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A missão de Jesus em cumprir o PROJETO DE DEUS, era única e exclusivamente de caráter social?

Written By Beraká - o blog da família on sábado, 12 de janeiro de 2019 | 15:15









As mais variadas denominações protestantes, bem como as pastorais, movimentos e novas comunidades católicas, falam muito em “PROJETO DE DEUS”. É projeto de Deus aqui, é projeto de Deus acolá, mas afinal, qual é o verdadeiro projeto de Deus conforme a revelação nas escrituras? Era unicamente de caráter social? Ele se encarnou e veio para salvar todos os pecadores, ou seja, pobres e ricos? Ou priorizou a salvação de apenas uma classe social, a dos pobres? Confundimos "O PROJETO", com "UM PROJETO PARCIAL", ou apenas com parte do GRANDE PROJETO DE DEUS. Alguns priorizam tão somente a práxis social em detrimento da conversão moral e do espiritual, e vice-versa. Estas e outras questões tentaremos abordar e aprofundar nesta despretensiosa reflexão, á luz da palavra e magistério da Igreja, sem de forma alguma querer bater o martelo e encerrar o assunto, muito pelo contrário, mas despertar e aprofunda-lo em sua riqueza para o bem de toda a Igreja. A Igreja original lançou suas bases de acordo com “esse projeto” e caminhou por muitos anos sobre seus trilhos, causando um grande impacto na sociedade de sua época, chegando até nós mesmo com as interferências humanas e culturais de cada tempo da humanidade. Infelizmente, como o passar dos séculos, ela foi perdendo a revelação inicial e procurou se estabelecer por princípios filosóficos e intelectuais e acabou se mesclando com o mundo, de forma que sua força e visão espiritual se perderam. Mas a Igreja não está à deriva. O Projeto Eterno e original ainda existe e Deus nosso Pai e o nosso Senhor Jesus Cristo, em seu desejo de ver a Igreja completar tudo aquilo para o qual foi projetada desde a eternidade, não deixam de olhar e trabalhar por ela e participar ativamente em seu desenvolvimento, pois Ele mesmo nos revelou que: “Meu Pai trabalha continuamente, e eu também...” (João5,17). Por meio do Espírito, Deus está fazendo uma obra em sua Igreja, adornando-a, preparando-a e capacitando-a para que ela cumpra Seu Propósito Eterno. Há um clamor do Espírito para uma volta á simplicidade original e não nos conformar com este mundo (conf. Rom 12,2).Precisamos portanto, temporariamente, sair deste mundo, subir ao monte Tabor, rezar e clamar ao Senhor para que Ele mesmo abra nossos olhos e nos faça ver seu verdadeiro projeto e nos der o  poder do seu Espírito para alinharmos nossas vidas e ministérios à Sua perfeitíssima vontade.





Todo projeto tem um objetivo!





Quando fazemos o projeto de uma casa, por exemplo, o objetivo é termos, ao final, uma casa pronta e habitável, e que atenda alguns critérios planejados. O projeto da casa nos orientará durante a construção para que possamos atingir o objetivo proposto. No caso do Projeto Eterno de Deus, o objetivo é o cumprimento do Propósito Eterno de Deus. Ele envolve todo um plano integral e não meramente parcial para a realização daquilo que está no coração de Deus desde a Eternidade. Enfim, Deus tem um Projeto pessoal d’Ele (e não nosso) para cumprir seu Propósito. Deus não se move por acaso. Tudo que Ele faz tem uma razão, um objetivo, um logos (sentido).O objetivo maior que está no coração de Deus, e que por causa do qual Ele fez todas as coisas, é chamado “o Propósito Eterno de Deus”. Descobrir qual é esse propósito e viver de acordo com ele, mudará o rumo de nossas vidas, pois não dar para simplesmente ficarmos indiferentes a ele, e assim foi na vida de todos os santos e santas de todos os tempos, desde os profetas da primeira aliança e da nova. Vamos, então, voltar nossa atenção para a eternidade, com coração sincero, e procurar encontrar em Deus, seu supremo propósito.O mais perfeito relacionamento que existe está em Deus, entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A mais perfeita relação de harmonia, paz, amor, serviço, santidade e doação mútua. No coração do Pai havia um desejo de estender esse relacionamento sublime, espalhar seu amor e ter uma multidão de filhos semelhantes ao Seu Unigênito. 





Deus queria uma família eterna para Ele, onde os filhos fossem semelhantes a Jesus e expressassem Sua vida e Sua glória! Esse é seu supremo propósito, que, por ser eterno, chamamos de “o Propósito Eterno de Deus”!









Ef 1,4-5:  “Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade...”




Rom 8,28-29: “E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos...”






Por causa desse propósito Deus começou a executar um Projeto Eterno para a formação dessa grande família, da qual o seu Filho Unigênito seria o modelo, o cabeça, o centro e o Senhor. Ele decidiu, então, criar todo o Universo, e deu especial atenção a um planeta em particular, que foi especialmente preparado para abrigar seres vivos, entre eles o homem, que seria a semente dessa grande família:






Gn1,26-27 -  “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão. Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou...”





Percebemos que no plano original, que o casal original (um homem e uma mulher) foi criado para ser o ponto de partida dessa grande família! 

 




Seria a primeira família da qual todas as famílias da terra surgiriam, enchendo a terra de pessoas semelhantes a Jesus! A paz, a alegria, o amor, a santidade e tudo mais que era inerente do relacionamento em Deus, deveria fazer parte dessa grande família e a glória do Senhor cobriria toda a terra. O pecado, porém, interferiu nesse propósito corrompendo a natureza do homem e afastando-o de Deus. O homem perdeu a imagem e semelhança do Criador e, a partir daí, geraria a partir daí, filhos e filhas já não segundo a imagem de Deus e propósitos divinos, mas segundo a sua própria imagem, e propósitos meramente humanos e temporais, propagando desta forma a herança do pecado de geração em geração. Isso de certa forma obstruiu e obscurantou o cumprimento do propósito de Deus, e toda a humanidade ficou decaída, querendo construir seu próprio projeto afastada de Deus (Rm3,12).Mas no projeto de Deus havia lugar para a salvação da humanidade. Um plano pelo qual o todo homem poderia ser restaurado e colocado novamente em condições de cumprir seu eterno propósito. Esse plano se desenvolveu no Antigo Testamento e foi plenamente revelado no Novo Testamento com a vinda de Jesus, o filho de Deus, que resgatou a humanidade perdida e colocou os homens novamente no curso traçado desde a eternidade. Vemos assim, que a salvação é parte do projeto, mas não é ela mesma todo o projeto, nem o propósito maior de Deus nosso Pai, pois antes mesmo da queda do homem, Ele já tinha este projeto para a humanidade.






QUAL O PROJETO ORIGINAL DE DEUS, E COMO TER ESTA REAL CERTEZA VISIONÁRIA?





Quando o profeta Habacuque precisou de uma resposta de Deus, tomou posto de sentinela, sobre a torre de vigia, na fortaleza da cidade e aguardou que o Senhor lhe falasse. Quem sobe a uma torre de vigia quer ver ao longe, quer ter uma visão ampla. Que tremendo significado há em um profeta na torre de vigia. Isto de certa forma já desperta em nós a amplitude do projeto de Deus, para não ficarmos perdidos e entravados em detalhes do projeto, mesmo que sejam necessários. Nisto vemos a necessidade do governo Central da Igreja em Roma, que ver todas as Igrejas com suas realidades e problemas locais, mas sem se deixar conduzir universalmente por estas particularidades, mas por um plano maior.(Habacuque 2,2: “Então o Senhor me respondeu, e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tabuas, para que a possa ler até quem passa correndo...”) - O Senhor respondeu ao profeta Habacuque, lhe deu uma visão e também disse: “escreve a visão, para que possam ver até quem passe correndo...” Quão é importante, é ter uma visão clara da parte de Deus. Tão clara que possa ser escrita. Escrever a visão é muito importante para que ela não seja distorcida ou alterada com o passar do tempo. Muita coisa pode se perder ou ser modificada no processo de comunicação de um para outro, mas aquilo que está escrito tem a virtude de manter a fidelidade original. Assim, a visão escrita torna-se permanente. Imaginemos se as decisões dogmáticas não tivessem sido escritas? Ainda hoje estaríamos nos digladiando com estas questões. Para que seja possível escrevê-la, precisa ser simples, sem complicações, para que mesmo aquele que ”passa correndo” possa ler. Não precisa ser muito complicada, teologicamente elaborada ou explicada de acordo com essa ou aquela corrente filosófica. A visão deve ser simples para que todos possam compreendê-la. Não é à toa que Jesus se revelou a pescadores e não a filósofos, como diz nosso papa emérito Bento XVI!





Outro fator importante é que "se a visão vem de Deus, podemos ter certeza que ela vai se cumprir!" 





