Fundada na primeira metade do
século XX, a Escola de Frankfurt baseou-se na união de um grupo de intelectuais
e estudiosos que se reuniram a fim de produzir o pensamento que era denominado
como Teoria Crítica. Também chamado de Instituto de Pesquisas Sociais o espaço
elaborou uma crítica bastante embasada e fortalecida da sociedade, contestando
sob os moldes mais gerais e específicos das coisas que permeavam a civilização
atual, ao passo em que a sociedade vivia um período de grande instabilidade e
muitas problemáticas políticas e econômicas. Sendo assim, os pilares que conseguiam manter a Escola de Frankfurt
firme e sólida era a formação de filosofias que se contrapunham àquelas
elaboradas pelos filósofos e idealistas clássicos, bem como a utilização de
doutrinas que criticavam aspectos que permeiam a vida em sociedade como o
sistema econômico vigente- o capitalismo-, a arte, o consumo, a história e a
política. Entretanto, embora os debates abarcassem inúmeras temáticas, o grande
foco da escola era colocar em debate o trabalho e a forma como se davam as
ações relativas à cultura. O grupo de teóricos envolvidos foi motivado pelo
principal deles: Theodor Adorno, que incitou a participação de muitos outros,
tais como: Walter Benjamin, Marcuse, Otto Apel, Max Horkheimer, Jürgen
Habermas, Leo Lowenthal, entre outros representantes de renome para o
movimento. O ponto crucial para a criação da Escola de Frankfurt foi a decepção
com a revolução instaurada em Bolchevique, que culminou na formação do grupo
que atuava de forma nômade até chegarem aos Estados Unidos, onde ampliaram o
campo de estudo baseado na cultura norte-americana. Como meio propulsor e de
divulgação do seu olhar sobre os aspectos que permeavam as criticas tiveram
algumas produções, como a principal obra de Adorno, intitulada de Dialética
Negativa, bem como a Revista de Pesquisa Social. Em linhas gerais, entende-se
que a Teoria Crítica é resultado da harmonização do histórico do marxismo
materialista com as teorias psicanalíticas que já tinham sido desenvolvidas.
Assim, a teoria era uma mistura bem diversificada de olhares, críticas, ideias
e teorias, resultando num mix ideológico.
As características dessa escola eram basicamente
quatro:
1)- Desprezo
pelo revolucionarismo material ou físico alheio as ações contínuas e culturais.
2)- Reinterpretação
do marxismo e do mundo através da ideologia marxista.
3)- Critica
ferrenha a alienação e imperialismo oriundos da cultura ocidental
4)- Desenvolvimento
do senso crítico e medidas para promover a quebra dos valores sociais já
instaurados.
A
Escola de Frankfurt, o marxismo cultural, e o politicamente correto como
ferramenta de controle:
A liberdade de ideias
e a liberdade de expressá-las sem sofrer censura moral sempre foram idéias
correlacionadas e entrelaçadas. Mas
ambas já morreram. Mas não morreram
agora. Sua morte começou entre os anos
1930 e 1968, quando um grupo de intelectuais e filósofos se uniu para criar uma
escola de pensamento que tinha como foco essencial a destruição da civilização
Ocidental e tudo o que ela representa (inclusive seu sistema econômico baseado
no capitalismo) por meio da 'emancipação'. Max Horkheimer, um filósofo
marxista, foi um dos pais fundadores da Escola de Frankfurt, a qual incorporava
toda a moderna Teoria Crítica da Sociedade e que, em grande escala, se caracterizada
como neomarxista. Horkheimer, junto com
Jürgen Habermas, Theodor W. Adorno, Herbert Marcuse e Erich Fromm, para citar
apenas alguns, criaram a Escola de Frankfurt e seu Instituto para Pesquisa
Social, uma instituição que moldou o pensamento cultural do Ocidente como um
todo e da Alemanha em particular.De acordo com Horkheimer, a teoria crítica tinha o objetivo de
"libertar os seres humanos das circunstâncias que os
escravizam". Assim sendo, seu
principal objetivo era criar uma plataforma teórica e ideológica para uma
revolução cultural. Ato contínuo, esse grupo de "filósofos" centrou seus
esforços especificamente na cultura. É a
cultura o que forma os fundamentos que modelam a mentalidade e a visão política
das pessoas. Alterando-se a cultura, altera-se a mentalidade e a visão política
das pessoas. Para alterar a cultura, é
imprescindível controlar a linguagem e das idéias. E, para se fazer essa revolução cultural, era
imprescindível se infiltrar nos canais institucionais, particularmente a
educação.
