Intervenção
Militar - Entenda Isso:
Todos os dias recebemos e-mails manifestando o
desejo de que seja dado um basta na corrupção que assola o Brasil. É cada vez
maior o número de pessoas que, decepcionadas pelo nível de corrupção a que
chegamos, defende que seja realizada uma ação rápida dos militares que, em
conjunto com polícia federal, ministério público e poder judiciário, retirariam
das instituições chave do país todos os governantes ligados à desvios de verba,
favorecimentos ilícitos, nepotismo e qualquer outra prática irregular.
Esse grupo alega que uma ação desse tipo está
prevista na constituição federal de 1988, por isso o que pedem é uma
“Intervenção Militar Constitucional”.
Ha outro grande grupo que, embora tenha ido para as
ruas defender o impeachment e apuração sumária de toda as irregularidades
ocorridas em casos como mensalão e Petrobras, acredita que ainda ha tempo de
moralizar o país sem a ajuda das Forças Armadas.
No final de 2014 os dois grupos chegaram a se
enfrentar verbalmente nas ruas, cada um gritava palavras de ordem diferentes em
manifestações realizadas no mesmo dia e lugar. Os intervencionistas se sentem
discriminados e, enquanto acusam grupos como Revoltados Online e Vem Pra Rua de
traidores, vira casaca etc., recebem a alcunha de golpistas, de serem aqueles
que ajudam a esquerda a se manter onde está e de fornecer à imprensa nacional e
internacional motivos para chamarem o movimento popular atual, de golpista.
Os dois grupos na verdade admitem
a hipótese de intervenção militar:
1)- O primeiro deseja uma intervenção urgente.
2)- O segundo diz acreditar que é
necessário tentar todos os meios democráticos possíveis antes de recorrer
aos militares.
Olavo de Carvalho, um dos mentores do movimento de
oposição, tem algumas posições interessantes sobre Intervenção Militar e
mobilização popular.Olavo também diz que:
“Essa
questão de “intervenção militar” é das mais complicadas. MORALMENTE, cada
militar deve sentir, no coração, o dever de realizá-la. POLITICAMENTE, é
realmente um absurdo clamar por intervenção militar antes de haver esgotado
todos os outros meios de ação...”
O filósofo diz que os militares
têm se omitido em relação a defesa de suas próprias instituições:
“Antes de pedir
“intervenção militar”, teria sido necessário pedir que as Forças Armadas tivessem
ao menos a hombridade de defender-se a si mesmas na Justiça contra os seus
detratores.“
Nos últimos meses o debate entre
direita e esquerda alcança proporções jamais vistas no país:
A direita, antes calada, começa a sair de dentro de
suas casas, e para surpresa de muitos, percebe-se que compõe uma parcela
bastante significativa da sociedade, gente que está cada vez mais disposta a
expor sua opinião e até ir para a rua se manifestar publicamente.
Essa polarização cada vez mais radical da sociedade
foi criada pelo próprio governo atual, que insiste em trazer à tona, a sua
maneira, fatos ocorridos no passado. Por último, como artifício eleitoreiro, a
esquerda tentou jogar a população do sul contra a do norte. A tentativa de
evitar que a população do Norte e Nordeste votasse em outro candidato que não o
do Partido dos Trabalhadores acabou por deixar no ar um ranço antes inexistente
entre “sulistas” e “nortistas”.
Ora, o país não é formado somente de pessoas que se
manipula por meio de assistencialismo, muitos tem percebido claramente a vil
intenção de mudar a história, negando as atrocidades cometidas pelo grupo que
desejava impor o comunismo ao Brasil, e responsabilizando unicamente a direita,
os militares e até o governo de FHC, que terminou já fazem 12 anos, por tudo de
ruim que existe no país.
“Querem transformar heróis em vilões e
vice-versa...”
No dia 22 de março de 2014 milhares de
pessoas insatisfeitas com o governo foram às ruas em algumas capitais, em
memória da Marcha da Família com Deus, que antecedeu a intervenção militar de
31 de março de 1964. Que impediu que o país fosse lançado num período de
atrocidades e massacres, que ocorreram em todos os países comunistas. Esse
agrupamento foi uma das primeiras mobilizações físicas da grande
reação popular contra a esquerda que já ocorria no meio virtual ha vários
meses.
