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Demonologia sem mitos

Written By Beraká - o blog da família on quarta-feira, 4 de novembro de 2015 | 22:37






“Por alguma brecha a fumaça de Satanás entrou no templo de Deus: existe a dúvida, a incerteza, a problemática, a inquietação, o confronto."  (Papa Paulo VI - Discurso em 26 de junho de 1972).



BATALHA ESPIRITUAL (Prof. Felipe Aquino - Cleofas)




Muitas fantasias têm sido ditas e cridas em nome de uma tão falada batalha que estamos travando contra as forças infernais. Mas será que, antes de amarrar Satanás e suas forças, não seria melhor observar bem o que está acontecendo, de fato, em nome desta batalha? Temos visto aparecer toda uma demonologia, espalhada dentro dos meios católicos que pouco ou nada têm de católica. Por exemplo, muitos dos nomes de demônios que ouvimos por aí, nada mais são que mitologia afro-brasileira (Exú, Exú Tranca-Rua, Exú Caveira, Zé Pilintra, Preto Véio, Nãnã Buruquê, Pomba Gira, Iemanjá, etc); fazem parte do panteão dos deuses afro-brasileiros mas não da Revelação contida na Sagrada Escritura e na Tradição e, por isso, não podem merecer crédito. Com todo o respeito às manifestações religiosas de outras culturas, para nós cristãos estes nomes são vazios, não querem dizer nada, são ídolos desprovidos de existência e consistência e, portanto, não nos podem fazer nenhum mal. Que diremos então de outros nomes que têm aparecido? Mephistofes, Tremus, Arius, Cumba, Krion, Kruonos, e outros. Segundo alguns pregadores de batalha espiritual, se não soubermos o nome do demônio ele não é expulso; daí a lista tende a se avolumar. Se continuarmos aceitando esta listagem mitológica logo veremos exorcismos do Saci Pererê.Visto que estão em uma batalha, estes “irmãos caça-fantasmas” logo passam a ver o inimigo DE FORMA ONIPRESENTE, ou seja em todos os lugares de forma simultânea. Em tudo veem o dedinho do capeta. De dor de cabeça à explosão de shopping, tudo passa pelos planos de guerra de Satã. O Tinhoso, assim descrito, trabalha mais do que Deus.É fácil reconhecer um irmão “caça-fantasmas”. Ele está sempre envolto nas névoas de conversas misteriosas: um tal de ouvi dizer que, não sei quem viu, não sei onde, não se sabe o quê… e por aí vai. É sempre muito escrupuloso; anda armado para batalhar em qualquer lugar e a qualquer hora que dele precisarem. Munido de Bíblia, Devocionário de São Miguel Arcanjo, rosários de todo tipo e muita, muita água benta, lá vai ele pelas ruas frias e insalubres procurando ajudar a próxima vítima. Mas, ele sempre esquece o principal “apetrecho” para um bom ministério de libertação: a doutrina católica sobre os demônios! Esta doutrina é simples: os demônios, depois da Morte e Ressurreição de Cristo, já perderam a batalha. Como leão, procurando a quem devorar, o diabo ruge. São Pedro recomenda: “Resisti-lhe, firmes na fé”. Eis a nossa arma: a fé, que da Santa Igreja recebemos. Sem conhecê-la é impossível agradar a Deus nesta “batalha”. Não é o propósito fazermos aqui um curso completo de demonologia. Gostaria apenas de indicar alguns princípios que possam nos ajudar no discernimento espiritual. Estes princípios pastorais são resultados de uma pesquisa que realizei como monografia para a minha conclusão da faculdade de Teologia, num estudo sobre a “fenomenologia do milagre.”





Ajudando a discernir:













Os demônios existem como seres pessoais. São anjos caídos, por desobediência a Deus. Assim como o bem se propaga, também o mal. O desejo único dos demônios é propagar o ódio que sentem por Deus.A Sagrada Escritura nos apresenta Jesus de Nazaré como exorcista (Mc 1,23-28 Mt 8,28-34; 12,22-34 e 17,14-21 e par. etc.). John P. Meier, em sua monumental obra “Um judeu marginal, repensando o Jesus histórico” (volume dois, livro três, Milagres) procurou, com cientificidade, desfazer uma série de erros que alguns teólogos andaram escrevendo sobre o Jesus histórico, fazendo dos seus exorcismos figuras e símbolos; pintavam um Jesus como uma espécie de mestre ético, um tipo de Gandhi palestino, diferente daquele Jesus ao qual temos acesso pelos documentos conhecidos e interpretados pelo magistério da Igreja. A atitude de Jesus frente à crença generalizada na existência de espíritos maléficos não foi a de negá-los. Isto poderia ter acontecido, pois a libertação para o povo oprimido por estes seres infernais seria um alívio. Em sua Nova e Eterna Aliança, na sua pregação sobre o Reino, poderiam ficar de fora realidades puramente espirituais como anjos e demônios, mas não foi o que Jesus fez. Não só não os negou, como tomam um lugar de certa relevância nos sinais que manifestam a chegada do Reino de Deus. Os demônios são expulsos em seu nome, e por isto Jesus é acusado (a pior de todas as acusações que encontramos contra ele nos Evangelhos) de expulsar Belzebu pelo poder do próprio Belzebu. Ora, se exorcismo fossem figuras e símbolos, a comunidade primitiva jamais transcreveria uma acusação tão comprometedora; é, pelo menos, o que pensam inúmeros exegetas, como por exemplo: A. Van de Born, no Dicionário Enciclopédico Bíblico, Vozes, p. 1204. Se Jesus venceu o império do Mal na Cruz, não é verdade que ele não tenha mais ação após a Sua Páscoa, nos ensina a Escritura (At 5,3; 1Cor 7,5; 10,20; 2Cor 4,35; 6,14s; 11,13s; 1Ts 3,5.8; 1Tm 5,15; 2Tm 2,28; 1Pd 5,8; etc.) e toda a tradição católica que nunca deixou de exorcizar os energúmenos.O mistério do Mal e sua derrota fazem parte da Boa Nova cristã. Por outro lado, não podemos acusar, diretamente, o diabo por todas as coisas ruins que acontecem. Dizia São João Crisóstomo: “Não, não é verdade que o diabo [age] apenas, mas é a própria incúria dos homens que causa as faltas e desgraças” (De diabolo tentatore, Homilia II).




Os invejosos demônios podem atuar sobre as pessoas principalmente através da tentação!













Por ela o diabo insinua, propõe e até facilita a desordem pecaminosa que é a ofensa a Deus e perdição para a graça na alma. O homem permanece livre na tentação e se cair é culpado de todos os seus atos. Nem toda a tentação é proposta, de modo direto, pelo diabo, mas também pelos hábitos desregrados, ambiente, cultura, política e economia, etc. Somente através da tentação o diabo consegue o seu intento principal que é afastar a pessoa de Deus.





Outras formas de atuação diabólica são mais raras, mas a Igreja as reconhece! São elas: a obsessão, a infestação e a possessão:

 




1)- O mecanismo da obsessão diabólica é o mesmo da obsessão doentia, que a psiquiatria estuda, mas sua causa não é natural, é sobrenatural. Consiste em ideias fixas, vozes, visões, etc. Neste caso a pessoa é afligida, perde a paz, pensa estar louca e pode agir como verdadeiro endemoniado, pois o diabo pode lhe sugerir isto na obsessão. As orações de libertação feitas por leigos têm efeito nestes casos.



3)- Já a infestação diz respeito não a pessoas, mas a objetos e locais. A presença diabólica em determinados objetos e locais é atestada pela Igreja nos exorcismos feitos para diversos locais e coisas contidos no Ritual Romano.