Às vezes somos impacientes, queremos que tudo aconteça imediatamente, no nosso tempo, mas Deus tem Seu tempo! Tudo que Deus falou se cumprirá! È necessário ter fé (Hb 11,1), ter certeza daquilo que esperamos no Senhor, e entrarmos na sua pedagogia da “paciência histórica”. Pode demorar, mas se cumprirá, pois Deus é poderoso para cumprir tudo o que prometeu.Chegou-se um tempo onde a visão de Deus foi revelada a seus servos por meio do Espírito Santo. O mistério escondido por séculos, que fora revelado parcialmente aos profetas no Antigo Testamento, foi revelado em sua plenitude aos seus apóstolos e profetas nos tempos do Novo Testamento por meio do Espírito Santo. Felizmente eles escreveram essa visão, de forma muito clara e muito simples nas Sagradas Escrituras. Um dos homens que mais clareza recebeu da visão de Deus foi o apostolo Paulo. Nas cartas que ele escreveu às igrejas, podemos perceber a compreensão que ele tinha da visão, a qual chamou de mistério, que esteve oculto, mas foi revelado. E dentre todas as suas cartas, a que contém maior teor de revelação do mistério de Deus é a carta aos Efésios. Nela, o apóstolo “escreveu a visão”, de forma simples e clara, tornando-a permanente. São apenas seis capítulos, cinco páginas, e o conteúdo mais profundo que temos a respeito do Projeto Eterno de Deus para a humanidade.




A Palavra de Deus diz que "sem a verdadeira visão o povo se corrompe" (Prov. 19,18) 





Por isso, é muito importante enxergar os acontecimentos e os ensinamentos que temos recebido dentro do cenário mais amplo do projeto Eterno e Deus e formar uma visão “universal”. Antes de começar a montar um quebra-cabeça, por exemplo, é sempre bom dar uma boa olhada na figura que está  ali para ser montada na tampa da caixa, termos esta visão é fundamental, pois isso nos ajuda a formar uma boa visão ampla e real, para depois começar a juntar as peças. No nosso caso, precisamos ter uma visão clara do Projeto Eterno de Deus que foi concebido pelo Pai para cumprir seu Supremo Propósito. Os apóstolos e profetas do Novo Testamento receberam essa visão e a registraram nas Sagradas Escrituras, que hoje, juntamente com a iluminação do Espírito Santo, são nossos guias para a compreensão da vontade de Deus para toda a humanidade. A Igreja original lançou suas bases de acordo com esse projeto e caminhou por muitos anos sobre seus trilhos, causando um grande impacto na sociedade de sua época. Infelizmente, como o passar dos séculos, ela foi perdendo a revelação inicial e procurou se estabelecer por princípios filosóficos e intelectuais e acabou se mesclando com o mundo, de forma que sua força e visão espiritual se perderam. Mas a Igreja não está à deriva. O Projeto Eterno e original ainda existe e Deus Pai e o Senhor Jesus Cristo, em seu desejo de ver a Igreja completar tudo aquilo para o qual foi projetada desde a eternidade, não deixam de olhar por ela e participar ativamente em seu desenvolvimento. Por meio do Espírito, Deus está fazendo uma obra em sua Igreja, adornando-a, preparando-a e capacitando-a para que ela cumpra Seu Propósito Eterno. Há um clamor do Espírito para uma volta á simplicidade original e uma separação radical do mundo, ou seja, "não se conformando com este mundo" (conf. Rom 12,2):




"E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus"





Mas afinal, qual é o “supremo propósito eterno” de Deus?






Efe 3,1-11: “Por esta razão eu, Paulo, o prisioneiro de Cristo Jesus por amor de vós, gentios, se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada; como pela revelação me foi manifestado o mistério, conforme acima em poucas palavras vos escrevi, pelo que, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, qual em outras gerações não foi manifestado aos filhos dos homens, como se revelou agora no Espírito aos seus santos apóstolos e profetas, a saber, que os gentios são co-herdeiros e membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho; do qual fui feito ministro, segundo o dom da graça de Deus, que me foi dada conforme a operação do seu poder. A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar aos gentios as riquezas inescrutáveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou, para que agora seja manifestada, por meio da igreja, aos principados e potestades nas regiões celestes, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor...”






ATENÇÃO!!! Esse texto nos mostra como Deus desvendou seu projeto aos homens e como pretende realizá-lo. Aqui encontramos quatro palavras chaves: mistério, revelação, conhecimento e anúncio. Agora abordaremos apenas as três primeiras. A quarta está intimamente relacionada ao item “fazer discípulos”.




A primeira palavra é “mistério”




Aqui não se trata de qualquer mistério, mas “o” mistério por excelência. O texto diz “o mistério de Cristo”, que em outras gerações não foi dado a conhecer aos filhos dos homens como agora. A palavra mistério vem do grego "misterion" que significa segredo, algo oculto ou escondido, que não é possível saber se o dono do segredo não o revelar. Nesse caso, Deus é o dono do mistério, pois ele estava “oculto em Deus” (se Deus oculta Nele alguma coisa, você não poderá encontrar, a menos que Ele mesmo Revele).A grande maioria das pessoas não conhece esse mistério. Por isso, os homens, desde os temos mais remotos perguntam: “Existe Deus?” “Se Ele existe, é possível conhecê-lo?” “Quem é Ele?” “Qual o sentido da existência humana?” “Qual a vontade de Deus para a humanidade?” “Qual é seu propósito?” “Por que criou todas as coisas?” “Ele tem um plano para nós?” Por que sofremos? Por que existe o mal, e as injustiças?... Muitas pessoas já tentaram achar uma resposta (filósofos, místicos, religiosos, etc.) Surgiram muitas teorias, suposições, especulações, palpites, mas nada consistente ou verdadeiro foi produzido. É impossível saber a resposta, a não ser que o próprio Deus a revele, pois o mistério está escondido Nele.





A segunda palavra: “revelação”





Somente por revelação podemos conhecer o mistério oculto em Deus. Somente quando Ele mesmo revela. Revelar” significa tirar o véu. Como num teatro, antes de começar a peça, ninguém sabe o que há atrás da cortina. Podemos até imaginar, discutir e conjecturar, mas podemos estar todos equivocados em nossas visões e julgamentos. Mas quando a cortina se abre, é revelado o que estava atrás dela. Somente então podemos ver o que antes era impossível, pois o véu foi retirado e agora está revelado. Assim também, com relação ao mistério de Deus. Antes estava oculto, mas agora, O mistério de Deus foi manifestado aos seus santos apóstolos no Espírito. A cortina se abriu de ponta a ponta e podemos ver!Paulo diz: “como pela revelação me foi manifestado o mistério, conforme antes em poucas palavras vos escrevi”. Ele recebeu a revelação, a visão do mistério e resumidamente escreveu nos capítulos anteriores (1 e 2). O mistério todo foi revelado. Paulo viu e compreendeu pelo Espírito Santo o plano eterno de Deus. E ele escreveu, e hoje, através das Escrituras, nós temos o privilégio de poder também, conhecer o plano, a vontade de Deus para a humanidade, mesmo que passemos correndo como na passagem de Habacuc. Doravante, nada mais há para ser revelado, não existe mais terceira ou quarta revelação. Em Cristo toda revelação e projeto de Deus foi CONSUMADO: "Omnia consummatum est" (Tudo está consumado), assim disse Jesus na Cruz em João 19,30. E São Paulo por revelação de Deus ratifica as palavras de Jesus na Cruz:




Gálatas 1,7-8: "...O que acontece é que algumas pessoas vos estão confundindo, com o objetivo de corromper o Evangelho de Cristo. Contudo, ainda que nós ou mesmo um anjo dos céus vos anuncie um evangelho diferente do que já vos pregamos, seja considerado maldito". 




A terceira palavra: “conhecimento”






A cortina foi aberta. O véu foi retirado. Já foi revelada a vontade de Deus aos seus apóstolos e eles escreveram para que todos nós pudéssemos conhecer. Mas o conhecimento (ou compreensão) do mistério não está baseado na sabedoria humana, nem em religião, doutrina, ou interpretações. Ele é concedido pelo Espírito Santo. O véu exterior foi tirado e o mistério foi revelado. Agora é necessário retirar o véu interior de cada um de nós para que tenhamos compreensão do que lemos nas palavras dos apóstolos.O mistério não está oculto em nenhum livro ou lugar nesse mundo. O Mistério está oculto em Deus. Para conhecer a Deus precisamos conhecer Cristo (e é o Espírito Santo quem nos revela Cristo). Quando conhecemos Cristo, o Filho, conhecermos também o Pai (por que o filho é a imagem do Pai). Esse é o único caminho para conhecer o coração do Pai: Cristo Jesus (porque em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento).Quando conhecemos a Cristo, vemos Nele revelado o mistério de Deus. Como consequência da revelação que temos de Cristo Jesus, Nelle conhecemos também a Igreja, porque a Igreja é o corpo de Cristo (Efe1,22-23). A Igreja é a expressão de Cristo nesse mundo, e só é possível conhecer verdadeiramente a Igreja, conhecendo primeiro a Cristo. Ele é o cabeça do Corpo e nós somos os membros. Por isso, Cristo revela que perseguir a Igreja é perseguir a Cristo (Ex: Paulo em Atos 9,4). Amar a Igreja é amar a Cristo. Servir a Igreja é servir a Cristo. Dividir a Igreja é dividir a Cristo (mas Cristo não se divide, é contra sua natureza fundamental). Conhecendo Cristo, podemos compreender a Igreja, e olhando para a Igreja, olhando para os verdadeiros discípulos, podemos neles ver também a Cristo. Assim, esse mistério que está em Cristo, pode ser resumido em uma só palavra: “Igreja”. Igreja que ainda não é o reino de Deus, mas o germe, como aquele fermento na massa, ou o grão de mostarda. A Igreja é o Projeto Eterno de Deus. A realização do Projeto cumprirá o Propósito, pois a Igreja é o povo que Deus está formando para viver com Ele na eternidade. A Igreja não é aquela imagem que estamos acostumados a conhecer visualmente. Não é o que normalmente se entende como igreja hoje (escândalos, exageros, religiosidade, ritualismos, com divisões doutrinárias, ideológicas, e de práxis, bem como prédios). A Igreja não é simplesmente um prédio, não é um lugar, não é uma denominação, apesar de que a sua plenitude em unicidade, santidade, catolicidade e apostolicidade, subsista mais “plenamente” na Católica Apostólica Romana, a Igreja é mais que isto, ela é todo o povo de Deus reunidos em seu nome, a Igreja é a família de Deus, enfim, a Igreja é o corpo de Cristo.A Palavra Igreja é uma palavra muito preciosa no plano de Deus, Pois nessa palavra estão investidos todos os desígnios de Deus. Esse mistério não somente esteve oculto no Antigo Testamento, mas mesmo quando veio Jesus, Ele não falou muito sobre a Igreja. O Centro da Sua pregação era o Reino de Deus, e seus valores, anunciando-os em todas as cidades e aldeias por onde passava, a boa notícia do Reino. 




