Mas, existe sim, entre homossexualismo e pedofilia!
"Muitos psicólogos e
psiquiatras demonstraram que não há relação entre celibato e pedofilia, mas muitos outros
demonstraram que há entre homossexualidade e pedofilia" (Tarcisio
Bertone)
“Não existem padres pedófilos e
homossexuais, o que existem são pedófilos
e homossexuais que se travestiram de padre, estes dois desvios de conduta
não tem relação com o Celibato que é um dom
de Deus (conf. Mateus 19,12) e como dom, jamais fomentaria o pecado, mas a
santidade...” (Bento XVI)
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(Negar a verdade é negar a Caridade que salva)
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Para nós Católicos a Graça é transformante e santificante,
para o protestantismo ela apenas encobre o pecado, ou seja, fazendo aqui uma
analogia: no protestantismo, seria como que pela fé, se colocasse apenas uma
cobertura num monte de M...A pessoa que ACEITA JESUS continua sendo um monte de
M...Não é à toa que para o protestante basta a fé para ser salvo, e já dizia
Lutero: “Depois de aceitares a Cristo pela fé, podes pecar a vontade, pois uma
vez salvo, salvo para sempre...(Livro conversas á mesa de Lutero). No
catolicismo, mesmo respeitando a interpretação protestante, não compactuamos
com esta interpretação doutrinária, já para o espiritismo e gnosticismo, seria
necessário uma explicação mais ampla que não cabe aqui. Com relação ao dom do Celibato e da Continência sexual, a bíblia por si
só se explica:
1 Cor7,7-8: “Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo sou (celibatário);
mas cada um tem
de Deus o seu próprio DOM, um de uma maneira e outro de outra.Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes
é bom se ficarem como eu (no celibato).”
Mateus 19,3-12: “Alguns fariseus também chegaram até Ele e, para prová-lo, questionaram-lhe:
“É lícito o marido se divorciar da sua esposa por qualquer motivo?” E Jesus
lhes explicou: “Não tendes lido que, no princípio, o Criador ‘os fez homem e
mulher’, 5e os instruiu: ‘Por este motivo, o homem deixará pai e mãe e se unirá
à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne’? 6Sendo assim, eles já não
são dois, mas sim uma só carne. E, portanto, o que Deus uniu, não o separe o
ser humano”. 7Replicaram-lhe: “Então por qual razão mandou Moisés dar uma
certidão de divórcio à mulher e abandoná-la?” 8Ao que Jesus declarou: “Moisés,
por causa da dureza dos vossos corações, vos concedeu separar-se de vossas
mulheres. Mas não tem sido assim desde o princípio”. 9Eu, porém, vos afirmo: “Todo
aquele que se divorciar da sua esposa, a não ser por imoralidade sexual, e se
casar com outra mulher, estará cometendo adultério”. 10Então os discípulos
consideraram: “Se estes são os termos para o marido e sua esposa, não é
vantagem casar!” 11Mas Jesus ponderou-lhes: “Nem todos conseguem aceitar essa
palavra; somente aqueles a quem tal capacidade é dada. 12Pois há alguns
eunucos que nasceram assim do ventre de suas mães; outros foram privados de
seus órgãos reprodutores pelos homens; e há outros ainda que a si mesmos se
fizeram celibatários, por causa do Reino dos céus. Quem for capaz de aceitar
esse conceito, que o receba”.
O fato de sermos fracos e tendentes ao pecado, não
significa licença para pecar, mas para lutarmos até o sangue contra estas
tendências:
Hebreus 12,4-15: “Ainda
não tendes resistido até o sangue, combatendo contra o pecado...Pois
aqueles por uns poucos dias nos corrigiam segundo a sua vontade, mas este nos
castiga para o nosso proveito, a fim de sermos participantes da sua santidade. Toda
a correção ao presente, na verdade, não parece ser de gozo, mas de tristeza;
depois, porém, dá fruto pacífico de justiça aos que por ela têm sido
exercitados. Por isso levantai as mãos
remissas e os joelhos paralisados, e fazei veredas direitas para os vossos pés,
para que o que é manco, não se desvie, mas antes seja sanado. Segui a paz
com todos, e aquela santificação sem a qual ninguém verá ao Senhor, vigiando
com cuidado para que a ninguém falte a graça de Deus; para que não haja alguma
raíz de amargura que, brotando, vos perturbe, e por ela sejam muitos contaminados...”
