Várias explicações sobre a natureza do espinho na carne de Paulo já foram dadas. Elas variam de tentação incessante, doença intratável ou crônica, a perseguição de seus antigos irmãos de fé os Judeus, e até pasmem, já houve quem disse que eram tentações na área sexual.
O que sabemos sobre esse espinho na carne é mencionado por Paulo em 2 Coríntios 12,7:
“E, para que não me ensoberbecesse com a
grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de
Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte.”
Primeiro, o propósito do espinho na carne era fazer com que
Paulo permanecesse humilde. Qualquer pessoa que tivesse encontrado Jesus,
falado diretamente e sido enviado pessoalmente por Ele (Atos 9:2-8) ficaria, em
seu estado natural, orgulhoso da sua experiência incrível. Acrescente a isso o
fato de que Paulo tinha sido guiado pelo Espírito Santo a escrever muito do
Novo testamento, e é fácil ver como ele poderia ter se tornado orgulhoso e arrogante.
Segundo, sabemos que a aflição veio de Satanás ou de um dos
seus mensageiros. Assim como Deus permitiu que Satanás atormentasse a Jó (Jó
1:1-12), Deus permitiu que Satanás atormentasse Paulo para que Seu propósito e
Sua vontade fossem executados.
É fácil compreender por que Paulo
consideraria esse espinho como um atrapalho a um ministério mais efetivo e
amplo (Gálatas 5:14-16) e por que ele pediu continuamente a Deus que o
removesse de sua vida (2 Coríntios 12:8).
No entanto, ele aprendeu dessa experiência a lição que
permeia seus escritos:
O poder divino é melhor demonstrado quando
no meio da fraqueza humana (2 Coríntios 4:7), para que apenas Deus receba o
louvor e crédito (2 Coríntios 10:17).
Ao invés de remover o problema, Deus deu a Paulo graça e força
através da situação, e foi Ele quem declarou que Sua graça é “suficiente”:
“Mas o pecado, tomando ocasião pelo
mandamento, operou em mim toda a concupiscência;
porquanto sem a lei estava morto o pecado.E eu, nalgum tempo, vivia sem lei,
mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri.E o mandamento que era
para vida, achei eu que me era para morte.Porque o pecado, tomando ocasião pelo
mandamento, me enganou, e por ele me matou.E assim a lei é santa, e o
mandamento santo, justo e bom.Logo tornou-se-me o bom em morte? De modo nenhum;
mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem; a
fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno.Porque bem sabemos que a lei é espiritual;
mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.Porque o que faço não o aprovo; pois o
que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.E, se faço o que não
quero, consinto com a lei, que é boa.De maneira que agora já não sou eu que
faço isto, mas o pecado que habita em mim.Porque eu sei que em mim, isto é, na
minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não
consigo realizar o bem.Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero
esse faço.Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado
que habita em mim.Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o
mal está comigo.Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;Mas
vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento,
e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.Miserável homem que eu sou! quem me livrará
do corpo desta morte?Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim
que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do
pecado.”(Romanos 7,8-25)
“LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO”
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