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A tempestade em copo d’água dos ultraconservadores e sedevacantistas sobre a imagem da "pachamama" no Vaticano

Written By Beraká - o blog da família on terça-feira, 31 de dezembro de 2019 | 00:22







Quem tem medo da Pacha Mama?





Pacha Mama ou Pachamama (do quíchua Pacha, "universo", "mundo", "tempo", "lugar", e Mama, "mãe"), é a deidade máxima dos povos indígenas dos Andes centrais. Não é uma unanimidade, mas vários autores consideram Pachamama como uma divindade relacionada com a terra, a fertilidade e ao feminino.  







(EVANGELIZAR PARTINDO DO CONTEXTO CULTURAL)






Atos 17,18-34: “E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este embusteiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição. E tomando-o, o levaram ao Areópago, dizendo: Poderemos nós saber que nova doutrina é essa de que falas? Pois coisas estranhas nos trazes aos ouvidos; queremos pois saber o que vem a ser isto (pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade). E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos; Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós; Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração. Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens. Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos. E, como ouviram falar da ressurreição dos mortos, uns escarneciam, e outros diziam: Acerca disso te ouviremos outra vez. E assim Paulo saiu do meio deles. Todavia, chegando alguns homens a ele, creram; entre os quais foi Dionísio, areopagita, uma mulher por nome Dâmaris, e com eles outros.”






Segundo o historiador boliviano Rigoberto Paredes (1870–1950), a princípio, o mito de Pacha Mama devia referir-se ao tempo:







"Talvez vinculado de alguma forma à terra; ao tempo que cura as maiores dores, tal como extingue as alegrias mais intensas; ao tempo que distribui as estações, fecunda a terra sua companheira; dá e absorve a vida natural dos seres no universo. Pacha significa originariamente "tempo", na língua kolla; só com o transcurso dos anos - as adulterações da língua e o predomínio de outras raças - pôde confundir-se com a terra e fazer com que a esta e não àquele se rendesse preferente culto. Pacha-Mama, segundo o conceito que tem entre os índios, poderia ser traduzido no sentido de terra grande, sustentadora da vida natural e assumida como um símbolo de fecundidade."(PAREDES, Manuel Rigoberto Mitos, supersticiones y supervivencias populares de Bolivia. Prólogo do Dr. Belisario Díaz Romero. La Paz: Arno Hermanos — Libreros Editores, 1920, pp 38 a 42).






Pachamama como sujeito simbólico cultural de direito





"O novo constitucionalismo latino-americano reconhece Pachamama como um novo sujeito de direito, com base no princípio do sumak kawsay ou Buen Vivir ou Vivir Bien, o qual se contrapõe aos ideais de desenvolvimento econômico. Pachamama é referida no preâmbulo das constituições do Equador e da Bolívia.Nesta última, também são citados os conceitos de suma qamaña (viver bem), ñandereko (vida harmoniosa), teko kavi (vida boa), ivi maraei (terra sem mal) e qhapaj ñan (caminho ou vida nobre) como princípios ético-morais da sociedade. O buen vivir ou sumak kawsay também aparece na Constituição equatoriana." (Andreu Viola Recasens. Íconos. Revista de Ciencias Sociales. Nº 48, Quito, janeiro de 2014, pp. 55-72. Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales - Sede Académica de Ecuador. ISSN: 1390-1249).







O “Católico esclarecido” deve temer superstições e falsos deuses?







Salmo 27,1: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei?”