Filipenses 2,12-16: “De sorte que, meus amados, do modo como sempre obedecestes, não como
na minha presença somente, mas muito mais agora na minha ausência, efetuai a vossa salvação
com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o
querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade. Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas;
para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus imaculados no
meio de uma geração corrupta e perversa, entre a qual resplandeceis como luminares
no mundo, retendo a palavra da vida...”
Quem não se sente
capacitado a abraçar o celibato é simples: "Se case, pois não é este seu chamado
e vocação!"
A Igreja sempre auxiliada e inspirada pelo Espírito Santo que não
erra, sempre fez o discernimento certo em todos os tempos.Uma das abobrinhas pregadas pelos
esquerdistas e inimigos do Celibato é a velha história de que o celibato
obrigatório aos padres teria sido imposto por razões econômicas. Assim,
os membros do clero não teriam herdeiros que reivindicassem os bens da Igreja. Essa
missiva merece umas poucas considerações antes. Inegavelmente,é de cunho
amplamente marxista. Não pretendo aqui explicar todos os meandros
dessa nojeira, mas preciso que vocês, caros leitores, tenham uma coisa em
mente: o marxismo é uma ideologia estruturalista e seus fundamentos são todos
econômicos; em poucas palavras, para o marxista tudo se reduz aos estratos
econômicos, ou seja, o que importa na vida e no processo histórico é dinheiro.
Acho que isso vem do fato de Karl Marx ser um pobre frustrado e patético. Pois
bem, por conta dessa obsessão por dinheiro, os marxistas teimam em interpretar
qualquer fato sob esta ótica. E como no feudalismo
terra significava riqueza, a única razão que os seguidores de Karl Marx
conseguem enxergar para o celibato está na questão econômica. MAS A IGREJA NÃO
É MARXISTA! Nós não nos movemos pelos mesmos motivos. Então é uma besteira enorme tentar entender um
fenômeno religioso sob o ponto de vista econômico. O que poucos
católicos sabem é que a menção mais antiga ao celibato do clero católico diz
respeito ao Concílio de Elvira (295-302). Nesta época, ainda estávamos sob o
IMPÉRIO ROMANO. No delírio marxista, os bispos espanhóis, provavelmente, foram
em alguma cartomante para ADIVINHAR que NO FUTURO haveria o feudalismo e aí,
começaram a se preparar pra ele. Talvez tenham pensado:
“Ahn Han...Quando o feudalismo chegar vamos dominar o mundo pelo
celibato, e seremos milionários!”
Mas para este povinho não basta matar a cobra, tem que matar
a cobra e mostrar o pau, combatendo “estorietas achológicas”, com história de
verdade: Ora a História nos
confirma que feudalismo se instalou na
Europa apenas após o declínio do Império Romano, entre o final do século IV e
início do V, com as invasões bárbaras. O Concílio de
Nicéia, amplamente documentado, aconteceu em 325, e o terceiro dos 20 cânones
estabelecidos neste concílio dizia:
Cânon III – “Nenhum deles deverá ter uma mulher em sua causa, exceto sua
mãe, irmã e pessoas totalmente acima de suspeita...”
O Católico ou achologista
desinformado sabia disto, ou foi pego de surpresa? Tá vendo no que dar falar
sem antes dar uma estudadasinha mais aprofundada sobre qualquer tema?
Infelizmente, milhares de professores e instituições esquerdopatas, por puro
revanchismo ideológico, estrategicamente, não se interessam em mostrar a verdade
histórica, mas a sua versão, deturpando o passado e tentando construir o
presente e o futuro conforme sua doutrina. A grande verdade Histórica é que:
“São Gregório VII não criou o celibato, ele simplesmente pôs ordem na
bagunça; foi o consolidador de uma longa legislação
sobre o assunto que vinha desde o Concílio de Nicéia, e agiu com firmeza para
salvar os princípios da Santa Igreja. Isso era muito necessário, porque
o negócio estava ficando descarado, tinha bispo esfregando sua devassidão na
cara dos fiéis. Culpa da Igreja? Não, mas da fraqueza dos homens”.