As manifestações obtiveram pouca cobertura da
mídia, como já era previsto. Contudo, a mobilização na internet, que
precedeu o ato, cresceu abruptamente, a ponto de alguns grupos e
comunidades no facebook contarem hoje com mais de 500 mil membros.Os
mobilizações dai por diante ocorreram diversas vezes nos meses subsequentes. O
movimento hoje, com um viés diferente, está bem melhor organizado e em um
processo acelerado de crescimento, que já assusta bastante a esquerda nacional.
O movimento de oposição se mantem diuturnamente
aceso nas redes sociais e já contribuiu para que Dilma quase não fosse
re-eleita. Grupos como Revoltados Online e Pesadelo Dos Políticos alcançaram um
número gigantesco de membros nas comunidades no Facebook.Oito meses após as
manifestações de março, logo depois das eleições, o povo volta para as ruas.
Dessa vez os manifestantes estão em maior número. Nas suas manifestações
havia carros de som e faixas bem articuladas e impressas. As manifestações
foram transmitidas ao vivo pela internet, e mesmo de forma artesanal, foram
assistidas por milhares de pessoas.
Revista Sociedade Militar http://sociedademilitar.com.br
Nota-se que finalmente a
sociedade esclarecida está se mobilizando. O movimento é benéfico, virtuoso,
e tem possibilidade de dizer ao mundo que a democracia
brasileira tem sido um fracasso.
Em meio ao movimento ainda há uma quantidade
razoável de pessoas que prefere um tipo de “RESET” no Brasil, um começar de
novo. Estes desejam que algum dos Poderes, conforme prescreve a CF1988,
convoque as Forças Armadas pra intervir, fechando o Congresso Nacional e
afastando a Presidente atual. Esse grupo diuturnamente povoa páginas de
assuntos militares e segurança pública e as redes sociais das Forças Armadas,
postando mensagens de incentivo ao que chamam de “intervenção militar
constitucional”.
Perguntas que não calam:
1)- Como seria essa “intervenção”,
2)- seria realizada legalmente, baseada em provas
palpáveis e acusações formais contra membros do governo, como a Presidente e o
Vice-presidente?
3)- Os militares conseguiriam intervir sem disparar
um único tiro, ou o sangue de nossos compatriotas – de esquerda, de direita ou
sem posicionamento político, mas cooptados por um dos lados – seria derramado
em nossa própria terra?
Sabe-se que as coisas chegaram ao nível em que
estão, de uma forma gradual, com a colaboração da própria passividade do povo
brasileiro.
Alguns dizem que os militares foram
responsáveis pela própria sociedade perder o costume de ir ás ruas. Ao longo
das últimas duas décadas permanecemos quietos em nossas casas, gozando de nosso
conforto e assistindo do sofá a destruição de pilares como patriotismo,
família, honestidade e honra. A sociedade esclarecida cuidou muito bem de sua
própria vida e, enquanto seus interesses não eram atingidos diretamente,
permaneceu quieta.
Se houvéssemos nos mobilizado para que o país não fosse
dominado pelas mesmas pessoas que tentaram destruí-lo no passado, não
estaríamos agora discutindo uma questão tão grave. Tardiamente percebeu-se que
a classe política poderia atirar o país no caos completo.
Creio que a maioria concorda que permanecemos
numa espécie de hibernação política enquanto os inimigos da liberdade agiam em
altíssima velocidade.
Imaginemos uma situação hipotética, em que algum
dos poderes, o Supremo Tribunal Federal
por exemplo, alertado pela multidão, chegue a mesma conclusão que
os manifestantes intervencionistas
e convoque as Forças Armadas para agir, fechando o Congresso e prendendo a
Presidente.
O que virá a seguir? Serão tempos
de paz ou de guerra?
É difícil acreditar que o
Supremo ou o legislativo federal acionem as Forças Armadas. Não há indícios de
que há qualquer justificativa constitucional para que isso ocorra. Some-se a
isso o fato do supremo ter vários ministros indicados pelo Partido dos
Trabalhadores e o Congresso ter maioria esmagadora de governistas. Porém, ainda
assim, abaixo há uma visão panorâmica, hipotética, dos primeiros dias após uma
suposta intervenção realizada pelas Forças Armadas.