ATENÇÃO! Jesus só usou a palavra Igreja duas vezes:





1)-Em Mt 16, 18: “Sobre tu Pedro, Eu edificarei a minha igreja...”




2)- E em Mt 18,17: “Caso não lhes der ouvido, dize-o a Igreja. Se nem mesmo a Igreja der ouvido, trata-o como gentio ou publicano...”




Em todo o seu ministério Jesus pregou primordialmente o evangelho do Reino de Deus e seus valores. Isso nos ensina duas coisas:





1º)- Se quisermos ver surgir a verdadeira Igreja, temos que pregar e viver o Reino de Deus e seus valores. A pregação do Evangelho do Reino de Deus produz Igreja.




2º)- Deus, em seu propósito, reservou a revelação da Igreja para ser dada aos apóstolos não por Jesus, mas pelo Espírito Santo. “revelou agora no Espírito aos seus santos apóstolos e profetas” (Efe 3,4)





Portanto, a Igreja, através da operação do Espírito Santo em cada um dos filhos de Deus, é responsável pela expressão e realização do real, verdadeiro, e integral projeto de Deus na humanidade remida pelo seu sacrifício redentor.




A quarta palavra: “anúncio” - IDE E FAZEI DISCÍPULOS!

 

 


 


Outras religiões não receberam este imperativo de seus fundadores, na religião Cristã não é uma opção anunciar, mas uma obrigação imperativa de todo batizado! A boa nova para todos os povos é essa: existe uma solução para a humanidade, existe sim um caminho de volta, pois a Deus nada é impossível, existe uma cura para a doença mortal do pecado. Cada ser humano deve reconhecer que é pecador, se arrepender, se sujeitar ao governo de Jesus Cristo e viver em obediência a Ele. Essa é a mensagem que a Igreja deve pregar. Esse evangelho tira o homem da esfera de domínio da morte causada pela desobediência e lhe comunica vida eterna pela fé e obediência. Assim, a vontade de Deus vai se cumprindo, e todos os que se rendem a Cristo Jesus em seu seguimento, vão sendo reunidos sob o Cabeça. Estes desfrutam da vida, da graça, da autoridade, do amor e do poder que vem do Cabeça da Igreja.Conforme também, já vimos acima, a Igreja, através da operação do Espírito Santo, é responsável pela expressão e realização da vontade de Deus diante da humanidade. Mas como isso acontece? Como podemos realizar o projeto de Deus e alcançar seu Supremo Propósito? A única maneira é fazer discípulos. Um discípulo á alguém que crê em tudo que Jesus disse e faz tudo que Ele manda. É alguém que está aprendendo a ser como Jesus. Alguém que está convergindo para Cristo juntamente com seus irmãos. 



É por isso que a única maneira de gerar discípulos é pela proclamação do evangelho do Reino, pois ele traz uma mensagem que estabelece Jesus Cristo como o Senhor da verdadeira vida:




Mt 28,18-20: “E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.”

 

 

 

Essa é a estratégia de Deus para a realização do Seu Projeto Eterno! É o mandamento de Jesus que nos conduz ao cumprimento do Propósito Eterno de Deus. Essa é a tarefa da Igreja! 



Cada ser humano deve ser alcançado pelo evangelho do Reino, se tornar um discípulo e ser conformado à imagem e semelhança de Jesus.Fazer discípulos envolve as tarefas de proclamar o Evangelho do Reino aos pecadores, batizar os que crerem e ensiná-los a viver como Jesus ordenou, e confirma-los na fé dos apóstolos! O crescimento e a edificação da Igreja ocorrem através da obra de fazer discípulos. É assim que se põe em andamento o Projeto Eterno. À medida que a Igreja cresce e se aperfeiçoa, a família eterna é formada. Essa obra não é responsabilidade de alguns poucos irmãos consagrados em algum carisma da Igreja, ou somente para os mais experientes. Ela é realizada por todos os santos. Nenhum filho de Deus está isento dessa tarefa. No Reino de Deus apesar do sacerdócio ministerial, não existe uma casta sacerdotal privilegiada, única responsável por fazer a obra espiritual e servir ao Senhor, separada da multidão de leigos que simplesmente ouvem, observam e recebem as bênçãos. 








Todos nós batizados em Cristo somos a família de Deus, somos uma nação de sacerdotes:

 

 

1Pe2,9: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.”

 

 

A fim de vermos o Propósito Eterno de Deus se cumprir, é necessário, orar, pregar o evangelho, batizar, ensinar os discípulos, cuidar deles, curar os enfermos, profetizar e principalmente testemunhar até às últimas consequências! E todos nós batizados somos convocados para essa obra. Somos cooperadores de Deus para o cumprimento do Seu Propósito. 




Deus estabeleceu cada um de nós no Corpo de Cristo para servir conforme a graça específica que Ele concedeu a cada um. Ele nos capacitou com dons e talentos (1 Cor.12,1-12) para sermos úteis na sua obra:

 

 

Ef 4,11-12:  “E Ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para o desempenho do ministério, para edificação do corpo de Cristo...”

 

 

A passagem acima é muito importante para entendermos como ocorre a obra de edificação da Igreja como parte do projeto de Deus, tema desta longa reflexão até aqui. Vemos que Deus deu ao corpo de Cristo apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres!

 

 

- Com qual objetivo?



R.: O aperfeiçoamento dos santos.

 


-Mas aperfeiçoar os santos para que?



R.: Para o desempenho do ministério

 


-Que ministério?



R.: O da edificação do corpo de Cristo

 

 

A palavra “aperfeiçoamento no texto grego é "katartismos" e significa “reto ordenamento”



Essa é a função dos apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres, e principalmente os bispos! Eles devem ordenar corretamente os santos para que cada um desempenhe o seu ministério, a edificação do corpo de Cristo. Eles vão identificar os dons de cada um, a graça que cada um tem, as características de caráter e colocar cada um na posição adequada, com a tarefa adequada, ligado ao companheiro adequado para que o corpo seja bem ligado e ajustado para crescer e se edificar.




Quem desempenha pastoralmente esta obra de edificação são os nossos pastores: Papa, bispos, presbíteros, diáconos, lideranças leigas e religiosas da Igreja, à medida que cada um realiza a sua parte:

 

 

Efe 4,15-16: “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo em amor...”

 

 

A colaboração de “cada parte” é importantíssima!



Se eu ou você não fizermos nossa parte, o corpo ficará desajustado. Se apenas uma parte for negligente com a sua tarefa, o crescimento de todo o corpo será comprometido. Ninguém vai chegar ao alvo sozinho. Ou chegaremos todos juntos, como corpo, ou não chegaremos. E dentro do Projeto Eterno de Deus, o principal centro de formação de discípulos são os lares. É no contexto da família que um discípulo aprende a ser família de Deus. Uma família de discípulos, totalmente entregue ao Senhor, passa a ser um foco de irradiação da vida de Cristo a todos a sua volta (parentes, vizinhos, amigos e outros mais) como igreja doméstica (Rom 16,4-15; 1Cor16,19).



A igreja na casa, esse pequeno, mas importante componente da Igreja na localidade, passa a trabalhar com os discípulos para edificação, serviço, ensino, multiplicação e comunhão; estando ligada a outras igrejas nas casas formando a Igreja na cidade.

 

 

At 2,41-47: “De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos...”

 

 

É preciso que cada discípulo do Senhor Jesus compreenda sua responsabilidade dentro do Propósito Eterno de Deus!



É necessária a cooperação de cada um. E todos precisam encarar o desafio, se preparar, se santificar, ser cheios do Espírito Santo, empregar seu tempo e sua vida na obra de formar discípulos para Jesus. Devemos olhar firmemente para Ele, e Nele vermos claramente o Projeto Eterno de Deus. Devemos trabalhar constantemente para ver Cristo formado em cada discípulo para, em breve, vermos surgir um povo cheio do Espírito Santo e agradável a Deus. Um povo formado por famílias sólidas, estáveis, onde os casais convivam em harmonia e fidelidade, os solteiros se mantenham em castidade, os filhos respeitem os pais, as esposas sejam submissas os maridos em Cristo, e os maridos amorosos e responsáveis. Um povo que saiba trabalhar, estudar, progredir, casar-se, criar  os  filhos, honrar e cuidar dos mais velhos, divertir-se sadiamente, repartir com os necessitados, servir gratuitamente a todos, e sobre tudo ter um íntimo relacionamento com seu Pai celestial. 




