ser e
agir da Igreja, sempre em comunhão cordial com bispos • O testemunho da
unidade em meio a diversidade deve tornar a igreja resplandecente e fascinante.
Somos
sujeitos de nossas vidas pelas nossas palavras e ações
No seguimento de Cristo,
somos conscientes de nossa dignidade, livre de qualquer escravidão e capaz de
doar-nos ao serviço do Reino Igreja povo de Deus peregrino e evangelizador •
Somos chamados de povo de Deus, e quando Deus chama alguém, tem sempre em vista
o serviço a todo um povo • “antes não eram povo, agora porém, são povo de Deus,
alcançaram misericórdia. (1Pd, 2,10) • A noção de Igreja como povo de Deus
lembra que a salvação, embora pessoal, não considera as pessoas de maneira
individualista, mas com inter-relacionadas e interdependentes. • Deus vocaciona
as pessoas e as santifica como comunidade, como povo de Deus. • Papa Francisco:
“ninguém se salva sozinho, isto é, nem como indivíduo isolado, nem por suas
próprias forças” • A inter-relação e interdependência nos leva a valorizar o
outro, o diferente. • Ser povo de Deus é ser o fermento de Deus no meio da
humanidade, é anunciar e levar a salvação de Deus a este nosso mundo.
A
Igreja, Corpo de Cristo na história
Os cristãos são chamados a
serem os olhos, os ouvidos, as mãos, a boca, o coração de Cristo na Igreja e no
mundo. • O batismo nos incorpora a Cristo, ao sairmos das águas do batismos,
todos nós ouvimos a voz que um dia se fez ouvir nas águas do Jordão, “Tu és meu
filho muito amado” (Lc 3,22). Nos tornamos filhos de adoção e irmãos de Cristo.
• A crisma nos unge com o óleo do mesmo Espirito Santo, para sermos defensores
e difusores da fé. • A Eucaristia une a todos nós na mesma fração do pão (1Cor
10,17) • Os bispos do Brasil, tomaram por fazer da catequese um processo de
inspiração catecumenal. A iniciação à Vida Cristã há de caracterizar toda a
catequese, de modo que todos os membros da Igreja e os que nela se inserem, ou
a ela retornem, encontrem Cristo Ressuscitado, façam verdadeira experiência do
amor de Deus e se tornem autênticos discípulos missionários do Evangelho de
Cristo. • Deus nos dota com um instinto da fé, o sensus fidei, que nos ajuda a
discernir o que vem realmente de Deus.
Perfil
Mariano da Igreja: A humilde serva do Sr
Maria por sua fé e
obediência à vontade de Deus e por sua constante meditação e prática da
Palavra, é a discípula mais perfeita do Senhor. • O
perfil mariano é para a Igreja, tão fundamental e característico, senão muito
mais, que o perfil apostólico e petrino • Maria precede Pedro e os apóstolos,
ela é figura da Igreja, na sua pessoa a Igreja já atingiu a perfeição • Em Maria, mulher leiga, santa, Mãe de Deus, os fiéis
leigos encontram razões teológicas para a compreensão de sua identidade e
dignidade no povo de Deus. Vocação Universal a Santidade.
A maior parte dos batizados ainda não tomou plena consciência de
sua pertença à Igreja
Sentem-se católicos, mas não
Igreja”(DSD,96) O cristão leigo é verdadeiro sujeito na medida em que: • cresce
na consciência de sua dignidade de batizado, • assume de maneira pessoal e
livre as interpelações da sua fé, • abre-se de maneira integrada às relações
fundamentais (com Deus, com o mundo, consigo mesmo e com os demais), •
contribui efetivamente na humanização do mundo, rumo a um futuro em que Deus
seja tudo em todos.
Entraves
à vivência do cristão como sujeito na Igreja e no mundo
O cristão encontra alguns
entraves para a vivência de sua fé de modo integral e integrado. Eis algumas
delas: • Oposição entre a fé e a vida • Oposição entre sagrado e profano •
Oposição entre a Igreja e o mundo • Oposição entre identidade eclesial e
ecumenismo.
A
AÇÃO TRANFORMADORA NA IGREJA e NO MUNDO
E a massa toda fica
fermentada (Mt 13,33) “ Ide pelo mundo inteiro e anunciai a boa nova a toda criatura!”
(Mc 16,15).Enviados por Cristo, em comunhão com os ministros ordenados e as
pessoas da vida consagrada, os cristãos leigos são fermento. O fermento
quando misturado à massa, desaparece. No entanto a massa já não é mais a mesma! O Papa quer uma igreja de portas abertas: • Mais forte no queriguima do que
no legalismo • Igreja da misericórdia mais do que da severidade • Não crescer por proselitismo (catequese, apostolado), mas por
atração!
Cada
cristão é missionário na medida em que se encontrou com o amor de Deus!