Quer mais uma evidência de que essa “estória” de
motivação econômica para o Celibato é completamente infundada?
Ao contrário do que
muita gente imagina, os padres diocesanos (que pertencem a uma
diocese e não são ligados a nenhuma ordem religiosa) não têm qualquer
obrigação de deixar seus bens para a Igreja. Eles não têm descendentes, é
verdade, mas, não sendo filhos de chocadeira, possuem parentes tais como: pais,
avós, tios, primos, que são seus herdeiros naturais. Na falta deles, ou de um testamento, quem fica com os bens é o Estado:
"Os padres diocesanos
celibatários não
perdem o direito de propriedade e continuam a ter herdeiros. Herdeiros não são somente os filhos, mas também
outros parentes, conforme a lei civil de cada país. O patrimônio do padre diocesano é distinto do patrimônio da Igreja; não
entra na categoria de “bens eclesiásticos” (conf Cân. 1257 do Código de
Direito Canônico).
O padre diocesano,
portanto, tem direito sim de fazer testamento e dispor livremente sobre quais
serão os herdeiros dos seus bens temporais. Se não fizer testamento, a lei
civil (e não o Direito Canônico) determinará quais serão os seus herdeiros,
conforme o grau de parentesco. Portanto, tais bens não serão
incorporados no 'patrimônio da Igreja”. Garanto que você como
a grande maioria dos Católicos que desconhecem a própria Igreja a qual
pertencem, pegou-lhe novamente de surpresa, portanto, doravante não se baseie
no ouvi dizer, ou em estórias e contos de fadas de pessoas ante clericais, mas estude
em fontes seguras, ou tire suas dúvidas com pessoas esclarecidas da Igreja, são
raros, mas procurando você acha.
O Venerável Fulton Sheen, famoso Bispo norte-americano,
escreveu sua autobiografia, na qual propõe ponderações sobre o celibato:
Enfatiza o fato de
que o celibato não é um truncamento, uma renúncia sem mais, mais é, sim uma
troca: a troca da criatura pelo Criador, do finito pelo Infinito, do relativo
pelo Absoluto (cf. 1 Cor 7, 25-35). É certo que o celibatário tem que viver
neste mundo, lidando com os valores criados deste mundo, mas ele o faz com o
possível desapego para poder descobrir sempre mais o Eterno presente no tempo. Quem
não tem o senso de Deus, não compreende a vida una ou indivisa.Até mesmo grandes
homens religiosos não católicos, como o Mahatma Gandhi e o Secretário Geral da ONU em
tempos idos, deram o testemunho de grande estima pela vida celibatária,
que eles mesmos abraçaram. O
Bispo norte-americano Fulton Sheen, conhecido por seus programas de televisão, escreveu
um livro autobiográfico intitulado Treasure in Clay (Tesouro dentro da Argila),
no qual se encontra o capítulo 13, que propõe “Reflexões sobre o Celibato” (pp.
201-213). São páginas notáveis, das quais vão, a seguir, traduzidos alguns trechos
dos mais significativos:
O Texto:
“Há três conselhos evangélicos: pobreza, castidade e obediência. Nem
todos os três são populares do mesmo modo… Em
nossos dias, não existe muita estima à obediência e à castidade. A pobreza
parece ser mais valorizada não tanto como despojamento pessoal, mas como via
para auxiliar a pobreza alheia – o que é realmente recomendável. A razão pela
qual a castidade está em declínio, é que vivemos numa cultura sensual. A Idade Média foi uma época de fé; depois
veio a Idade da Razão no século XVIII; agora vivemos na Idade dos Sentimentos. (mudamos
o paradigma do penso, logo existo, para sinto, logo existo).Nos tempos da
rainha Vitória, o sexo era tabu; atualmente a morte é que é tabu. Cada época tem seus
próprios tabus. Creio que uma das razões para a promiscuidade sexual de