Tudo que não coopera com o Propósito Eterno de Deus deve ser deixado para trás!

 

 

 

Flp 3,7-15: “Mas o que para mim era lucro passei a considerá-lo como perda por amor de Cristo; sim, na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo, e seja achado nele, não tendo como minha justiça a que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; para conhecê-lo, e o poder da sua ressurreição e a e a participação dos seus sofrimentos, conformando-me a ele na sua morte, para ver se de algum modo posso chegar à ressurreição dentre os mortos. Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas vou prosseguindo, para ver se poderei alcançar aquilo para o que fui também alcançado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus. Pelo que todos quantos somos perfeitos tenhamos este sentimento; e, se sentis alguma coisa de modo diverso, Deus também vo-lo revelará.”

 







Mas afinal, qual é a vontade de Deus?






Paulo o menor dos apóstolos, "o abortivo" que recebeu a revelação nos esclarece:





1 Tessa.2-4: "Pois sabeis os mandamentos que vos recomendamos pela autoridade do Senhor Jesus. A vontade de Deus é esta: a vossa santificação; por isso, afastai-vos da imoralidade sexual. Cada um de vós saiba viver com seu próprio cônjuge em santidade e honra"




Efe 1,9-10: “Fazendo-nos conhecer o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que nele propôs para a dispensação da plenitude dos tempos, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra...”




A vontade de Deus não é mais um mistério para nós, pois Ele nos fez conhecer (desvendou) o mistério da sua vontade: “fazer convergir em Cristo todas as coisas”!





Para compreender isso de maneira mais ampla, vamos entender melhor a expressão “fazer convergir”. No texto grego, encontramos aqui uma única palavra: anakefalaiostai, onde “ana” significa novamente, outra vês; “kefale” significa cabeça; e “stai” significa fazer. Daí temos: “fazer”+”novamente “+”cabeça”. Encaixando tudo no texto temos:  “Fazer Cristo novamente o cabeça de todas as coisas. Voltar a unir tudo debaixo da autoridade de Cristo, o Cabeça.”




Deus não criou a humanidade para a situação que está na atualidade! 

 




Ele não projetou o pecado e a desordem. Como revela-nos o próprio Cristo, "não era assim no princípio" (Mateus19,8), tudo estava unido, em harmonia, o universo, o homem, a mulher e a natureza. Mas infelizmente o homem pecou, rompeu a unidade com Deus e desmantelou tudo, trazendo morte, mentiras, brigas, guerras, imoralidades, doenças, injustiças, sofrimento e muitas outras consequências.Mas Deus se propôs trazer ordem, harmonia e paz novamente atraindo todos a Ele, voltando a unir tudo debaixo de um cabeça, de um Senhor: Jesus Cristo, Seu filho:Efe 1,22-23: “... e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como o cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que enche tudo em todos.”





ATENÇÃO!!! Quando se diz “projeto de Deus”, muitos tendem logo a pensar que se está dizendo que Deus tem desde sempre um projeto sobre o mundo e sobre a história já definido, pensado e minuciosamente calculado, independente de tudo o que as pessoas possam fazer! 

 




Mas não é assim. Pelo contrário, desde o começo, o projeto de Deus conta com a livre colaboração dos homens, é um projeto compartilhado, construído, que respeita a liberdade humana. É um projeto de amor, por e para nós, que não se leva a cabo sem nós.Um dos aspectos mais originais e característicos do Deus dos cristãos é que Ele se revela e se manifesta na história, de modo progressivo, humano. E não se faz em forma de explicação ou de comunicação conceitual dirigida ao entendimento, senão em forma de doação, de acolhida gratuita, de convite a participar de sua vida, de sua plenitude, de seu gozo. É um mistério de amor e solidariedade. Convida a relacionar-se com Ele: “Eu serei teu Deus e tu serás meu povo” (Ex 6,8).O projeto de Deus não é um conjunto de enunciados, programas e planos pré-concebidos. A Bíblia é o testemunho dos atos de Deus, da ação de Deus na história humana, que começa com a criação livre e amorosa do mundo, continua com o acompanhamento dos homens nas promessas, a aliança e os profetas e culmina com a intervenção definitiva do mesmo Deus feito homem. Se trata de uma ação histórica, que começa e se desenvolve gradualmente e que alcança seu ponto culminante com a presença de Deus mesmo em Jesus de Nazaré.O projeto de Deus se constrói e se desenvolve em função dos homens. Jesus é a melhor resposta de Deus às perguntas, às interrogações, às buscas, aos anseios, aos sofrimentos e às esperanças dos homens. Ele é a palavra de Deus, próxima, íntima, compreensível, “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6).






O Onipotente se dá a conhecer como um Deus amoroso, paciente, justo, salvador e libertador. A liberdade é dom de Deus e tarefa do homem!





Deus a faz possível criando o homem como um ser capaz de decidir e de eleger o bem, chamado a auto realizar-se. Deus impulsiona, estimula, acompanha com sua presença sempre atuante; mas é o homem quem tem que realizar-se em liberdade. É uma dialética de “graça” e “liberdade”: a ação de Deus não anula a responsabilidade do homem, mas a possibilita e a estimula.O projeto de Deus se realiza em Jesus, por seu Espírito (Ef 1,3-14). É um projeto de salvação, de realização plena do humano, ou seja, de todos os homens e do homem integralmente em todas as suas relações psíquico, espiritual, moral e social, em corresponder ao amor livre e gratuito de Deus. O projeto de Deus é a realização plena do ser humano, e se dá quando os homens reconhecem e acolhem o amor de Deus. 







O projeto de Deus é a plena comunhão de Deus com os homens. É tarefa e é dom!





O Antigo e o Novo Testamento mostram como Deus sai continuamente ao encontro do homem por primeiro, busca ao que está perdido, se preocupa pelos mais pobres sim, mas não só por eles, mas por todos os pecadores, independente de classe social, como fez com Zaqueu, alguns mestres da lei, e coletores de impostos como Mateus, haja vista Deus não ter planejado salvar apenas a classe social dos pobres, mas a todos os pecadores. É um Deus compreensivo e misericordioso. Um Deus apaixonado pelo homem, Um Deus que busca sua resposta livre e amorosa; um Deus paciente e confiante, que confia mais em nós, que nós em nós mesmos, porque somos obras de suas mãos, é fiel, comprometido até o final, que quer construir entre todos um mundo mais fraterno e solidário, um mundo no qual todos sejam e se sintam filhos de um mesmo pai, amados como filhos únicos, mas sabendo ser irmão de muitos.Ao comunicar-se como relação plena e como doação total, Deus dá origem a uma alteridade sem ruptura e a uma perfeita comunhão entre vida e missão. Aparece como a fonte, a referência  e a meta das possibilidades dos seres humanos, o alfa e o ômega, chamados a viver a plena comunhão com Deus e com os demais (Jo 17,21-23).





Jesus teve um projeto de vida!






Jesus nasceu em Belém. Viveu e cresceu com sua família em Nazaré. Na cultura e na realidade de seu povo, e em diálogo com o Pai, foi descobrindo e construindo seu projeto. Sua vida foi um contínuo processo de maturidade pessoal e comunitária na qual foi assumindo e levando a pleno todas as realidades da vida humana. Lutou com energia e decisão para pô-lo em prática e deu a vida para realizá-lo. Despojou-se de si e se fez um de nós em tudo, menos no pecar (Fl 2,5-6). Não foi um super-homem  nem um ser excepcional. Foi simplesmente um homem do povo, que partilhou suas lutas e experiências. Nada o distinguiu. Levou uma vida simples. Veio a salvar toda a humanidade sem sair da Palestina. Veio a salvar a história inteira vivendo apenas trinta e três anos, e destes anos, trinta deles em completo anonimato. Recebeu a vida de sua família, de seu povo, de sua cultura; foi tendo experiências humanas, e refletindo sobre elas, foi amadurecendo. As parábolas e a linguagem maravilhosa e direta de seus discursos, os exemplos próximos e familiares, falam de sua paixão pela vida. Romper o anonimato e sair a pregar  por Israel, não foi algo repentino e estranho, e sim algo para começar a divulgar o que foi interiorizando durante anos.




No crescimento e na maturidade de seu projeto de vida, influíram decisivamente duas dinâmicas que se encontraram entre si:





1)- O diálogo e relação com o Pai.  Jesus viveu seus anos de Nazaré sob o olhar do Pai que vê no escondido, que olha e descobre a grandeza das pessoas na simplicidade da vida. Esteve atento a sua chamada e o encontrou sempre no cotidiano. Assim foi adquirindo essa experiência íntima de pertença ao Pai. Cresceu interpretando cada vez mais a sua vida desde o projeto do Pai. Lucas diz que “crescia em sabedoria, em idade em graça diante de Deus e dos homens” (Lc 2,52).