1Cor 8,1-8: “No que se refere aos alimentos sacrificados aos ídolos, reconheço, como dizeis, que “todos nós temos pleno conhecimento”. Porém, esse tipo de conhecimento produz orgulho, mas o amor nos faz crescer na fé. A pessoa que imagina conhecer alguma coisa, ainda não tem a sabedoria que necessita. Todavia, quem ama a Deus, este é conhecido por Deus. Portanto, no que se refere à comida sacrificada a ídolos, temos pleno conhecimento de que o ídolo não tem o menor significado no mundo e que só existe um Deus! Pois, ainda que haja os chamados deuses, quer no céu, quer na terra – como de fato há muitos deuses e senhores, para nós contudo, há um único Deus, o Pai, de quem tudo procede e para quem vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, por intermédio de quem tudo o que há veio a existir, e por meio de quem também vivemos.No entanto, nem todos conhecem essa verdade. Alguns, ainda acostumados com os ídolos, comem esse alimento como se fosse um sacrifício idólatra; e como a consciência deles é frágil, deixam-se contaminar. Ora, não são os alimentos que nos fazem aceitáveis diante de Deus; não nos tornaremos piores se não compartilharmos, nem melhores se o compartilharmos...”





1 João 5,18: “...mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca”








O QUE É A SUPERTIÇÃO?











Superstição religiosa é um conjunto de crendices apoiadas na ignorância, no desconhecido e no medo. Nada tem a ver com a fé que professamos. É provável que você conheça algumas pessoas que apregoam "certas verdades" baseadas em crenças infundadas ou que até mesmo utilizem amuletos, símbolos, e usem expressões com o fim de afastarem maus espíritos, embora sabemos que satanás não pode expulsar satanás (Mateus 12,24-28). Muitas destas pessoas agem assim por temerem aquilo que desconhecem ou ignoram, ou seja, são supersticiosas ou muito mal esclarecidas. Superstições são crenças alicerçadas sobre sentimentos irracionais, que levam as pessoas, em razão de sua credulidade excessiva, a temerem o desconhecido. Quem é supersticioso acredita em presságios, encantamentos, sinais, ritos específicos e tantos outros elementos que repousam sua fé nestas coisas. A Palavra de Deus reprova vigorosamente as superstições como vimos acima. A superstição infelizmente está presente em todas as religiões, novas e velhas. É nociva à fé cristã em razão de levar o indivíduo a temer coisas inócuas e depositar a fé em coisas absurdas. Quem já não viu alguém procurar se proteger com um galho de arruda, com ferradura de cavalo na porta de casa, ou usar uma figa esperando obter sucesso? Unção territorial da urina feita por pastores protestantes, etc. Os supersticiosos estão inclinados a acreditar em tudo, menos na Palavra de Deus!





Uma das formas graves de superstição é um certo fanatismo religioso!






A palavra “superstição” vem do latim “superstitionem”, vocábulo cuja origem até hoje é controvertida, embora seja consenso de que o prefixo super (acima) refira-se aos poderes que estão acima dos homens. Superstição poderia ser então acreditar em forças que estão acima da natureza. Nesse conceito, a religião seria uma forma de superstição. No entanto, superstição significa acreditar em forças e realidades mágicas, sem qualquer fundamento racional. Dessa forma, fé e superstição, embora sejam realidades aparentemente próximas, são bem distintas. A confusão é grande! Por isso, o Catecismo da Igreja Católica coloca a superstição como um pecado contra a fé, “um excesso perverso contra a religião” (CIC 2110).Crer significa acreditar em algo que minha razão mesmo não observou, mas, que pela palavra de alguém fidedigno, eu acredito. Crer não significa dar razão a algo irracional, mas a algo que, embora minha razão não tenha alcançado por si mesma, é coerente com a razão. O cristão tem fé, porque “crê em Deus e em tudo o que Ele disse e nos revelou” (CIC 1814).Na superstição, ao contrário, a pessoa acredita em objetos, gestos e rituais mágicos. Não é adesão a uma autoridade superior (Deus) e Sua revelação, mas a “crendices” surgidas no meio povo, como sair de casa com pé direito para ter sorte, nunca passar debaixo de uma escada, não ter espelho quebrado em casa, porque dá azar etc. Geralmente, essas crendices supersticiosas expressam medos e inseguranças corriqueiras. Mas, às vezes, tomam formas abomináveis de ocultismo como na magia, adivinhação e feitiçaria. Uma forma grave de superstição é um certo fanatismo religioso; e nós, católicos, tantas vezes caímos nessa tentação. 