Intervenção militar. O que aconteceria
com o Brasil se as Forças Armadas resolvessem intervir? - Revista
Sociedade Militar
Como uma das primeiras ações, uma tropa de elite,
do Exército ou da Marinha, silenciosamente entraria no Palácio do Planalto ou,
mais provavelmente, no Palácio do Alvorada – o que seria mais discreto – e
colocaria sob custódia a atual Presidente do Brasil. No primeiro dia ela seria
mantida em um local ignorado, um quartel ou talvez um navio, para evitar
manifestações e tentativas de resgate. O vice-presidente talvez também fosse
detido.
Alguém avisaria a imprensa e a notícia se
espalharia pela internet como um rastilho de pólvora. Num primeiro momento
países como Venezuela e Cuba emitiriam notas de indignação e insistiriam para
que a ONU e os Estados Unidos se posicionassem contra o governo instaurado
provisoriamente no Brasil.
Obviamente os militares, para angariar apoio
popular, teriam de tornar pública uma lista detalhada e incontestável
de acusações contra os políticos retirados de seus cargos, listando ainda
os prejuízos que tais atos causaram ao país.
Contudo, ainda assim, muito provavelmente a
Força Nacional será acionada rapidamente por membros do governo e do poder
legislativo, que é majoritariamente fiel ao Partido dos Trabalhadores.
Ministros de estado também tem
poder de acionar a Força Nacional
Essa força, caso optasse por defender o governo
destituído, cercaria o Congresso rapidamente, tentando impedir que o Exército
assumisse o controle da instituição. O exército, muito melhor armado, relutaria
em usar armamento pesado e insistiria para que as tropas fieis ao governo
destituído entregassem suas armas pacificamente. É provável que diante de
demonstrações de seriedade por parte das Forças Armadas, ainda no
primeiro dia a Força Nacional, formada também por militares, entrasse em acordo
com líderes das Forças Armadas.
Alguns estados que possuem governos de
esquerda acionariam prontamente suas polícias militares e estas, colocadas de
prontidão, guardariam as instituições públicas, como palácio dos governos
estaduais, prefeituras e Assembleias Legislativas.
A maioria dos comandantes de polícias militares
chegou ao comando por indicações políticas. Portanto, devem fidelidade aos
governadores de estado. Ainda assim, alguns comandantes de quartéis de
polícia hesitarão, bem como alguns oficiais de menor patente, e é quase certo
que haverá quebra de hierarquia em várias instituições militares em vários
estados da federação.
As associações de policiais
também escolheriam um ou outro lado, e certamente haverá muita confusão entre
oficiais e praças:
Sindicatos fieis ao governo, juntos com
movimentos sociais, com toda certeza paralisarão meios de transporte,
refinarias e sistemas de comunicação. E os militares não teriam gente
suficiente para suprir essas lacunas nas primeiras semanas após a intervenção.
É certo que faltaria transporte e alguns itens
básicos para a população. A população seria aconselhada a permanecer em
casa e somente membros de serviços essenciais, como hospitais e centrais de
água e esgoto, permaneceriam trabalhando.
O Movimento dos Sem Terra, Sem Teto, CUT e
partidos radicais como o PSTU, fieis ao governo, se levantarão e colocarão em
prática suas táticas de guerrilha urbana há muito estudadas no manual de
Mariguella e outros similares. Estudantes das universidades federais filiados
aos Diretórios estudantis se alinhariam a estes militantes de esquerda e
marcharão nas grandes cidades, promovendo vandalismo e quebradeira.
Nas áreas rurais redes de energia seriam sabotadas
para desestabilizar o governo provisório. Escolas e hospitais funcionariam
precariamente por algum tempo. O governo talvez se sentisse forçado a intervir
na internet para frear a organização dos opositores.
“Por medo da escassez a população correria às
compras e as prateleiras dos supermercados se esvaziariam em poucos dias”
É possível que, por conta do caos generalizado,
carência de itens básicos e intensa propaganda ideológica, parte da população,
ainda nos primeiros dias, demonstre insatisfação contra os militares, e se some
àqueles que se posicionam contra a ação das Forças Armadas, engordando mais
ainda as manifestações nos grandes centros urbanos.
Outras medidas rígidas e impopulares, como
censura e fechamento de emissoras de rádio e TV, sem dúvida se seguiriam ao
ato, para evitar que a esquerda novamente manipule a sociedade. A esquerda
então usaria artifícios como rádios pirata e impressões clandestinas, e em
declarações sentimentais e nostálgicas, evocando os anos 70, diriam ao povo que
os militares “deram o golpe” novamente, que “fizeram o mesmo que em 1964″,
convocando o povo para “fazer parte da história” e ir à luta pela
“liberdade e democracia”.