2)- A abertura à história. Cresceu identificado com as dores e as esperanças de seu povo, que “andava como ovelhas sem pastor” (Mc 6,34). Não sabemos bem como nasceu e cresceu a consciência de sua vocação e de seu “projeto de vida”, mas podemos supor que, desde criança e desde jovem foi crescendo progressivamente até chegar à maturidade. Provavelmente viveu uma grande etapa de discipulado com João Batista e nesse tempo seguramente desenvolveu a consciência de sua identidade e se de sua missão. Logo se separou de João e começou a pregar de maneira original a chegada do Reino.A existência de Jesus esteve unificada por um desejo, por um valor central, por uma experiência original: “fazer a vontade do Pai” (Jo 4,34).Seu batismo no Jordão foi um acontecimento significativo. Foi batizado por João...Se pôs na fila com os pecadores...O enviado de Deus para a salvação de seu povo não se manifestou como poder esplendoroso e dominador, senão como solidariedade amorosa e misericordiosa com os pecadores. Quis mostrar que Deus está com os pecadores, que tomo sobre si seus males e que se identifica com eles e com sua condição, para libertá-los de sua situação e de seu pecado.





Desde essa primeira aparição pública, ficou marcada uma linha fundamental de seu projeto de vida: 






Não salva aos homens a partir de fora, senão identificando-se com eles e convidando-os, a partir de sua situação, a converter-se e a começar uma nova relação com Deus e com os demais. Sem dúvida, também Ele teve que discernir seu projeto de vida e buscar o caminho para realizá-lo. Como a toda pessoa humana foram apresentadas diversas opções. Seu lugar de discernimento foi o “deserto”, onde experimentou a tentação de seguir caminhos fáceis. Ali rechaçou a tentação de impor-se  pelo poder de Deus em vez de manifestar-se na solidariedade e no amor pelos pecadores  e pelos mais abandonados. Sem dúvida, viveu também momentos de desconcerto, sofreu rechaços e abandonos e teve que aprender a obedecer e a ser fiel. Seu projeto de vida foi um caminho de fidelidade que foi-se construindo pouco a pouco, passo a passo. Os apóstolos anunciavam a vida, paixão, morte, ressurreição, e glorificação de Cristo, mas Jesus anunciou o Reino de Deus e seus valores!





O projeto de vida de Jesus tem como centro e como meta o anúncio e a realização do Reino de Deus. Suas primeiras palavras na Galiléia mostram isso com clareza:






“O Reino de Deus está próximo. Convertam-se e creiam na Boa Notícia” (Mc 1,15).





O Reino de Deus é o grande projeto do Pai, a grande utopia de Deus, de fazer uma família de filhos e de irmãos, um lar para todos, uma humanidade livre de toda a opressão , reconciliada com a natureza, entre si e com Deus, onde todos possam ser plenos de sentido, verdade, liberdade e felicidade, como irmãos uns dos outros sem mágoas, ressentimentos e disputas, e verdadeiros filhos(as) de Deus. É o Reino de vida, porque Deus dá sua vida em abundância (Jo 10,10). É um Reino de justiça e liberdade porque “nos libertou para que fôssemos realmente livres”(Gl 5,1). É um Reino de alegria e de paz, porque está fundado no triunfo de Jesus Ressuscitado (Jo 20,20).O Reino é uma atitude, uma prática, uma vida, uma pessoa que tem o rosto e o nome de Jesus de Nazaré, “imagem de Deus invisível” (Cl 1,15); um testemunho que revela a presença gratuita de Deus agindo, salvando e libertando seu povo da opressão do pecado e de si mesmos, realizando seu plano de salvação, mostrando que é o Senhor da história, e convidando a formar parte de seu projeto. O Reino dá sentido à história e à vida que está em processo de plena realização. É tensão escatológica entre “o já e o ainda não”; é presente que ainda não alcançou a plenitude e a realização definitiva (Lc 21,31), mas que já começa no tempo que se chama hoje (Hebreus 3,13).Em Jesus, projeto de vida e Reino de Deus se identificam. O Reino é  o valor que unifica sua pessoa, é sua paixão; é o que anuncia e o que vive com coerência e plenitude até a últimas consequências. 






Ainda que haja diversas formas de expressar o que é e o que propõe ser o Reino de Deus, destacamos aqui QUATRO características que surgem da própria prática de anúncio do reino de Jesus:







1)- Primeiramente e antes de tudo, Jesus inicia o anúncio do reino chamando TODOS a conversão:





Mc 1,14-15: “Ora, depois que João foi entregue, veio Jesus para a Galiléia pregando o evangelho do reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e é chegado o reino de Deus. Arrependei-vos, e crede no evangelho!...”




Conversão é a mudança que ocorre na vida do pecador e que dá a ele o acesso a vida eterna, é uma obra soberana e sobrenatural que Deus opera no coração do pecador e o livra da condenação eterna. Se não há conversão verdadeira, não há salvação e nem muito menos LIBERTAÇÃO verdadeira. Por isso Jesus disse:“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8,32). A palavra conversão na Bíblia significa mudar de rota, de direção. Exemplo: nas regras de trânsito, você está dirigindo seu carro numa direção, seguindo uma rota, um sentido e no final tem uma placa para direita, o que isso significa? Conversão à direita. Então você muda a rota e altera o caminho, a direção que você estava seguindo. Conversão portanto, significa mudança da rota, de direção. No grego a palavra conversão é “epistrepho”, que significa mudança de caminho, de sentido, de direção.Observe que a palavra pecado no grego é “Hamartia” que significa “errar o alvo”, sair do caminho, sair da rota. Ou seja, o homem antes da queda, andava em um caminho, em uma direção, andava no caminho de obediência a Deus mas quando ele peca “Hamartia”, ele sai do caminho de obediência a Deus, sai da rota que Deus havia dado e passa a andar num caminho de desobediência e rebelião contra Deus.Ou seja, esse caminho é o caminho que aqueles que estão a caminho da condenação e os réprobos andam:Gálatas 5,20-21: “idolatrias e feitiçarias; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e tudo quanto se pareça com essas perversidades, contra as quais vos advirto, como já vos preveni antes: os que as praticam não herdarão o Reino de Deus...” - Apoc 22,14-15: “Bem-aventurados todos os que lavam as suas roupas no sangue do Cordeiro, e assim ganham o direito à árvore da vida, e podem adentrar na Cidade através de seus portais. No entanto, fora estão os cães, os bruxos e ocultistas, os que cometem imoralidades sexuais, os assassinos, os idólatras e todos os que amam e praticam a mentira...”Caminho de desobediência e iniquidade, essa de certa forma é a rota de todos os descendentes de Adão, todo ser humano no planeta já nasce desviado nesse caminho de desobediência e fora da rota de Deus pois todos herdaram a semente do pecado em seu coração, por isso ninguém ensina uma criança a pecar, o pecado já está nela e ela já segue nesse caminho de rebelião contra Deus e o pecador gosta desse caminho que ele anda, ama o pecado, ama os prazeres, a iniquidade, amam e andam nesse caminho de pecado e onde vai terminar esse caminho? No inferno, na condenação eterna: Romanos 3,23: “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus...” Aqui não se exclui nem as crianças, que não tem ainda o pecado pessoal, mas já carrega em si o pecado original de Adão por herança na sua humanidade caída.Salmos 51,5: “Reconheço que sou pecador desde o meu nascimento, pois minha mãe me concebeu em pecado...”  Desde que nascemos somos pecadores, não somos pecadores porque pecamos, pecamos porque já somos pecadores, e já não trazemos a graça preternatural da integridade, ou imunidade de concupiscência, onde os nossos afetos, sentimentos e desejos não eram desordenados, mas submetidos docilmente à razão e à fé, sem conflitos interiores, que a perdemos com o pecado original, bem como também:



-A Imortalidade, pois a morte é fruto do pecado (Gen 2, 7; 3,3 s; Sab 2,14; Rom 5, 12; Rom 6,23). Isto significa que , antes do pecado, o homem não morreria dolorosa e violentamente como ocorre hoje; poderia morrer, mas a morte seria um sono suave, como foi o de Maria.



-A Impassibilidade, ou a ausência de sofrimento, fruto do pecado (Gen 3,16)



-A Ciência Moral infusa: que tornava o homem apto a assumir suas responsabilidades diante de Deus sem dificuldades.





O nosso Catecismo diz (§ 404s) que o homem, após a queda, não pôde mais transmitir aos descendentes o “estado de santidade” (participação perfeita na comunhão com Deus) e de ” justiça” (harmonia perfeita consigo, com a mulher, com a natureza e com Deus). Leia mais no Catecismo (§385 s).A conversão é obra da graça de Deus no coração do homem. Antes da conversão é necessário arrependimento, pois não acontece conversão sem arrependimento.É o agir sobrenatural de Deus no homem que o leva ao arrependimento quando ele ouve a pregação do Evangelho e entende sua condição de pecador diante de Deus.Uma vez que conversão é mudança de rota e de caminho, arrependimento é mudança de mente, no grego a palavra pra arrependimento é “metanoia”, que significa mudança de pensamento, de mente, de coração.Ninguém muda o caminho sem mudar primeiro a mente, a conversão é uma obra exterior e o arrependimento é uma obra interior, ambas feitas por Deus no coração do homem que ouve o Evangelho de Cristo e crê. O Espírito Santo é quem convence o homem o pecado, da justiça e do juízo e o leva ao arrependimento.





Metanoia é arrependimento, na prática é mudança de coração, de pensamento e de mente!