Os sacramentos e sacramentais, por usarem de sinais sensíveis como gestos, objetos (água, óleo, imagens, medalhas etc) e ritos, são muitas vezes confundidos e explorados de forma supersticiosa! O Catecismo, no parágrafo 2111, explica que:








“Atribuir eficácia sobrenatural aos materiais e sinais, independentemente da disposição do fiel, é superstição. Ou seja, se o fiel atribui um poder mágico a imagem ou a medalha, por exemplo, como se ela fosse fonte de graça e poder, independente de Deus e da fé da pessoa, isso configura uma superstição.”




A superstição é sempre algo moralmente ruim por que gera na pessoa uma religiosidade deformada! 





Outro problema é que muitas vezes leva a uma nociva dependência psicológica e social de coisas efêmeras, firmando na pessoa fragilidades psicológicas como o medo, insegurança e fanatismo. Militantes católicos, fanáticos, ultraconservadores e imbuídos de uma certa superstição, admitiram ter roubado as estátuas, que consideram ser ídolos pagãos da Amazônia, na igreja dos Carmelitas próxima ao Vaticano, durante o Sínodo para a Amazônia. A irritação de alguns grupos aumentou, especialmente nas redes sociais, depois que as imagens foram usadas em um gesto simbólico nos jardins do Vaticano, com a presença do Papa. Os autores do furto jogaram as três imagens iguais no Rio Tibre, que fica bem perto dali. O vídeo foi amplamente divulgado por redes de mídia católicas conservadoras. O ato de vandalismo e vilipêndio religioso com a fé alheia (que não gostaríamos que fossem feito com nossa fé católica), ocorreu no contexto do Sínodo da Amazônia, que enfrentou resistência de alguns grupos fundamentalistas e  conservadores que se Consideram mais Católicos que os demais, porém, defendem o Sedevacantismo, a desobediência e difamação do Papa de forma desrespeitosa. Em um artigo publicado pelo diretor editorial do Vaticano, Andrea Tornielli, afirmou que:“A tentativa de destruição das estátuas de madeira é um “episódio lamentável e “um gesto intolerante” de “novos iconoclastas”. O objeto, diz ele, simbolizava nada mais que a maternidade e a sacralidade da vida.” O Prefeito do dicastério para a Comunicação do Vaticano, Paolo Ruffini, explicou em que consistiu a cerimonia realizada no último dia 4 de Outubro nos Jardins do Vaticano na presença do Papa Francisco, que alguns descreveram como um o ritual conhecido na América do Sul como “pagamento à terra” ou “retribuição à terra”:“A cerimônia dos jardins foi transmitida ao vivo, vocês assistiram, e portanto vimos do que se tratava. Tratou-se de plantar uma árvore nos jardins seguida de uma oração. O Papa recitou o Pai-Nosso. Nada mais e nada menos que uma oração do dia de São Francisco..." disse Ruffini na coletiva de imprensa realizada na quinta-feira, 17 de outubro, na Sala Stampa do Vaticano.O evento, acrescentou Ruffini, foi “uma oração na qual se cantaram e se repetiram os louvores de São Francisco à criação. Não foi nada mais nem nada menos que isto. Era tão transparente que foi transmitida ao vivo”. Em 4 de outubro o Papa Francisco plantou uma árvore de Assis nos Jardins Vaticanos. O ritual, que não foi devidamente explicado pelos organizadores, foi descrito por alguns como um “pagamento à terra”, uma cerimônia indígena que se realiza em alguns países da América Latina, em que se agradece à “mãe terra” por seus frutos. Em geral, este não contém elementos da fé cristã. Durante o ritual, alguns participantes presentearam três objetos ao Santo Padre:





1)- Um colar (que o papa retirou imediatamente).