4)- A forma raríssima de atuação diabólica é a possessão. Consiste no demônio se apossando do corpo e das faculdades racionais da pessoa a fim de destruir nela a imagem de Deus. O diabo não ganha com esta intervenção extraordinária senão o aparente império de sua maldade, visto que a pessoa desprovida de liberdade, mediante a obsessão ou possessão, não pode pecar, é como o viciado sob o efeito de drogas. Pode haver uma eventual culpa em buscar a presença maligna. Em um tribunal civil, os que buscam uma desculpa no diabo para se safar de penas, são, geralmente, julgados como psicopatas, principalmente quando ficam dúvidas sobre a sanidade mental do envolvido.A Igreja reserva apenas aos sacerdotes a faculdade de exorcizar uma pessoa (Cf. Código de Direito Canônico, 1172). Este padre precisa de licença do bispo local; o bispo escolhe um sacerdote que se distinga pela piedade, ciência, prudência e integridade de vida. É ele quem dirá se é ou não caso para exorcismo. E se errar? Deus dará um caminho para que a pessoa seja liberta. 



ATENÇÃO! Se não há padre nomeado em uma diocese, é sinal que o bispo chama para si todos os casos de possessão!




O discernimento pode apontar para quatro possibilidades na suposta ação diabólica:





1)- Patologia: Alguns quadros identificados como obsessão-possessão não passam de doenças psíquicas que pedem um psiquiatra e não um padre! Procure, ao menos, saber do passado médico do(a) dito(a) possesso(a), e nunca deixe de rezar pela pessoa.




2)- Parapsicologia: São os fenômenos estudados pela psicologia das profundidades, que busca conhecer os sentidos extra sensoriais, que não têm nada a ver com o sobrenatural. São estudos recentes e não podem ser a medida de toda a avaliação. Se levarmos em conta o que ensinam alguns parapsicólogos, não sobrará nenhum milagre, visto que suas mentes racionalistas não concebem a atuação sobrenatural no mundo natural; só aceitam as leis naturais. Como o diabo pode atuar nas faculdades extra sensoriais, despertando-as, devemos ter prudência na avaliação (Cf. Jofrey Steffon, ‘Satanismo é real’, Ed. Louva a Deus, p. 171).




3)- Fraude: Há pessoas que mentem, desejando chamar a atenção sobre si, etc. Há ainda o delírio de viciados, que na ausência do álcool, ou da droga, comportam-se como verdadeiros possessos. Isto sem falar nas pessoas acostumadas ao espiritismo, onde possessão-incorporação é coisa comum, aprendida por imitação de outros “médiuns”. Nestes casos não temos nenhum diabo incorporado, no máximo uma encenação causada por distúrbios do comportamento, outro caso para o médico e/ou direção espiritual.




4)- Realidade: Descartadas todas as possibilidades anteriores, estamos diante de um caso real de possessão-obssessão-infestação. 





E o que fazer?




1)- Em caso de obsessão e infestação ou mesmo de uma tentação mais grave, podemos usar das várias orações de libertação que conhecemos. Devemos recomendar a pessoa em questão que procure a Igreja, que se confesse, que busque os sacramentos, em especial a Eucaristia, que vá a Jesus na oração e peça a conversão de vida com atitudes concretas!



2)- Para os lugares infestados use os sacramentais, água e sal exorcizados na Igreja e orações de libertação de uso comum para leigos e devidamente aprovadas, ou recomendadas pelas autoridades da Igreja (sacerdotes, diáconos e bispos).




3)- A intercessão da Santíssima Virgem Maria deve ser buscada de um modo especial e confiante!



4)- O leigo está proibido de realizar qualquer tipo de exorcismo, até mesmo aquele escrito pelo Papa Leão XIII para uso pessoal e em pequenos grupos, não é para ser usado sobre outrem.




5)- Um assunto constante entre os exorcistas desautorizados, diz respeito à atuação do diabo no espiritismo. Sobre o assunto, resumo aqui o ensino de B. Kloppenburg (In ‘A atuação do demônio do espiritismo’, REB, junho/57, fac. 2, pp. 301-320) que transmite o autêntico ensinamento da Igreja. Kloppenburg afirma que em certos cultos de invocação de espíritos, inclusive malignos, o homem pode desejar a presença destes espíritos, pode entregar-se a eles, por pacto, aceitar seus projetos de morte, adorá-los, oferecer-lhes sacrifício, etc. Mas, nunca pode obrigá-los a manifestarem-se.




6)- A magia negra é, portanto, impossível, pois o homem não dispõe de meios naturais para obter ou provocar efeitos sobrenaturais. Não existem “sacramenta diaboli” (sacramentos diabólicos). Logo, despachos, feitiços, malefícios, vuduh, e coisas deste tipo são ineficazes. Não são a causa da manifestação ou atuação diabólica; o que podem ser é a ocasião permitida por Deus. Como? Por sugestionamento natural da pessoa que manteve contato com malefícios, e neste caso não há nenhuma atuação direta dos demônios, ou por permissão divina quando do malefício; por isto nas orações rituais as imprecações se dirigem, também, a possíveis malefícios. “São Boaventura ensina que a gana do demônio e a licença do Criador são condições essenciais que possibilitam a intervenção de Satanás nos negócios humanos” (Cf. Op. Cit. p. 318). O ambiente do culto aos espíritos do mal proporciona as condições necessárias para a atuação diabólica. No entanto, é justo lembrar que o espiritismo foi condenado pela Igreja, não porque o diabo atuasse nele, mas porque é uma doutrina em total contradição com a fé cristã e permeada de superstições. Quando o exorcista destrói “trabalhos” durante o exorcismo, ou outros objetos de superstição, não está destruindo a causa da manifestação diabólica, mas a ocasião da perturbação, infestação, obsessão e até, se é o caso, da possessão diabólica. Esta diferenciação é importante para não darmos ao espiritismo um poder que ele não possui.Estas observações do frei Kloppenburg são fundamentais para uma sadia leitura de livros como este que agora saiu sobre exorcismos (Gabriele Amorth, ‘Um exorcista conta-nos’, Paulinas, 1996) e que, sem estas referências, que ele não traz, poderiam nos levar a uma espécie de satanização das outras religiões.




Exorcismo é questão de prática, não se trata de uma matéria de áreas especulativas da teologia, pertence à área da Pastoral! Neste sentido, algumas recomendações práticas sobre a questão:






1)- O diabo é o pai da mentira, desde o princípio!




2)- A pergunta sobre o seu nome é uma prática, pois foi o que Jesus fez com o endemoniado geraseno, mas o nome que o suposto possesso dá ao exorcista não é fundamental para o exorcismo, é uma pergunta ritual. Às vezes o demônio dá nomes que estão ligados aos sintomas que tem provocado na vida do possesso: miséria, luxúria, blasfêmia, e outros. Isto não quer dizer que exista um demônio para cada um destes pecados, o que é mera especulação sem nenhum fundamento na Revelação. Além disto, estes pecados devem-se a pecaminosidade humana, que se combate com a graça, os sacramentos, com a conversão e não com exorcismo.




4)- O exorcismo não é um ato mágico, muito menos um sacramento. Lembre-se que "o exorcismo é um sacramental"; logo, ele procura fazer o que significa, mas não tem o efeito direto (opera operatur, diz a teologia) como os sacramentos. Por isto um exorcismo pode se estender por horas, parar e prosseguir semanas, meses, anos e, pasme, nunca ser concluído satisfatoriamente. Há casos assim, principalmente naquelas situações em que já houve um comprometimento das faculdades mentais do dito possesso.



5)- É inaceitável a um exorcista, muito menos a um leigo, orar pedindo a manifestação diabólica: “Manifeste-se agora, espírito de Pomba Gira! Espírito de prostituição, manifeste-se para ser exorcizado!”. Tal procedimento tem um nome: indução.



6)- Outra idéia intolerável é aquela que ensina que o católico praticante e que vive na graça de Deus pode ser possuído pelo diabo a qualquer momento. Se a possessão é coisa raríssima, tal possibilidade é praticamente impossível, ficando apenas uma chance: a permissão de Deus.