nossos dias é a falta de finalidade para a vida humana. Quando dirigimos um
carro e nos perdemos na estrada, geralmente passamos a dirigir com mais
velocidade; assim também, quando falta o pleno sentido da vida, surge a
tendência a compensá-lo com acelerações, drogas e intensidade de afetos…O celibato se torna mais difícil para quem
se afasta do amor de Cristo; vem a ser então um fardo pesado… Eu poderia fazer
um retrospecto da minha vida, e estou certo de que veria a minha atitude diante
do celibato sempre em relação com o meu amor pessoal a Cristo. Desde que meus
afetos deixam de se voltar para Ele, começam a se voltar para as criaturas. O
celibato não é a ausência de afetos; é, antes, a intensidade dos afetos.Cada
afeto tem um objetivo que o excita: um bloco de ouro, uma mulher, um “cacho de
cabelos”, como dizia Kipling ou Cristo. Por que Jesus aceitou a Paixão e a
Cruz? Porque Ele sentia um ardente afeto para com a vontade do Pai. Ele o
comparou a um fogo (Lc 12, 49). Um marido que ama intensamente a sua esposa,
não tem problemas de infidelidade, mas aquele que está constantemente em
litígio com a esposa, põe-se muitas vezes à procura de algo melhor.Notáveis casos de celibato manifestaram-se
ao público na sociedade moderna. Gandhi, por exemplo, foi um homem
profundamente religioso. Ele amava os párias “intocáveis” da Índia por causa de
Deus a ponto de se tornar celibatário com a idade de trinta e um anos. Com o
consentimento de sua esposa, fez o voto de abraçar o celibato no resto de sua
vida. Ele declarava Ter um dharma, uma tarefa ou uma missão, que ele
tinha de executar a todo preço na sua vida. Isto implicava, para ele, a prática
de duas virtudes – a pobreza e o celibato. Observou o psicanalista Erik
Erikson: “Ele abriu mão da intimidade sexual para entregar-se a uma mais ampla
intimidade comunitária, não porque a sexualidade lhe parecesse imoral”. Gandhi mesmo explicou: “Eu quero dedicar-me
ao serviço da comunidade; por isto tive que renunciar ao desejo de ter filhos e
riquezas e viver a vida de Vanaprastha, isto é, de alguém dispensado dos
cuidados da casa”. Dag Hammarskjöld, mais tarde Secretário Geral das Nações Unidas, foi também alguém que acreditou no celibato
porque tinha apaixonado amor a uma finalidade, ou seja, a paz entre as nações.
Ele declarou
“Para quem responde ao chamado do Caminho da Possibilidade, a solidão pode
tornar-se obrigatória”. No seu
qüinquagésimo terceiro aniversário, ele escreveu este bilhete a Deus: “Dá-me esta
indispensável solidão, de modo que se me torne mais fácil entregar-Te tudo”. Sendo um homem normal, ele sentia “o desejo de
compartilhar e abraçar, de ser unido e absorvido”. Mas, como Gandhi, ele
afirmou:
“A solidão devida ao celibato
pode levar a uma comunhão mais íntima e profunda do que aquela que se realiza
entre dois corpos”.
Na Organização das Nações Unidas houve quem o escarnecesse por causa do
seu celibato e o acusasse de homossexualismo. Ele jocosamente replicou aos seus
detratores nos seguintes termos: “Pois que ele nunca teve outro igual, os
homens chamaram anormal o unicórnio”. Tão
veemente era a sua estima de fraternidade entre as nações que Dag julgava
haver muita carga a ser jogada no mar para salvar o navio.
Esses dois homens
(Gandhi e Dag), provavelmente sem o saber, diziam a mesma coisa que São Paulo a
respeito do celibato:
“O homem não casado se entrega
aos afazeres do Senhor. Todo o seu anseio é agradar ao Senhor. Mas o homem casado tem de se preocupar com os afazeres do
mundo e se dedicar a agradar à esposa. Ele está dilacerado entre dois
polos” (1Cor 7, 32s).