2)- Uma imagem amazônica de uma mulher nua grávida (a qual o papa nem deu atenção).










3)-Um anel negro que parece ser o anel de tucum, (que segundo o bispo brasileiro Amaury Castanho, tornou-se um sinal do compromisso com a teologia da libertação). Logo depois que o colocaram, o Papa tentou cobri-lo com a outra mão, retirando-o em seguida, sinal claro de que o Papa não quer compromisso com esta ou qualquer ideologia, como já deixou claro em sua passagem pelo Paraguai em 2015:














ALGUNS DETALHES NÃO LEMBRADOS "PROPOSITALMENTE" PELOS ULTRA CONSERVADORES E SEDEVACANTISTAS:






1)- Em 16 de outubro, Ruffini disse em uma entrevista coletiva na Sala de Imprensa do Vaticano que a imagem da mulher nua não representa a Virgem Maria, simplesmente representava a vida.



2)- Na cerimônia de 4 de outubro estava previsto que o Santo Padre pronunciasse um discurso, mas preferiu não fazê-lo e dirigiu o Pai-Nosso com os presentes.



3)-O teólogo alemão Paulo Suess, que participou do Sínodo Amazônico como colaborador do secretário especial, diminuiu a importância das denúncias que qualificaram de “ritual pagão” a cerimônia realizada na Basílica de São Pedro no dia 7 de outubro, no início dos trabalhos do Sínodo, na presença do Papa Francisco: “Quando se realizou o rito inicial, com o Papa na Basílica de São Pedro, ele reuniu a nós e aos indígenas. Havia uma canoa e rapidamente alguém escreveu que isso era um ritual pagão”, disse o sacerdote de 81 anos, atual assessor teológico do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) do Brasil. O que é pagão? Em nossas grandes cidades não somos menos pagãos do que na selva. É algo em que temos que pensar”, acrescentou.






O que aconteceu em São Pedro?






No dia 7 de outubro, pouco antes do início dos trabalhos do Sínodo da Amazônia, um grupo de indígenas e representantes da Rede Eclesial Pan-amazônica (REPAM) realizaram uma oração com cânticos e invocações próprias da região, juntamente com o Papa Francisco e com os Padres sinodais, sobre o túmulo de São Pedro na Basílica do Vaticano. Durante a cerimônia, o Papa esteve em um momento um pouco separado do grupo. Quando ele se aproximou, colocaram nele uma tiara ou bandana que foi retirada por ele quase imediatamente (os vídeos mostram isto claramente).O ritual continuou com uma procissão até a Sala do Sínodo, na qual carregaram uma canoa com a polêmica imagem feminina descrita por Vatican News em português como “Nossa Senhora da Amazônia” e por outros funcionários do Vaticano como um símbolo de vida e fertilidade [Nota da Equipe Centro Dom Bosco: Entretanto, claramente trata-se da figura pagã Pacha Mama, a “Mãe Terra”].Ao chegarem à entrada da Sala do Sínodo, alguns bispos e o Papa receberam a canoa e entraram no recinto com ela. Naquele dia, os objetos acompanharam o trabalho do Sínodo e depois foram colocados na igreja de Santa Maria em Traspontina, perto do Vaticano, a quais depois foram vilipendiados. O Papa Francisco pediu perdão aos bispos e líderes tribais da Amazônia depois que estátuas indígenas foram levadas da área do Vaticano e jogadas no rio Tibre, dizendo: “Acima de tudo, isso aconteceu em Roma e, como bispo desta diocese, peço perdão às pessoas que se ofenderam com esse gesto”, disse Francisco. 





O papa deveria ter ficado calado, ou dado pulinhos de alegria como queriam os SEDEVACANTISTAS?