Concluindo:





Tenho percebido, preocupado, que muitas pessoas parecem não confiar no senhorio de Jesus Cristo sobre as suas vidas. Estão sempre achando que o demônio está influenciando-as, que um feitiço pode pegá-los a qualquer momento. As mesmas superstições que tinham quando não conheciam Jesus; parece que migram com elas para dentro da Igreja. A mentalidade mágica, pouco racional e muito sentimentalista, traz para dentro da fé cristã um perigoso ingrediente de fanatismo e fatalismo diante do mal. É comum vermos pessoas realmente adoecidas pelo terror de serem as próximas vítimas do diabo. Podemos verificar, também, que muito deste terror provém de certas pregações sobre batalha espiritual, que confirmam e aumentam este medo. É culpa, ainda, das pessoas da Igreja que, ao invés de ajudarem estes atormentados, desprezam-nos fugindo do problema, visto que têm compromissos com outras coisas mais importantes. Diante de uma pessoa que se diz atormentada pelo demônio devemos agir com prudência, não com medo, pressa, preconceito, racionalismos ou, pior, fugindo. Devemos agir, acreditando na idoneidade da pessoa, ajudando-a; estudar o caso, e sempre, sempre! orar pela pessoa, para que Deus a abençoe e afaste dela todos os males, deste modo genérico, sem afirmar e nem desmentir. Com isto não ficamos “em cima do muro”, mas ganhamos tempo e não faremos um diagnóstico apressado e, provavelmente, falso, ou, pelo menos, que menospreza a pessoa que merece atenção e amor. Assim Jesus nos ensinou.






Fonte: Cleofas – Prof. Felipe Aquino - http://cleofas.com.br/a-batalha-espiritual/






APROFUNDAMENTO E FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICO MAGISTERIAL E TRADICIONAL DO TEMA:





Baseada no ensinamento e exemplo de Jesus (Mateus 4,1-11; 12,22-30; Marcos 1,34; Lucas 10,18; 22,31; João 8,44), a Igreja Católica sempre afirmou que o diabo é real e não uma personificação mítica do mal.O IV Concílio de Latrão (1215), em seu decreto que condena o maniqueísmo dualista dos cátaros, ensina que "o diabo e os outros espíritos maus foram criados bons em natureza, mas se tornaram maus por suas próprias ações". O ensinamento católico sobre essa matéria é claro a partir da sua liturgia:No Batismo, aqueles que são batizados são conclamados a rejeitar Satanás, suas obras e suas vãs promessas. A Igreja possui um rito oficial de exorcismo, que pressupõe - como é óbvio - a existência de Satanás.Em 1975, a Sagrada Concregação para o Culto Divino editou um documento chamado "Fé Cristã e Demonologia", explicando o ensinamento da Igreja nessa matéria. Este documento cita o ensinamento do Papa Paulo VI acerca do diabo:"Afasta-se da imagem oferecida pelo ensinamento bíblico e da Igreja a recusa em reconhecer a existência do diabo, apontando-o como uma personificação fantasiosa e conceitual das causas desconhecidas de nossas misérias. Os exegetas e os teólogos não devem ser surdos para este aviso".(Presumivelmente, esta exortação se aplica a certo padre que apareceu na televisão). Mais recentemente, o Papa João Paulo II, em sua audiência de 13 de agosto de 1986, expôs a extensão da queda dos anjos e, ao se referir à origem de Satanás, disse:"Quando por um ato de sua livre vontade ele rejeitou a verdade que conhecia acerca de Deus, Satanás tornou-se universalmente 'o Mentiroso e o Pai das mentiras' (João 8,44). Por isso, ele vive em uma radical e irreversível negação de Deus e procura impor à criação, aos outros seres criados à imagem de Deus e em particular aos homens, a sua trágica 'mentira sobre o Bem' que é Deus".Embora Lúcifer tivesse uma superabundância de dons espirituais, ele também gozava - como nós - do dom de livre-arbítrio. Deus o deixou livre para escolher entre o bem e o mal e, como sabemos, ele escolheu o mal. Considere Adão e Eva: antes da Queda, eles possuíam imortalidade, controle sobre suas paixões e apetites, integridade plena de suas vontades, ainda como uma inteligência humana bem superior à que possuímos hoje. Da mesma forma, tal como Lúcifer, eles preferiram cometer um pecado mortal. Isto significa que Deus permitiu que eles exercessem o seu livre-arbítrio.Quanto ao pecado particular que os anjos-maus cometeram, muitos teólogos crêem que aos anjos foi dado, antes da sua Queda, um prévio conhecimento quanto aos seres humanos (que seriam inferiores a eles), bem como um conhecimento prévio de que o próprio Deus (a segunda Pessoa da Trindade) encarnaria como homem para redimir o universo através da sua morte na cruz.Tal revelação teria desagrado Lúcifer porque isso significaria que ele e os outros anjos teriam que adorar o Deus encarnado. Lúcifer e outros anjos que sentiam orgulho de serem superiores aos homens, em sua arrogância, não se permitiram adorar Jesus Cristo, Deus e Homem. Esta recusa - este "non serviam" (=não servirei) - teria dado origem à rebelião. Mas isso é apenas uma teoria teológica. Uma característica singular dos seres espirituais angelicais, é que estes foram dotados de uma inteligência muito mais aperfeiçoada do que a da espécie humana. Sendo assim, quando esses "anjos maus" soltaram o terrível grito "Não Servirei!", o fizeram com uma clareza tal que podiam muito bem avaliar os efeitos desta decisão e suas consequências totais, diferentemente da espécie humana.Eles tomaram a decisão de não se submeterem a Deus com uma liberdade plena e sem influências externas de tentação. Muitos teólogos dizem que esses anjos se sentiram menosprezados na antevisão de servirem a uma humanidade tão menor do que eles. Seja lá o que tenha acontecido, assim como o gênero humano, tiveram de testar seu amor a Deus mediante uma prova e livremente escolheram por sí mesmos.Ademais vale ressaltar que para estes seres espirituais que estão fora do espaço/tempo, a menor decisão é para sempre, é eterna. Resumidamente é isto. Existem bons livros que falam sobre este tema, como o livro "A fé explicada" de Léo J. Trese, da Quadrante além da própria narração do Catecismo nos pontos 391-395. Assim como no céu há uma hierarquia angélica, há no inferno também uma hierarquia diabólica. O diabos menos importantes cumprem missão de pouca importância, mas para grandes missões são designados demônios de "alta estirpe". Para castigo dos homens, Deus permitirá que saiam do inferno quatro arquidemônios. Esses arquidemônios trabalharão para destruir as famílias e espalhar um espantoso amor aos prazeres. Prestem atenção: são apenas quatro, mas quatro arquidemônios!




Vejamos as profecias de Santo Antônio Maria Claret prevendo isto!

 