Em suma, a Teoria Crítica é a politização da lógica:
Horkheimer, ao
declarar que "a lógica não é independente de conteúdo", quis dizer
que um argumento é lógico se ele tem o objetivo de destruir as bases culturais
tradicionais da civilização Ocidental, e é ilógico se ele tem o objetivo de
defendê-las. Este, obviamente, é o pilar do "politicamente correto", e
explica por que o debate aberto e sem censura é vituperado como sendo algo
subversivo e inflamatório. O
politicamente correto despreza o debate aberto porque o vê como um gerador de
discórdias e dúvidas, algo que estimula a análise crítica e impede uma
uniformidade (e uma hegemonia) intelectual.
Em suma, o debate aberto e sem censura evita a predominância do chamado
"pensamento de manada", que é o cerne da revolução cultural.
A Teoria Crítica da Sociedade, a guerra à religião e a
descriminalização do crime:
A Escola de Frankfurt
alegava que sua Teoria Crítica da Sociedade era a teoria da verdade. A filosofia ocidental, de Santo Tomás de
Aquino a Kant, passando por Hegel, Fichte, Schellin e Goethe, deveria ser
sumariamente descartada e substituída pelas regras próprias e dogmáticas da
Escola de Frankfurt, a qual continha todas as diretrizes do "pensamento
correto". Nas áreas da sociologia e da filosofia política, a Teoria
Crítica foi além da interpretação e da compreensão da sociedade; ela se
esforçou para sobrepujar e destruir todas as barreiras que, em sua visão,
mantinham a sociedade presa em sistemas de dominação, opressão e dependência. Uma
das principais e mais controversas discussões diz respeito à animosidade da
Escola de Frankfurt em relação à religião e à espiritualidade. Para os frankfurtianos, o cristianismo representa o ressurgimento
institucional da filosofia pagã, e Deus seria uma mera ficção. A religião leva as pessoas a projetarem seu
sofrimento em uma entidade divina; ela serve como distração da miséria causada
pelo capitalismo; em seu núcleo, não há nada mais do que a pura
imaginação. À medida que as
teorias darwinistas e freudianas foram desafiando a religião, o marxismo e o
neomarxismo ganharam força para contestar a imagem mítica e obscurantista da
milenar divindade institucionalizada.
Não é Deus, mas sim o homem a entidade mais alta a ser reverenciada. A
Escola de Frankfurt professa que o homem, na condição de mamífero e sendo um
mero produto da natureza, destituído de qualquer espiritualidade, é totalmente
limitado em sua existência, sendo conduzido pelos seus mais básicos e
primitivos instintos e guiado por suas necessidades básicas. Não há espaço para o livre arbítrio, não há capacidade de julgamento
crítico e nem há a habilidade de distinguir o certo do errado. Não há presciência e não há
racionalização. Essa posição tem suas
raízes nas bases marxistas da Escola, uma vez que o marxismo afirma que o homem
é um produto da sociedade:Sua mente e seu espírito são determinados e moldados pelo mundo
material. Por causa dessa
vulnerabilidade aos fatores externos, a mente humana é vista como frágil e
manipulável, de modo que, assim sendo, o homem não pode ser responsabilizado
por suas próprias decisões. Essa ideia serviu como base para a
"descriminalização do crime", que é uma das teses da Escola de
Frankfurt. Segundo Habermas, dado que o
homem é um produto da sociedade, é inevitável que ele ceda aos seus impulsos
primitivos e às suas tendências criminosas, uma vez que ele foi criado sob o
jugo da violência estrutural de um sistema capitalista criminoso. (Como se o
sistema Comunista não tivesse suas perversidades induzidas).A Escola de Frankfurt
(legítima representante da esquerda Caviar),acreditava que, ao
extirpar a humanidade da espiritualidade, e ao destruir os bens materiais
criados pelo capitalismo que rodeiam os seres humanos, o homem viverá
livremente, sem o sentimento de responsabilidade e sem o fardo de sua própria
consciência. Os frankfurtianos prometiam
liberdade sem o livre arbítrio; preconizavam a emancipação por meio da
assimilação intelectual; e garantiam que seria possível haver igualdade sem
justiça.