É necessário e educar
o povo na leitura e na meditação da Palavra, do contrário como vão anunciar uma
mensagem cujo conteúdo e espírito não conhecem profundamente. • A
oração e a contemplação são fundamentais na vida dos cristãos, é preciso
cultivar um espaço interior, onde se dedica um tempo à oração sincera, que leva
a saborear a amizade e a mensagem de Jesus. • O discípulo missionário
enfrentará realidades que contradizem o Reino de Deus e deve gritar: Não nos roubem o entusiasmo missionário” • “Não nos roubem
a alegria da evangelização” • “Não nos roubem a esperança” • “Não deixemos que
nos roubem a comunidade” • “Não deixemos que nos roubem o Evangelho” • “Não
deixemos que nos roubem o ideal de amor fraterno”
Igreja
pobre, para os pobres, com os pobres
Na Evangelii Gaudim é dito,
que existe um vínculo indissolúvel entre a fé e os pobres. Não os deixemos
jamais sozinhos” (EG, n. 48). • Devemos praticar a cultura do encontro: “Isso
implica não se fechar na própria comunidade, na própria instituição paroquial
ou diocesana, no grupo de amigos, na própria religião, em si mesmo.” (EG, n.
220) Espiritualidade Encarnada • Uma espiritualidade encarnada caracteriza-se
pelo seguimento de Jesus, pela vida no Espírito, pela comunhão fraterna e pela
inserção no mundo.
Presença
e organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil
Nos
anos 70:
Criação de organismo de
articulação do Laicato, o então Conselho Nacional dos Leigos (CNL), hoje
Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB).
Hoje:
A Igreja conta com uma gama
variada de Associações de fiéis que agregam leigos e clérigos, leigos(as)
consagrados(as), cada qual com seu carisma. • Novas
comunidades: “Todas as formas de Associação existem para edificação da Igreja e
para contribuir com a sua missão no mundo!
Formação
do laicato
“Aqueles que ocupam funções
de direção ou exercem especial responsabilidade no povo de Deus – bispos,
presbíteros, diáconos, consagrados e lideranças leigas de um modo geral – são
responsáveis pelo processo formativo.” A formação do sujeito eclesial, para
ser integral, precisa considerar as dimensões humana e espiritual, teológica e
pastoral, teórica e prática. • É um caminho longo, requer itinerários
diversificados, respeitando o processo de cada indivíduo • Requer
acompanhamento do discípulo • A espiritualidade tem que transformar a vida de
cada discípulo.
Referências
-Catecismo da Igreja
Católica. São Paulo: Edições Loyola, 1999
-CELAM. Documento de
Aparecida. São Paulo: Paulus, 2008
-Código de Direito Canônico.
São Paulo: Edições Loyola, 2001
-Documentos do Concílio
Ecumênico Vaticano II. São Paulo: Paulus, 2014
- Doutrina Social da Igreja
- Documento 105 CNBB - Cristãos
Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade Sal daTerra e Luz do Mundo (Mt 5,
13-14) 54ª Assembleia Geral – Aparecida
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APOSTOLADO BERAKASH: Como você pode ver, ao contrário de outros meios midiáticos, decidimos por manter a nossa página livre de anúncios, porque geralmente, estes querem determinar os conteúdos a serem publicados. Infelizmente, os algoritmos definem quem vai ler o quê. Não buscamos aplausos, queremos é que nossos leitores estejam bem informados, vendo sempre os TRÊS LADOS da moeda para emitir seu juízo. Acreditamos que cada um de nós no Brasil, e nos demais países que nos leem, merece o acesso a conteúdo verdadeiro e com profundidade. É o que praticamos desde o início deste blog a mais de 20 anos atrás. Isso nos dá essa credibilidade que orgulhosamente a preservamos, inclusive nestes tempos tumultuados, de narrativas polarizadas e de muita Fake News. O apoio e a propaganda de vocês nossos leitores é o que garante nossa linha de conduta. A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas deste blog não significa, necessariamente, adesão às ideias neles contidas. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo informativo deste blog. Os comentários devem ser respeitosos e relacionados estritamente ao assunto do post. Toda polêmica desnecessária será prontamente banida. Todos as postagens e comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente, a posição do blog. A edição deste blog se reserva o direito de excluir qualquer artigo ou comentário que julgar oportuno, sem demais explicações. Todo material produzido por este blog é de livre difusão, contanto que se remeta nossa fonte. Não somos bancados por nenhum tipo de recurso ou patrocinadores internos, ou externo ao Brasil. Este blog é independente e representamos uma alternativa concreta de comunicação. Se você gosta de nossas publicações, junte-se a nós com sua propaganda, ou doação, para que possamos crescer e fazer a comunicação dos fatos, doa a quem doer. Entre em contato conosco pelo nosso e-mail abaixo, caso queira colaborar:
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