Santo António María Claret nasceu em 1807, na Cataluña. Em 1851, partiu rumo a Cuba com o encargo de ser Arcebispo de Santiago. Chegou em 18 de Fevereiro desse ano, e consagrou a sua atividade pastoral à proteção da Virgem da Caridade do Cobre, padroeira de todos os cubanos, de quem também foi um entusiasta devoto.  O santo espanhol foi Arcebispo de Cuba entre 1851 e 1857. De acordo com uma forte tradição oral e a escritos que conserva a congregação que fundou, a Virgem da Caridade do Cobre revelou a Santo António, enquanto este percorria as montanhas de Santiago de Cuba, que a ilha sofreria uma ditadura de mais de 40 anos, que terminaria com a morte do líder na sua cama e o “derramamento de sangue”.  Segundo a tradição, o Padre Claret percorria as zonas montanhosas de Santiago quando lhe apareceu a Virgem da Caridade para lhe predizer o futuro de Cuba, profecia que logo o sacerdote transmitiu aos seus paroquianos e membros da sua congregação.  A revelação da Virgem “falava de um jovem muito ousado que subiria por essas mesmas montanhas com as armas na mão, e depois de uns anos desceria triunfante com uma espessa barba, acompanhado de outros homens também barbudos e com cabelos compridos”.  “Esses jovens trariam penduradas nos seus pescoços medalhas da Caridade do Cobre e crucifixos que em pouco tempo deixariam de usar, para logo negar com vergonha as suas crenças”.  A profecia adiciona que o jovem líder “seria aclamado por todos por causa de numerosas reformas de benefício popular, iria dando procuração pouco a pouco de todo o poder, sumindo ao povo cubano sob uma férrea ditadura que duraria 40 anos, nos quais Cuba sofreria numerosas calamidades e penúrias. Finalmente, esse homem morreria na cama”.  Depois do seu falecimento, continua a profecia, “produzir-se-ia um curto período de instabilidade e conflitos nos que chegariam a produzir-se alguns derramamentos de sangue, embora logo a nação cubana voltaria a levantar-se aos poucos até chegar a ocupar um destacado lugar no âmbito internacional”. Seguem abaixo algumas outras profecias suas - No dia 23 de setembro [de 1859], às sete e meia da manhã, disse-me o Senhor: Voarás pela Terra, ou andarás com grande velocidade e pregarás os grandes castigos que se aproximam. O Senhor me deu a conhecer grandes coisas sobre aquelas palavras do Apocalipse, 8,13: Et vidi et audivi vocem unius aquilae [E olhei, e ouvi a voz duma águia], que voava pelo céu e dizia com grande e alta voz: Ai! ai! ai! dos habitantes da Terra por causa dos três grandes castigos que virão. Estes castigos são: O protestantismo, comunismo...Os quatro arquidemônios que promoverão de modo espantoso o amor aos prazeres - o amor ao dinheiro - a independência da razão - a independência da vontade; as grandes guerras e suas conseqüências"






Deus criou cada ser vivente dotado de uma dignidade específica, sem no entanto denegrir a nenhuma delas em sua diversidade criadora, de modo que não há injustiça alguma nos desígnios de Deus e no ordenamento da criação!





Se os anjos são também nossos protetores e padrinhos espirituais, é bom e sábio que sejam melhores do que nós. Quem deseja um protetor mais fraco e incapaz do que a sí próprio? Sabemos que os anjos são seres puramente espirituais e por não estarem sob o jugo do pecado e dos sentidos corporais possuem evidentemente uma clareza e uma ciência muito maior do que a do homem. Mas mesmo originariamente, quer dizer, quando o homem não havia ainda pecado (se rebelado), sabemos também pelas Escrituras que Deus fez o homem numa natureza inferior ao dos anjos: "Criastes o homem pouco inferior ao anjos" (Sl 8, 6). Pela narração de Daniel, no capítulo 10, versículos de 9 a 12, vemos que sua glória e sua perfeição superam todas as criaturas visíveis e invisíveis.Os anjos sendo substâncias puramente simples, são como que formas que não são limitadas e determinadas por qualquer matéria, mas possuem, pela sua única natureza específica, todas as suas determinações substanciais" (São Tomás de Aquino, De Unitate Intelectus). São Tomás ensina mais sobre a natureza desses seres: "O intelecto angélico é um verdadeiro quadro pintado ou melhor ainda, um espelho vivo que o anjo precisa apenas contemplar para conhecer as coisas naturais deste mundo" (De Veritate, questão 8, e 9); e ainda na questão LXI da Suma Teológica:




1 - Os anjos não são a causa da sua própria existência; foram criados (Art.1)



2 - O anjo não foi criado desde toda a eternidade (Art. 2)



3 - Os anjos foram criados simultaneamente à natureza corpórea (Art. 3).





Os anjos fazem parte da Criação como um todo, não constituindo um universo à parte, mas concorrendo conjuntamente com a natureza corpórea para a constituição do próprio universo criado. De fato, a ordem das coisas entre si visa a Glória de Deus, e, secundariamente o bem e a perfeição relativa do Universo. Ora, nenhuma parte é perfeita separada do todo. Logo, não é provável que Deus, cujas obras são perfeitas, como diz a Escritura, tivesse criado a criatura angélica separadamente, antes das outras criaturas." (Art. 3).Não há nenhum paradoxo entre os anjos terem sido criados com perfeição e terem posteriormente se corrompidos, pois dentro da própria perfeição está presente o componente da liberdade e do amor. Ora, Deus não criou nem os anjos e nem os homens sem que estes pudessem fazer um ato livre de amor e submissão ao seu Criador. Deus não criou seres programados para O amar privados de liberdade própria, não criou robôs. A existência do mal não significa que Deus criou o mal, mas que a liberdade que Deus dotou as suas criaturas, como componente da perfeição, escolheu corromper o bem presente em sí mesmo. 




Veja o que diz o famoso escritor inglês C.S. Lewis, contemporâneo e amigo de J.R.R. Tolkien:









"Para ser mau, o Poder mau precisa existir e ter inteligência e vontade. Mas a existência, a inteligência e a vontade são coisas boas em sí mesmas. Portanto, tem que recebê-las do Poder Bom; até para ser mau, tem que tomar emprestadas ou roubar essas coisas ao seu adversário. Será que começamos agora a compreender por que o cristianismo sempre afirmou que o demônio não passa de um anjo caído? Não é nenhuma história para crianças: é um reconhecimento objetivo de que o mal sempre é parasitário, nunca original" (Mero Cristianismo, Ed. Quadrante, pg. 55).




É verdade que Deus na sua onisciência sempre soube que algumas de suas criaturas iriam escolher a sí mesmas, mas Ele mesmo não provocou tais rebeliões. Deus previu, mas não provocou! 






E isso não faz de Deus mal ou injusto de forma alguma, pelo contrário, incrementa ainda mais seu amor, sua bondade e sua justiça para aqueles que já sabia que iriam usar da liberdade corretamente e lhes deu a chance mesmo assim.É preciso entender também que para os seres espirituais não existe tempo, e qualquer decisão fora do espaço/tempo é eterna, não há volta. Como disse São João Damasceno: "Não existe arrependimento para eles depois da queda, como não existe arrependimento para os homens após a morte" (Patrol. Grega, 94,877C). Deus não deu ao homem a chance da conversão porque o criou ignorante, mas porque o criou dentro do espaço/tempo, e portanto confere ao homem infinitas chances de optar pela verdade e pelo bem até o término de sua vida terrena, por amor. Mas depois não há volta. O Catecismo da Igreja é claro: "É o caráter irrevogável da sua opção, e não uma deficiência da infinita misericórdia divina, que faz com que o pecado dos anjos não possa ser perdoado" (§ 393).Sabemos também que tal decisão contrária a Deus por parte dos anjos caídos é eterna e irrevogável porque primeiro tais anjos não desejam voltar atrás em suas decisões; Deus não os perdoa porque estes querem permanecer no pecado, não querem perdão como bem ensinou João Paulo II:"A Igreja, no Concílio Lateranense IV (1215), ensina que o diabo, ou (satanás) e os outros demônios "foram criados bons por DEUS, mas tornaram-se maus por sua própria vontade". De fato, lemos na carta de São Judas: "Os anjos que não souberam conservar a sua dignidade, mas abandonaram a própria morada, Ele os guardou para o julgamento do grande dia, em prisões eternas e no fundo das trevas" (Jd 6). De modo idêntico na Segunda Carta de São Pedro fala-se de "anjos que pecaram e que Deus "não poupou... e os precipitou nos abismos tenebrosos do inferno, para serem reservados para o Juízo" (2Pd 2,4). É claro que se Deus "não perdoa" o pecado dos anjos fá-lo porque eles permanecem no seu pecado, porque estão eternamente "nas prisões" daquela escolha que fizeram no início, rejeitando Deus, sendo contra a verdade do Bem supremo e definitivo que é Deus mesmo. Neste sentido São João escreve que "o demônio peca desde o principio" (I Jo 3,8). E foi assassino "desde o principio" (I Jo 8,44), e "não se manteve na verdade, porque nele não há verdade" (Jo 8,44). Estes textos ajudam-nos a compreender a natureza e a dimensão do pecado de satanás, consciente na rejeição da verdade acerca de Deus, conhecido à luz da inteligência e da revelação como Bem infinito, Amor e Santidade subsistente. O pecado foi tanto maior quanto maior era a perfeição espiritual e a perspicácia cognoscitiva do intelecto angélico, quanto maior era a sua liberdade e a proximidade de Deus. Rejeitando a verdade conhecida acerca de Deus com um ato da própria vontade livre, satanás torna-se "mentiroso", cósmico e "pai da mentira" (Jo 8,44). Por isso ele vive na radical e irreversível negação de Deus e procura impor a criação aos outros seres criados à imagem de Deus, que satanás (sob forma de serpente) tenta transmitir aos primeiros representantes do gênero humano: Deus seria cioso das suas prerrogativas e imporia, portanto, limitações ao homem (cf. Gn 3,5). Satanás convida o homem a libertar-se da imposição deste jugo, tornando-se como "Deus"." (Catequeses de João Paulo II Sobre os Anjos).Vale enfatizar que as penas eternas não são uma criação de Deus que castiga aqueles que o rejeitaram, mas são simplesmente a ausência d"Ele mesmo, a ausência da verdade, da bondade, da felicidade e de todas as virtudes. O inferno é a ausência completa de Deus, ou a presença total do mal, do vício, da dor e do sofrimento, como o frio é a ausência do calor, da luz.