Mudança de conceito e de valores, ou seja, eu tinha um conceito a cerca do mundo, agora eu tenho outro, eu tinha um conceito a cerca do pecado, agora tenho outro. Agora, quando houve uma verdadeira metanoia, arrependimento, meu conceito sobre o pecado mudou, meu conceito sobre a verdadeira religião mudou, meu conceito sobre o mundo mudou. Isso é mudança de mente, de pensamento.Infelizmente as Igrejas cheias hoje estão cheias de gente não convertida, que não nasceu de novo. E tudo isto Por causa da isca que tem sido usada. As pessoas não estão sendo atraídas pelo Evangelho de Cristo que chama o pecador primeiramente ao arrependimento, a mensagem que está sendo usada para atrair essas pessoas é outra que não salva, o atrativo é outro. A mensagem pregada usa atrativos carnais, prosperidade, dinheiro, cura, libertinagem sem culpas, emprego, bênçãos e atrai evidentemente pessoas carnais. O Evangelho distorcido produz falsos cristãos.A mensagem pregada na maioria dos púlpitos e altares modernos é auto-ajuda, triunfalismo (crença que todo Cristão tem que ter sucesso financeiro, social e amoroso), psicologia, ideologias, etc. É a esse tipo de mensagem, de isca, que as pessoas estão aderindo, estão se decidindo por conta de melhorar sua vida aqui e agora: buscam felicidade, riqueza, curas, milagres, batalhas espirituais, tem atraído pecadores e feito eles mudarem seus hábitos para ganhar coisas de Deus mas nenhum deles foi atraído porque queriam Deus. Essa mensagem distorcida do Evangelho não liberta e não salva o pecador, não muda a rota dele. Ele continua indo em direção ao ensimesmamento, enfim, caminha paralelo e não contrário ao caminho dos réprobos.





Col 2,8: "Tenham cuidado para que ninguém os escravize a filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo, e não em Cristo"









A única coisa que tem poder de produzir arrependimento no pecador é a pregação fiel do Evangelho de Jesus que confronta o pecado com o pecador de forma amorosa e misericordiosa, sem julgamentos, mas que na verdade que salva e liberta, expõe ao pecador sua condição de separado de Deus e sua necessidade de arrependimento e de perdão de Deus.Em Romanos 10,12-17 diz:“Não há diferença entre judeus e gentios, pois o mesmo Senhor é Senhor de todos e abençoa ricamente todos os que o invocam, porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: "Como são belos os pés dos que anunciam boas novas! "No entanto, nem todos os israelitas aceitaram as boas novas. Pois Isaías diz: "Senhor, quem creu em nossa mensagem? Consequentemente, a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo...”O arrependimento antecede a conversão, pois se o pecador está andando num caminho de iniquidade, injustiça, devassidão, mentira, ele ama aquilo, tem prazer nessas coisas, não tem porque ele mudar de direção pois ele não vê mal em praticar essas coisas que ofendem a Deus, ele não vê mal em blasfemar, em se prostituir, em adulterar, em mentir, ele não vê mal em ofender a Deus, ele está tranquilo em seus pecados, em sua vida de iniquidade e pra ele não há porque mudar de rota, de direção, pra esse pobre homem está tudo bem em praticar essas coisas. Mas quando ocorre a metanoia, ou seja, o arrependimento, que é mudança de mente e de conceitos, seus olhos se abrem e ele enxerga seus pecados e o quanto ele ofende às leis de Deus, e ele percebe que não pode mais continuar naquele caminho, naquela direção oposta às Leis de Deus e muda de rota, muda de caminho.





O centro da mensagem do Evangelho não é simplesmente atrair homem para ser feliz e sem problemas neste mundo, pra ganhar um emprego, pra ser curado de uma doença, se dar bem no amor, ter casa, carro fazer turismo, revoluções sociais, etc. 






O centro da mensagem do Evangelho é chamar o pecador para se arrepender de seus maus caminhos e morrer para a vida de pecado da qual até se orgulhava e justificava, e aplaudia quem cometia (Rom 1,32), mas nascer de novo no Reino de Deus pois só assim pode ser livre da morte eterna.O centro da mensagem do Evangelho de Cristo não é chamar o pecador para ter uma vida melhor aqui e agora, é chamar o pecador das trevas para o Reino de Deus, é alertá-lo sobre onde ele passará sua eternidade, ou no céu, ou no inferno, pois o purgatório é temporário e é somente para os que já estão salvos, mas precisam ainda purificar-se de algumas impurezas para entrar no céu.O que atrai muitas pessoas para algumas igrejas? Curas? Bênçãos? Isso atrai sim, mas não salva ninguém! Você pode passar toda sua vida numa igreja buscando e se beneficiando destas coisas e mesmo assim morrer e ir pro inferno, pois já recebeu como o rico de Lázaro o seu galardão aqui na terra, pois não se converteu nem nasceu de novo e Jesus disse em João 3,5:“Em verdade, em verdade te asseguro, quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.”O Evangelho de Cristo é a boa notícia de um Deus justo e Santo que salva pecadores injustos e condenados mediante a sua graça manifestada através de Seu Filho Jesus Cristo que encarnou como homem, despojando-se de sua condição divina, veio até nós em forma de homem, viveu uma vida perfeita e sem pecado, morreu pelos nossos pecados para pagar nossa dívida com Deus e ressuscitou ao terceiro dia, venceu a morte que não pode segurá-lo, pois Ele nunca havia pecado, e a morte é apenas para pecadores. Depois foi exaltado nos céus à direita do Pai e voltará para buscar sua noiva, seu povo, seu corpo separado desse mundo.O arrependimento leva um pecador a mudar de atitude para com Deus, antes ele vivia fazendo sua vontade e não se importava se suas escolhas e seus caminhos ofendiam as leis de Deus, o arrependimento leva o pecador a ter outra atitude agora: depender de Deus para tudo em sua vida. O pecado que ele amava tanto, ele não ama mais, o mundo que lhe atraia tanto, agora não lhe atrai mais, e a santidade que ele tanto odiava e desprezava, ele ama agora. A vontade de Deus agora está acima da sua própria vontade. A Lei de Deus está acima de tudo pra ele agora:“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.” Isaías 53,6Cada um se desviou pelo seu caminho e Jesus diz que Ele é O único caminho para a vida eterna. Adão saiu pela porta em direção a uma vida independente de Deus e seguiu seu caminho, cada um de nós precisa fazer o caminho inverso de Adão, voltar pela porta em direção a uma vida dependente de Deus em seu Reino e debaixo de suas Leis. Sem conversão não há salvação. Sem nascer de novo ninguém verá o Reino de Deus. Todos nascemos em pecado, a boa notícia é essa: Jesus veio para nos salvar e nos dar nova vida, um novo coração. Sem conversão, não adianta mudar estruturas injustas, seria o mesmo que apenas trocar a coleira de um cão feroz sem doma-lo, pois este ao sair da coleira irá agir como uma fera indomada,devorando e mordendo todos a seu redor!




2)- Jesus optou sim pelos pobres "preferencialmente", e não exclusivamente! Jesus veio salvar e libertar TODOS os pecadores e não apenas uma classe social!







O Reino, como grande projeto de Deus, é universal. Mas seus destinatários privilegiados (não exclusivos), são os que sofrem as conseqüências do pecado e do anti-Reino: os pobres. Jesus optou preferencialmente pelos pobres (Lc 4, 16-22), se identificou com eles e, a partir deles, anunciou a Boa Notícia de que o reino de Deus estava se tornando realidade (Lc 6,20-21). Conviveu com os que não tinham lugar dentro do sistema social e religioso da época. Acolheu aos que não eram acolhidos: os pecadores (Mt  9,13), as prostitutas (Mt  21,31), os pagãos (Mt 15,21-28) e samaritanos (Jo 4,22-24), os leprosos e possuídos (Lc 5 12-14; Mc 1,23-26); os marginalizados, as mulheres (Lc 8,1-3), os enfermos (Mt 4, 24; Mt  8,1, Mt 14,14) e as crianças (Mt 18,1-5), os publicanos (Lc 15,1) e os soldados (Mt 8,5-15), os pequeninos, e os sem poder (Lc 14,15-24). Se identificou tanto com eles que considerou como feito a Ele mesmo, o que se fez ou deixou de fazer com eles (Mt 25,31-46).




3)- Jesus proclamou e viveu as Bem-aventuranças!





Nas Bem-aventuranças (Mt 5,1-11) apresentou um caminho de vida novo e original, uma escala de valores radicalmente diferente a que primava na realidade de sua época, e a propôs como caminho seguro de felicidade e de realização pessoal. O mesmo Jesus foi o primeiro a dar testemunho desse novo estilo de vida como caminho do Reino. Um caminho para a felicidade que implica ser pobre e comprometer-se com os cegos e oprimidos, partilhar dores e alegrias, gozos e esperanças; ser capaz de aceitar a incompreensão, a perseguição e até o martírio por anunciar o evangelho.O “Sermão da Montanha” é a expressão da novidade que começa a existir na vida daqueles que se abrem a Deus quando deixam Deus entrar em sua vida. Dentro de casa pessoa há possibilidades e forças adormecidas que muitas vezes nem sequer conhecemos. Jesus consegue elevar a capacidade do homem ao máximo de suas possibilidades, conduz à plenitude.As Bem-aventuranças são um convite a crescer nessa vida nova, a crer que a vida vai-se transformando no seguimento de Jesus. Respondem a uma nova forma de ser e de amar, que vai além do que qualquer pessoa pode projetar a partir de si mesma. É um convite a abrir-se aos paradoxos do projeto cristão: Verdadeira pobreza = verdadeira liberdade, amor-solidariedade, morte-vida, cruz-ressurreição, fraternidade-realização pessoal, entrega-domínio de si, silêncio-diálogo, oração-compromisso, fidelidade-felicidade, sacrifício-fecundidade.