Os líderes dos movimentos apelariam para a
emotividade, criando nos jovens manipulados um sentimento de que são uma
espécie de resistência democrática, similar a que a esquerda diz que foi no
passado. Cantariam “hinos” como: “Caminhando contra o vento…” e ‘Bem vamos
embora que esperar não é saber…”
Revista Sociedade
Militar – http://sociedademilitar.com.br
As forças armadas reprimiriam as manifestações, mas
como certamente haverá policiais e agentes de segurança ainda fieis ao governo
em meio aos insatisfeitos, haveria muita violência, feridos e mortos de ambos
os lados.É quase certo que o Brasil enfrentaria um longo período de caos
generalizado, talvez por muitos meses, ou anos. Pelas proporções
continentais do país, é impossível prever os desdobramentos dessa questão. Ha
grande risco de solução de continuidade da federação.
A princípio os militares não acionariam
reservistas, eles seriam um grande risco dentro da caserna, haja vista que uma
parcela significativa da juventude brasileira – por meio de um processo lento e
contínuo – se tornou simpática aos ideais esquerdistas. Muitos jovens de hoje
enxergam desertores e terroristas do passado, que lutaram contra seu próprio
país, como figuras em quem se espelhar.
Por conta disso é muito mais seguro que, em um
primeiro momento, o reforço no efetivo seja feito por militares profissionais
recém transferidos para a reserva.A convocação da reserva num caso como esse
deve ser um processo extremamente criterioso, e por isso seria realizada
de forma lenta e gradual.Centenas, talvez milhares de pessoas morreriam nos
primeiros embates entre forças armadas e aliados do governo destituído, a
maioria jovens. Os manifestantes recuariam, mas não desistiriam. Preferindo
agir nos grandes centros, se armariam melhor, e melhor organizados, reagiriam
de forma sistemática.
Os militares das Forças Armadas teriam que
assumir as funções de segurança pública em muitos locais, e isso agravaria a
situação nas fronteiras. Ainda que o poderio militar do Brasil seja bastante
superior ao de seus vizinhos bolivarianos, é possível que quarteis do Exército
situados no extremo norte tenham algum trabalho para resistir a possíveis
investidas de grupos estrangeiros que sejam enviados para apoiar ações
anti-governo.
É realmente provável que
combatentes de Cuba, Venezuela e Bolívia se aliem ao exército de
insatisfeitos. Aqui seriam exaltados por aqueles que perderam a boquinha e que
tentariam retomar o poder. Seria sua chance de criar a “pátria grande”? Da
mesma forma que no passado, militantes de esquerda se organizariam em grupos de
guerrilha urbana.
Certamente usariam até nomes de grupos do
passado, como MR8 etc. Com ataques surpresa e ações do gênero grupos
espalhariam o terror nas noites das grandes cidades, sem se preocupar se
estarão fazendo vítimas inocentes, como é de seu feitio. Hoje ha maior
facilidade em se adquirir armas clandestinas, (Principalmente dinamites para
explosões de Caixas),sem contar as que já existem nas mãos do crime organizado,
isso tornaria as coisas mais difíceis ainda.
Lembrando que os militares, ao contrário dos grupos
de oposição, tem sempre que se preocupar com a vida da população civil.
Inimigos que surgem em guerras intestinas normalmente não respeitam convenções
internacionais, uniformes e tipos de armamento, sempre se escondendo em
meio à multidão, se mantendo à paisana e usando artefatos e métodos ilegais
como bombas caseiras, incêndios e sequestros.
Ha indícios de que o crime organizado
possivelmente decida apoiar indiretamente o governo deposto, realizando
atentados contra militares e forças de segurança, haja vista que militares ha
algum tempo vem causando dificuldades aos criminosos comuns, atuando nos
grandes centros com rigor e reforçando as fronteiras para reprimir o tráfico de
entorpecentes e armas.
Muitas pessoas têm dito nos campos para comentários
aqui da Revista Sociedade Militar
que um governo corrupto mata muito mais do que uma guerra civil, que o desvio
de dinheiro que poderia ser aplicado em saúde e saneamento acaba por ceifar
milhares de vidas. Sem contar a criminalidade que ceifa dezenas de pessoas
todos os dias. Sim, tudo indica que isso é verdade. Mas, ainda assim
devemos a todo custo procurar uma solução pacífica para as questões que nos
afligem.