Ora, um dos títulos do Papa é o de “bispo de Roma”. Francisco tem ressaltado esse aspecto durante o seu pontificado, apresentando-se como um bispo local antes mesmo de ser o líder da Igreja Católica, nada mais justo e diplomático que fazer o pedido de desculpas, o qual não quer dizer que ele adorava aqueles objetos, mas respeitava a fé daquelas pessoas e de de seus respectivos países de origem, como nós queremos ser respeitados. Claro que as estátuas realmente provocaram indignação no início do sínodo, quando uma foi apresentada em uma cerimônia de plantio de árvores indígenas nos jardins do Vaticano, com a presença de Francisco. O cardeal Gerhard Mueller, o alemão ex chefe de doutrina do Vaticano, disse que: "O grande erro foi trazer os ídolos para dentro da igreja. Ele citou o Primeiro Mandamento bíblico proibindo a idolatria ou adorando falsos deuses. Jogá-lo fora pode ser contra a lei humana da civilidade, mas trazer os ídolos para a igreja foi um pecado grave, um crime contra a lei divina..." disse ele à emissora católica conservadora americana EWTN. 





Bom, pelo que vimos e sabemos, o papa não se ajoelhou adorando esta imagem!






O ato de lançar as imagens no rio tomou conta do debate na mídia católica e na Twittersphere católica, com os conservadores aplaudindo a destruição do que eles consideram símbolos da adoração pagã e os progressistas acusando os culpados. Algumas perguntas pertinentes diante dos fatos são legítimas, como por exemplo:




-Nesses rituais de aldeias, que logicamente devem ser variados, que tipo de espíritos vão ser invocados? 



-Podem pertencer aos espíritos da feitiçaria incompatíveis com o evangelho?






E como muito bem disse Dom Ascona:





“Se estes espíritos invocados não são submissos a Cristo, são demônios!”







Na homilia da manhã de sexta-feira durante o Sínodo da Amazônia, Francisco refletiu sobre sua própria luta interior para querer fazer o bem, mas não ser capaz de fazê-lo:






“É uma batalha entre o bem e o mal”, disse o papa.







ALGUNS ESCLARECIMENTOS NECESSÁRIOS SOBRE O AUTÊNTICO E VERDADEIRO "CONSERVADORISMO CRISTÃO" QUE NÃO SE CONFUNDE COM "TRADICIONALISMO"!












Sou adepto do "Verdadeiro Conservadorismo", este conjunto de bons valores e sentimentos herdados, esta maneira de ver o mundo e compreender a ordem social segundo uma tradição constante e correta de interpretar os acontecimentos à luz da Palavra de Deus e da Sagrada tradição sob o magistério da Igreja. Ora, segundo o grande teórico do Conservadorismo Russell Kirk, no seu Dez Princípios Conservadores, o conservador acredita na natureza humana, em princípios morais sólidos, fundamentados na tradição de nossa civilização, uma ordem moral que herdamos de nossos antepassados e sobre a qual construímos o nosso presente, tendo em vista o futuro, o conservador crê no valor da tradição, dos costumes, e sobre este alicerce firme assenta sua opinião política, desejosa sempre da ordem social e do bem comum.Sou católico, e como católico, sou adepto e defensor dos princípios morais fundamentais da minha religião. Creio que a Moral Católica é o melhor que há para o desenvolvimento das virtudes, para uma vida digna e para a constituição de uma ordem moral e social justa e certa. Creio piamente nos preceitos morais da Santa Madre Igreja.





Alguns Conservadores fanáticos e de pensamento engessado caem em um erro parecido com o dos protestantes!