4)- Jesus formou uma comunidade de discípulos






Para realizar sua missão, Jesus reuniu em torno de si um grupo de gente simples, alguns jovens e outros com experiência de vida e do mundo do trabalho; um grupo de pessoas com quem viver de maneira íntima a experiência do Reino.Ainda que os tenha chamado um a um, pessoalmente, formou com eles uma comunidade, um grupo, “os Doze” (Mc 3,13-19) ao que se foram unindo depois outros mais para formar a comunidade dos discípulos, dos seguidores de Jesus (Lc 6,17).Jesus convidou a formar comunidade porque somente assim é possível experimentar e entender o Reino. Seu modo de atuar responde ao plano do Pai de formar um povo que fosse ao mesmo tempo semente e fermento do Reino. Somente na pequena comunidade é possível aprender os valores fundamentais do novo estilo de vida que Jesus propõe: os bens partilhados (Mt 6, 24), a fraternidade e igualdade entre todos (Mt 23,8-10), o poder como serviço; “quem quiser ser o primeiro que seja servidor de todos” (Mc 9,35), a amizade até não ter mais segredos (Jo 5,15), a nova forma de viver a relação do homem e da mulher (Mt 19,1-9).A prática comunitária de Jesus se estendeu a todo seu ministério. O encontro de cada pessoa com ele se converteu em um compromisso com a comunidade. Não era possível relacionar-se com Jesus e viver somente para si. Jesus foi o “homem para os demais” e chamou a todos a ser como ele: “onde dois ou mais estão reunidos em meu nome, eu estou no meio deles” (Mt 18,20). Na comunidade e no serviço aos demais, se compreende em plenitude o mesmo projeto da salvação.





Jesus de Nazaré, um homem determinado e apaixonado por uma causa: Fazer a vontade do Pai !





Os evangelhos mostram Jesus como uma pessoa profundamente unificada, com todas suas energias fortemente atraídas para uma causa com a que se sente plenamente identificado e, a ela , dedica sua vida inteira. Todo seu coração, toda sua paixão, toda sua entrega e todo seu ser estão centrados no anúncio do Reino.E o anuncia como a notícia mais desejada e esperada da história, como a oportunidade para mudar e começar algo novo: chama a “nascer de novo” (Jo 3,3) para dar sentido pleno à vida, para dinamizar e projetar a vida com esperança. Chama a uma nova relação dos homens com Deus e dos homens entre si.A experiência original que impulsiona sua vida e o faz dar-se aos demais com uma entrega impressionante é a experiência de Deus como “Abbá” (Rm 8,15), como pai íntimo e próximo, com “seu pai e pai de todos (Jo 20,17). É uma experiência única, irrepetível, que quer partilhar...Tem consciência relacional, referencial. Se sente plenamente dom do Pai e por isso se apresenta como seu revelador, como alguém com quem não tem distâncias nem segredos (Jo 17,21).Sabe que o Reino de Deus é Deus mesmo atuando na humanidade, e que está próximo porque o experimenta em sua oração e em sua relação com ele. Entre ele e o Pai há total intimidade e compenetração. Veio para manifestar o coração do Pai, o amor paternal de Deus aos homens. Por isso não só se refere a ele como “seu” Pai, mas fala a seus discípulos como o Pai “de vocês”. No Reino, Deus não é o Senhor, é o Pai misericordioso. No Reino não existe escravos, e sim filhos de Deus: não se pede obediência ou submissão, e sim amor e livre participação.Viver a filiação na fraternidade é estar já no Reino de Deus. O Reino não é a restauração de Israel como unidade política, como esperavam os judeus da época, e sim a restauração e integração da humanidade em uma nova forma de relação com Deus e dos homens entre si. Por isso o grande mandamento do Reino é o “novo” mandamento do amor, que é mais que um preceito moral: é a lei intrínseca e constitutiva do Reino. São do Reino, aqueles que se amam como Deus os ama, como  Jesus ama.Isto é quase o resumo de todo o evangelho.“Como o Pai me amou, assim também vos amo.Este é meu mandamento, que se amem uns aos outros como eu vos tenho amado” (Jo 15,9-12).Amar gratuitamente, totalmente, sempre, em todas as condições, sem fazer distinções, sem esperar recompensas, aplausos e reconhecimentos.





Jesus não só anuncia e propõe o Reino de Deus: também convida ao seguimento!






O período da juventude é o tempo do descobrimento particularmente intenso do “eu” humano e das propriedades e capacidades que encerra. É o tempo de descobrir e programar, de eleger e assumir como algo próprio as primeiras decisões. O jovem do Evangelho está em fase de decisão e de eleição de sua vida. Daí as perguntas que faz a Jesus: “Que tenho que fazer para viver em plenitude, para que minha vida tenha pleno sentido?” (Mc 10,17). O olhar de amor de Jesus, que suscita confiança, anima o jovem a formular uma segunda pergunta; “que mais me falta fazer?” (Mc 10,20), o que indica que o coração do jovem aspira a “algo mais”.Esse “algo mais”  move a Jesus a propor-lhe viver de acordo com o projeto de Deus: as bem-aventuranças, o estilo peculiar  de Jesus, pobre, disponível, em comunidade. Isso é o que quer e o que propõe para todos. Mas para recebê-lo necessita uma atitude de busca e abertura, desejar o encontro, perguntar-se... é uma proposta diferente para encher a vida de sentido e plenitude. O seguimento de Jesus nasce do encontro pessoal com o Ressuscitado, que se já em um dinamismo de conversão, entrega e renúncia, onde cresce a paixão pelo Evangelho e  experimenta-se o amor incondicional de Deus. É um compromisso com Jesus, que se dá como fruto de um caminho realizado junto a ele e da ação do Espírito Santo. O projeto cristão da vida como seguimento de Jesus está desenhado em sua essência a partir do Evangelho. “Subiu ao monte e chamou aos que quiseram e vieram com Ele. Instituiu doze, para que estivessem com ele e para enviá-los a pregar com o poder de expulsar demônios” (Mc 3, 13-15)



Aqui aparecem os três elementos essenciais do Projeto de vida:





1)- O chamado-vocação: “chamou aos que ele quis”. Saber-se chamado pessoalmente por Deus é a experiência chave de toda vocação e de todo projeto de vida. É um sentir-se chamado a dar uma resposta livre de seguimento radicalidade e felicidade.




2)- A comunidade: “chamou-os para que estivessem com ele”. Jesus chama a criar comunidade, a partilhar seu projeto. A comunidade é o lugar onde se concretiza o projeto como seguimento. Pertencer e viver a fé em comunidade é essencial a todo projeto de vida cristã.




3)- A missão:  Jesus chama ao seguimento em comunidade para anunciar, oferecer e construir o Reino na história dos homens.




O projeto de vida cristã realiza-se dentro de um autêntico processo de conversão e seguimento de Jesus!

 



A experiência básica da vida cristã é a conversão do coração a Deus. A proposta de Jesus, seu projeto, é alternativo diante dos “valores” do mundo, ainda que, ao mesmo tempo, encarna-se e se desenvolve nele. Este processo somente desencadeia-se a partir do encontro pessoal com Cristo como Senhor da vida e da humanidade. Quando Jesus chama a segui-lo, tudo se relativiza e passa a um segundo plano: “imediatamente deixaram as redes e começaram a segui-lo” (Mt 4, 18-22). Tudo: futuro, relações, afetos, trabalho, possibilidades, capacidades, se reordena em função dele. Não se trata de acomodar o projeto de Jesus à própria vida, e sim de acomodar a própria vida ao projeto de Jesus.O encontro com Jesus reorganiza os valores e nos faz “pessoas para os demais”:  o amor de Deus se faz princípio estruturante da vida, unifica o coração e torna possível uma vida nova. O triunfo do amor sobre o egoísmo passa pela “loucura da cruz” (1Cor 1,18), “o que perde a vida a recupera” (Mt 10,39). A vida cristã exige pôr em ação meios que façam possíveis uma permanente conversão: oração, comunidade, acompanhamento, formação, discernimento, compromisso evangelizador. É um caminho interior para o “ter os mesmo sentimentos de Cristo Jesus” (Fl 2,5), com entranhas de misericórdia, em disponibilidade à vontade do Pai, em atitude de serviço aos irmãos.O projeto de vida faz relação à vocação como exigência pessoal e como chamada “a partir de fora”. É um compromisso interior entusiasmante:  converter-se no que cada um deve chegar a ser para si mesmo, para os demais e para Deus.O projeto de vida somente pode ser vivido quando a pessoa supera a atitude egocêntrica e descobre um amor que liberta, que salva, que dá plenitude. Quando se descobre profundamente amada por Jesus no que é. Jesus não ama a pessoa pelo que vale, pelo que aparenta, pelo que dá, e sim pelo que é. Aceita e confia.É o amor e a proximidade entranhável que viveram seus tantos seguidores, a quem mudou-lhes completamente a vida. Trata-se de uma experiência que gera fome e sede de plenitude, que convida a viver com intensidade esse magnífico projeto do Reino, que enamora e apaixona , que faz viver com entusiasmo, pondo todos os dons e capacidades em função dele.A missão de Jesus é transformar vidas. Quando reconhecemos o sacrifício, o preço que Ele pagou na cruz em nosso lugar e o recebemos como Senhor de nossas vidas e Salvador, a Palavra diz que o Espírito de Deus vem habitar em nós, nascemos de novo, nos tornamos novas criaturas. Transformar é mudar sua condição natural ou caráter, é retornara a situação de quando Deus criou o homem a sua imagem e semelhança. 