Em última análise, tudo se reduz a quanto um homem está apaixonado, a
quão alto vão os ardores dos seus afetos e dos seus anseios. Se um homem é capaz de renunciar à sua
liberdade para aderir à mulher que ele ama, também é possível a um homem
renunciar a uma mulher por causa de Cristo. O amor no serviço celibatário sobe
ou cai conforme o amor a Cristo. Quando Cristo se torna menos importante no
coração do homem, outra coisa há de sobrevir para preencher o vazio. Cristo
na Cruz e Cristo na Eucaristia será sempre a pedra de toque da autenticidade do
celibato. Quanto mais deixamos de responder a este Dom, tanto menos desejamos
olhar para um Crucifixo, tanto menos queremos visitar o Senhor no seu
Sacramento. A libido ou o impulso sexual é um dos mais fortes instintos no ser
humano. Um dos grandes erros de certas modalidades de educação sexual é de crer
que, se as crianças conhecem alguns dos males que resultam de excessos,
elas se abstêm do abuso sexual. Isto não é verdade. Nenhum mortal, ao ver sobre uma porta a tabuleta “Febre tifóide”, será
impelido a forçar a porta para contrair a doença. Mas, se a palavra “sexo”
estiver gravada sobre uma porta, verificar-se-á um impulso para arrombar a
porta e entrar.A libido tem uma finalidade muito mais ampla do que
freqüentemente se supõe; ela não existe
somente para o prazer; não existe somente para a propagação da espécie; não é
somente um meio para intensificar a união do marido e da esposa. É também um
potencial que tende à superioridade. O impulso sexual é capaz de transformar. O
carvão tanto se pode tornar fogo como se pode tornar um diamante. A libido
tanto pode ser posta para fora como pode ser armazenada. Ela pode
procurar união com outra pessoa de fora, mas pode também procurar união com
outra pessoa que está dentro, isto, é, Deus. Assim o celibato não é somente a
renuncia à pessoa de fora, é também a concentração na pessoa que está dentro.
Deus não está fora. Ele está em nós: “Hei de habitar em vós e vós
habitareis em mim” (Jo 14,20). O celibato é um transformador que multiplica a
energia de dentro para a concentrar inteiramente em Cristo, que vive na alma.
Os fornicadores e depravados(as), não acreditam que
alguém possa ser celibatário!
Eles projetam o seu próprio erotismo sobre os outros. Doutro lado, os celibatários são aqueles
que devem compreender a fraqueza dos fornicadores. Nós, sacerdotes, que
nunca violamos o voto de celibato, somos freqüentemente interpelados nestes
termos: “É muito fácil para vocês; vocês não são tentados”. Ora é justamente o
contrário que acontece. O celibatário é tentado, talvez mais do que qualquer
outro. A maçã do outro lado da cerca parece mais doce. Quem conhece melhor o
empenho que um atacante ou um médio ou um goleiro tem que exercer numa partida
de futebol: o jogador mesmo ou o espectador? Quem conhece a força do vento?
Aquele que é carregado pelo vento ou aquele que pode ficar de pé e resistir? Quanto
mais amamos a Cristo, tanto mais fácil é pertencer a Ele somente”.
Refletindo:
Fulton
Sheen é muito sábio ao discorrer sobre o celibato, que ele conhece por
experiência própria. Podem-se realçar três pontos na sua explanação:
-A ênfase no fato de que o celibato não é um
truncamento, uma renúncia sem mais, mas é sim uma troca: a troca da criatura
pelo Criador, do finito pelo Infinito, do relativo pelo Absoluto (1Cor
7,25-35). É certo que o celibatário tem que viver neste mundo, lidando com os
valores criados deste mundo, mas ele o faz com o possível desapego para poder
descobrir sempre o Eterno presente no tempo.
-Quem não tem o senso de Deus, não compreende o
celibato. Pode
julgar que é castração, frustração. O celibato só se entende como voltado para
Deus. Por isto quem não entende o celibato, deveria abster-se de o criticar. O
celibato é coisa nobre e santa, plenamente justificada aos olhos da fé.
Tanto que muitos pensadores e religiosos não católicos o sabem valorizar
grandemente.
-Fulton Sheen cita, dentre os não católicos, o Mahatma Gandhi e o ex-Secretário
Geral da ONU Dag Hammarskjöld. São belos testemunhos de amor ao celibato por
suas palavras e sua vida. Muitos outros nomes se poderiam citar ainda,
corroborando a experiência de fidelidade à vocação para a vida una e indivisa.
Apêndice:
SEGUEM-SE
DUAS CARTAS: a primeira publicada no jornal O GLOBO em data de 5/11/96, e a
Segunda enviada ao mesmo jornal, mas não publicada. Ambas retomam e explicitam
ainda a temática da vida una, levando em conta, principalmente a
Segunda, o pensamento indiano...