Os protestantes falavam da “sola Scriptura” como norma remota da Revelação e do “livre exame” como norma próxima, destruindo a Tradição e o Magistério sob o mesmo princípio.Alguns atuais Conservadores parecem que têm como norma a “sola Traditio” e, como norma próxima, o livre exame, isto é, o que eles mesmos dizem ao selecionarem as partes do magistério mais cômodas e que justifiquem sua conduta, que pertence ou não à Tradição, aplicando o mesmo princípio protestante do “livre exame” à Bíblia e ao Magistério.Por isso, estão em conflito com o que desde sempre foi o próprio coração da Tradição, que é o Primado INTEGRAL dos Papas(do passado e do presente). Desde o “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18), passando por Santo Inácio de Antioquia aos cristãos de Roma: “ estejam purificados de todo matiz estranho...e preside na caridade”, até o nosso atual papa, esta atual sucessão e tradição, quer queiram ou não, é legítima.E assim como, paradoxalmente, os protestantes com a “sola Scriptura” ficaram sem a Escritura integral os conservadores fanáticos , analogamente, com a “sola Traditio” ficaram sem a Tradição integral e verdadeira, mas apenas com partes dela.Ora, quem tem autoridade, dada por Cristo, para dizer que algo é ou não é de fé? Os atuais Conservadores que se arrogam tal direito ou os sucessores de Pedro?Os que estudaram este tema (Cf. F. Marín Solá. O.P., Evolución homogénea del dogma católico, Ed. BAC, Madrid),provam que é o Magistério da Igreja o que torna explícito o que estava implícito.Além disso, deve-se dizer que esta evolução acidental não pode ser parada, já que é obra do Espírito Santo. Parece-nos que não é nenhuma proposta sábia considerar que tudo se arrumaria voltando o rito codificado por São Pio V, que a Bíblia só fosse lida em latim, que o último catecismo católico fosse o “Catecismo Romano”.Até um certo ponto acho positivo o VERDADEIRO E INTEGRAL CONSERVADORISMO, mas a partir do do momento em que vira puritanismo Cego e descamba para o extremismo excludente ,intransigência,ruptura e descontinuidade com criticas e visões parciais da realidade e da modernidade, fica completamente negativo e mutilado este mesmo conservadorismo manco.Ser conservador é estar vigilante com relação à manutenção dos bons princípios, da ética e da moral social fundamentada nos valores Cristãos. Mas ser extremista e Conservador fanático ao meu ver significa não respeitar o livre arbítrio e as liberdades individuais. Ser conservador ao extremo é não respeitar as diferenças, é ser preconceituoso com aqueles que pensam diferente, é ser ditador, é querer impor suas ideias e não a Tradição Integral da Igreja a força.Não é mal ser um bom Conservador,ao contrário, é bom resgatar valores que se perderam ao longo do tempo, mas veja bem “VALORES”. Digo isso, pois junto com esses valores vem muito preconceito, preconceito esse que devemos deixar no passado, junto com tudo de ruim (e sem anacronismos) que alguns de nossos líderes como filhos de seus tempos o fizeram. O problema do conservadorismo radical é que este trava a igreja em normas e pensamentos que não condizem mais com a nossa realidade. E se seguimos uma única igreja, não podemos ter dois discursos. O que acontece atualmente é que alguns Conservadores radicais falam uma língua e a nossa igreja outra.E entre esses dois discursos, é mais prudente ficar com o discurso “oficial”da Igreja em seu santo e sagrado magistério INTEGRAL de sempre, aliado a tradição e a palavra, do que com discursos isolados, mancos e parciais destes pseudos guardiões da sua própria Tradição,manca e não integral. Não podemos confundir opiniões pessoais dos Papas e autoridades da Igreja (Que estão sujeitas a erros e revisões) com o MAGISTÉRIO DA IGREJA, ao qual o próprio Papa e todas as autoridades da Igreja Católica são submissos. Portanto, entre opiniões pessoais e o magistério, não hesitemos em optar pelo magistério infalível e integral da Igreja, de Nicéia ao Vaticano II, de Pedro até o papa Francisco, que é seguro e salvífico!”