A transformação é caracterizada por ousadia, sabedoria, precisão, paciência e persistência:





Romanos 12: 1-2 “Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas trnsformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”




II Coríntios 3:18 “E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito.”




Filipenses 1:6 “Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus.”




É projeto de Jesus também, nos engajar e nos enviar nesta sua mesma missão:






Mateus 28: 18-20Então, Jesus aproximou-se deles e disse: Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.”




Marcos 16:15E disse-lhes: “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas.”




Lucas 24: 46-48 “E lhes disse: “Está escrito que o Cristo haveria de sofrer e ressuscitar dos mortos no terceiro dia, e que em seu nome seria pregado o arrependimento para perdão de pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vocês são testemunhas destas coisas.”




RECAPITULANDO:












Dentro do Projeto Eterno de Deus, qual foi a providencia que Ele tomou para voltar a unir todos debaixo de um único Cabeça? A resposta é: “o Evangelho do Reino”! Por meio dele, Deus coloca todos debaixo do governo de Cristo. Não há outra mensagem, não na outra palavra, não há outro caminho para realizarmos essa tarefa. Esse foi o evangelho que Jesus pregou e é esse evangelho que devemos pregar (Mt 9:35, 24:14; Lc 4:42-43, 8:1, 9:1-2, 10:1,8-9, Mt 5:2-3, 5:33, 7:28-29, 13:18-19,24,31,33,44,45,52; 20:1, 22:2). Reino é uma forma de governo na qual a maior autoridade está na pessoa do rei. Esse governo se estende sobre todos os territórios e pessoas que estão debaixo do domínio desse rei. Assim, Reino de Deus significa governo de Deus. Ele é o rei absoluto do Universo por direito inerente, por ser seu criador, dono e sustentador. Ele é a autoridade suprema sobre tudo que existe, sobre o que é visível, e o que é invisível, sobre a criação, os anjos, a humanidade, a história, as nações e os eventos futuros.






O homem é um ser criado por Deus com responsabilidade moral e capacidade de decisão!





Ele é responsável por obedecer consciente, voluntária e inteligentemente a palavra de Deus, reconhecendo e acatando, desse modo, o reino de Deus sobre sua vida.A entrada do pecado já na infância da humanidade tornou o homem independente e afastou o governo de Deus da sua vida. Ele rejeitou o governo de Deus e decidiu mandar na sua própria vida, ser dono de si mesmo. As trágicas conseqüências dessa decisão vieram logo em seguida: mentiras, homicídios, vinganças, disputas, etc. E a correnteza segue forte até os dias de hoje. O pecado é a “doença hereditária” fatal, o veneno mortal que circula nas veias de todo ser humano, do qual é impossível ele se libertar.Para corrigir o desvio causado pelo pecado, Deus enviou seu Filho ao mundo, na pessoa de Jesus de Nazaré. Ele iniciou sua obra anunciando a chegada do reino de Deus e ordenando aos homens que abandonassem sua vida independente de Deus e se sujeitassem a seu governo.Mc 1, 14-15: “Ora, depois que João foi entregue, veio Jesus para a Galiléia pregando o evangelho do reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e é chegado o reino de Deus. Arrependei-vos, e crede no evangelho.”




Ao contrário de Adão, Jesus foi totalmente obediente ao Pai, dependendo Dele em todas as coisas: 





Nas curas, nas pregações, nos milagres, em tudo. Ele concluiu seu ministério na terra entregando a vida para pagar o preço pelos pecados da humanidade. Por causa de sua plena obediência, triunfou sobre a morte e ressuscitou ao e terceiro dia pelo poder do Espírito Santo. 





E tendo subidos novamente aos céus, foi feito o Rei dos reis e o Senhor dos senhores:





Mt 28,18: “E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra.”


At 2,36: “Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse mesmo Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.”


Filp 2,9-11: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai...”





A palavra Senhor aplicada a Jesus, no texto grego, é "Kyrios", que significa Chefe, Dono, Amo, Senhor, a Máxima Autoridade. Isso quer dizer que o Reino de Deus chegou através de Seu filho Jesus Cristo. Ele é o Rei. Assim, o evangelho do Reino de Deus apresenta ao pecador uma pessoa a quem ele deve se submeter (Jesus). Requer uma mudança de atitude (arrependimento). E vincula a salvação à fé e à obediência (Mt7,21-27; Mc16,16; Rm1,5;10,9-10).





CONCLUSÃO:













Precisamos da sadia coragem de abandonarmos os nossos próprios projetos, quando damos a eles o nome de projeto de Deus, e deixar que Ele mesmo realize seu projeto em nós e no mundo, com aquela sábia atitude de João batista (que Ele cresça e eu diminua) e de todos os santos como Inácio de Loyola e tantos outros, que não tiveram medo de colocar seu projeto nas mãos de Deus!








Padre Kolbe fundou em 1917 a "Milícia da Imaculada", associação pública de fiéis cristãos, destinada ao apostolado católico e mariano! 












O ideal era “Conquistar o mundo inteiro a Cristo através da Imaculada”, utilizando principalmente os meios de comunicação. Ele passou a publicar mensalmente uma revista que logo alcançou números impressionantes de tiragem e distribuição. Em 1927, fundou a comunidade Niepokalanów, a “Cidade da Imaculada”, que em pouco tempo cresceu bastante e atraía muitas vocações. 




Para tudo isso, padre Kolbe tinha uma convicção profunda: o progresso interior era o que importava, e este progresso vinha da união com Deus, da vida de oração. Isso era o mais importante, e assim ele sempre afirmava aos seus membros:







“Em que consiste o verdadeiro progresso de Niepokalanów? No fundo, Niepokalanów são as nossas almas. Tudo o mais, inclusive a ciência, é secundário. "O progresso ou é espiritual ou não é progresso”, afirmou o santo. O crescimento da casa mãe não é prova concreta de progresso, como não o são as novas construções. Mesmo que adquiríssemos as máquinas mais sofisticadas, que tivéssemos a nosso dispor todos os aperfeiçoamentos técnicos e todas as descobertas da ciência moderna, mesmo assim não teríamos atingido o progresso autêntico. Se a tiragem das revistas dobrasse ou triplicasse, nem mesmo isso significaria um verdadeiro progresso...Mesmo que as nossas obras fossem abandonadas, que todos os membros da milícia nos deixassem, mesmo que tivéssemos de nos dispersar como folhas ao vento de outono, se tudo isso acontecesse e o ideal de Niepokalanów continuasse a florir em nossas almas, então, meus rapazes, poderíamos afirmar que estamos em pleno progresso...”










Sem dúvida, esta é a verdade incontestável e que não pode ser esquecida: o verdadeiro progresso é interior. O exterior é mera consequência!




Concluo esta despretensiosa reflexão com as brilhantes palavras do frei Clodovis Boff e com a palavra oficial da Igreja sobre a obra de evangelização confiada a nós, os discípulos enviados ao mundo para estes tempos:






“Certamente, a Igreja já fez, está fazendo muito no campo social, e precisará fazer mais ainda. Mas, é preciso que fique claro: não é essa a missão originária, "própria” da Igreja, como repete expressamente o Vaticano II (cf. GS 42,2; e ainda 40,2-3 e 45,1). A missão social é, antes, uma missão segunda, embora derivada, necessariamente, da primeira, que é de natureza "religiosa”. Essa lição nunca foi bem compreendida pelo pensamento laico. Foram os Iluministas que queriam reduzir a missão da Igreja à mera função social. Daí terem cometido o crime, inclusive cultural, de destruírem celebres mosteiros e proibido a existência de ordens religiosas, por acharem tudo isso coisa completamente inútil, mentalidade essa ainda forte na sociedade e até mesmo dentro da Igreja. Agora, se perguntamos: Qual é o maior desafio da Igreja? Devemos responder: É o maior desafio do homem: o sentido de sua vida. Essa é uma questão que transcende tanto as sociedades como os tempos. É uma questão eterna, que, porém, hoje, nos pós-moderno, tornou-se, particularmente angustiante e generalizada. É, em primeiríssimo lugar, a essa questão, profundamente existencial e hoje caracterizadamente cultural, que a Igreja precisa responder, como, aliás, todas as religiões, pois são elas, a partir de sua essência, as "especialistas do sentido”. Quem não viu a gravidade desse desafio, ao mesmo tempo existencial e histórico, e insiste em ver na questão social "a grande questão”, está "desantenado” não só da teologia, mas também da história.”- ( Frei Clodovis M. Boff).





O que é Evangelizar para a Igreja?







“Evangelizar, para a Igreja, é levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, mas para a Igreja não se trata tanto de pregar o Evangelho a espaços geográficos cada vez mais vastos ou populações maiores em dimensões de massa, mas de chegar a atingir e como que a modificar pela força do Evangelho os critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que se apresentam em contraste com a Palavra de Deus e com o desígnio da salvação.” (Evangelii Nuntiandi Nº 18-19. Papa Paulo VI)






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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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