A importância estratégica da educação controlada pelo estado:
De acordo com a
Escola de Frankfurt, todos os defeitos da humanidade começam com a
família. A família é a primeira e
primordial entidade moral que encontramos.
Essa entidade cria seus filhos de uma maneira autoritária, a qual gera
adultos submissos, obedientes e dependentes. Em outras palavras, é a família o
que nos prepara e nos programa para aceitar o fascismo. Sendo assim, ao se desacreditar e destruir o
conceito de família, torna-se possível destruir o capitalismo e o fascismo em
sua raiz.Por causa dessa atitude antagonista em relação à família, combinada
com sua cruzada ideológica contra a espiritualidade, os filósofos de Frankfurt
tinham de apresentar uma alternativa para substituir essa instituição antiquada
e, com isso, garantir um caminho seguro para o futuro.
META PRINCIPAL - Tomar Conta do 4º Poder: A informação
Ato contínuo, a
solução estava em reprogramar a sociedade por meio de uma engenharia social
revolucionária, de modo que todos passassem a se comportar da maneira esperada
pela teoria social da Escola. Todo o
comportamento humano deveria se tornar um mero e previsível ato de
reciprocidade. Este, por si só, seria o código universal de ética que
governaria a utopia frankfurtiana. Para
impor e impingir esse código sobre a sociedade, eles propuseram a infiltração
seguida da manipulação das instituições, dentre elas, e principalmente, a
educação e a mídia. Deter o controle desses canais institucionais seria a
maneira mais eficiente de impor e de promover sua ética. A educação controlada por sua ideologia
forneceria a chave para a obediência garantida, extirpando toda e qualquer
discordância, bem como todo e qualquer potencial de pensamento independente
feito pelo indivíduo. As repercussões dessa estratégia são óbvias hoje. A educação controlada pelo estado condicionou
as crianças e os adolescentes a, desde cedo, jamais questionar as políticas
coletivistas do governo. Aliás, quando estudantes decidem fazer algum ato de rebeldia contra o
governo, é justamente para pedir a imposição de ainda mais políticas
coletivistas. Trata-se de uma estratégia
que obteve um sucesso quase que absoluto.
Como disse Lew Rockwell:
"Se toda a propaganda
governamental inculcada nas salas de aula conseguir criar raízes dentro das
crianças à medida que elas crescem e se tornam adultas, estas crianças não serão nenhuma ameaça ao aparato estatal. Elas mesmas irão prender os grilhões aos seus
próprios tornozelos."
A ascensão do marxismo cultural:
A Escola da Frankfurt
criou o dogma de que "liberdade e justiça" são termos dialéticos, o
que significa que eles estão em completa oposição um ao outro, em um jogo de
soma zero, em que "mais liberdade significa menos justiça" e
"mais justiça é igual a menos liberdade". Baseado nessa dialética, a liberdade era a tese
e a justiça era a antítese. Essa interessante abordagem dialética foi adotada
das idéias e obras de Friedrich Hegel. A
Escola de Frankfurt, no entanto, distorceu o núcleo deste conceito e desnaturou
sua lógica consequencial. Em suma, a principal diferença entre as abordagens dialéticas de Hegel e
Horkheimer está em suas respectivas conclusões: Hegel, um idealista,
acreditava, assim como Kant, que o espírito cria a matéria, ao passo que, para
Horkheimer, um discípulo de Marx e de sua teoria do materialismo, é a matéria o
que cria o espírito.Marx afirmava que o
mundo, a realidade objetiva, podia ser explicado por sua existência material e
por seu desenvolvimento, e não pela concretização de uma ideia divina absoluta
ou como resultado do pensamento humano racional, que é a postura adotada pelo
idealismo. Consequentemente, para a Escola de Frankfurt, colocar limites sobre
o mundo material, colocar regras externas e diretrizes sobre o ambiente no qual
os indivíduos vivem, pensam e operam, seria uma medida que, na visão deles,
seria suficiente para moldar a experiência cognitiva dos indivíduos e, com
isso, confinar seus espíritos aos parâmetros "desejados".