CONCLUSÃO:






Não existe idolatria aparente, relativa, ou dedutiva, como querem os ultra conservadores e sede vacantistas, mas absoluta, ou seja, ou é ou não é! Estes pseudo-católicos com o episódio em referência acima,  querem deduzir que o papa caiu em idolatria pelo exterior deste evento, mas é somente Deus que julga-nos pelo interior. Nunca se viu e ouviu o papa Francisco defendendo que pachamama seria deus, Mesmo porque isso seria cair em um panteísmo (defendido por Calvino e Lutero em algumas de suas obras).E, ainda mais difícil, o papa teria que afirmar que o Deus é a Própria pachamama que teria vida própria, o que seria uma infantilidade. O papa Francisco não acredita de forma alguma que a imagem da pachamama seja o próprio Deus. Logo, não há e não houve idolatria possível, visto que esta consiste em adorar um falso deus.Uma das diferenças entre o Deus verdadeiro e o deus falso é que este último é “oco (vazio). É por isso que no passado um dos símbolos dos deuses falsos eram as imagens ocas. Um deus “vazio, fraco. Hoje, o grande erro é confundir a idolatria “APENAS” com as imagens. Idolatria é escolher um deus falso. Escolher adorar e servir à criatura em vez do Criador. Para identificar os deuses falsos de hoje não é tão difícil. Os atuais deuses ocos dos nossos dias são: A idolatria do Prazer, do Poder e do Ter. Estes são os atuais ídolos da modernidade, “deuses ocos” dos tempos atuais. Por serem ocos não satisfazem nunca os que os buscam e sua sede e busca de plenitude. Esta é, por exemplo, uma das razões por que não encontramos um ganancioso que diga: “Já tenho bastante dinheiro e posses, já chega, estou satisfeito. Quando o dinheiro se torna um ídolo, um deus oco, ele não preenche o coração do ser humano. O mesmo vale para o prazer. Quem faz do prazer um deus nunca se satisfaz. Busca-o desenfreadamente e sente-se sempre vazio. Vai à praia, ao jogo de futebol, viaja, come, bebe, mas se sente sempre vazio. Por que está indo atrás de um deus “oco”, de um ídolo que não satisfaz a nossa sede de plenitude, e de verdade. O mesmo podemos dizer do poder. Quem tem o poder não para servir, mas para dominar, é o que vemos nestes FALSOS CATÓLICOS ULTRACONSERVADORES, não obedecem a ninguém, mas apenas ao próprio umbigo, não são servos da Igreja, mas servem a si mesmo, escolhendo partes do magistério para fazer sua própria Igreja. Nesse caso, o poder também se transforma num deus falso, oco, um ídolo. A idolatria é o maior pecado. A árvore da qual brotam os nossos outros pecados é a escolha de um deus oco em vez do Deus pleno. É por essa razão que sempre se sentirão vazios os que escolhem adorar e servir àquele que não é eterno. Quem for dominado por este amor jamais será uma pessoa feliz, jamais conseguirá estar satisfeito, pois estará sempre querendo muito mais, pois aquilo que conseguir nunca será suficiente para saciar este sentimento. Sim, o ser humano tem uma capacidade incrível de criar seus ídolos e, às vezes sem perceber, porque quando falamos em pessoas idólatras pensamos logo em imagens, em esculturas, não percebemos que fabricamos outros deuses para adorar como o dinheiro e o poder, por exemplo. 













Quando olhamos o que está escrito em Efésios 5,5 talvez entendamos melhor o que estamos querendo dizer; “Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus”.Nestas palavras Paulo está de uma forma muito clara definindo que a avareza nada mais é do que idolatria e mais, que pessoas depravadas, impuras e avarentas não conseguirão alcançar o reino do céu. E por que não alcançarão? Porque as pessoas idólatras são ruins aos olhos de Deus, tornam-se réprobos, como os anjos decaídos que não se submetem a ninguém, mas sim a seus próprios caprichos!
















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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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