Enquanto existirem vias democráticas a
sociedade deve buscar o protagonismo político.Paramos por aqui com essa
descrição fictícia, mas provável.Cremos que deu pra ter uma pequena ideia de
que uma “intervenção” não é algo tão simples. Os acontecimentos acima
descritos, e milhares de outros não descritos, afetariam o TODO da sociedade
brasileira, 200 milhões de pessoas.
A intervenção pode acontecer?
É claro que sim, tanto no Brasil quanto em qualquer
nação onde exista uma força armada comandada por homens. Contudo, é
improvável. Ha consequências imediatas e duras para todos os envolvidos. E
aqueles que tem o poder de decidir certamente levam isso em consideração, além
de terem a certeza que serão responsabilizados se as coisas não derem tão certo
quanto preverem. As apurações da atual CNV indiscutivelmente tem um grande
poder dissuasório contra qualquer tentativa de insurreição, e mostram que o povo
pode sim ser atirado contra membros do grupo que o socorreu.
Nosso país é gigantesco, complexo,
pluripartidário, repleto de ONGS e Grupos de esquerda, que provavelmente
apoiariam o governo destituído compulsoriamente. Seria uma situação
complexa, muita gente sofreria, principalmente os mais humildes, crianças e
idosos.
Ficam alguns milhares de questionamentos. Entre
eles: Ao final dos processos legais, que poderiam durar anos, todos os membros
do partido majoritário seriam condenados? Ou sobraria alguém para reergue-lo da
cinzas? Em pleno séc. XXI poderia-se bani-los do país? A sociedade civil
ajudaria os militares a aguentar a pressão interna/externa? Legalmente o
partido poderia ser extinto? Seus membros teriam os diretos políticos cassados
ou depois de alguns anos retornariam com mais força e status de injustiçados,
inaugurando uma nova onda de revanchismo?
Sabemos que já salvamos o Brasil uma vez do
autoritarismo com fundamentos marxistas, indo para as ruas. É perfeitamente
possível que isso seja realizado pela via democrática, temos armas e
ferramentas para isso.Peçam urnas
convencionais nas manifestações. Carreguem faixas dizendo abaixo o PT, peçam impeachment, isso é
legal e faz parte da democracia.
Estamos diante do maior escândalo já visto, os pilares
do partido do governo nunca estiveram tão abalados e aos poucos percebe-se
gente abandonando o barco, antes do naufrágio, que é iminente.Se ha indícios de
ilicitudes em qualquer instituição governamental, que se entre com ações contra
o governo. Que se denuncie isso no Ministério público, que tem obrigação de
apurar e responder às questões colocadas. Se isso não der certo, que se inunde
as cortes internacionais de processos contra o governo e governantes do Brasil.
Pelo mundo afora ha grupos que acamparam por meses
nos grandes centros em manifestações pacíficas e insistiram em receber a
atenção da mídia internacional e governo.
Ninguém, seja militar ou
civil, tem permissão para falar em nome das Forças Armadas. Contudo, é preciso
lembrar que as instituições militares não dormem nunca. Se de fato houver risco
iminente à Soberania Nacional, sabemos muito bem que cada um cumprirá com o seu
dever.
“A paz
queremos com fervor, a guerra só nos causa dor. Porém…”
No momento, além da luta contra a esquerda, tem-se
que lutar contra algo similar a uma extrema direita, fanática e incapaz de
interpretar nossa própria legislação. E que de forma absurda tenta impor
interpretações equivocadas, falando sem o menor pudor em matar pessoas, fuzilar
políticos e impor uma lei marcial, sem nenhuma justificativa plausível para
isso.
Parece que esse pequeno grupo tenta instigar
outros a correr riscos e cometer ilícitos em seu lugar. Irresponsavelmente,
escondidos dentro de seus quartos e apenas se manifestando por meio de
seus teclados, de forma covarde e omissa, tentam jogar o país no caos
generalizado. O que muito provavelmente custaria a vida de muitas pessoas.
Por fim, uma ação ilegal desse tipo acabaria
dando a muitos políticos da atualidade, a oportunidade de serem reconhecidos,
dessa vez com razão, como vítimas de um golpe militar.