A Clássica Perspectiva Cristã:
Em vista do artigo “Os anjos querem ser homens” de Elias Mugrabi,
publicado em O GLOBO de 30/10 próximo passado, página 7, e de semelhantes
pronunciamentos, fazem-se oportunas
algumas ponderações: Não se vê bem por que os meios de comunicação social
se ocupam tanto com o celibato do clero, pressionando
ao casamento aqueles que fizeram livre opção pela vida una e indivisa. Esta
tem seus alicerces espirituais no Evangelho (Mt 19, 12: “eunucos por amor do
Reino dos Céus”), em S. Paulo (1Cor 7, 25-35) e na Tradição cristã (basta
lembrar as obras de S. Cipriano de Cartago, S. Ambrósio de Milão, S. Gregório
de Nissa, S. João Crisóstomo…). Não
estamos numa democracia? Ou será que a onda de pansexualismo. Que invade nossa
sociedade, obceca a opinião pública, levando-a a crer que o sexo é um
imperativo incoercível e não lhe permitindo ver o significado grandioso da vida
totalmente consagrada ao Senhor e aos valores eternos? O insuspeito jornalista
Paul Francis, em recente crônica de O GLOBO, estimava o celibato como uma das
grandes prendas da Igreja Católica; o mesmo é dito por cristãos orientais,
assim como por seguidores do hinduísmo. Se há falhas por parte de algumas pessoas
consagradas, isto é compreensível, dada a fragilidade humana, mas não esvazia o
valor da vida una. Para reconhecer este valor, basta ouvir o testemunho de
tantos homens e mulheres que vivem fielmente a vida indivisa (sustentados pela
graça de Deus, que nunca falta) e que encontram aí enorme fator de alegria e
felicidade, porque amam profundamente a Deus e aos irmãos.- Pe. Estêvão Tavares Bettencourt O.S.B.
O Enfoque Indiano e Psicológico
Dra. Olga Sodré
Minhas pesquisas na área da Filosofia e da Psicologia (doutorado em
Filosofia Indiana, na Sorbonne, e mestrado em Psicologia, na PUC – RJ) não
apenas puseram
em evidência a valorização deste estado em diferentes caminhos de busca da
união com Deus, como também me ajudaram a distinguir este processo
dos mecanismos de repressão e sublimação estudados pela psicologia. Apenas como exemplo, na Índia, os
urdhvaretas, são aqueles que canalizam sua energia sexual. Segundo a doutrina e
a prática da yoga, tal energia pode ser canalizada pelo sistema nervoso para o
cérebro, desenvolvendo suas potencialidades latentes destinadas à ascensão
espiritual. Brahmacarya ou continência é considerado como um meio de acesso a
um poder espiritual oculto, que resulta em novo vigor físico e mental: “Quando a continência se torna estabelecida, vigor é obtido. Tendo atingido vigor, o Yogui aperfeiçoa suas
realizações (siddhis)” (Encyclopedia of Yoga, de Ram Kumar Rai, Prachya
Prakashan Varanasi, 1982, pág. 192).Embora
num sentido diverso desta busca de siddhis ou poderes espirituais, a vida de
muitos santos católicos atesta o valor e grandeza da experiência humana do
celibato, que longe de Ter sido patológica ou desequilibrada de suas vidas,
contribui, ao contrário, para sua elevação e aperfeiçoamento como seres
humanos.
O ideal da vida una surge desde o início do cristianismo como um
meio de configuração a Cristo (que é modelo deste tipo de vida) e como
uma via de realização do Amor (Agape) a Deus e aos outros seres. Neste sentido, longe de ser apenas uma
privação da satisfação momentânea, a vida una é, sobretudo, a busca de uma
união completa com a fonte da verdadeira satisfação… A única experiência
humana semelhante, embora ainda pálida e distante pelas limitações e
deformações humanas, é a experiência do estado de felicidade de uma pessoa
apaixonada.
Se muitas vezes a vida una é assim vivida, trata-se mais da
dificuldade ou inadaptação da pessoa que escolheu este caminho do que do valor
em si de tal opção. Embora se optou pela vida una, assim como sinais de
repressão ou de sublimação envolvendo esta escolha, o processo espiritual da
vida una é próprio, desenvolvendo-se em íntima relação com o Amor de Deus, no
nível mais profundo do ser humano.
Por Olga
Sodré.
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