Ainda alguns pontos importantes sobre os anjos, segundo São Tomás de Aquino na questão LXII da sua Suma Teológica:





1 - "Os anjos necessitaram da Graça para se "converterem" a Deus (e possuírem definitivamente a Deus) (Art. II).



2 - "Para alcançarem a Glória, os anjos necessitaram da Graça." (Art. III)



3 - "O anjo, antes de ser bem-aventurado, isto é, antes de alcançar a Glória, a visão de Deus, possuiu a Graça, em virtude da qual, veio a possuir a bem-aventurança." (Art. IV)



4 - "O anjo, tão logo realizou o primeiro ato de caridade (amor a Deus), mereceu a bem-aventurança e tornou-se imediatamente bem-aventurado". (Art.V)



5 - "É razoável supor-se que os anjos receberam os dons da Graça e a perfeição da bem-aventurança, de acordo com o grau de sua perfeição natural". (Art.VI)



6 -"Nos anjos bem-aventurados, permanece o conhecimento e o amor natural. (Art. VII)



7 - "Os anjos bem-aventurados não podem pecar" (Art. VIII)



8 - "Os anjos bem-aventurados não podem aumentar o merecimento nem progredir, quando já na bem-aventurança." (Art.IX)




Gostaríamos de indicar ainda o ótimo livro do Prof. Felipe Aquino, "Os Anjos" (2a. edição, 2002, Editora Cleofas, www.cleofas.com.br) e uma excelente catequese do saudoso João Paulo II sobre essas questões.



Qual a natureza desses puros espíritos?










Os Anjos são seres puramente espirituais, dotados de inteligência, vontade e livre arbítrio, elevados por Deus à ordem sobrenatural, isto é, chamados pela graça a participar na vida de Deus através da visão beatífica. Muitíssimo mais perfeitos que os homens, sua inteligência é inerrante e sua vontade imensamente poderosa. Como não têm dependência nenhuma da matéria, seu conhecimento é consideravelmente mais  perfeito que o do homem; para eles, ver é já conhecer. E conhecer significa compreender a coisa em toda a profundidade de que são capazes, em sua substância, e sem possibilidade de erro. Por isso, a prova, para eles, teve conseqüência  imediata e irremediável. Pois seu querer é absoluto, sem volta atrás. Aquilo que querem, desejam-no para todo o sempre. Daí o fato de, após a prova, terem passado imediatamente à eternidade do Inferno (os demônios), como à do Céu (os anjos bons).Deus criou os Anjos para conhecê-Lo, amá-Lo, servi-Lo e proclamar  suas grandezas, executar suas ordens, governar este universo e cuidar da conservação das espécies e dos indivíduos que ele contém.“Como príncipes e governadores da grande Cidade do Bem, a que se refere todo o sistema da criação, os anjos presidem, na ordem material, ao movimento dos astros, à conservação dos elementos, e à realização de todos os fenômenos naturais que nos enchem de alegria ou de terror. Entre eles está compartilhada a administração deste vasto império. Uns cuidam dos corpos celestes, outros da terra e seus elementos, outros de suas produções, árvores, plantas, flores e frutos. A estes, está confiado o governo dos ventos e mares, dos rios e fontes; àqueles, a conservação dos animais. Não há uma criatura visível, nem grande nem pequena, que não tenha uma potência angélica encarregada de velar por ela”. Algumas vezes os Anjos, quando são enviados por Deus aos homens para alguma missão, utilizam a forma humana, a fim de acomodar-se à nossa natureza. Entretanto, nesses corpos etéreos e ligeiros com os quais em geral aparecem, não estão como a alma humana está no corpo, dando-lhe vida e tornando-o capaz de operações vegetais e animais. Pelo contrário, ali estão como um operário está em sua máquina, da qual se serve para executar as obras de sua arte. Fora do horário de trabalho, não têm com elas nenhuma ligação.“Segundo os mais doutos intérpretes, as aparições acidentais dos anjos no mundo não são mais que o prelúdio de sua aparição habitual no Céu. Assim, é provável que no Céu os anjos assumirão magníficos corpos aéreos para regozijar a vista dos eleitos e conversar com eles face a face”.




A maravilhosa classificação dos coros angélicos:

 








A distinção dos Anjos em nove coros, agrupados em três hierarquias diferentes, embora não conste explicitamente da Revelação, é de crença geral. Essa distinção é feita em relação a Deus, à condução geral do mundo, ou à condução particular dos Estados, das companhias e das pessoas:





1)- Os três coros da primeira hierarquia, vêem e glorificam a Deus, como diz a Escritura: “Vi o Senhor sentado sobre um alto e elevado trono. Os Serafins estavam por cima do trono. E clamavam um para o outro e diziam: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus dos exércitos” (Isa. 6, 1-3). “O Senhor reina! está sentado sobre querubins” (Sl. 98, 1).





2)- Os três Coros inferiores aos acima enunciados estão relacionados com a conduta geral do universo.





3)- E os três últimos Coros dizem respeito à conduta particular dos Estados, das companhias e das pessoas.





Devoção e fidelidade aos Anjos de nossa guarda!










Evidentemente, todas essas maravilhas do mundo angélico deveriam levar-nos a um profundo amor, reverência e gratidão especialmente para com nosso Anjo da Guarda, evitando tudo aquilo que possa contristá-lo, como são nossos pecados. “Como te atreverias a fazer na presença dos Anjos aquilo que não farias estando eu diante de ti?”, interpela-nos o grande São Bernardo. E deveríamos fazer tudo o que sabemos poder alegrar o Anjo da Guarda, pois só assim estaremos trabalhando efetivamente para nossa própria santificação e salvação. A reverência a seu Anjo da Guarda levava Santo Estanislao Kostka, que o via constantemente, a este requinte de delicadeza: quando ambos deviam entrar por uma porta, ele pedia ao Anjo para passar antes. E como este, às vezes, se recusasse, insistia com ele até que cedesse. Oxalá, tantos e tão belos exemplos nos sirvam para reverenciar e acrescer nossa devoção a esses bem-aventurados espíritos angélicos que Deus, em sua misericórdia, concedeu-nos como guardiões, conselheiros, protetores e mensageiros – especialmente valiosos no mundo neopagão em que vivemos –, com vistas à obtenção da vida celeste!





Os 9 Coros Angélicos, agrupados em três hierarquias:












1)- Serafins — do grego “séraph”, abrasar, queimar, consumir. Assistem ante o trono de Deus, e é seu  privilégio estar unidos a Deus de maneira mais íntima, nos ardores da caridade.




2)- Querubins — do hebreu “chérub”,  que São Jerônimo e Santo Agostinho interpretam como “plenitude de sabedoria e ciência”. Assistem também ante o trono de Deus, e é seu privilégio ver a verdade de um modo superior a todos os outros anjos que estão abaixo deles.