Se o grupo de “intervencionistas” despertasse
dessa alucinação, resolvesse sair em peso de trás de seus monitores de
lcd e empreendesse uma oposição inteligente e corajosa, talvez o
trabalho daqueles que realmente acrescentam vitórias nessa guerra se tornasse
um pouco mais fácil.
Contudo, infelizmente, ao invés de agir
racionalmente, essa pequena e barulhenta malta, que se diz oposição, não
discute racionalmente, não contra-argumenta. Apenas, a exemplo do que faz a
esquerda, tenta desclassificar qualquer um que discorde minimamente de seus
ideais esdrúxulos, chamando-o de golpistas, covarde, petralha e coisas do
gênero.
Já foram vitimas da fúria desses caluniadores
várias personalidades e articulistas, como Reinaldo Azevedo, Luciano Ayan,
Vários Militares da ativa e reserva, Bolsonaro e seu filho, que é
policial, Robson A.D.Silva, de Revista Sociedade Militar, Marcello Reis do
Revoltados Online, Lobão, Felipe Moura da Veja e muitos outros que ousam
discordar da vontade de uns poucos que desejam o que chamam de “intervenção
militar constitucional”.
“A
direita hoje em dia é campeã em receber presentes políticos e se recusar a abri-los.
Daí perdem as melhores oportunidades“. Frase de Luciano Ayan, acima
mencionado.
Caso um governo derrotado em eleições ou
deposto por um impeachment se recuse a abandonar o Planalto e algum grupo ouse
tentar usar a força para mante-lo no poder, o que geraria uma situação
perigosa, seria concebível cogitar a ação das Forças Armadas para o
restabelecimento da ordem. Contudo, não é isso que ora ocorre no país.
Das dua uma. Ou é desonestidade ou é
analfabetismo funcional defender o que chamam de “intervenção militar” se
amparando no Art. 142 da Constituição. Na CF de 1988, que foi confeccionada em
linguagem bastante clara, é bastante obvio que a convocação dos militares
federais para garantir a lei e ordem deve partir de um dos poderes constitucionais.(Executivo,
legislativo, ou Judiciário).
Primeiro: Deve haver risco à lei e ordem.
Segundo: As F.Armadas devem ser
convocadas por um dos poderes. O que estiver fora disso será contra a lei. O
militar que se aventurar a fazer isso age contra regulamentos militares e
contra a própria lei, e pode ser preso.
Art. 142. As Forças Armadas,
constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições
nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na
disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se
à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da
lei e da ordem.
Não se entra em uma guerra sem
exaustivamente buscar TODAS as possibilidades de resolver as questões de forma
democrática:
Mais do que dinheiro, bens e reputações,
deve-se a todo custo tentar evitar que vidas se percam.
Enganam-se aqueles que acreditam que por meio
de postagens em redes sociais das Forças Armadas, ou postagens
emocionadas em sites como esse, frequentado por militares, os
generais vão arriscar atirar o país em uma guerra civil. É preciso muito
mais do que isso.
Alguns meses atrás, aqui mesmo nesse site, lemos um
artigo no qual um General de Brigada convoca
a sociedade a se manifestar e expressar sua insatisfação, não há fraude ou
governo corrupto que resista à ação crescente da sociedade mobilizada,
insistindo em mudanças em torno de ideais lícitos. Como disse um líder preso
recentemente na Venezuela, quem se cansa perde.
*Nota: Recebemos solicitações para que esse
artigo, publicado ha alguns meses, fosse atualizado e republicado. Se você vai às ruas, ou apóia quem vai,
saiba o que está pedindo. Esse espaço é frequentado por pessoas inteligentes e
amantes da democracia, cremos que compreenderão perfeitamente as
colocações feitas, bem como as implicações advindas da sua decisão.
Afinal, em um espaço democrático todas as faces do problema podem, e devem ser
abordadas. Todas as opiniões devem ser levadas em consideração e respeitadas.
Texto liberado para republicação, exceto para fins
comerciais.Para republicação em mídias comerciais consulte o autor.*Robson.A.D.S.
Cientista Social. Http://sociedademilitar.com.br
Fonte: http://revistaverdeeamarelo.com/2015/02/intervencao-militar-entenda-isso.html
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>>>O Impeachment resolve 75% dos problemas políticos-econômicos do nosso pais, em 3 meses.
Não é que piorou rapaz. ..
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