O
ESTRATÉGICO POLITICAMENTE CORRETO DA ESQUERDA:
Esse é o ponto-chave
que liga a Escola de Frankfurt àquilo que hoje conhecemos como o
"politicamente correto". No
cerne do politicamente correto está a crença de que menos liberdade garante
mais justiça e, consequentemente, mais segurança. Este mantra é regurgitado por meio de
instituições acadêmicas e discursos políticos, inserido em valores sociais e
plantado nas mentes das gerações mais jovens (futuros eleitores) por meio das
escolas e faculdades, exatamente como era intenção da Escola de Frankfurt. Em vez de criar uma plataforma que estimule o desenvolvimento do
indivíduo por meio do raciocínio lógico, do questionamento e dos diálogos
estimulantes, o sistema institucional funciona como uma linha de montagem
mecanizada, que tem o objetivo de padronizar e homogeneizar os indivíduos,
condicionando-os a se submeter ao status quo, sempre dizendo 'sim' e jamais
questionando. Esta é a lógica da Teoria
Crítica da Sociedade e o elemento central do "politicamente correto". Trata-se de uma
tentativa de controlar a inerente entropia das idéias humanas e todo o tipo de
pensamento independente; de controlar o fluxo das idéias humanas e de conformar
as experiências humanas a um imobilismo anti-natural.
Em última instância, trata-se do objetivo de
quebrar o espírito do indivíduo e deixar sua mente de joelhos perante os
ditames dos filósofos.
Daí vem o termo "marxismo cultural"
Os marxistas
praticamente abandonaram a velha retórica da "luta de classes", que
envolvia as classes capitalistas e proletárias, e a substituíram pelas classes
opressoras e oprimidas. As classes oprimidas incluem as mulheres, as minorias, os grupos LGBT, e
várias outras categorias mascotes. Já a
classe opressora é formada por homens brancos heterossexuais que não sejam
ideologicamente marxistas, como os próprios fundadores da Escola de Frankfurt.
O
marxismo cultural nada tem a ver com a liberdade, com o progresso social ou com
um suposto esclarecimento cultural! Ao
contrário, e como o próprio Horkheimer deixou claro, tem a ver com a criação de
indivíduos idênticos que não se confrontem entre si e que não troquem idéias,
operando como máquinas automáticas e sem emoção!
Conclusão:
No cerne da Escola de
Frankfurt está a ideia de que o pensamento pode ser controlado por meio da
imposição da doutrina do "politicamente correto". A base desta ideia é o polilogismo marxista,
o qual dizia que diferentes grupos de pessoas possuem diferentes modos de pensamento
e seguem diferentes tipos de lógica. Os marxistas tinham
um álibi ESTRATÉGICO para não debater com pessoas das quais discordavam: eles
simplesmente rotulavam seus oponentes como "burgueses nazifascistas, apologistas
da classe exploradora", cujos argumentos utilizavam uma lógica que não era
aplicável à classe proletária. Essa linha de
raciocínio, em última instância, implica a negação de que a lógica sequer
exista. A "verdade" passa a
ser simplesmente aquilo que os marxistas decretaram ser. A Escola de Frankfurt
segue esta mesmo lógica. Por isso, ela e
seus seguidores estão hoje entre os maiores inimigos da liberdade e da mente
humana livre e consciente. Qualquer semelhança
com o atual estado de coisas no Brasil, Rede esgoto de comunicação Globo, ONU, e mundo afora é mera coincidência conspirativa
?...
Fonte: Mises.org
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