3)- Tronos — algumas vezes são  chamados “Sedes Dei”, (Sedes de Deus). Também assistem ante o trono de Deus, e é sua missão assistir os anjos inferiores na proporção necessária.










4)- Dominações – São assim chamados porque dominam sobre todas as ordens angélicas encarregadas de executar a vontade de Deus. Distribuem aos Anjos inferiores suas funções e seus  ministérios.




5)- Potestades — Ou “condutores da ordem sagrada”, executam as grandes ações que tocam no governo universal do mundo e da Igreja, operando para isso prodígios e milagres extraordinários.




6)- Virtudes —  cujo nome significa “força”, são encarregados de tirar os obstáculos que se opõem ao cumprimento das ordens de Deus, afastando os anjos maus que assediam as nações para desviá-las de seu fim,  e mantendo assim as criaturas e a ordem da divina Providência.








7)- Principados — Como seu nome indica, estão revestidos de uma autoridade especial: são os que presidem os reinos, às províncias, e às dioceses; são assim denominados pelo fato de sua ação ser mais extensa e universal.




8)- Arcanjos — são enviados por Deus em missões de maior importância junto aos homens.




9)- Anjos — os que têm a guarda de cada homem em particular, para o desviar do mal e o encaminhar ao bem, defendê-lo contra seus inimigos visíveis e invisíveis, e conduzi-lo ao caminho da salvação. Velam por sua vida espiritual e corporal e, a cada instante, comunicam-lhe as luzes, forças e graças que necessitam (14).





A existência do demônio (Pe. Paulo Ricardo)





Nos dias de hoje, muitas pessoas se sentem desconfortáveis ou até mesmo amedrontadas quando o assunto é Satanás e seus demônios. Qualquer menção, por menor que seja, sobre o Maligno faz brotar em suas mentes uma série de representações cheias de terror. Já outras, provavelmente influenciadas pela literatura e pelo cinema, são atraídas pelo mistério que envolve o tema. Porém, uma coisa é certa, falar do demônio suscita as reações mais adversas entre as pessoas. Este falso temor se deve, talvez, à ajuda prestada pela literatura e pelo cinema que, com suas representações, envolveu com um ar de mistério e temor a existência de entidades demoníacas e sua ação no mundo. Em alguns casos, vemos atitudes de total aversão ao tema, e em outros, uma curiosidade que vai da mais simples até a mais obsessiva.O conhecimento da existência e da ação de Satanás e seus demônios é essencial. Da existência do demônio à suas ações para perder as almas. Da tentação até a possessão, passando por todos os níveis dos ataques diabólicos. Do satanismo à feitiçaria. Enfim, de maneira sistemática. Para os católicos, a existência do Diabo e seus demônios é uma verdade de fé. Isso significa que, para aqueles que aderem à Igreja Católica Apostólica Romana, crer na existência dos demônios não é uma opção. Trata-se de condição sine qua non, ou seja, não há um meio de se dizer católico sem se crer naquilo que a Igreja crê e ensina: que Satanás e seus anjos existem e atuam no mundo de modo a perder as almas. Diante disso não há o que temer, pois estudar e entender os seres demoníacos acaba sendo uma importante arma para evitar as suas ciladas.





Para tanto, o ponto de partida deste esclarecimento será a teologia dogmática e o ponto de chegada a teologia ascético-mística:





O Catecismo da Igreja Católica, no número 391, traz uma citação do IV Concílio de Latrão: "Com efeito, o Diabo e outros demônios foram por Deus criados bons em (sua) natureza mas se tornaram maus por sua própria iniciativa". Ora, eles foram criados bons por Deus, mas, livremente escolheram rejeitá-Lo. Assim, pecaram contra Deus de maneira irrevogável. Movidos pelo ódio e pela inveja agiram e continuam agindo para a perdição das almas dos homens. Até mesmo Jesus foi alvo de suas tentações. O Catecismo segue explicando: A Escritura atesta a influência nefasta daquele que Jesus chama de "homicida desde o princípio" (Jo 8,44) e que até chegou a tentar desviar Jesus da missão recebida do Pai. "Para isto é que o Filho de Deus se manifestou: para desviar as obras do Diabo" (1Jo 3,9). A mais grave dessas obras, devido às suas consequências, foi a sedução mentirosa que induziu o homem a desobedecer a Deus. (CIC 394). Os sinais que corroboram a crença perene da Igreja na existência de Satanás e seus demônios, podem ser verificados nos textos da Sagrada Escritura e nos documentos e escritos do Magistério e da Tradição. Embasada nestes três pilares, não há como negar que esta crença faz parte da essência da fé católica. O Padre José Antonio Sayés Bermejo, um dos teólogos mais importantes da atualidade, com mais de quarenta obras publicadas de teologia e filosofia, escreveu o livro “O Demónio: realidade ou mito?", publicado pela Ed. Paulus, que servirá de guia para esta aula. Ele explica que o Antigo Testamento praticamente não fala da existência de Satanás e seus demônios, mas que o Novo Testamento apresenta uma explosão sobre o tema. Considerando-se os vocábulos que dizem respeito ao demônio, satanás, possessões, etc., o Novo Testamento apresenta cerca de 511 referências.




Como explicar essa desproporção entre o Antigo e o Novo Testamento?





A pedagogia divina em sua MARCHA ASCENDENTE DA REVELAÇÃO - No início da história da salvação, Deus estabelece com Abraão uma aliança e pede que não haja outros deuses além Dele (Ex 20,3). Com o passar do tempo, ensina ao povo de Israel que não existem outros deuses além Dele e, por meio dos profetas, inaugura a luta para livrar Israel da idolatria. Quando o povo de Israel aceitou Deus como "Criador" e entendeu que o Diabo e seus demônios são também “criaturas", apareceram as primeiras referências a eles. Isso se deu na época dos escritos sapienciais. Já no chamado intertestamento, tempo em que se não se teve escritos canônicos, mas tão-somente apócrifos, tais como os Manuscritos de Qumram, o I Livro de Enoc e outros relatos da apocalíptica judaica, começaram as primeiras elaborações teológicas acerca do Diabo e seus demônios. Na plenitude dos tempos, quando Jesus veio ao mundo, nem todo o povo de Israel cria na existência de Satanás. Não era uma unanimidade de pensamento, como no caso dos saduceus que não criam de modo algum nos seres demoníacos. Portanto, é possível dizer que os teólogos modernos cometem um grave erro quando afirmam que a sociedade em que Jesus viveu possuía uma visão “mágica" das coisas e que Ele não quis se dar ao trabalho de desmitologizá-la. Segundo inúmeros relatos, Jesus soube contrapor-se muito bem à mentalidade da época, sem nunca fazer concessões.



Segundo o Pe. Sayés, Jesus revelou e afirmou a existência do diabo e, para comprovar essa afirmação, apresenta três critérios:





1. A múltipla atestação: são inúmeras as referências existentes nos Evangelhos que narram a ação de Jesus contra os demônios.




2. a questão da descontinuidade: o povo de Israel esperava um Messias político, que o libertasse da opressão dos romanos (quebrando esta expectativa, Jesus prega a conversão e o Reino dos Céus);




3. a identidade de Jesus.





Em relação ao segundo critério, Joachim Jeremias, famoso exegeta protestante que se especializou no estudo do Jesus histórico, é categórico ao afirmar que as três tentações de Jesus no deserto versam sobre o messianismo político:





1)- A primeira, que propõe transformar pedras em pães, pode ser interpretada como uma tentativa de induzir o Senhor Jesus a ser o “novo Moisés", libertando o povo como Moisés libertou o povo do Egito;




2)- A segunda, em receber os reinos do mundo para governar.




3)- A terceira, como transformar-se numa espécie de "super-homem", realizando algo fantástico e, então, ser seguido por todos.








