Na última
quinta-feira, 13, Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), fez um discurso polêmico em um evento, no Palácio do Planalto, que
reuniu cerca de mil integrantes de movimentos sociais ligados ao governo. Em
seu discurso a favor da presidente Dilma Rousseff, ele falou em:
“pegar em “armas” para impedir qualquer tentativa de golpe para tirar
Dilma do poder.Somos defensores da unidade nacional, da construção de um
projeto de desenvolvimento para todos e para todas. E isso implica, neste
momento, ir para as ruas entrincheirados, com armas nas mãos, se tentarem
derrubar a presidenta”, disse.
No mesmo dia, ele procurou
o Jornal Nacional, da Rede Globo, para dizer que foi mal interpretado, e que
seu discurso usava uma figura de linguagem.
Em nota ao site da CUT, Freitas disse:
“a frase mais destacada da minha fala de quase oito minutos foi
justamente a que citava as armas. Foi entendida como um chamado à violência, ao
uso de armas de fogo. Qualquer sindicalista sabe que quando nos referimos a
usar ‘todas as armas que forem necessárias’, estamos nos referindo às armas da
democracia, que é a luta por direitos, a mobilização organizada, democrática,
com respeito às diferenças”.
No evento, Dilma
também criticou aqueles que defendem o impeachment. Ela disse que é preciso
respeitar o resultado das eleições. “A democracia é algo que temos que
preservar custe o que custar”. A presidente também disse ser a favor das
manifestações, já que na época do regime militar estes atos eram vistos como
ameaça às instituições. “Não vejo nem nunca verei problema em manifestações.
Tenho que ter lealdade com a experiência histórica da minha geração, que foi
muito dura. Eu sobrevivi”, disse. É esperado que ocorram manifestações em todo
o país no próximo domingo, 16, a favor do impeachment.
Além disso, Dilma
criticou pela primeira vez o atentado ao Instituto Lula, que foi alvo de uma
bomba caseira no mês passado. “Temos que zelar pelo respeito que as pessoas que
pensam diferente da gente têm que receber de nós. Diálogo é diferente de
pauleira. Dialogo é dialogo, pauleira é pauleira. Ninguém pode chamar de
diálogo xingar alguém. Botar bomba não é diálogo”, afirmou.
A oposição falou em resposta:
"Vamos
de cabeça erguida para as ruas de todo Brasil, no próximo domingo, levando como
nossa única arma a Constituição do Brasil" - Aécio Neves
Fontes: O Globo-Líder
da CUT ameaça pegar em ‘armas’, CUT-As armas da Democracia
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