Todas tentações políticas. Essa espécie de sedução rondou Jesus durante todo o seu ministério, mas Ele sempre resistiu, apresentando o Reino dos Céus como uma realidade espiritual. Portanto, seu inimigo era Satanás e seus demônios, não César. Interessante são as palavras de Jesus, na famosa passagem em que foi acusado pelos fariseus de expulsar demônios em nome de Belzebu. Esse fato foi narrado nos Evangelhos de Marcos e Lucas, e também no de Mateus, do qual transcrevemos: Jesus e Beelzebu - Então trouxeram-lhe um endemoninhado cego e mudo. E ele o curou, de modo que o mudo podia falar e ver. Toda a multidão ficou espantada e pôs-se a dizer: “Não será este o Filho de Davi?" Mas os fariseus, ouvindo isso, disseram: “Ele não expulsa os demônios, senão por Beelzebu, príncipe dos demônios". Conhecendo seus pensamentos, Jesus lhes disse: “Todo reino dividido contra si mesmo acaba em ruína e nenhuma cidade ou casa dividida contra si mesma poderá subsistir. Ora, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo. Como, então, poderá subsistir seu reinado? Se eu expulso os demônios por Beelzebu, por quem os expulsam os vossos adeptos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas se é pelo Espírito de Deus que eu expulso os demônios, então o Reino de Deus já chegou a vós. (12,22-28).Trata-se de um texto evidentemente semítico e permeado de linguagem arcaica. Nisso, os exegetas veem um sinal claro de que se trata realmente de um fato histórico, novamente tomando por base o princípio da múltipla atestação. O reinado de Deus está intrinsecamente ligado ao combate contra Satanás, pois Jesus veio para romper a escravidão produzida pelo pecado para que Deus reine.




O terceiro critério citado pelo Pe. Sayés é a própria identidade de Jesus e a salvação que Ele veio trazer: Ela não se compreende sem se considerar a existência do diabo e seus demônios!









Jesus veio para livrar o homem do pecado, da morte e do Diabo. Esta realidade é tão presente no Novo Testamento que, se for retirada, tudo perde seu sentido. É por isso que se constitui quase que uma traição ao Evangelho a tendência moderna de desmitologização do Novo Testamento encarnada por Rudolf Bultmann. Crer que Jesus Cristo não combateu a Satanás e seus demônios é crer num Jesus diferente daquele narrado nos Evangelhos.(Realmente o Jesus deste tipo de teólogo Evangélico, não é o mesmo Jesus dos Evangelhos – Grifo do blog Beraká). Jesus poderia ter dado aos fariseus qualquer outra resposta, até mesmo negando a existência de Beelzebu, já que não era uma crença unânime entre os judeus, conforme já dito. Mas não, Jesus foi enfático ao dizer que expulsava “pelo dedo de Deus", definindo Ele mesmo sua obra de salvação.Da mesma forma, o Novo Testamento, quando se refere ao Diabo, o faz sempre no viés soteriológico. Não existem grandes explicações acerca da natureza demoníaca, nem mesmo uma teoria a esse respeito. Os Santos Padres, porém, são unânimes em confirmar a existência dos demônios e passam a especular sobre a natureza deles. Eles se baseiam principalmente nos livros apócrifos, o que acabou por gerar algumas explicações absurdas. Finalmente, na Idade Média, com Santo Tomás de Aquino, firmou-se um pensamento teológico especulativo bastante sólido acerca da natureza do diabo e seus demônios e do modo como eles agem. Ao abordar um tema que suscita reações tão adversas entre as pessoas, mas que, ao mesmo tempo compõe de maneira inequívoca o depósito da fé católica, pretende-se iluminar, com a luz da Igreja, o que foi obscurecido pelo medo e pelo desconhecimento. Falar de Satanás e de seus demônios implica antes e principalmente falar da salvação comprada ao preço do precioso Sangue de Nosso Senhor Jesus na cruz.





Extratos da revista Catolicismo – Julho de 1999 – Site Veritatis – Pe. Paulo Ricardo -  Cleofas.






AUDIÊNCIA DO SANTO PAPA PAULO VI - (Quarta-feira, 15 de novembro de 1972 - "Livrai-nos do mal"): Quais são as maiores necessidades da Igreja?






"Há surpreende-los por tão simplista ou até supersticiosa e irreal a nossa resposta : uma das maiores necessidades é a de ser defendida contra o mal que chamamos de Diabo." - 
Antes de esclarecer o nosso pensamento convidamos você a abrir a sua fé à luz da visão da vida humana , uma visão que vai imensamente a partir deste observatório e penetra profundamente único. E, na verdade , o quadro que somos convidados a contemplar com realismo global é muito bom . Esta é a imagem da criação, a obra de Deus, que o próprio Deus, como espelho exterior da sua sabedoria e poder, admirou na sua beleza substancial (cf. Gn 1, 10, etc)Em seguida, ele é a imagem muito interessante da história dramática da humanidade, da qual emerge a história da redenção , Cristo e nossa salvação, com seus maravilhosos tesouros de revelação , profecia, de santidade , de vida elevada a nível sobrenatural promessas eternas ( cf. Ef . 1, 10 ) . Saber olhar para esta imagem , não se pode ser encantado (Veja a obra de S. Agostinho: Soliloqui)Tudo faz sentido , tudo tem um propósito, tudo tem um fim , e todos um vislumbre de uma Presença - Transcendência , um pensamento, uma vida e, finalmente, um amor, de modo que o universo, para o que é eo que não é , é-nos apresentado como uma preparação para a emocionante e inebriante para alguma coisa ainda mais bela e mais perfeita (cf. 1 Cor . 2 , 9, 13 , 12; Rom 8 , 19-23) -  A visão cristã do universo e da vida é , portanto, triunfalmente otimista, e esta visão justifica a nossa alegria e a nossa gratidão a viver de modo celebrando a glória de Deus , cantamos a nossa felicidade! (Veja o Gloria da Missa ).




-Mas é essa visão completa? está correto ? 



-Nada vai importar deficiências que existem no mundo ? disfunções de coisas com relação a nossa existência ? dor, a morte? maldade , a crueldade , o pecado , em uma palavra , o mal? 




-E não vemos como é ruim no mundo? especialmente, como o mal moral , isto é, simultaneamente , embora de outra forma , contra o homem e contra Deus ? 




-Não é um triste espetáculo , um mistério inexplicável? 




-Não somos apenas nós, os amantes da Palavra de os cantores Bem , acreditamos , o mais sensível , o mais conturbado da observação e da experiência do mal ?





Encontramo-lo no reino da natureza, onde muitos de suas manifestações nos parece denunciar um transtorno. Então encontramos no ser humano , onde encontramos a fraqueza , a fragilidade , a dor , a morte , e algo pior, uma lei dupla em contrário, aquele que quer o bem , e os outros voltaram para o mal, tormento S . Paulo coloca evidência humilhante para demonstrar a necessidade e a sorte de uma graça salvadora , a saúde , que é trazida por Cristo (cf. Rom 7) , o poeta pagão já tinha denunciado este conflito interior no coração do homem: video meliora proboque , deteriora sequor ( Ovídio, Met . 7 , 19). Encontramos o pecado, perversão da liberdade humana , e a razão para a morte, porque a separação de Deus, a fonte da vida (Rm 5 , 12), e depois , por sua vez , ocasião e o efeito de uma intervenção em nós e no nosso mundo de um agente obscuro e inimigo , o diabo . O mal não é apenas uma deficiência , mas uma eficiência , um vivo , espiritual, pervertido e pervertida . Terrível realidade. Misterioso e assustador.Fora do quadro bíblico e eclesiástico quem se recusa a reconhecer existente ou quem é um princípio em si mesmo, não tê-la também, como todas as criaturas , é de Deus, ou a explica como uma pseudo -realidade, uma personificação conceitual e fantástica das causas desconhecidas das nossas desgraças . O problema do mal , visto em sua complexidade e em seu absurdo que nossa racionalidade unilateral , torna-se assustador. É a dificuldade mais forte para a nossa inteligência religiosa dos cosmos. Não é à toa que eles sofreram durante anos S. Agostinho: Quaerebam unde malum , et non erat exitus , eu tentei de onde veio o mal, e não consegui encontrar explicação (S. agosto Confesse VII , 5, 7 , 11, etc , PL , 32, 736, 739. ).














E assim a importância que o aviso de mau para a nossa própria concepção cristã do mundo , da vida, da salvação. Primeiro na condução da história do Evangelho no início da sua vida pública : quem não se lembra da página densa de significado da tentação triplo de Cristo? Então, em muitos episódios evangélicos , nos quais o diabo cruza os passos do Senhor , e figura em seus ensinamentos ? (Ex. Matth . 12 , 43) E como podemos esquecer que Cristo , três vezes referindo-se ao diabo , como o seu adversário , o descreve como " o príncipe deste mundo"? (João 12, 31 , 14, 30 , 16, 11) E a tarefa desta presença sinistra é relatado em muitas passagens do Novo Testamento . S. Paulo o chama de " o deus deste mundo" ( 2 Coríntios. 4 , 4), e coloca-nos no aviso sobre a luta no escuro, nós cristãos devemos apoiar , não só com o diabo , mas por uma pluralidade assustador " Revesti-vos , diz o Apóstolo , a armadura de Deus para permanecer firmes contra as astutas ciladas do diabo , pois a nossa luta não é (apenas) com sangue e carne, mas contra os principados , contra as potestades , contra os príncipes das trevas, contra os maus espíritos do ar " (Ef 6 , 11-12) .
E isso não é só de um diabo , mas de muitas, muitas passagens do Evangelho que indicá-lo (Lc 11, 21 ; Marc 5, 9. ), Mas a principal delas é : Satanás , o que significa o adversário, inimigo , e com ele muitos, somos todos criaturas de Deus, mas caducado porque os rebeldes e os condenados (Veja Denz. - SCH 800-428 . ), todos de um mundo misterioso, convulsionada por um drama infeliz, de que sabemos muito pouco.O inimigo oculto que semeia ERROS.Sabemos , no entanto, muitas coisas neste mundo mau , que afetam a nossa vida e toda a história humana . O diabo está na origem da primeira desgraça da humanidade , ele era o tentador sorrateira e fatal do primeiro pecado , o pecado original (Gênesis 3; . Sap 1 , 24) . Desde a queda de Adão , o Diabo adquire algum império do homem , do qual só a redenção de Cristo pode libertar-nos . É a história que continua até hoje : lembramos os exorcismos do batismo e as freqüentes referências da Sagrada Escritura e da Liturgia " poder das trevas " agressiva e opressora (cf. Lc 22 , 53 anos, um coronel de 13. ) . Ele é o inimigo número um é por excelência o tentador. Sabemos, assim, que este ser obscuro e perturbador existe realmente, e que ainda atua com astúcia traiçoeira , é o inimigo oculto que semeia erros e desgraças na história humana. Para lembrar a parábola evangélica reveladora do trigo e do joio , síntese e explicação do ilogismo que parece presidir nossos eventos conflitantes : Inimicus homo hoc fecit (Mt. 13 , 28) . You ' d um homicida desde o princípio . . . e pai da mentira " , como definido por Cristo (cf. I. 8 , 44-45) , é o equilíbrio moral do homem sofística insidioso. Ele é o mal e astuto encantador, que sabe insinuar-se -nos , através dos sentidos, a imaginação , a concupiscência , da lógica utópica , ou de desordenados contatos sociais em nosso trabalho , a fim de incorporar desvios, não importa quão aparentemente igualmente prejudicial estar de acordo com as nossas estruturas físicas ou psíquicas , ou os nossos instintivas , aspirações profundas.













Este seria o Diabo e a influência que ele pode exercer sobre os indivíduos, como para a comunidade , sociedades inteiras , ou em eventos , um capítulo muito importante da doutrina católica ser estudado, enquanto hoje é pouco. É considerado por alguns a ser encontrada nos estudos psicanalíticos e psiquiátricos ou em experiências espíritas , hoje , infelizmente, tão difundida em alguns países, uma compensação suficiente. Eles estão com medo de voltar a cair velhas teorias maniqueístas , ou divagações temerosos e supersticiosos fantásticos. Hoje você prefere aparecer forte e sem escrúpulos colocam como positivistas , apenas para dar crédito a muitos caprichos sem magia ou populares , ou pior, abrir sua alma - sua alma batizada, visitada tantas vezes pela presença eucarística e habitada pelo Espírito Santo ! - As experiências vulgares dos sentidos, que são prejudiciais para o fármaco , bem como para as seduções ideológicas erros de forma , estas fissuras através das quais o Maligno pode facilmente penetrar e alterar a mentalidade humana.
Diz-se que todo pecado é devido diretamente à ação diabólica (Veja S. TH 1 , 104, 3. ), Mas também é verdade que quem não assistir com um certo rigor moral acima de si mesmo (cf. Mt 12, 45 . ; Ef . 6, 11 ) que estão expostas à influência do mysterium iniquitatis , ao qual se refere St. Paul ( 2 Ts . 2 , 3-12) , o que torna problemática a alternativa de salvação.A nossa doutrina torna-se incerto , pois ele é obscurecido pela própria escuridão que cercam o Diabo. Mas a nossa curiosidade , excitada pela certeza da sua existência colector , torna-se legítima com duas perguntas. Há sinais , e que, na presença de genial ? e quais são os meios de defesa contra um perigo tão traiçoeiro ?Presença do diabo. A resposta para a primeira pergunta exige muita cautela , mesmo que os sinais do mal , por vezes, parece ser óbvio ( ver TERTULL . Apol . 23). Podemos assumir a sua acção esquerda, onde a negação de Deus se torna radical, sutil e absurda , onde a mentira é indicado hipócrita e poderoso, contra a verdade óbvia , onde o amor está fora por um egoísmo frio e cruel , onde o nome de Cristo é desafiado com ódio consciente e rebelde (cf. 1Cor . 16, 22 , 12, 3) , onde o espírito do Evangelho é mistificado e negou , onde o desespero é afirmada como a última palavra , etc . Mas o diagnóstico é muito amplo e difícil, que não se atrevem agora aprofundar e autenticar , mas não desprovida de interesse dramático para todos, que também dedicou páginas literatura moderna famoso ( ver, por exemplo . Obras de Bernanos , estudadas por CH . MOELLER , Litter . du XXe siècle , I, p. 397 e ss. , P. Macchi , A face do mal no Bernanos , cf. então Satanás , Etudes Carmélitaines , Desclée de Br 1948). O problema do mal é um dos problemas maiores e permanentes para o espírito humano , mesmo depois da resposta vitoriosa que Jesus Cristo dá . "Nós sabemos , escreve o evangelista São John , quem somos (nascido em ) de Deus e que o mundo inteiro está sob o maligno " ( I 1 5. , 19).



A DEFESA DE UM CRISTÃO








Outra pergunta: o que defesa, que remédio se opor à ação do demônio ? a resposta é mais fácil de formular, embora continue a ser difícil de ser implementada. Poderíamos dizer : tudo o que nos defende do pecado nos protege contra o inimigo invisível por essa mesma razão . A graça é a defesa decisiva. A inocência assume um aspecto de fortaleza . E então todo mundo se lembra como o nell'armatura pedagogia apostólica simbolizou as virtudes de um soldado que pode fazer um cristão invulnerável (cf. Rm 13 , 1 2 , Ef 6, 11, 14, 17, 1 Tessalonicenses 5; 8). O cristão deve ser militante , deve ser vigilante e forte (1 Petr . 5, 8) , e às vezes precisa usar algum exercício ascético para afastar certos especial raids diabólico Jesus ensina indicando o remédio " na oração e jejum " ( Marc. 9 , 29) . E o Apóstolo sugere o professor para manter a linha : " Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem" ( Rm 12 . 21; Matth 13 , 29) .









Com o conhecimento dessas adversidades, de modo que hoje as almas , a Igreja eo mundo são , vamos tentar dar sentido e efeito para a invocação habitual da nossa oração principal : "Pai Nosso. . . livrai-nos do mal ".





A muito giovi também, a nossa Bênção Apostólica!







Fonte: www.vaticano.va










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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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